Tícia 05/01/2012
Mais uma contra...
Personagens: Rodrigo Ramirez e Gloryanne Barnes
Coragem é um livro que divide os leitores de Diana Palmer. Uns gostam, outros, não.
Por quê? Rodrigo, o protagonista.
Explico: a esmagadora maioria mocinhos da autora são homens machistas, grosseirões, ogros que cometem erros colossais, pisam na bola e etc., mas conseguem, ainda assim, nos cativar. E muito.
Parece contraditório, mas não é, porque são homens que, embora vacilem feio com as mulheres amadas, sempre amam intensamente e provam isso, de maneiras lindas. Conseguem de forma convincente se redimir do erro.
Rodrigo não é assim.
Até hoje, juro que não vi ninguém como Rodrigo... Ele é tudo de ruim que se poderia reunir em uma pessoa: prepotente, preconceituoso, arrogante, covarde, fofoqueiro, convencido, imaturo... ... ... Etc.
Quem leu o livro, vai achar cada um desses adjetivos lá. Não os coloquei aqui a esmo. O cara é isso e muito mais.
E não me convenceu como par romântico para a mocinha que, por acaso, deu umas bobeadas também. Dava bandeira demais, perdoava fácil, cedia rápido. Dessa forma, fica fácil ser pisada... Já se colocou no chão, uai??!!
“Ah!” Você pode pensar... “mas todas as mocinhas da Diana fazem isso!” É... mas ninguém teve o Rodrigo como mocinho. Então, ninguém foi tão idiota como Glory.
É uma pena tudo isso porque a trama do livro é ótima.
Glory era uma promotora que teve de se esconder em uma fazenda, disfarçada de cozinheira, pois era testemunha contra um traficante perigoso. Lá, ela se envolve com Rodrigo, que também está disfarçado, só que para uma missão antidroga. Ambos não sabem a verdade sobre o outro e, acabam por criar uma desconfiança recíproca.
Nas primeiras 90 páginas do livro, nada contra o mentecapto em questão, mas depois que os dois vão pra cama... nossa! O cara dá nojo!
Glory também teve seus preconceitos por achar que ele era um mero trabalhador rural, mas... não chega nem perto dele. Tanto que, quando percebeu que o amava, jogou tudo por o alto.
O mais revoltante é que, quando você achava que Rodrigo já tinha cometido uma barbaridade extrema, lá vinha ele, páginas depois, com uma bem pior.
Pra mim, Glory (idiota por amar demais um cara absurdo como Rodrigo) não deveria ficar com ele. Diana poderia reescrever dessa forma o final... eu iria aprovar.
Ele, por sua vez, deveria ficar sozinho. Não gosto de gente que humilha os outros. Principalmente gratuitamente.
Só porque você não é bonito o suficiente, rico, inteligente ou culto deve ser menosprezado? Só porque você não está vestido na moda ou sua cultura é “inferior” (isso não existe, cultura só é diferente, não melhor ou pior) você deve ser humilhado?
Rodrigo fez isso com Glory. Definitivamente. Está lá no livro.
Por isso, morra, Rodrigo!!! Rsrsrsrs
Fica aí meu protesto, digo, minha resenha.