Pequeno Irmão

Pequeno Irmão Cory Doctorow




Resenhas - Pequeno Irmão


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Biblioteca Álvaro Guerra 27/02/2024

Em um futuro próximo, Marcus só tem 17 anos, mas acha que sabe tudo sobre como o sistema funciona ― inclusive como passar a perna nele. Rápido e esperto no mundo da internet, o garoto não tem problema nenhum em enganar os sistemas de segurança invasivos ― mas não muito inteligentes ― da escola.

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788501087218
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vick 27/05/2021

o livro basicamente fala sobre Marcus, um garoto de 17 anos que tenta enfrentar a falta de liberdade em relação a seu governo, eu arrastei um pouco a leitura nos 10 primeiros capítulos e depois foi fluindo mais, no final achei bem interessante. não entendi o final do darryl ?????
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L1nk 20/08/2020

Tinha potencial...
Livro começa muito bem. Mas se perde em meio a um romance bobo e curiosidades pontuais bem interessante sobre tecnologia. Se encontra no final mas até lá já não tinha muito fôlego. Acho q se mais jovem fosse, gostaria mais do livro. Não me entendam mal. É um bom título. Mas.. tinha potencial pra ter sido mais grandioso.
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Vanessa Meiser 16/08/2011

Bem, em primeiro lugar, quero dizer que para ler este livro é legal entender um pouco de tecnologia, jogos, computador e etc, mas se caso você não saca grandes coisas sobre tudo isto, não tem problema pois, durante toda a história o autor procura sempre explicar o que significa cada "modernidade" citada e daí fica fácil acompanhar o desenrolar da trama.
O livro é muito bom, com um tema bem diferente do habitual, um tema real e forte.
A gente assiste todos os dias na televisão às reportagens sobre os Estados Unidos/terrorismo, não há ninguém neste planeta que não saiba o que é o 11 de setembro, mas uma coisa é assistir na televisão, outra coisa é ler um livro sobre o tema. Eu particularmente nunca havia lido nada do gênero, nem sabia que existia, confesso que às vezes ficava um poco cansada por causa da tensão que envolve toda a história - falta de liberdade de expressão, falta de privacidade, de poder de autonomia - mas não tem como não ficar iamginando como seria o andamento e o desfecho do livro, impossível largar o livro sem antes saber onde tudo isto vai dar.
Como o próprio autor cita, Marcus Yallow e seus amigos, Darryl, Van e Jolu estavam no lugar errado, na hora errada.
Três adolescentes de 17 anos cada, fogem da escola para poderem participar de um jogo quando a cidade é surpreendida por um abalo que no princípio pensava-se ser um terremoto, mas que era na verdade um ataque terrorista.
Marcus, Van e Jolu são capturados por serem considerados suspeitos, principalmente Marcus que por ser tão inteligente, adorar e entender tudo de tecnologia e ser praticamente um haquer. A vida destes adolescentes muda drásticamente a partir deste fatídico dia.
O mais surpreendene é que tudo o que você encontrar neste livro, apesar de não ser baseado em fatos reais, pode sim ter ocorrido com qualquer cidadão americano.
Bem, eu recomendo este livro para quem procura algo de bastante ação e ousadia.
Uma ótima leitura a todos!
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raphaax__ 13/05/2020

Bom, mas...
achei uma boa história, personagens bem construídos, ótimo enredo, porém, o autor coloca no livro muitas informações desnecessárias e foge muito do foco principal do livro, por isso as 4 estrelas.
Marcus Yallow é um adolescente que como a maioria dos adolescentes de hoje, ama a internet, ele se acha tão esperto que acha que pode ´´passar a perna´´ em sistemas operacionais. Após matar aula com seus amigos para jogar o jogo favorito dos mesmos, é realizado um ataque terrorista aonde a ´´polícia´´, sequestra Marcus e seus amigos, após isso Marcus é exposto a vários perigos...
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Gabriel Aleksander 25/08/2016

Enfadonho em sua inovação
A Sinopse

Marcus e seus amigos decidem sair em mais uma de suas missões do jogo de realidade alternativa Harajuku Fun Madness, onde eles devem procurar pistas em locais específicos da magnifica San Francisco para assim desvendar os mistérios do jogo. Entretanto, durante essa expedição os garotos se veem no meio de um atentado terrorista que provoca a destruição da ponte Bay Bridge.

