Resenhas - Persuasão

renattomd 12/01/2024

A história tem um clima bem gostoso de sitcom, com umas pitadas de contação de fofoca. O enredo é divertido, mas me perdi um ponto no número de personagens e a ambientação não é minha favorita.

Nanda;) 11/01/2024

Perfeito, como sempre
Sim, mais um livro da Jane Austen na minha estante. Esse livro me deu a impressão de que foi menor (porque realmente é), mais tipo uma história, sabe? Eu achei simplesmente perfeito. O jeito da escrita dele tem uma coisa muito interessante: ele faz você se sentir exatamente como a Anne (personagem principal). Você se apaixona junto dela, se entristece junto dela, se irá junto dela, enfim; muito incrível mesmo.
Uma história linda demais, recomendo fortemente que leiam! Não vou mais falar nada pra não dar spoiler, ok?
???

FAbily0 09/01/2024

Jane Austen.
Persuasão assim como outras obras classicas da autora são sempre um mergulhar em outra época, essa mulher tinha a maestria na criação de personagens, de dar vida a eles e criar vidas próprias e histórias individuais para cada um. Persuasão nos passa uma lição de moral por trás, lição esta que deixarem em aberto para aqueles que pretende ler o livro. Super recomendo! O romance que ocorre entre o par no livro é fofo e meigo de se ver, bem desenvolvido e como sempre nos deixa naquela ansiedade para que as coisas se resolvam entre eles, eu teria terminado o livro mais cedo se não fosse um pouco corrido minha rotina, pois é daqueles livros que você pega e quer ler em um dia!!

folklorevermore 08/01/2024

A melhor de Jane Austen!!!
Essa obra póstuma de Jane Austen traz o enfoque das consequências que o convencimento e a influência de outros podem trazer nas escolhas de um indivíduo, a chamada dissuasão. A nossa heroína Anne Elliot se vê frustrada mesmo após oito anos de ter recusado o cavalheiro Frederick Wentworth pela influência do pai e da grande amiga Lady Russel, Frederick era um simples marinheiro e não era bem visto como marido para a Anne.
Quando eles se reencontram oito anos depois, com Frederick agora rico, há uma dúvida no leitor se ele ainda supre os mesmos sentimentos pela Anne, a única coisa que sabemos é que ele ficou muito magoado e que nunca casou ou se relacionou com qualquer outra mulher. A questão é que ele demonstra uma polidez e frieza com Anne e corteja Louise nesse meio tempo (irmã do cunhado de Anne).
A nossa protagonista fica pra baixo, mas nunca perde a classe, meu Deus, como eu amei Anne Eliot, creio que, por ser uma personagem mais madura (27 anos), ela demonstra muita sensatez em tudo que faz, todos ao seu redor pedem conselhos e amam muito sua companhia (com exceção do pai e da irmã mais velha que são dois vaidosos e egocêntricos, não gosta de ninguém mesmo). Anne é descrita como bela, mas além disso é inteligentíssima e uma boa tia pros seus sobrinhos, encantadora! Mas não foi exatamente por isso a facilidade de gostar da nossa Anne, de modo particular eu me identifiquei mt como ela se sente em relação à família, é notório o quanto a mãe dela fazia falta, o quanto se sentia sozinha e quem realmente a enxergava como ela era e a apreciava verdadeiramente era a Lady Russel e o próprio capitão Wentworth.
Sobre o casal, simplesmente temos a carta mais linda que já pude ler em um romance, a carta do Frederick para Anne é singela, sincera e atemporal. Na minha opinião quando o capitão sabe que Anne recusou um casamento vantajoso nesses anos que se passaram, uma esperança o percorre para agir e aí que começa a se dar conta de quanto ainda ama essa mulher. Esse casal não poderia ser tão compatível, depois entendemos que o cortejo com a Louise era na verdade orgulho ferido do Frederick, ele não tinha intenção alguma com Louise.
Agora a pergunta ?é melhor do que orgulho e preconceito??. A minha resposta é totalmente pessoal, a leitura me encantou mais que a de orgulho e preconceito, me identifiquei com a protagonista e tirei melhores reflexões do que da famosa obra de orgulho e preconceito.
Não acredito que todos gostarão da leitura, apesar de não ser difícil, não é tão simples, mas vale a pena pra quem, assim como eu, gosta de um romance de época bem construído ?

