Pequeno Irmão

Pequeno Irmão Cory Doctorow




Resenhas - Pequeno Irmão


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Andalik 05/07/2020

Pequeno Irmão - Resenha em 05/07/2020
Pequeno Irmão é um livro de 2008 com uma história fantasiosa mas verossímil, que equilibra momentos sérios e descontraídos sem perder o ritmo. Fala sobre liberdade, a luta por ela, o medo, terrorismo, e principalmente, como a tecnologia pode ser utilizada para manter nossos direitos.

A trama gira em torno de um ataque terrorista ao sistema de Bay Bridge e BART na cidade de São Francisco e como o governo, com a desculpa de combate ao terrorismo, acaba com os direitos civis e a liberdade de expressão. Marcus, revoltado, tenta lutar contra esta forma de opressão usando seus conhecimentos.

Cory Doctorow, o autor, é ex-diretor da EFF (Electronic Frontier Foundation), uma fundação que defende os direitos individuais no mundo digital.

Em contraste com assuntos tão sérios, a história traz muitos trechos bastante didáticos (mas também muito interessantes) sobre tecnologia, hackers e até sobre história. O autor consegue fazer isso sem perder o ritmo da narrativa e sem entediar o leitor - as explicações de Marcus são divertidas e apresentam de forma simples e bem-humorada vários assuntos que são necessários para entender a trama.

Com toda essa história de rebelião tecno-geek, Cory Doctorow acaba dando uma aula de tecnologia e segurança.

Recomendação: Público em geral, especialmente os aficionados por tecnologia.
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Livy 10/08/2011

Um livro surpreendente de aventura tecnologica!
Acesse: http://nomundodoslivros.blogspot.com

Pequeno irmão é o tipo de livro que te surpreende. Pelo menos posso dizer que me surpreendi, e muito! E se você pensa que este é um mero livro juvenil e com uma aventura adolescente comum, está muito enganado! Este é um livro mais sério (que me lembrou um filme), com um teor mais "adulto". Aliás eu nem sei por onde começar, pois estou muito empolgada! =D Bom, vamos tentar né?!

Marcus é um garoto de 17 anos, conhecido como W1n5t0n no mundo virtual. Ele é inteligente, tem uma personalidade forte, e adora tecnologia. Um dia ele "foge" da escola com seu melhor amigo Darryl (amigo de infância) para jogar Harajuku Fun Madness (um jogo em estilo ARG - alternate reality game). Eles se encontram ainda com Van e Jolu, que são integrantes de sua equipe no jogo. Assim que estão reunidos, eles começam a procurar por pistas, que irão levá-los adiante no jogo, mas assim que as encontram, eles descobrem que não poderiam estar em pior lugar. Afinal, a partir daí, eles veem suas vidas mudarem completamente, pois estavam no lugar errado, na hora errada.
Partimos, quatro bons amigos, para desvendar uma pista, ganhar o jogo - e perder tudo o que era importante para sempre. - Marcus
Em primeiro lugar, algo que achei muito (mas muito mesmo) interessante no livro é que ele é totalmente voltado para a tecnologia, nos apresentando termos e assuntos do gênero. Aliás, o que é muito importante ressaltar é que nada citado no livro é sem uma boa base de conhecimento de causa, afinal Cory Doctorow é coeditor do blog sobre teconologia Boing Boing e ex-diretor da Eletronic Frontier Foundation (também muito citada no livro) da Europa, que é uma organização que defende a liberdade na rede. Ok! Deu pra perceber como o cara entende do assunto? Eu realmente fiquei fascinada com tudo o que li, afinal sou técnica (não atuante) de informática (redes e programação) e muitos dos termos utilizados são de meu conhecimento (o que facilitou ainda mais a leitura e a tornou ainda mais agradável). Mas para quem é leigo, não tem porque se preocupar em não entender nada do livro, afinal, ao mesmo tempo que uma palavra ou situação é apresentada ao leitor, ela é explicada. Ou seja? Pode ler sem medo de ficar confuso!