Em meio à tamanha confusão, um de seus amigos, Darryl, acaba sendo gravemente ferido, levando os garotos a buscarem por ajuda em um dos carros que passavam freneticamente pelos arredores do incidente. Porém, os planos não saem como esperavam e Marcus e seus amigos são detidos pelo Departamento de Segurança Nacional como inimigos do governo por estarem portando um grande número de objetos tecnológicos suspeitos e terem a idade ideal para serem recrutados pela Al Qaeda.

Diante disso, os garotos são mantidos em confinamento sob condições inumanas e torturados durante dias, até serem liberados, com exceção de Darryl, em uma San Francisco tomada pelo horror e submetida ao controle do Departamento de Segurança Nacional, que monitora seus cidadãos de todas as formas possíveis. Em frente a essa realidade, Marcus toma para si a missão de se vingar daqueles que tiraram a sua liberdade injustamente e, acima de tudo, que deram um paradeiro desconhecido para seu amigo.

Conhecimentos específicos na história: lado positivo e negativo

Esse é um livro que sem dúvida alguma traz para o leitor um material repleto de informações específicas do mundo da tecnologia, com longas explicações sobre elementos que compõem essa categoria do conhecimento. Esse é um ponto que obviamente acrescenta muito ao livro, visto que, nem todos os leitores ou seja, eu apresentam um entendimento vasto sobre os assuntos que são abordados no livro, tornando-o uma obra que se diferencia das demais por esse aspecto. Contudo, informação demais enjoa e por vezes quebra a dinâmica narrativa, erro no qual “Pequeno Irmão” se afundou.

Em determinado momento do livro, ler tornou-se um longo e enfadonho processo, onde a única coisa que desejava era que o autor parasse de dar tantas explicações minuciosas e apenas continuasse a desenvolver a história.

O arco de vingança do protagonista

Confesso que uma das coisas que mais me atraíram na história foi a busca pela vingança que o protagonista iniciou, e a forma inovadora que o autor escolhe como meio para atingir esses objetivos. O problema aqui fica por conta da falta de elaboração do arco do protagonista, mesclando entre as instigantes páginas iniciais e um desenvolvimento arrastado e enfadonho, que inevitavelmente resultou em um final sem força.

Opinião Final

Um livro com um conceito interessante e que estimula nos estimula a consumir o material de forma frenética, mas que perde sua força ao tentar bombardear o leitor com informações desnecessárias em detrimento de uma extensão da história que apenas contribui para a perca de interesse gradual no arco do protagonista.

Mesmo com seus pecados, o livro conseguiu conquistar um lugarzinho no meu coração por ser uma tentativa de inovação em meio a um mercado editorial que vem caindo na mesmice há um certo tempo.

site: fatalityliterario.wordpress.com/
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andwarf2004 31/01/2016

Ficando paranoico em 3, 2, 1...
Pequeno Irmão conta a história de Marcos, um adolescente de 17 anos que tem conhecimentos de hacker, é um bom aluno e ama ficar na internet. Marcos mora em São Francisco. Um dia, enquanto ele e seus amigos estão jogando um jogo de realidade virtual, um ataque terrorista à cidade faz com que Marcus e seus amigos sejam levados pelo Departamento de Segurança Nacional para serem interrogados, como possíveis terroristas. Quando Marcus volta para casa - depois de ficar preso e ser interrogado - ele percebe que as coisas mudaram. São Francisco não é mais a mesma. As pessoas estão sendo monitoradas e o medo de instalou. O governo, que deveria proteger os cidadãos, agora os oprime e os persegue, usando como justificativa o perigo de novos ataques.
A trama, em si, é bem elaborada. Com o avançar da história, o leitor consegue ficar paranoico e com muita raiva do que está acontecendo com o protagonista. Os demais personagens da história não tem muito destaque. Apenas mais do mesmo. A namorada high tech. Os pais que não percebem as manobras do filho. O próprio Marcus é um adolescente comum, mas que carrega consigo uma experiência única que modela suas atitudes.
Se você é fã de conspirações e computadores, vai amar esse livro. O pior é que ele nem é tão fantasioso como parece...
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Livro de Resenha 04/01/2016

