A Bússola do Peregrino

A Bússola do Peregrino Pedro Terrón




Resenhas - A Bússola do Peregrino


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Maria - Blog Pétalas de Liberdade 01/04/2019

Resenha para o blog Pétalas de Liberdade
O terceiro livro começa algum tempo depois do final do anterior. Runy vai trabalhar com Dámeris na busca por objetos antigos que são de interesse do museu onde ela trabalha e que podem estar no fundo do mar, próximo de Ibiza. Esses objetos também são alvo de um museu concorrente. E uma das estrelas mágicas pode estar entre eles. Por outras pessoas que também fizeram parte do processo de criação das estrelas numa vida passada, Runy e Dámeris são avisados de que uma catástrofe está para acontecer, e que encontrar as estrelas que faltam pode evitar essa tragédia. Dámeris não demonstra muito interesse em continuar se envolvendo na busca pelas estrelas, visto que os acontecimentos do livro anterior lhe deixaram alguns traumas.

"Confesso a você que, às vezes, acordo no meio da noite com a sensação desagradável de ter estado pendurada por uma corda sobre uma poça cheia de crocodilos famintos. E ainda que em seguida me dê conta de que foi só um pesadelo, também não posso me esquecer de que o incidente aconteceu de verdade." (página 17, alguns dos pesadelos de Dámeris)

Em busca de respostas, Runy vai recordar um vida passada, onde foi Kasim, um príncipe no Sri Lanka, muito impulsivo e orgulhoso, que fez coisas horríveis, e teve que passar por grandes sofrimentos, perdendo tudo o que mais amava, para poder se redimir e evoluir.

"Vim até a cidade perfeita porque as regras do jogo mudaram. A coisa está feia. Muito feia. os figurões do museu da Filadélfia, que chegaram ontem à noite já nervosos, hoje desmoronaram completamente. Com a notícia, todo o projeto deles vai abaixo, seus dólares naufragaram nas profundezas de um mar devastado e vazio. E Dámeris pode naufragar com eles. Enquanto tiver forças nessas veias, não vou permitir. Por isso as regras mudaram." (página 133)

Eu gostei muito de conhecer um pouco do Sri Lanka dos séculos passados, assim como amei toda a parte que envolvia a disputa dos dois museus para encontrar as relíquias no mar de Ibiza. Esses foram os pontos altos do livro. Em contrapartida, Runy como Kasim foi um homem desprezível, de quem era difícil gostar, e que mereceu todas as muitas dificuldade e perdas pelas quais passou até aprender a ser alguém digno.

Eu não gostei do final dado para a trilogia, acredito que o autor tinha possibilidades muito melhores do que simplesmente correr com os últimos capítulos e jogar fora tudo o que foi construído por Runy, Dámeris e a busca pelas sete estrelas ao longo dos livros anteriores. Foi o desfecho que ele quis dar, mas que me passou a sensação de falta de aproveitamento. Talvez "Kalixti - o enigma das sete estrelas" devesse ser uma série com quatro ou cinco livros e não uma trilogia. Então, se o primeiro volume foi razoável, o segundo muito bom, o terceiro ficou num meio termo, pois foi interessante na ambientação e na busca pelas relíquias, mas deixou a desejar no desfecho e no protagonista.

A narrativa proporcionou uma leitura fluida, a escrita do autor é diferente de um jeito bom, os personagens principais e secundários foram bem construídos (e com certeza me lembrarei deles por um bom tempo), a história me deixava curiosa para os próximos capítulos e, como já mencionado, a ambientação era fascinante.

Apesar da decepção com o desfecho, valeu a pena ler a trilogia e eu a recomendo especialmente para quem gosta de fantasia e quer conhecer um pouco mais de lugares exóticos.

site: http://petalasdeliberdade.blogspot.com/2018/02/resenha-livro-bussola-do-peregrino.html
Raquel.Moreira 11/10/2019minha estante
Só tenho a chave do amanhecer e a bússola do peregrino.. o primeiro livro faz falta pra história?? Ou da pra ler sem ter lido o primeiro?


Maria - Blog Pétalas de Liberdade 11/10/2019minha estante
Oi, acho que até dá pra ler, mas seria bom ler em ordem pra não perder nada do começo.