Cory abordou temas como: ARG (que são jogos de realidade alternativa, que combina as situações de jogo com a realidade), MMORPG (Massively multiplayer online role-playing game, designando games para uma grande quantidade de usuários, que utilizam muitos dos elementos existentes nos jogos de interpretação de papéis, os famosos RPGs ), LARP (jogos "reais", onde é a própria pessoa que interage com outras, simulando um jogo de forma cênica), criptografia (que é o estudo dos princípios e técnicas pelas quais a informação pode ser transformada da sua forma original para outra ilegível, de forma que possa ser conhecida apenas por seu destinatário) ParanoidLinux (Paranoid Linux é um sistema operacional que assume que a sua operadora está sob ataque do governo, e ele faz tudo que pode para manter as suas comunicações e documentos em segredo), Hacker (são indivíduos que elaboram e modificam software e hardware de computadores) etc. E também faz menção a nomes muito conhecidos como Jon Postel (Contribuiu significativamente para a o desenvolvimento da Internet). Além destes detalhes, achei muito legal o livro contar com 2 Posfácios, contando com declarações de: Andrew "bunnie" Huang (hacker de Xbox) e Bruce Schneier (criptógrafo estadunidense, especialista em segurança computacional e escritor).
Pequeno Irmão mostra como nós podemos ir do ponto onde estamos hoje até um mundo onde a tolerância social para ideias novas e diferentes acabou de uma vez {...} Nós conquistamos a liberdade ao ter a coragem e a convicção de viver livremente todos os dias e agir como uma sociedade livre, não importa o tamanho das ameaças no horizonte {...} saia de casa e ouse ser livre. - Andrew "bunnie" Huang
Além disso, tenho que dizer que este é um livro bem forte (em termos de expressão), pois traz muitos assuntos polêmicos. Entre estes assuntos temos: terrorismo, liberdade de expressão, constituição dos Estados Unidos, privacidade (e invasão à privacidade), Departamento de Segurança Nacional, segurança, política e governo, guerra e rebelião, abuso de autoridade, anarquismo, etc. Dá pra perceber o quanto o livro é expressivo não? Ok! O que posso dizer? Este é o tipo de livro que nos faz pensar, se realmente estamos seguros, se realmente somos livres, e se realmente podemos confiar nas autoridades de nosso país (além de que devemos ter a consciência de saber escolher quem irá estar à frente de nossa Nação). No caso, é o que Marcus se pergunta e busca entender! E ele realmente não confia! Afinal, ele foi preso injustamente, torturado junto com seus amigos, como se fosse um terrorista. Depois de solto ele vive paranoíco e não pode contar para ninguém (assim como não pode contar com ninguém e deve desconfiar de todos) o que aconteceu com ele. O Departamento de Segurança Nacional fez isso com ele (principalmente uma tal de mulher do cabelo curto), com seus amigos, e desapareceram com seu melhor amigo Darryl. E Marcus jura que vai se vingar deles. E ele vai! Ele descobre uma forma de burlar a segurança implementada pelo Depto. e acaba tomando ações que irão tornar tudo grandioso demais.
O mais importante sobre sistemas de segurança não é como eles funcionam, é como falham. - Marcus
Falando dos personagens, eu adorei Marcus que é determinado e muito corajoso. E adorei Ange (que ele conhece em uma reunião- não vou falar do que - e se tornam parceiros) que também é muito corajosa, inteligente e esperta, e que muitas vezes dá ideias ótimas. Eu odiei a mulher do cabelo curto (agente do Depto de Segurança Nacional). Juro que se pudesse eu mesma torturava ela! Van, Jolu, Barbara (repórter investigativa que ajuda Marcus), os pais de Marcus... todos têm um papel fundamental na trama, nada é por acaso e tudo é bem amarrado e tem muita coêrencia. O uso da tecnologia é a sacada esperta de Cory para mostrar que o governo é falho, carente de segurança, e nos passa a ideia errada de poder.
O objetivo do terrorismo é nos aterrorizar. O Departamento de Segurança Nacional me aterroriza. - Marcus
Como não quero soltar nenhum spoiler (e acho que já soltei alguns, hehe) então vou me ater a dizer que: eu adorei o livro. Ele tem ação, violência e suspense na medida certa (ok garotos, vocês vão adorar), lembrando um bom filme de ação e aventura. Com uma narrativa inteligente e sagaz, nos apresentando uma trama bem amarrada e bem envolvente, usando de termos interessantes e situações inusitadas, Pequeno Irmão superou minhas expectativas, e me surpreendeu. E para complementar a resenha vou soltar uma info: o nome do livro se deve ao fato de fazer menção ao movimento criado por Marcus, onde os participantes se designam como pequenos irmãos. E vale ressaltar que o trabalho gráfico do livro é lindo e a capa elaborada por Igor Campos ficou mara *--*. Eu gostei (empolgada aqui) e recomendo!
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Dominik 06/08/2020

Lindíssimo, hackeou tudo
Não imaginei que fosse gostar tanto desse livro. Quando li o resumo na livraria, achei interessante e decidi levar, despretensiosamente. Ao começar a ler, me deparei com uma história interessantíssima e jovial e não tenho dúvidas de que se tivesse tido mais tempo no meu dia a dia, teria o terminado em bem menos tempo.

