spoiler visualizarHelena Gonçalves 16/11/2022
O Retrato de Dorian Gray
O Retrato de Dorian Gray
Dorian Gray é um típico rapaz da alta classe social da Inglaterra. Rico, dono de terras e de uma mansão gigantesca, e é também dono de uma beleza inestimável. As pessoas o admiravam e não se isentava os homens. Seus amigos o viam como uma grande inspiração, um homem que tinha a tudo conquistar.
Ele conhece Basil, que é um pintor, e resolve fazer um retrato de Dorian para eternizar sua juventude bela em um quadro. Ao terminá-lo, Dorian se espanta com a tamanha habilidade do artista em retratar o jovem na obra. Ao lado, Lorde Henry, um rapaz que recém conhece Dorian, se surpreende não só com a beleza do jovem como também algo lhe instiga a se aproximar mais dele.
Ao se empolgar com a obra, Dorian chega a dizer para todos que queria que sua beleza pudesse ser eternizada. Já que todos envelheciam e a sua aparência jovial mudaria, ele queria que de fato isso não pudesse acontecer. Gostaria que sua beleza pudesse ser mantida assim como no quadro. E é aí que passamos a conhecer um novo Dorian Gray.
O romance de Oscar Wilde aborda sobre narcisismo, o corrompimento com a alma e a presença da frieza humana.
O livro surpreende em inúmeros detalhes. Primeiro que ele é muito bem escrito, havendo inúmeros diálogos constantes e poucas descrições que de fato não são relevantes para esta história. O mais valioso nesse livro são os diálogos trocados pelos personagens. Eles são ricos, numerosos e grandiosos, em alguns momentos temos monólogos carregados de bastante reflexão. Eles são filosóficos, artísticos e reflexivos. E isso, para um leitor de clássicos, o conquistará na primeira cartada.
O outro ponto positivo é o desenvolvimento da história. Ela é bem direta e sem enrolações. As coisas acontecem de forma rápida e dentro das poucas 220 páginas. Há um grande plot ao final e sinceramente eu não esperava que essa reviravolta acontecesse de forma tão grandiosa.
O final do livro não podia terminar de outra forma. Tudo terminou com perfeição justamente as coisas foram conduzidas para que pudéssemos fechar o livro e nos voltarmos reflexivos com a história que acompanhamos.