Pequeno Irmão - Cory Doctorow
O livro Pequeno Irmão, de Cory Doctorow já demonstra ser mais que uma história sobre jovens e tecnologia. Feita para aprender e pensar, ela pontua pontos importantes sobre a cultura da internet, privacidade e como o descontrole do próprio governo pode afetar a vida das pessoas.
A narrativa é feita por Marcus, um rapaz de 17 anos muito inteligente e grande conhecedor da tecnologia e internet - além de como usá-las completamente ao seu favor.
A partir de suas descrições percebe-se que eles não estão no tempo atual, mas também não é citado exatamente quando. Marcus conta como as escolas têm câmeras de reconhecimento, um sistema de internet rastreado e que cada aluno recebe um notebook para estudar - que também é vigiado a cada tecla pela direção. Com esse clima de desconfiança o personagem mostra como burlar as regras – que apesar de irritantes são muito fáceis de contornar. Porém, após um atentado terrorista e interrogatórios feitos em Marcus, o rapaz volta para casa e descobre um novo mundo em total vigilância, onde todas as pessoas são consideradas supostas terroristas e aqueles que saem da margem de normalidade são caçados e presos sem qualquer tipo de justiça.
Como um tipo de vingança Marcus cria a Xnet, uma rede de internet criptografada que torna impossível ser descoberto e planeja trazer a baixo todos aqueles que querem tirar a liberdade e a privacidade de seu país.
A narrativa de Marcus é veloz e bastante descritiva quando explica termos de internet ou trechos da história dos EUA que lembre os acontecimentos vividos. Por ser jovem e tão conectado a internet nota-se uma grande influência em como Marcus reage as coisas, às vezes impulsivamente da mesma forma que também demonstra pouca maturidade em certos momentos – mas isso se mostra como uma característica da sua idade e não como uma falha de personalidade.
Os acontecimentos descritos tem convicção, assim como as atitudes dos personagens e os temores que Marcus descreve. O pouco romance que aparece acrescenta outro ponto de vista a influência dele e a personalidade forte de seu par consegue se provar importante na história sem ser apenas o caso amoroso – um desenvolvimento interessante por parte do autor.
A história se propôs a refletir sobre como podemos utilizar a tecnologia e a importância da privacidade nesse meio. Com de uma história que poderia realmente acontecer o autor consegue escrever uma narrativa sobre um rapaz de 17 anos que tem princípios fortes dentro de si e luta pela liberdade de seu país.

site: http://livroderesenha.blogspot.com
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Cheiro de Livro 04/02/2015

PEQUENO IRMÃO
“Pequeno Irmão” é um livro de 2008, mas é uma leitura mais atual do que nunca, ainda mais com os dez anos dos atentados de 11 de setembro se aproximando. Cory Doctorow fala sobre liberdade, a luta por ela, o medo , terrorismo e, principalmente, como a tecnologia pode ser utilizada para manter seus direitos.
Marcus é um jovem de 17 anos que logo após um grande atentado na cidade de São Francisco é preso e torturado pelo Serviço de Segurança Nacional. Essa experiência somada ao fato da cidade se tornar território do medo, não o medo do terrorismo e sim o medo das autoridades, levam Marcus a começar sua pequena rebelião.
A história é repleta de explicações matemáticas e tecnológicas para o que Marcus está fazendo e elaborando. Não é nada que seja inteligível. Os conceitos até podem ser complexos mas são explicados de forma fácil e assim é possível acompanhar toda a trajetória e luta de um grupo de adolescentes contra o Serviço de Segurança Nacional.
O mais terrível do livro é que mesmo ele sendo uma alegoria da realidade, ele está mais próximo do que se viveu nos anos pós 11 de setembro do que se pode imaginar. Guantanamo e Abu Ghraib são só dois casos conhecidos onde o governo dos EUA simplesmente suspenderam os direitos dos detidos e os torturaram em nome da segurança nacional. Viajar de avião nunca mais foi a mesma coisa, a segurança nos aeroportos ficaram cada vez mais rígidas e mais paranóicas. Gosto de comparar a reação dos americanos depois dos ataques a Nova York a dos ingleses depois do ataque a Londres. Os americanos queriam sangue e demoraram meses para voltar a sua rotina. Os londrinos foram para a rua no dia seguinte afirmando que ninguém mudaria a sua rotina, essa era a resistência deles. Mesmo com essa determinação inglesa a polícia cometeu arbitrariedades, uma delas matou o brasileiro Jean Charles.
A história é empolgante. Ver as possibilidades da tecnologia, a luta pela liberdade, os efeitos do terrorismo nas pessoas, está tudo nas páginas. Adorei a leitura mesmo achando que ele acaba repentinamente, achei que todo o processo poderia ser mais elaborado. Queria ver mais Marcus com Darryl, as mudanças na escola, enfim como tudo evoluiu depois de toda a luta.
“Pequeno Irmão” mais do que apenas uma boa leitura é uma leitura importante. É um grande manifesto que deveria ter como lema a frase de Thomas Jefferson “Aquele que troca liberdade por segurança não merece nem a liberdade nem a segurança”.