No começo, achei um pouco estranho o modo como o autor decidiu narrar. Me acostumei com descrições cheias de detalhes, mesmo em livros em 1° pessoa, então me assustei um pouco com a forma "direta ao ponto" e cheia de diálogos que Cory adotou. Todavia, logo me vi viciade na história e simplesmente não conseguia largar o livro. Fluida e prazerosa, em nenhum momento senti tédio durante a leitura.

A obra é repleta de momentos informativos sobre tecnologia, hackeamento e movimentos sociais importantes. Entendo que muitos possam considerar chato, mas eu particularmente achei que eles foram tão bem encaixados na narrativa, a ponto de ficarem mais interessantes do que maçantes. Outra coisa que me chamou a atenção foi o ar revolucionário e algumas referências punk (meu coração alternativo chora). É perceptível o interesse do autor nesses assuntos e foram algumas das razões para eu sorrir e rir sozinhe enquanto lia.

Pequeno Irmão é um livro interessante, informativo, necessário e assustador. Inspirado na obra 1984, de George Orwell, a história investe em uma São Francisco distópica que, como no próprio resumo diz, não está tão distante de acontecer. Passível de ocorrer no futuro não apenas na cidade estadunidense da Califórnia, mas em muitos lugares no mundo, inclusive aqui no Brasil.
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Tori 01/04/2022

Como ninguém fala de "Pequeno irmão" esse livro é simplesmente maravilhoso, quando eu comecei a ler confesso ñ tive muita esperança eu achava q o livro ia ser chato e bla bla bla mas ñ eu, li e reli várias e várias vezes e é como se eu lê-se pela primeira vez. Super indico esse livro.
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Pam Gonçalves 19/08/2011

Pequeno irmão de cabeceira
A recomendação do Scott Westerfeld fez com que eu esperasse muito mais do livro, as expectativas estavam lá no alto, e não me arrependi!

Pequeno Irmão contará a história de Marcus, um garoto de 17 anos aficionado em tecnologia. Conseguia burlar todos os métodos de segurança do colégio. Desde as câmeras até o computador portátil da escola. Além de tecnologia ele adorava jogos. E foi por causa de um jogo que ele foi parar no lugar errado e na hora errada. São Francisco (a cidade que ele mora) sofreu um ataque terrorista, e todos os cidadãos que estavam na área são considerados suspeitos. Ele é capturado pelo Departamento de Segurança Nacional e interrogado, a partir dai tem o governo no seu pé.

Seu desafio agora é muito maior. Muito mais que um sistema de segurança escolar. Ele precisa desafiar o Departamento de Segurança Nacional. A privacidade acabou, e ele precisa pegá-la de volta.

Toda essa aventura é um grande intensivo sobre coisas nerds. Marcus tem alto conhecimento sobre qualquer assunto relacionado à tecnologia, e a cada nova descoberta ou nova saída para seus problemas, a forma que ele narra os acontecimentos me fez sentir o que ele estava fazendo. Parecia que era eu que estava lá burlando sistemas, fazendo novas jogadas, ou simplesmente pensando sobre o assunto. Meu lado nerd (e da época do curso de Sistemas de Informação) queria ir direto para o computador e pesquisar sobre as coisas que ele dizia.

A parte sobre terrorismo e forma de interrogatório me lembrou muito Guantánamo Boy. O que meio que comprova os métodos usados pelo governo americano. O livro mistura tecnologia, com conceitos políticos, conflitos que realmente existem.

Para os que querem tirar como base os livros de Westerfeld, tenho que dizer que o livro é muito mais intenso. Apesar de tratar do controle das pessoas, Pequeno Irmão tem problemas muito sérios. Porém, preciso confessar que comparei muito o Departamento de Segurança Nacional com as Circunstâncias Especiais da Série “Feios”.

