Sophis 30/04/2024
Um relato emocionante
Eu li este livro pela primeira vez quando tinha entre 13 e 14 anos. Na época não desgostei mas achei meio chato. Acho que eu era nova e boba demais para compreender a magnitude e importância dessa história. Hoje, no entanto, tenho mais cabeça e maturidade para apreciar esta obra que, apesar de triste, é maravilhosa e inspiradora.
Em vários relatos a Anne diz que sonhava em ser escritora e, lendo seu diário, posso dizer que, se ela tivesse sobrevivido à guerra, ela teria sido uma boa escritora. Com uma escrita sensível e bem humorada, ela conta como foi o dia-a-dia no Anexo Secreto e faz com que o leitor se relacione com ela e sinta empatia pela situação em que eles estão vivendo. Não deve ter sido nada fácil, e em muitas das "cartas" é possível ver o quão depressiva a Anne ficava.
Ainda assim, é impressionante ver como, apesar da depressão, Anne Frank continuava sendo uma menina alegre e, na maior parte do tempo, positiva, tentando ver o lado bom das coisas. Ela era muito evoluída para sua época e eu senti, durante a leitura, como se ela fosse minha amiga, e fiquei triste com seu destino como se tivesse perdido alguém próximo.
Fiquei emocionada durante vários momentos na história, especialmente quando ela diz que quer "continuar vivendo mesmo depois da minha morte". Ela pode não ter realizado o sonho de se tornar uma escritora, mas esse desejo se tornou realidade. Anne Frank vive até hoje, quase 80 anos após sua morte, e ainda continuará vivendo por mais muitos e muitos anos.