site: http://cheirodelivro.com/pequeno-irmao/
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Aline 07/10/2013

Pequeno Irmão
Já tenho esse livro a bastante tempo, mas ainda não tinha conseguido me dedicar a sua leitura até agora. Lembro que li uma resenha sobre ele que despertou minha curiosidade e quando consegui comprar o livro nem acreditei porque ele sempre está caro, mas enfim sabe quando um livro te envolve de um jeito e tira você da sua zona de conforto, além de abrir sua mente para vários assuntos envolvendo tecnologia e consegue fazer você mudar de opinião sobre o que é chato e o que é interessante??? Esse livro fez isso comigo.
Numa época onde estamos a todo o momento escutando nos telejornais sobre espionagem internacional e tecnologia de sistema de segurança e proteção de informações, nada mais atual do que esse livro. Ele começa nos apresentando um jovem de 17 anos chamado Marcus Yallow morador de São Francisco - EUA que estuda numa escola muito rígida com a fiscalização dos alunos, cada passo deles é vigiado pelo diretor e por isso Marcus investe seu tempo principalmente em criar meios de enganar o sistema de segurança do colégio (ele consegue e nos ensina o passo a passo desses inventos, essa parte no inicio é chatinha, mas depois que você se acostuma com a narrativa os termos técnicos passam a despertar curiosidade. Ele fala sobre os primórdios das invenções tecnológicas e como funciona o computador e outros aparelhos etc).
O protagonista no inicio do livro se sente autoconfiante por dominar esses conhecimentos e passa a não ter limites e querer burlar os sistemas de outros locais além da escola tornando-se um Hacker. Segundo ele existem pessoas que nascem para criar regras e outras para quebrar. Ele se questiona sobre a diferença entre crime e infração e qual seria o limite da privacidade?
Tudo estava indo bem na vida Marcus até que um atentado explode uma das pontes da cidade de São Francisco e ele e alguns amigos acabam sendo presos pela Departamento de Segurança Nacional como terroristas. Garanto que a partir daí a história fica tensa e cheia de ação.
Marcus passará por maus momentos nas mãos dos agentes e após ser solto por falta de provas, mas com a informação que teria uma liberdade vigiada a partir de então, pensamos que ele ficaria quieto e aceitaria sua nova realidade, mas pelo contrário ele fica cada dia mais crítico e começa a querer combater as injustiças impostas pelo departamento de segurança nacional a toda a cidade (tanto ele quanto os outros habitantes da cidade, mesmo sendo inocentes seriam vigiados até que os terroristas fossem pegos).
Nessa fase Marcus começa a usar seus conhecimentos tecnológicos para burlar o controle do Departamento de Segurança Nacional e tentar conscientizar as pessoas sobre seus direitos constitucionais de liberdade, além de cobrar um tratamento justo sem abuso por parte dos políticos e militares. Garanto que muita coisa acontecerá a partir daqui e o melhor é o amadurecimento e a responsabilidade que Marcus adquire, além de perceber que muito mais interessante que quebrar sistemas de segurança é criar um que seja o mais difícil possível de ser burlado.

"Pequeno Irmão nos faz lembrar que, não importa como o futuro seja imprevisível, nós não conquistamos a liberdade através de sistemas de segurança, criptografia, interrogatórios e batidas policiais. Nós conquistaremos a liberdade ao ter coragem e a convicção de viver livremente todos os dias e agir como uma sociedade livre, não importa o tamanho das ameaças no horizonte." pág.390

Enfim fica a dica de um leitura no mínimo intrigante, instigante e crítica.
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euzebio 19/09/2013

Pequeno Irmão
Livro de Cory Doctorow escrito em 2007. Conta a historia de um ataque terrorista na cidade de São Francisco e como o governo, com a desculpa de combate ao terrorismo, acabou com direitos civis, a liberdade de expressão.