Recomendo muito a leitura! Principalmente para os meninos que gostam desse tipo de livro. Mas se você for menina também pode gostar, tem uma pitada de romance para aliviar um pouco o assunto caso você não esteja tão familiarizada com o assunto!
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Camila 31/07/2022

Surpreendeu
Comprei esse livro e uma feira e confesso que não esperava muito dele, mas me surpreendeu. A história é envolvente e bem construída, o protagonista é convincente e me torcendo por ele durante o livro todo. Aprendi muito e me interessei bastante sobre questões que não imaginei que me interessaria. Muito bom, divertido e interesante.
E bom pra intertexto de redação tbm viu kkkk.
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CooltureNews 02/09/2011

Por: Junior Nascimento
Publicada no www.CooltureNews.com.br

Não tenho o sentimento antiamericano correndo em minhas veias, e tão pouco morro de amores pelos nossos vizinhos ricos do norte, mas uma coisa é certa, nunca imaginava que chegaria o dia onde colocaria um trecho da Declaração de Independência dos E.U.A no inicio de alguma resenha neste site. Mas essas poucas palavras resumem exatamente o que senti ao ler o livro, e o que todos deveriam sentir, estamos vivendo em um país onde falta a população saber que os governantes só estão no poder porque nós os colocamos ali, e chegou a hora dos governantes terem o mínimo de respeito pela população, e realmente fazer o seu trabalho.

Esse foi mais um livro que optei por não ler nenhuma sinopse e muito menos resenhas, e fui surpreendido a cada linha. Vocês devem ter percebido que o intervalo entre minhas resenhas no site tem ficado cada vez maior, isso se deve ao pouco tempo que tenho tido para ler, mas neste caso em especial, eu abandonei tudo inclusive horas que me dedicava a ficar na internet ou ver meus seriados, nada conseguia me fazer parar de ler Pequeno Irmão, e o fiz em 2 dias, ou seja, o tempo que demorava a alguns meses para ler.

No início, digamos os 3 primeiros capítulos, achei que não fosse gostar muito do livro, afinal ele é repleto de explicações tecnológicas e matemáticas, e com uma linguagem que costumamos ver na internet, e convenhamos, após ler Orgulho e Preconceito, pegar algo com esse tipo de linguagem é completamente sinistro. Por sorte acabei me acostumando e com o tempo percebi o quanto esse tipo de linguagem e explicações foram necessárias para a leitura.

Pequeno Irmão é uma critica contra essa sociedade que diz lutar contra o terrorismo espalhando o terror, o que é completamente contraditório, mas acontece. Depois dos atendados dos últimos anos, principalmente o de 11 de setembro (que completa 10 anos neste mês), podemos dizer que os terroristas foram bem sucedidos, não que esteja enaltecendo esse ato cruel, mas eles realmente conseguiram espalhar o terror.

Será que os terroristas já venceram? Será que nós cedemos ao medo a ponto de artistas, praticantes de Hobbies, hackers, iconoclastas e talvez um simples grupo de moleques jogando Harajuku Fun Madness serem considerados tão superficialmente como terroristas?
Página 389.

No livro, mais uma cidade dos Estados Unidos é alvo de um ato de terrorismo e com isso, podemos dizer que o governo perde o controle por tentar controlar tudo e todos. Temos uma visão do transtorno que a tecnologia pode nos causar, com câmeras espalhadas pela cidade, inclusive dentro das salas de aula, acesso a dados de cartão de crédito, internet completamente grampeada, toda a população acaba sendo alvo de um governo corrupto que se aproveitou de um ato terrorista para assumir o controle total de sua população.

NÃO CONFIE EM NINGUÉM COM MAIS DE 25 ANOS!

Marcus sempre foi contra qualquer tipo de domínio, acredita fielmente em seu país e é um experiente hacker, a receita perfeita para ir contra tudo o que o governo estava fazendo, mas faltava algo que disparasse o gatilho. No momento do atentado, Marcus foi detido para esclarecimentos, afinal estava próximo ao local do atentado quando o mesmo aconteceu. Marcus foi preso, torturado, humilhado e ameaçado, um cidadão americano de 17 anos, uma das vitimas do terror. Isso bastou para sua busca por vingança e com isso criou a Xnet, uma internet livre do controle do governo, por ser totalmente pirata, usando um simples console XBox.

“Vocês são a primeira geração a crescer em um país que virou um campo de concentração e sabem que sua liberdade vale cada ultimo centavo, p…”
Página 198

A Xnet acabou se tornando um ponto de encontro entre jovens que assim como Marcus estavam estarrecidos quanto aos abusos de autoridade do governo, o que foi comparado no livro a uma versão moderna do movimento hippie, e isso me fez ver com outros olhos tal movimento e confesso que fiquei com muita vontade de pesquisar mais sobre ele, poderia ter um pouco mais das aulas da Srta. Galvez no livro, quando vocês lerem, garanto que sentirão a mesma coisa. Essas aulas, e os debates que aconteciam da mesma foram simplesmente geniais, eu adoro um bom debate, e no livro podemos ver ambos os lados e tirarmos nossas conclusões mas sem deixar de respeitar as demais. Os “Gritos” que estão espalhados nesta resenha foram colocados de uma forma tão perfeita no livro que foi simplesmente impossível não se arrepiar ao ler, e garanto que estou neste momento arrepiado.