Ana 08/01/2024

O nome do livro já diz tudo.
Com uma escrita rebuscada, mas de tranquila compreensão, Jane Austen, no seu último romance concluído, é afiada nas críticas sociais e realiza de forma ímpar o retrato dos sentimentos da ?mulher madura? daquela época.

Foi o meu primeiro contato com a autora e eu confesso que esperava um pouco mais? Apesar de compreender as questões de gênero e época, achei a história muito enrolada e os personagens não são bem explorados.

Diga-se de passagem, Anne é aquela personagem que tinha tudo para ser cativante, mas acabei achando bem enjoado o comportamento passivo dela.

No mais, a carta do Capitão Wentworth é o grande acontecimento do livro e o final compensou, para mim, a leitura.

SimAo6 07/01/2024

Leveza de escrita
Livro versa sobre amores correspondidos em tempo onde o interesse era regido por posições aristocrasticas e financeiros.
O amor adormecido por 8 anos fervilha nos personagens principais, trazendo a tona os embaraços presente nos anos iniciais de 1800.
Mais um livro de Jane Austen que brilha em linguagem leve a descrição milimetrica de cada locação onde vai se desenvolvendo a história.
Um plot twist em idos finais ainda favorece mais o amor inicial.
Deliciosa leitura de 2 sentadas.
Rápida e direta, perfeita para dias de férias.

fava!! 06/01/2024

Eu adorei esse livro, me prendeu tanto do começo ao fim, as personagens tem pouco aprofundamento mas ainda assim adorei cada uma delas, a história envolvente e aquela carta no final??? meu deus que amor ?

Melyssa.Matias 06/01/2024

AMEI!!!
Sem duvidas Jesse é o Livro da Jane Austen que mais gostei, sem duvidas uma das declaraçoes de amor Que ja li.

Victoria.Cosate 06/01/2024

Até onde a persuasão nos leva?
Tive medo de iniciar essa leitura por ser um clássico. Porém surpreendentemente eu consegui ler relativamente rápido e gostei muito apesar de não ser um dos mais aclamados da Jane Austen.
Gostei muita da maneira que a Jane escreve e eu gosto de ver os costumes sociais e os relacionamentos amorosos/familiares do século 18. E esse apesar de falarem que é um livro que a Anne apenas visita todo mundo e não trabalha muito o casal, que já se relacionou na juventude eu achei interessante ver como o livro trabalhou a maneira de se relacionar e principalmente como o nome da familia, os bens e seu dinheiro eram tudo naquela época.
A autora trabalhou muito a questão da persuasão, suas consequências e até onde poderíamos ir. Cheguei a um ponto do livro que pensei que todos já persuadiram ou foram persuadidos!
Se atentem aos nomes são muitos personagens e alguns com o memso nome e o pessoal não para em casa kkk.
Recomendo a todos e achei um bom início aos clássicos.??

LidosdaCris 06/01/2024

Filhos da Esperança
P. D. James

Nenhuma criança nasceu nos últimos vinte e cinco anos.
Sem esperança, as pessoas recorrem a rituais de suicídio coletivo.
Sem esperança, sucumbem a déspotas, fome, canibalismo, caos.
A raça humana está à beira da extinção.
Até que uma nova possibilidade começa a crescer.

Em 2021, anos após o início de uma epidemia de infertilidade, a desolação generalizada da humanidade fez ruir as bases da civilização. A raça humana será extinta quando a geração mais jovem se for.

Um dos últimos países a manter alguma estrutura de governo, a Inglaterra vive em caos, submetida a um domínio despótico. Tocando sua rotina solitária nesse mundo sem esperança, um historiador apático se encontra com uma jovem que vai mudar sua vida, e o futuro da humanidade.

Narrado com emoção e suspense, marca registrada de P. D. James, Filhos da esperança é um clássico da literatura distópica. Adaptado para o cinema em 2007 por Alfonso Cuarón, Filhos da esperança é uma história fascinante sobre a possibilidade de um futuro em condições desoladoras. ?