Na confusão do ataque terrorista o governo prende Marcus Yallow, um jovem de 17 anos, um Hacker que usava seus conhecimentos basicamente para burla aulas. Ele é tratado como suspeito de terrorismo, tendo todos os seus direitos suspensos. Por meio de tortura física e psicologia tentam arrancar dele uma confissão. Sem conseguir incrimina-lo ele é solto, mas é coagido a não revelar nada do ocorrido, nem mesmo para seus pais. Neste ponto Marcus revoltado tenta lutar contra esta forma de opressão usando todos os conhecimentos hacker que tem a disposição.

O livro é bom, de fácil leitura. Uma coisa curiosa é a tecnologia mencionada no livro usada por Marcus. Há computadores, internet, uso de tecnologia de criptografia tudo bastante interessante e real, porem não ha redes sociais nem youtube, tabletes e os telefones não eram Smartfones. Na época que foi escrito as redes sociais estavam engatinhando e os poucos smartphones eram coisas de executivos.

A forma que Marcus luta contra o governo e semelhante ao usado pela resistência civil do primavera Árabe em 2010 que usou a internet para mobilizar multidões.

site: http://mgtc42.blogspot.com.br/
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guicepeda 25/08/2011

O mais importante sobre sistemas de segurança não é como eles funcionam, é como falham.
Não tenho nem ideia por onde começar essa resenha. Comentei a semana inteira no twitter sobre o livro Pequeno irmão, de Cory Doctorow. Quando recebi a release por email, tinha uma frase assim: “O livro de Doctorow, best seller do New York Times (que avaliou o livro como uma “leitura incrível”), chegou a ser comparada com o clássico 1984, de George Orwell.”, só ai o livro me ganhou, tinha que ler ele no mesmo dia, tanto que fui atrás de sinopses, releases e mais informações sobre o mesmo. Quando descobri que o enredo era sobre um menino chamado Marcus, pseudônimo “w1n5t0n”, que com apenas 17 anos foi acusado de terrorismo, e interrogado por dias a fio mesmo sendo inocente, e depois de ceder algumas informações pro Departamento Nacional consegue escapar e se vê sozinho em São Francisco, sem poder contar para ninguém o que aconteceu com ele, porque ele sabe que ninguém vai acreditar na sua história, então só lhe resta uma opção – derrubar o sistema com as próprias mãos. (Tentei dar o menos de spoiler possível, não quero estragar a magia e toda a força que tem esse livro.)

O objetivo do terrorismo é nos aterrorizar. O Departamento de Segurança Nacional me aterroriza. – Marcus

Nunca me identifiquei tanto com um personagem como Marcus Yallow desse livro. Marcus sempre foi um amante da tecnologia, entendia de tudo um pouco e sabia fazer coisas que as pessoas “normais” nem imaginavam que era possível fazer pela internet, mas nada o que não fosse possível achar no google, sempre procurando uma maneira diferente de entretenimento, desde um simples jogo de RPG até interferências na escola. (nessa parte eu me lembrei dos tempos do colegial, onde editava a letra das musicas da missa de sábado pelo servidor central da escola (eu estudava em colégio de freiras, ai calculem :X). Depois de Marcus ser pego pelo Departamento Nacional, ele busca vingança, e “arma” uma rede chamada Xnet para derrubar o governo, isso me lembrou um misto de Duro de Matar 4.0 e o filme Die Welle (A Onda no Brasil). O que era um simples projeto da madrugada, daquelas ideias que você tem de madrugada e vai pro computador programar e acabam dando certo (o Burn Book é uma delas) e no dia seguinte não tem mais controle sobre ela, porque quando uma coisa cai na rede, é de domínio mundial e não tem como barrar a evolução de seja lá o que for que você publicou, como se fosse um viral.

"Eles estavam tirando isso de mim, pedaço por pedaço (…)
Eu havia quebrado várias regras na minha vida e geralmente tinha me dado bem. Talvez fosse justiça. Talvez fosse o meu passado voltando para ajustar contas (…)"

Marcus é um adolescente com os conflitos comuns, mas tem a mente mais amadurecida pelas situações que ele já viveu, e usa isso ao seu favor. Ele é decidido, e não desiste de um objetivo até que ele seja alcançado. Pelo o que eu entendi, o autor colocou um pouco dele mesmo em Marcus, usou toda sua formação e conhecimentos em tecnologia para construir um personagem brilhante e diferente de todos os protagonistas masculinos que eu já tinha lido (no começo vi alguns traços de Artemis Fowl em Marcus, por toda aquela coisa da tecnologia, sistemas, invasões e planos mirabolantes, mas depois da metade do livro vi que não tinha nada a ver, e eram personagens totalmente distintos.)