TOMEM DE VOLTA!

Como vocês devem ter percebido, ao ler o livro esse sentimento de revolta contra as barbaridades cometidas pelos governantes cresceu exponencialmente, porém junto dele veio um sentimento de que um pequeno grupo de pessoas podem ganhar força e fazer algo acontecer. É exatamente disso que se trata o livro, ter amor pelo seu país, afinal se você o ama de verdade, não basta criticar é preciso fazer algo para mudá-lo.

Trocar privacidade por segurança é idiotice suficiente ; não conseguir segurança alguma com a troca é ainda mais idiota.
Então, feche o livro e vá em frente. O mundo está cheio de sistemas de segurança.
Quebre um deles.
Página 386

Sabe aquele livro que quando você termina a leitura, você simplesmente quer voltar as páginas e ler tudo novamente? Pois esse é Pequeno Irmão, só não faço isso agora pois tenho muitos livros para ler, mas posso garantir que é a minha vontade. Essa resenha ficou enorme, mas posso garantir que tentei reduzir ao máximo minhas palavras, só lendo o livro para vocês entenderem.
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Celia 20/01/2012

Pequeno Irmão
Bom demais é o que me vem à cabeça. Li rápido, e não podia ser diferente, o livro é muito instigante, bem escrito (alguns erros na edição, deve ser falha de impressão, mas não desmerece a tradução).
O que primeiro me chamou a atenção foi o título: Pequeno Irmão (Little Brother) que, obviamente, me lembrou de um outro livro com tema parecido: 1984, de George Orwell. Lendo percebe-se que o tema é o mesmo: o controle do Estado, invasão da privacidade e direitos civis.
Assustador, por mostrar o quanto somos controlados sem nem mesmo nos darmos conta desse fato e o quanto o Estado nos poderia controlar, retirando nossa privacidade com atos bem simples. Será que vale a pena abrir mão da liberdade em nome da segurança? O governo tem o direito de controlar seus cidadãos para prevenir crimes? Até que ponto é válida a interferência do Estado em nossas vidas? E não estamos nós mesmos abrindo mão de nossa privacidade e a colocando nas redes sociais? Isso pode ser uma arma contra nós?
O livro faz pensar. Embora seja protagonizado por um adolescente e tenha um tema interessante principalmente aos jovens geek, trata-se de todos nós e do comodismo político, que nos permite deixar nas mãos de outros nossas escolhas.
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Marcos Faria 01/05/2013

Como romancista, Cory Doctorow é um bom blogueiro. Metade do seu "Pequeno Irmão" (Record, 2011) é uma pregação panfletária sobre os males da vigilância governamental e a importância de preservar a privacidade, baseando-se quase sempre em informação despejada com a sutileza de um troll - num capítulo, uma professora resolve, do nada, dar uma aula sobre a história e as ideias dos yippies de San Francisco, convenientemente no momento em que o autor precisava dessa narrativa para contextualizar a ação. A outra metade mostra o heroi, Marcus/w1n5t0n/M1k3y, um adolescente branco heterossexual de classe média, praticamente um checklist de privilégios, vivendo uma fantasia de poder digna dos pulps mais simplórios, com a ajuda de uma galeria de personagens secundários estereotipados.

(Publicado originalmente no Almanaque - http://almanaque.wordpress.com/2013/05/01/meninos-eu-li-34/)
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Pedro 17/02/2016

Narrativa arrastada e pretensiosa, a começar pelo título. Os temas da obra - a vigilância irrestrita e generalizada, a invasão de privacidade, o controle e a opressão do Estado, as farsas da política - são, sem dúvida, fundamentais para o mundo hoje. Mas tudo isso já tinha sido adiantado, com muito mais qualidade, em "1984". A atualização das ideias de Orwell, seu pesadelo concretizado, nos assusta. Mas, do ponto de vista literário, achei um livro cansativo e ranzinza, mesmo com a pegada aventuresca. Não curti.
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Murilo S.F 22/01/2022

