spoiler visualizarNicolas377 27/10/2023
Mais páginas que o necessário
Tudo corria muito bem até o momento em que aquele plot no meio do livro é introduzido. A narrativa até então era envolvente e fluida, gostei da brutalidade explícita que não é encontrada lá em muitos livros. "Melhor do que escrever "Meu vilão é uma pessoa terrível", é tentar imaginar uma ação que demonstre sua depravação".
O fato de já termos um culpado explícito deixou na cara que o final seria uma reviravolta provando que o mesmo na verdade era inocente, mas mesmo assim não foi nos dado um suspeito real, e honestamente foi esse suspense que me fez continuar lendo.
O plot da diretora ser, na verdade, a mãe biológica de Ashley não fez sentido algum para o resto da narrativa, não acrescentou em nada, não mudou nada. Todo o arco contando o passado de Casey foi extremamente cansativo de ler, pareceu forçado, como se o autor precisasse esticar a história ao máximo. Chegou um ponto que pulei as páginas até o segundo julgamento de Joshua, toda a história entre a revelação feita a Ashley até este momento foi ridícula, essa é a palavra, ridícula.
O fato de Miles ser o real culpado, pelo menos para mim, foi surpreendente, mas fez total sentido no fim das contas. Gostei da inserção de Casey nos crimes, se não existisse toda aquela reviravolta de mãe biológica, mas sim somente uma diretora na qual a protagonista poderia ter desenvolvido mais confiança com o passar do tempo (pra depois ser completamente despedaçada) teria sido muito melhor.
Achei o jeito com que Ashley encarou Miles naquela palestra meio tosco, onde que o FBI deixaria uma cena daquelas acontecer? Fora que, não foi tão empoderador quanto precisava ter sido para a personagem. Pelo menos o contrário acontece quando a mesma encara a ex-diretora.
Num geral, o livro tem uma ideia com bom potencial, porém muito, muito mal executada.