A narrativa do livro é de tirar o folego, a cada pagina você se sente mais interligado com a história, como se fizesse parte de toda aquela revolução tecnológica que ocorreu em São Francisco, e mesmo com muitos termos tecnológicos e coisas malucas que só um cientista da computação tem vontade de aprender, o autor explica de uma forma bem humorada e simplificada para os leitores mais leigos não se sentirem boiando na história.

O mais importante sobre sistemas de segurança não é como eles funcionam, é como falham. – Marcus
Aproveitando o gancho da revolução, outro ponto que me identifiquei com Marcus foi de criar algo que pudesse dar acesso a todos a uma “tecnologia” ou sistema até então restrito para alguns. Quando eu /criei o blog no dia 27/11/2010 ele se chamava “Let’s Start a Riot”, acordei num surto de madrugada, tinha esquecido o ipod ligado e estava tocando Riot do Three Days Grace (pra quem não conhece essa banda, não sabe o que está perdendo) e comecei a programar o blog para postar o meu arquivo pessoal de ebooks que na época eu tinha no meu notebook, era uma forma de manifesto pelo preço abusivo dos livros de algumas editoras (beijos pra rocco) o que impossibilita alguns leitores de explorar o maravilhoso mundo da literatura, pois ao meu ver pagar 50 reais num livro com menos de 200 páginas é mais do que um abuso, quase um roubo qualificado por meios não convencionais.

Acordei no dia 28 e já tinha alguns acessos, mas pensando bem essa não era bem a proposta de um blog literário, e decidi seguir pelo caminho “certo” e reprogramei novamente o blog e postei a minha primeira resenha de Crescendo, mas não perdi a brecha de colocar o link para o Ebook. Sai meio do foco da resenha, mas não podia deixar de comentar tal semelhança com o personagem principal, ele vê nas menores coisas oportunidades para criar algo que possa ajudar as outras pessoas, mas nem sempre vai ser bem vista pelos outros, mas o que importa é a intenção.

Essa resenha ficou diferente de todas que já escrevi pro Burn Book, o livro tem tantas reviravoltas que fica difícil descrever alguma coisa sem contar algo a mais do livro. Os personagens são marcantes, cada um com uma característica diferenciada que acabam se completando de alguma forma e achando o equilíbrio necessário para dar continuidade no livro.

A trama do livro é totalmente estruturada, Cory Doctorow sabia o que estava fazendo. Ele desenvolve o livro de uma forma inusitada, com toda essa história de rebelião tecno-geek ele acaba dando uma aula de tecnologia e segurança, é um dos editores do site Boing Boing, que já ganhou vários prêmios internacionais relacionados a tecnologia, dentre eles, foi vencedor por duas vezes do premio Weblog of the year.

Comparei o livro com o filme Die Welle apenas pela ideia de revolução, que aos poucos foi tomando força e os jovens foram se unindo cada vez mais por um ideal de liberdade. O autor faz menção a vários episódios históricos de revoluções e manifestações contra o governo, mostrando que o poder do governo não é nada comparado com o da união dos jovens “revolucionários” movidos pela ideia de liberdade de expressão, até mesmo no mundo cibernético.

Pequeno irmão é perfeito, já foi traduzido para mais de 23 línguas, e Cory Doctorow veio para ficar, mostrou que sabia do que estava falando e espera que usemos a tecnologia para mudar o mundo. Uma mistura de ação, romance, aventura e um toque de suspense, Pequeno irmão, é um livro fantástico, e entrou para o meu top 10 dos melhores livros que eu já li na vida.

Queria agradecer a Vivi da Galera Record por me mandar esse livro para resenha, e pela oportunidade de conhecer o trabalho de Cory Doctorow.

Com certeza esqueci de falar alguma coisa nessa resenha, devia ter escrito aos poucos, mas espero ter passado a ideia principal do livro, super recomendo para todos os leitores, e principalmente para aqueles que como eu, são amantes da tecnologia.