Impressionante!
Definitivamente não é para qualquer um, mas se você gosta de ficção ou história alternativa (se é que se enquadra nisso) mas sério, ele consegue te prender do começo ao fim, o drama e o romance são na medida certa, talvez o romance foi esquecido do meio para o fim, mas você não vai se arrepender de ler ele, é o autor tem outro livro no mesmo estilo.
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Palazo 23/11/2011

“Governos são instituídos entre os homens, derivando seus justos poderes do consentimento dos governados; sempre que qualquer forma de governo se torne destrutiva de tais fins, cabe ao povo alterá-la ou aboli-la e instituir um novo governo, baseando-se em tais princípios e organizando-lhe os poderes pela forma que lhe pareça mais conveniente para realizar-lhe a segurança e a felicidade”.

Esse trecho da declaração da independência dos EUA é citado algumas vezes por Marcus Yallow, protagonista do livro “Pequeno irmão”, escrito por Cory Doctorow e publicado pela Editora Record.

Os motivos que inspiraram a declaração do garoto de apenas 17 anos eram sempre os mesmos, confrontar aqueles que defendem a perda da privacidade e da liberdade para justificar um aparente estado de segurança. Este fato pode parecer absurdo, porém ocorre todos os dias ao nosso redor sem muito alarde, com ações simples que vamos nos acostumando, nos adaptando e encarando como parte de nossa própria realidade.

O livro começa como uma obra adolescente comum, no estilo próximo ao de Percy Jackson. Marcus é o protagonista, também conhecido como W1n5t0n no meio digital, um nickname que ele usava para driblar sistemas de segurança no colégio e na vizinhança com a finalidade de manter sua privacidade e continuar realizando suas atividades normais como visitar sites proibidos durante as aulas, ou mesmo escapar da escola para jogar o jogo Harajuku Fun Madness.

A obra muda de tom durante uma dessas fugas em que quatro amigos vão jogar uma nova etapa do jogo. Darryl, Jolu, Van e Marcus encontram-se e partem em busca de uma pista quando sentem um terremoto sobre seus pés, ao longe avistam um cogumelo se formando e sumindo. Uma bomba havia explodido uma das pontes mais importantes de São Francisco, um ataque terrorista acabara de acontecer e os fatos que se seguiram mudaram o curso da história.

A partir do ataque o livro ganha uma nova cara, o medo passa a fazer parte de cada trecho. Os quatro amigos fogem, encaram o pânico da multidão na estação de metrô, são presos, torturados e três deles são soltos. A cidade muda, o medo e o caos tomam conta de cada cidadão, tudo é justificável pela improbabilidade de um novo ataque e pela busca inconsequente por terroristas. Todos perdem sua privacidade e são suspeitos de terrorismo.

Esses eventos mudam Marcus, que da mesma forma que usava a tecnologia para escapar dos sistemas de segurança da escola, começa a usá-la para escapar e enganar a segurança do próprio governo. Junto com o protagonista, uma infinidade de jovens começam a usar uma rede alternativa, criptografada, para conversar e a organizar ações para confundir os sistemas de segurança, driblar barreiras e se organizar para vencer o medo e o caos criado por aqueles que deveriam defender, proteger e privar pela felicidade de todo cidadão.

O governo, através do Departamento de Segurança Nacional, procura deter estes jovens e o medo toma conta do personagem principal. Marcus assume um estado quase paranóico de perseguição, mas mesmo assim continua suas ações inspirado pelo apoio de centenas de jovens, e de pessoas que acreditam no texto da Declaração de independência dos EUA, principalmente quando diz que “sempre que qualquer forma de governo se torne destrutiva de tais fins, cabe ao povo alterá-la ou aboli-la e instituir um novo governo”.

Esses fatos descritos de perda da privacidade e liberdade podem parecer exclusivos dos norte-americanos, ainda mais depois do dia 11 de setembro. Porém, se pararmos um pouco para analisar, nós perceberemos que eles estão cada vez mais próximos do nosso dia-a-dia. O constrangimento de tirar cintos, carteiras e sapatos para ser revistados em aeroportos, a proibição do uso de celulares dentro de bancos, a revista constante de motoqueiros e motoristas de carros como suspeitos de terrorismo. Vivemos sobre uma falsa sensação de segurança, em que o único resultado é nos privar da nossa liberdade.

