bobbie 30/10/2023
Divertido, mas nada leviano.
Os Estados Unidos emergiram da Primeira Guerra mundial como uma grande potência. Grosso modo, a década de 1920 proporcionou o surgimento de uma geração financeiramente enriquecida e, consequentemente, deslumbrada, confiante na vida próspera (mal esperavam eles pelo fatídico ano de 1929...) e adeptos do hedonismo, da ostentação, das farras da carne e da bebida. Gatsby é um exemplo dessa sociedade: de fortuna obscura - ele fora um bem sucedido soldado de poucas posses na guerra, e sai dela condecorado e enriquecido - ele mantém sua mansão em Nova Iorque regada a bebida e a gente, muita gente, que ele sequer conhece, que rodeia o seu entorno justamente em razão de sua fortuna e generosidade (as festas realmente são incríveis). O absurdo é tanto que ele, de fato, não conhece todo mundo que habita sua casa fim de semana sim, fim de semana também, tampouco os convidados - ou penetras - sabem todos quem é Jay Gatsby. O próprio narrador, quando é convidado por Gatsby para uma das festas, fala com ele, sobre ele, sem saber que está falando com o anfitrião. Mas nem só de festas é feita a vida de Gatsby, mas de amor também. Nessa trama de amor e traição, a vida de Gatsby será posta em risco em um jogo de disputa de honra e hipocrisia, e no fim ficará claro exatamente o que enchia a mansão do protagonista todos os fins de semana.