Pequeno Irmão mostra como nós podemos ir do ponto onde estamos hoje até um mundo onde a tolerância social para ideias novas e diferentes acabou de uma vez {…} Nós conquistamos a liberdade ao ter a coragem e a convicção de viver livremente todos os dias e agir como uma sociedade livre, não importa o tamanho das ameaças no horizonte {…} saia de casa e ouse ser livre. – Andrew "bunnie" Huang
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Felipe Sagn 19/08/2011

Tecnologia e liberdade
Pequeno irmão é um daqueles livros que enganam (no bom sentido) você vai ler pensando ser mais um livro juvenil, quando começa a entender a trama, percebe que o conteúdo e bem centrado e nada fora do nosso comum, ou um comum bem próximo.

A trama e descrita por Marcus um jovem de 17 anos que entende muito de tecnologia e sabe como usar e como burlar para seu gosto, ele mora em São Francisco, uma cidade que vigia tudo que a população local faz desde o uso a internet ate a movimentação dos alunos nos corredores das escolas, Marcus usa a tecnologia a seu favor para não ser vigiado.
Marcus já achava ruim ser vigiado, mas tudo mudou depois de um ataque terrorista, onde foi preso juntamente com seus amigos por serem suspeitos, eles são levados de sua cidade e interrogados por dias. Depois de Marcus revelar todas as coisas que fez para despistar o sistema por anos ele e liberado com a ameaça de ter o Departamento de Segurança Nacional sempre o vigiando.
Quando Marcus volta, se depara com uma cidade totalmente vigiada, câmeras sistemas de transportes monitorados, aonde quer que alguém vá o Departamento de Segurança Nacional saberá, mas Marcus não concorda com essa vigilância toda e usa de toda seu conhecimento para derrubar o sistema.
O livro é totalmente inteligente e poderia facilmente acontecer em um futuro próximo, fico feliz em saber que a Record esta investindo em livros desse nível, tenho certeza de quem ler este livro vai sentir e querer ser Marcus uma pessoa apaixonada pela sua liberdade.

Promoção no meu blog
http://www.ojovemescritor.com/2011/08/promocao-o-pequeno-irmao.html
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Guto Fernandes 02/09/2011

Eu vi os luminares da minha geração destruídos pela loucura, famintos, histéricos e nus, arrastando-se pelas ruas bairro negro de madrugada em busca de uma dose nervosa, hippies com cabeça de anjo desejando o antigo contato celestial com o dínamo estrelado do maquinário da noite… pág. 227


Marcus Yallow, também conhecido como w1n5t0n, é um garoto de 17 anos que possui um conhecimento acima da média com relação a internet e tecnologia. Viciando em um jogo onde existe interação tanto virtual quanto real entre seus participantes, ele não deixa que sua equipe fique um passo sequer atrás da busca pelo prêmio máximo. E para tal feito é necessário cumprir uma série de tarefas e buscas, porém o garoto jamais pensou que estes simples atos pudessem ir de encontro aos piores momentos de sua vida.

Estando no local errado e na hora errado, Marcus e seus amigos são detidos próximos ao local do pior ataque terrorista a São Francisco já registrado. Como suspeitos de terem alguma conexão com os responsáveis eles são confinados por dias numa prisão passando por interrogatórios intermináveis e pedidos para que tenham acesso aos aparelhos que Marcus portava na ocasião. Até o dia em que ele por fim decide colaborar com seus captores e ser solto, mas não sem ser avisado de que seria vigiado daquele dia em diante.

Uma vez solto e vendo o mundo como ele conhecia transformado em uma prisão onde cada cidadão tinha seus passos e atos registrados, Marcus decide lutar contra o sistema e derrubá-lo com o intuito de ter de volta a liberdade retirada de todos.

Pequeno Irmão do autor Cory Doctorow é antes de tudo um livro cativante, que defende com unhas e dentes o direito da liberdade e ataca abertamente aqueles que tendem a tomá-la com justificativas de ‘bem maior’. Essa é uma postura que reflete diretamente o engajamento do autor, que desde criança se mostrou propenso como militante em questões como o desarmamento nuclear e ações do Greenpeace, e é apresentada ao longo do enredo de formas embasadas em importantes documentos americanos como a Declaração dos Direitos, a Constituição e a Primeira Emenda da Constituição.

