Charneca em Flor

Charneca em Flor Florbela Espanca
Florbela Espanca




Resenhas - Charneca em Flor


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Daniel.Bazolli 10/04/2020

Um ótimo livro de poesia, como sempre, a escritora traz todo o seu encanto em belas palavras.
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Izabelly112 22/02/2020

Incrível
Sei lá! Sei lá! Eu sei lá bem
Quem sou?! Um fogo-fátuo, uma miragem...
Sou um reflexo... um canto de paisagem
Ou apenas cenário! Um vaivém

Amei a poesia de Florbela Espanca. Já vou procurar outros livros dela para ler.
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Aline Teodosio @leituras.da.aline 25/12/2019

Obviamente isso não é uma resenha. Só queria mostrar um pouco da essência sensível dos versos contidos neste livro. Dor, amor... ser, não ser... se encontrar, se perder...

[...]

Não Ser

Quem me dera voltar à inocência
Das coisas brutas, sãs, inanimadas,
Despir o vão orgulho, a incoerência:
- Mantos rotos de estátuas mutiladas!

Ah! arrancar às carnes laceradas
Seu mísero segredo de consciência!
Ah! poder ser apenas florescência
De astros em puras noites deslumbradas!

Ser nostálgico choupo ao entardecer,
De ramos graves, plácidos, absortos
Na mágica tarefa de viver!

Ser haste, seiva, ramaria inquieta,
Erguer ao sol o coração dos mortos
Na urna de oiro duma flor aberta!...
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Tali 19/01/2019

Surpreendeu!
Nunca tinha lido nada da autora e gostei bastante... São lindos e alguns bem profundos. "Ser poeta" está entre os meus favoritos!

Obs.: isto não é uma resenha, claramente.
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Eduarda Graciano do Nascimento 28/02/2018

Ninguém tem asas como Florbela!
Impressionante como a Florbela tem o poder de, com os seus poemas, nos inspirar a viver cada minutinho com força!
Eu gosto muito dessa autora e costumo compará-la a uma manhã de sol na grama. Não tenho como descrever o que eu sinto lendo. Essa melancolia e sensualidade que permeiam seus poemas são quase um “sopro de liberdade” nas nossas faces.
Ser mulher e poetisa no começo do século XX requer muita coragem e só por isso Florbela Espanca já é digna de admiração. Além disso, ela envereda por caminhos em suas poesias que eram, é claro, considerados ousados para aquela época.

“(...)
E, nesta febre ansiosa que me invade,
Dispo a minha mortalha, o meu burel,
E, já não sou, Amor, Soror, Saudade...
Olhos a arder em êxtases de amor,
Boca a saber a sol, a fruto, a mel:
Sou a charneca rude a abrir em flor!”

Conheço a Florbela há alguns anos, vivo usando trechos de seus poemas como legendas no instagram, mas nunca havia pegado uma antologia sua pra ler (me julguem). E não é que o fiz no melhor momento possível? Ler esse livro foi como um banho morno. Me senti extremamente relaxada após terminar e com uma vontade tão grande de... não sei... viver? Sei que fiquei super inspirada.
Os poemas de Charneca em Flor falam de amor, de dor, de solidão, de paixão, da natureza, de orgulho, de Deus, de desejos, de ansiedade...
Quatro que particularmente me chamaram a atenção foram: Panteísmo, Orgulho, IV e principalmente Quem Sabe?... Esse último, sobretudo, falou diretamente comigo.

“Quem sabe se este anseio de Eternidade,
A tropeçar na sombra, é a Verdade,
É já a mão de Deus que me acalenta?”

Queria muito ter lido esse livro em frente ao mar, com uma música celta tocando nos fones, porque aí sim acho que eu sairia flutuando!
Recomendo do fundo do meu coração! Duvido que você não se sinta extremamente contemplativo (a) ao terminar.

“Tarde de brasa a arder, sol de verão
Cingindo, voluptuoso, o horizonte...
Sinto-me luz e cor, ritmo e clarão
(...)”

Obs: Eu leria qualquer coisa com esse título. Vocês conseguem pensar num nome mais bonito, poético e, não sei, fresco e feminino, do que Charneca em Flor?

site: http://www.cafeidilico.com/2018/02/charneca-em-flor.html
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Carina 04/09/2016

Condensar o mundo num só grito
Ah, Florbela... apesar do tom às vezes demasiado romântico, da melancolia suicida, dos temas um tanto redundantes, ainda é uma das minhas poetas preferidas. Se só o fato de ser mulher e assumidamente escritora já a coloca em uma posição de destaque no início do século XX, a sensualidade que emana de seus versos é ainda mais corajosa. Ou, como diriam os grandes pensadores contemporâneos, são poesias que fazem o recalque passar longe.

Ainda que nem todos os poemas tenham a mesma profundidade, este livro não deixa de ser incrível. Trata-se, de fato, de uma obra desigual, mas nem por isso menos legítima.

Trechos:

Quem sabe se este anseio de eternidade,
A tropeçar na sombra, é a verdade,

É já a mão de Deus que me acalenta?

***

São os teus braços
dentro dos meus braços:
Via Láctea fechando o Infinito!

***

Ser a moça mais linda do povoado,
Pisar, sempre contente, o mesmo trilho,
Ver descer sobre o ninho aconchegado
A bênção do Senhor em cada filho.

Um vestido de chita bem lavado,
Cheirando a alfazema e a tomilho…
Com o luar matar a sede ao gado,
Dar às pombas o sol num grão de milho…

Ser pura como a água da cisterna,
Ter confiança numa vida eterna
Quando descer à “terra da verdade”…

Meu Deus, dai-me esta calma, esta pobreza!
Dou por elas meu trono de Princesa,

E todos os meus Reinos de Ansiedade.

***

Tens sido vida fora o meu desejo
E agora, que te falo, que te vejo,

Não sei se te encontrei, se te perdi...

***

Ser poeta (...) é condensar o mundo num só grito!

***

E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...

***

O amor dum homem? Terra tão pisada!
Gota de chuva ao vento baloiçada...
Um homem? - Quando eu sonho o amor dum deus!

***

Abre os olhos e encara a vida! A sina
Tem que cumprir-se! Alarga os horizontes!
Por sobre lamaçais alteia pontes
Com tuas mãos preciosas de menina.

Nessa estrada da vida que fascina
Caminha sempre em frente, além dos montes!
Morde os frutos a rir! Bebe nas fontes!
Beija aqueles que a sorte te destina!

Trata por tu a mais longínqua estrela,
Escava com as mãos a própria cova
E depois, a sorrir, deita-te nela!

Que as mãos da terra façam, com amor,
Da graça do teu corpo, esguia e nova,

Surgir à luz a haste duma flor!...
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LaraF 15/04/2014

poemas de amor, de dor e tristeza...bem no estilo Florbela Espanca.
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