Luis 19/03/2010
Para ler de um fôlego só.
Em um sábado vadio, em novembro de 2006, estava eu fazendo a tradicional ronda matinal pelo centro da cidade do Rio de Janeiro. Ao entrar na Saraiva Mega Store, da Rua do Ouvidor, logo comecei a folhear o entâo recém lançado livro de Nelson Motta, "Ao som do Mar e à Luz do Céu Profundo". O arrebatamento foi imediato.
Pouco antes do fechamento da loja (às 13 horas), já estava pelo meio daquela história deliciosamente nostálgica, resgatando um Rio de Janeiro dourado de uma época ingênua e feliz. As pitadas de volúpia fornecidas pela relação forte entre os protagonistas, só temperou essa que, a meu ver, foi a melhor investida do autor na ficção.
Totalmente siderado pelo livro, peguei o metrô, fui até o Shopping Tijuca, e me instalei no sofá da filial da Saraiva para saciar a minha sede literária.
Essa sensação única de urgência e encantamento, que nos faz adiar tudo para se entregar ao feitiço da leitura é o grande mistério da Literatura. Feliz do autor que consegue, ao menos uma vez, provocar tais sentimentos. Nelson Motta conseguiu.