Também valendo-se desta luta pela liberdade em todas suas formas o autor faz paralelos e ligações com os movimentos em prol do fim da segregação racial americana, os hippies e yuppies das décadas de 60 e 70 com suas manifestações contrárias a Guerra do Vietnã. Em determinado momento da história Cory Doctorow até mesmo emula o famoso show de Woodstock em uma versão menor num dos parques de sua São Francisco tomada por câmeras e paranóia antiterrorista.

Baseado e motivado por esses preceitos o protagonista da história, um garoto de 17 anos que após sofrer as piores humilhações em sua curta vida, decide se vingar do Departamento de Segurança Nacional criando diversos meios de interferir na busca deste e mostrar o quão inútil é a mesma. Para tanto Marcus consegue criar desde uma rede de internet fantasma, onde seria praticamente impossível rastrear as ações de seus usuários, até interferências diretas, como trocar informações coletadas pelos federais e alterar ‘padrões’ de comportamento dos cidadãos que culminam com o colapso da cidade inteira.

Cada ação do governo e suas falhas sempre são analisadas por Marcus de forma lógica e metódica, porém em nenhum momento o leitor se encontra perdido durante essas passagens. Se há algo que Doctorow parece ter prezado ao escrever Pequeno Irmão fora trazer termos técnicos de informática e criptografia para um modo mais palatável, porém sem perder sua essência ou cair em frases bobas. E deve-se dizer que este é um livro que respeita e instiga a inteligência de quem está lendo-o, em diversas passagens quase podemos sentir que o protagonista, que também é o narrador, está dialogando diretamente conosco, expondo suas teorias e descobertas como se estivéssemos lado a lado com ele.

Essa narração em primeira pessoa também é fundamental para a criação do clima que envolve todo o enredo, conseguindo transmitir bem as emoções e dúvidas do personagem em todos os momentos, assim como permitindo uma melhor análise da evolução que o mesmo sofre no decorrer da trama. Podemos dizer que ao iniciar sua narrativa Marcus era apenas um garoto que sabia modos de burlar a vigilância massiva de sua escola e ao longo das páginas, mesmo sem desejar ou tomar o título para si – escondendo-se sob um novo nick M1k3y, ele se torna um importante vetor para a revolução contra o sistema e suas ações.


Eu balancei a cabeça. – Ninguém consegue alguma coisa não fazendo nada. O país é nosso. Eles o tiraram da gente. Os terroristas que nos atacaram continuam livres, mas nós, não. Eu não vou me esconder por um ano, dez anos, a vida inteira, esperando que me deem a liberdade de mão beijada. A liberdade é algo que você tem que conquistar. pág. 350


Quase criando uma sociedade distópica ao implementar as medidas enérgicas do Departamento de Segurança Nacional o autor se valeu tanto da paranóia existente quanto a sensação de segurança por meio de vigilância constante impregnada na sociedade moderna quanto em um paralelo com a realidade prevista por George Orwell em seu livro 1984. Livro este em que fora criado o Grande Irmão, ou Big Brother no original – que serviu de inspiração direta para a elaboração do reality show -, um personagem que através de uma série de telas monitorava a vida de todas as pessoas da sociedade. E aproveitando-se deste conceito o autor nomeia sua obra com o nome de Pequeno Irmão, numa alusão a oposição entre os ideais de Marcus e as ações do governo.

E conforme encaminhamos para o desfecho da narrativa, com várias reviravoltas acontecendo e revelações sendo feitas, vislumbramos a genialidade de Doctorow para ligar todos os eventos assim como a de seu protagonista para conseguir dar sua cartada final contra o sistema em uma investida que define tudo como ganhar ou perder, sem meios termos.

Pequeno Irmão é um livro cuja leitura transcorre de maneira natural e rápida, sem qualquer problema durante seu curso. É uma obra instigante, cujo tema – a luta pela liberdade e o direito de usufruir dela – já envolve o leitor de forma surpreendente e todos os reveses que Marcus sofre ao longo da trama apenas tornam maior o carisma desenvolvido por ele.

Para finalizar esta é uma obra que ao lado de 1984 se manterá atual por muitos anos enquanto houver alguma semente da ideia de que a troca da privacidade e liberdade pela falta sensação de segurança imposta pela vigilância descontrolada e falha muitas vezes. Assim como Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley e a obra máxima de George Orwell, Pequeno Irmão é um livro sobre um medo que sempre assombrará os corações humanos: a tirania de poucos com a desculpa do bem-estar de muitos.

MORDI MORDI MORDI MORDI MORDI! Pág. 322
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