O livro de Cory Doctorow alerta-nos para a nossa própria realidade através de uma história de rebelião tecno-geek, mostra que não devemos ser reféns do sistema e de governos, e não devemos aceitar o falso argumento da perda da liberdade para obter segurança. Nos dois posfácios do livro, Bruce Schneier e Andrew abordam exatamente esses pontos, e alertam para o papel de cada cidadão na luta contra qualquer sistema que ouse retirar a privacidade. Afinal, como diz Marcus Yallow, “a liberdade é algo que devemos conquistar”.

Em tempo, vale comentar sobre a bibliografia abordada no final do livro, não de uma forma acadêmica, mas como um texto discorrendo os motivos para cada livro. São muitos os livros de tecnologia citados, mas dois me chamaram a atenção: Cryptomonicon, de Neal Stephenson, que fala sobre Ala Turing e a máquina enigma dos nazistas; e 1984, e toda a inspiração que o revolucionário romance de George Orwell trouxe para Cory Doctorow.

Pequeno Irmão

Autor: Cory Doctorow

Tradução: André Gordirro

400 páginas

Preço Sugerido: R$ 34,90
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Piva 14/11/2011

Liberdade só é conquistada quando se luta por ela.
Para a manutenção de um Estado é preciso garantir o controle e a segurança daqueles que o pertence. O livro nos apresenta uma situação que quebra essas duas características. Tudo começa quando Marcos e seus amigos estão no lugar errado na hora errada, apenas participando de mais uma fase do jogo de realidade alternativa Harajuku Fun Madness. Enquanto eles procuram por pistas ocorre o maior atentado ao Estados Unidos da América desde 11 de Setembro. O alvo foi uma ponte muito importante de São Francisco, e segundo o Departamento de Segurança Nacional, Marcos causou o atentado.

Marcos Yallow é apenas um adolescente de 17 anos que é aficionado por tecnologia e as diferentes formas de manipulá-la. Ele modificou todos os aparelhos eletrônicos que possui para que tivessem as funcionalidades que ele desejava, mesmo sendo proibido tais modificações Marcos apenas as faz por diversão e conhecimento. Ele juntamente com um grupo de amigos são mais uma equipe no jogo Harajuku Fun Madness, que consiste na procura de pistas e resoluções de enigmas em diversas partes do mundo. Para eles aquele seria mais um dia em que escapariam da escola para jogar, mas como já disse eles estavam no lugar errado e na hora errada, o Departamento de Segurança Nacional não quis saber o porquê de estarem naquele lugar e naquele momento e levaram presos Marcos e seus amigos, presos como terroristas.

Marcos e seus amigos passam por tempos difíceis na prisão sendo tratados no maior descaso, retirando-lhes todos os direitos como cidadãos, utilizando de todo tipo de violência física e psicológica. Marcos é tido como o líder terrorista e sobre ele pesa toda pressão psicológica. Alguns deles conseguem ser soltos, ainda tidos como terrorista, mas tendo regime provisório, para isso tiveram de se responsabilizar pelo atentado e assinar um termo de sigilo sobre tudo que passaram naquela prisão, se alguém soubesse de alguma coisa que ocorreu naquele lugar eles seriam mortos sem compaixão alguma.

São Francisco está cada vez mais dominada pelo Departamento de Segurança Nacional, a cada dia chega novas equipes. Câmeras são instaladas em todos os lugares; é controlado cada passo dos cidadãos, caso eles fujam da rotina que estão designados o Departamento de Segurança trata de investigar as causas; pessoas são presas todos os dias por serem suspeitas. A privacidade é extinta. É como se São Francisco estivesse numa bolha altamente vigiada fora do mundo.

Marcos entra em um confronto, viver suprimido por tudo que passou ou levantar-se contra o sistema e lutar, mas uma luta escondida e silenciosa. Ele assume uma nova identidade, uma em que ele possa se esconder, mas que possa mostrar sua verdadeira opinião e a realidade que muitos não sabem ou não conseguem enxergar. Ele se utiliza de um sistema operacional para Xbox, o Xnet. Único lugar onde ainda há liberdade em São Francisco, uma rede de adolescente lutando contra o sistema supressor. A rede faz grande sucesso entre os adolescentes, Marcos se torna um líder de uma revolução cibernética. Seus membros começam a encontrar modos de demonstrar a verdade para o mundo ver a realidade em que se encontra a cidade São Francisco. Será um confronto intenso, cheio de reviravoltas, uma jornada de conhecimento e também de perigo, já que uma vez que é declarada guerra não há como voltar atrás, ainda mais uma guerra entre adolescentes contra o governo do Estados Unidos.