Fernanda 06/01/2024

Um livro muito Jane Austen
A mocinha queria casar com um gostoso, mas ele era pobre. A família e uma amiga convenceram ela a desistir do noivado.
O gostoso fez carreira militar e ficou rico.
Eles se reencontraram depois de anos.
Ele tava ressentido com ela, e quase casou com outra por orgulho. Mas a pretendida dele quase morreu e no fim se apaixonou por outro.
O primo da mocinha (que era herdeiro do pai dela) apareceu e queria casar com ela. Mas a mocinha descobriu que ele era um 🤬 #$%!& interesseiro.
O gostoso se declarou pra ela. Eles casaram.
Fim.

Livia1272 05/01/2024

Como ninguém fala desse livro?
Simplesmente incrível a forma sutil e leve que jane austen descreve situações complexas. Amei toda a história do início ao fim, meu receio em relação à esse livro era de ele ser muito monótono, parado, e de dific8l compreensão mas fui surpreendida ao ver as cenas maravilhosas entre os protagonistas, minhas favoritas foram as que tiveram maior clima. E sobre os protagonistas, bem construídos com motivações validas , não são chatos , o ápice pra mim (e pra todos eu acho) é a carta do fim do livro.

Isa.liborio 04/01/2024

Minha primeira experiência com Jane Austen, e foi simplesmente impecável. O livro tem suas falhas, é claro, como pouco aprofundamento dos personagens - principalmente os principais-, mas ainda assim me cativou bastante. Ler sobre um amor verdadeiramente conquistado não tem preço.

Edianara.Lino 04/01/2024

História maravilhosa, mas péssima edição
"Você dilacera minha alma. Sou metade agonia, metade esperança. Não me diga que é tarde demais, que aqueles preciosos sentimentos se foram para sempre" (p.219).

A história é encantadora, ainda mais no meu caso que fiz uma releitura depois de tantos anos da primeira leitura. Poder rever e sentir de forma diferente cada palavra é maravilhoso.
Único ponto negativo é que está edição é péssima, com erros de digitação e pequenas machas de impressão por várias folhas. Achei a edição linda quando comprei e ainda mais por estar com um preço muito bom, contudo como dizem as vezes o barato sai caro.

Laryssa234 03/01/2024

Muito mais do que você imagina
Em boa parte do livro existe uma atmosfera melancólica, recolhida, taciturna. Sobre o livro paira algo pesado, que às vezes parece sufocar o leitor com um universo desesperadamente limitado - o universo apático e mirrado em que Anne vive. Seu mundo é uma prisão minúscula.
Não é uma tristeza ostensiva, trágica, de fazer chorar. É mais uma apatia; uma falta de cor e brilho. Nada, aqui, faz lembrar das páginas maravilhosamente vivas de Orgulho e Preconceito, por exemplo, que só faltam soltarem fogos de artifício mal você as abre.

Persuasão é o livro mais maduro de Jane Austen, se diferencia da atmosfera das outras obras da autora. Jane Austen, aqui, já era uma quarentona e tinha dominado com maestria quase inigualável a arte da sátira mais leve e cômica. O tom é sóbrio, a escrita é muitíssimo elaborada e a ênfase recai sobre o mundo interno da protagonista: Anne.

Anne no livro é uma mulher inteligente e doce. No original, Jane diz que ela tinha “elegance of mind” - ou seja, uma inteligência capaz de fazer distinções sutis e captar detalhes com a minúcia de um microscópio. Anne é capaz de entender as pessoas muito melhor do que elas próprias. Age como um oráculo universal; o recipiente e filtro de todas as picuinhas entre familiares e amigos. Tinha um caráter doce, meigo, potencialmente PASSIVO.

A palavra de Anne não tinha peso. Mal falava; quando falava ninguém lhe dava ouvidos. Anne sempre cedia. Era ignorada e desprezada pelos pais e irmãs. Com 27 anos de idade (para época já era um final de feira) continua bonita. Mas seu auge passou. Além disso estava completamente sozinha. Sua única amiga era Lady Russell.