Raquel.Moreira 11/10/2019minha estante
Ah sim.. obrigada :)




Marcos Pinto 14/08/2014

Um excelente desfecho
Por um lado, fico extremamente feliz por ter lido esse livro, pois ele é incrível e maravilhoso. Por outro, tê-lo terminado me deixa triste, pois é o último livro da trilogia. Os personagens cativantes e a história inteligente deixarão saudades. Fico na torcida para que o autor resolva aumentar a série. Afinal, ainda há muito enredo para ser gasto.

Nesse livro, Runy volta a ser o nosso narrador e nos leva por lugares encantadores. Viajando entre o presente e o passado, percebemos que sua relação com Dámeris é mais complicada do que possamos imaginar. Vida após vida, os dois se encontraram. Porém, apesar de serem almas gêmeas, o destino teima em separá-los.

Porém, nem tudo é romance nesse livro. Aliás, o romance passa ser apenas um pequeno detalhe dentro de um grande enredo repleto de intriga, traições, ambição e a busca pelas sete estrelas de Kalixti.

“Perguntas. Perguntas demais para as quais não tenho resposta alguma. De uma maneira ou de outra, há uma coisa da qual estou segura: tudo o que nos acontece tem um significado” (p. 19).

Runy vive um péssimo momento em sua vida: uma crise assola seu casamento, sua esposa está prestes a sair de casa e seu contrato com a empresa para qual prestava serviços foi suspenso. Abismo após abismo, ele finalmente vê uma luz no fim do túnel: um possível trabalho para um museu. Lá, ele ajudaria na busca de um objeto arqueológico.

Porém, nada é tão simples na vida de Runy. Ao iniciar o trabalho, ele tem a chance de reencontrar a sua felicidade, porém, talvez tenha que abrir mão de sua família. Além disso, terá que relembrar vergonhas do passado para encontrar uma nova estrela e, quem sabe, ajudar a aplacar um fenômeno destrutivo que se aproxima.

Pedro Terrón consegue construir nesse livro um incrível fechamento para série, deixando o leitor apaixonado e corroído pela vontade de desbravar os mistérios da obra. As páginas são viradas uma após a outra até que toda a vontade seja saciada. Encantei-me ainda mais pela escrita do autor. Porém, acho que a temática ainda não foi totalmente explorada. Acredito que ainda cabem, pelo menos, mais uns dois livros.

“Cada vez que penso me surpreendo mais. Foram circunstâncias demais, coincidências demais que surgiram para que esse projeto se tornasse realidade. Um projeto no qual até você está metido. Não sei muito bem se é o Universo que se empenha em conspirar ou se essa estrela em reclamar seu protagonismo, mas uma coisa é evidente: estou disposta a continuar no jogo” (p. 52).

Os personagens principais da obra são os mesmos das obras anteriores. Continuam bem trabalhados e aprofundados. Cada um, com suas características, ganha o leitor facilmente. A narração em primeira pessoa ainda contribui mais para o aprofundamento de cada personagem. No fim da série, nos sentimos amigos de Runy e Dámeris.

Os ambientes continuam ricamente trabalhados e conhecemos lugares fantásticos no livro. Pedro Terrón usa da mistura de história, fantasia e ficção científica para construir lugares e situações que deslumbram o leitor.

Assim como nas resenhas anteriores, parabenizo o trabalho da Primavera Editorial. A diagramação é bela e confortável, as letras são grandes, a correção está muito boa e a tradução, ótima. Além disso, a editora acertou em cheio na compra dos direitos da trilogia.

“Você usa as mulheres para seu prazer. Destrói corações, mas o que importa? Só procura seu próprio bem, custe o que custar. Não se preocupa com o sofrimento de ninguém. Só com o seu próprio. Quem é capaz de fazer o que você fez não pode ser perdoado” (p. 327).

Se você não leu nenhum dos livros da trilogia, certamente está perdendo uma série incrível. Se você gosta de romance, fantasia ou ficção científica, essa é a sua série. Se gosta dos três, ela foi feita para você. Sem dúvidas, você não irá se arrepender.

site: http://desbravadoresdelivros.blogspot.com.br/2014/07/resenha-bussola-do-peregrino.html
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