Porém Lady Russell fora justamente a mulher que a tinha aconselhado, oito anos atrás, a não ficar com o sujeito pelo qual era loucamente apaixonada: Capitão Wentworth. Anne tinha se deixado PERSUADIR. E Lady Russel a havia aconselhado pois, na epoca, Wentworth era um pé-rapado, sem posição social, imprudente, passional demais e provavelmente instável. Lady Russell é prudente, tem um certo preconceito de classe e julga Wentworth como um doido varrido.
Anne perdoa Lady Russell mas se recusa a trocar com ela uma única palavra sobre o assunto, ficando completamente sozinha sobre o assunto mais importante de sua vida. Lady Russell era como sua segunda mãe, sua única figura de afeto a havia aconselhado a largar o homem que hoje em dia era rico.

Anne perdeu o tesão de viver, vivia no automático e se entregava à melancolia. Era pessimista e se fechava cada vez mais dentro de si. Ela é uma coadjuvante de sua própria história. “Persuasão”, no final das contas, pode ser lido como a história de uma Anne cuja palavra vai ganhando peso, muito aos poucos, e aos poucos ela se torna a protagonista de sua história. E de como a primavera pode nos surpreender com seu brilho e vigor.

O título “persuasão” não quer dizer só que Anne se deixou persuadir por Lady Russell. Na verdade a persuasão que mais importa é uma autopersuasão: Anne, sendo uma mulher inteligente e capaz passa ANOS criando defesas racionais contra a paixão desenfreada pelo capitão. A autopersuasão de Anne consiste em ela vencer as agonias e o medo da rejeição para se permitir ter esperança outra vez. Quando ela recita poesias em VOZ ALTA perto de Wentworth é o primeiro passo na libertação de sua voz.

Anne e Wentworth não estavam destinados a ficarem juntos. Não haveria como ela saber se os conselhos de Lady Russell estavam certos ou errados. Aliás logo no começo do livro a mãe Anne tinha se casado com um imbecil por um impulso apaixonado - exatamente como Anne queria ter feito. Paixão não garante nada, razão não garante nada, conselhos ou seguir os passos da mãe não garantem nada. Se Persuasão tem alguma mensagem, é esta: Anne poderia ter se lascado e ficado sozinha. Porque a vida real é assim.

Já Wentworth, amava Anne parcialmente por ela ter virtudes tradicionalmente feminis: docilidade, modéstia, sentimentos refinados.Mas ele queria dela a força, ousadia, ímpeto viril e rebelde que ele mesmo tinha. Não entrava em sua cabeça que a doce Anne não tivesse se rebelado contra Lady Russell. Então ele volta flertando com meio mundo e tratando Anne com frieza polida e discursos cínicos de como deveria ser a mulher perfeita. Também, Wentworth também precisava de uma autopersuasão.

Quando no clímax do livro, Anne resolve soltar a voz e fazer um discurso em voz alta para várias pessoas só para que Wentworth a ouvisse, ela diz algo que somente ele pudesse entender: “O único privilégio que reivindico para meu próprio sexo é o de amar por mais tempo quando se foi a existência ou a esperança”. Assim Wentworth deixa-lhe uma carta “suas PALAVRAS atravessa meu coração” No tempo de Anne homens e mulheres solteiros não poderiam nem ficar no mesmo quarto sozinhos, toques físicos em público eram impensáveis, então Anne sofre o livro inteiro na presença de Wentworth sem qualquer tipo de privacidade. Esse é seu drama.

Quando Wentworth ressentido com Anne diz a Louise diz-lhe: “vê essa avelã, com a casca dura e brilhante, mesmo depois de um outono rigoroso? Seja como ela” E Anne que escutou a conversa e decidiu fazer seu discurso, sabia que Wentworth usara a avelã para exemplificar Anne. Pois ela tinha continuado a amá-lo por oito longos anos sob o outono da completa desesperança. Anne tinha criado uma casca brilhante - porque ninguém sabia de seu sofrimento.

Anne era imensamente forte, ela não arreda o pé, não reclama. Ama, sofre, destrói-se por dentro mas continua forte. Por isso Anne o responde à altura. Ela ainda o amava. Ela não tinha arredado o pé. Nela o amor tinha sobrevivido a desesperança. É por isso que Wentworth não se aguenta e escreve a carta. É por isso que ele diz a Anne que suas palavras haviam transpassado-lhe a alma.

É por isso que o livro é um clássico eterno.