Um livro altamente maravilhoso que infelizmente não conseguirei demonstrar em palavras o quão bom é esse livro. Cory Doctorow foi extraordinário em relacionar em três tópicos muito importantes: a organização da política atual, o poder e a funcionalidade da internet e conflitos adolescentes.

Primeiro que o livro apresenta diferentes conceitos de computação, como a criptografia. Como faço curso na área pude rever diversos conceitos, o interessante é a maneira que ele explica para um usuário comum, dos aspectos mais difíceis e mais fáceis Cory soube demonstrar seu conhecimento como atuador na área. Nunca havia lido um livro destinado ao público adolescente que possuísse argumentações tão bem feitas quanto à organização do sistema que estamos submetidos. Ele nos apresenta o sistema e todas as irregularidades presentes nele, maioria nos é visível, mas ignoramos. Acho que a crítica mais evidente do autor quanto a esse tópico foi a maneira que o Departamento de Segurança Nacional lidou com a atentado ao EUA. As barbaridades que foram geradas em nome de um atentado que já havia arrasado o mundo. Barbaridades como a tortura em que foram submetidos os presos que estiveram sob controle americano. E acima de tudo ele engaja o leitor a questionar a realidade que vive, questionar se tudo que somos subordinados é apenas para nossa segurança ou apenas controle em massa utilizando da Constituição para argumentar tais problemas.

Ele apresenta tudo isso sem deixar de utilizar os confrontos pertinentes da adolescência. As confusões, descobertas na figura do Marcos, que foi um personagem maravilhoso, pude me identificar com as diversos problemas que ele enfrentou e fiquei fascinado pela a maneira como ele encontrava uma solução através de idéia totalmente criativa, digo resoluções que apenas um adolescente veria como uma solução para um problema que normalmente teria sido resolvido de uma maneira mais séria.

É dito por muitos como uma versão adolescente de “1984” de George Orwell, um livro que quero ler o mais breve possível. Indico para leitores de todas as idades, pois nesse livro encontrarão respostas para seus questionamentos e novos questionamentos, uma leitura para refletir muito sobre. Liberdade só é conquistada quando se luta por ela.
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Vanessa Meiser 16/08/2011

Bem, em primeiro lugar, quero dizer que para ler este livro é legal entender um pouco de tecnologia, jogos, computador e etc, mas se caso você não saca grandes coisas sobre tudo isto, não tem problema pois, durante toda a história o autor procura sempre explicar o que significa cada "modernidade" citada e daí fica fácil acompanhar o desenrolar da trama.
O livro é muito bom, com um tema bem diferente do habitual, um tema real e forte.
A gente assiste todos os dias na televisão às reportagens sobre os Estados Unidos/terrorismo, não há ninguém neste planeta que não saiba o que é o 11 de setembro, mas uma coisa é assistir na televisão, outra coisa é ler um livro sobre o tema. Eu particularmente nunca havia lido nada do gênero, nem sabia que existia, confesso que às vezes ficava um poco cansada por causa da tensão que envolve toda a história - falta de liberdade de expressão, falta de privacidade, de poder de autonomia - mas não tem como não ficar iamginando como seria o andamento e o desfecho do livro, impossível largar o livro sem antes saber onde tudo isto vai dar.
Como o próprio autor cita, Marcus Yallow e seus amigos, Darryl, Van e Jolu estavam no lugar errado, na hora errada.
Três adolescentes de 17 anos cada, fogem da escola para poderem participar de um jogo quando a cidade é surpreendida por um abalo que no princípio pensava-se ser um terremoto, mas que era na verdade um ataque terrorista.
Marcus, Van e Jolu são capturados por serem considerados suspeitos, principalmente Marcus que por ser tão inteligente, adorar e entender tudo de tecnologia e ser praticamente um haquer. A vida destes adolescentes muda drásticamente a partir deste fatídico dia.
O mais surpreendene é que tudo o que você encontrar neste livro, apesar de não ser baseado em fatos reais, pode sim ter ocorrido com qualquer cidadão americano.
Bem, eu recomendo este livro para quem procura algo de bastante ação e ousadia.
Uma ótima leitura a todos!
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danilo_barbosa 29/08/2011

1984 é logo ali
Em meio a chuvas de novos títulos literários que recebemos diariamente e seus comentários diversos, tanto pela Internet, vitrines de livrarias com textos sedutores ou até mesmo do boca a boca de outros blogueiros e leitores, há livros que são incomparáveis e marcam gerações. Outros que, décadas depois, ousam se aventurar no mesmo tema destes clássicos incomparáveis.

Na minha experiência literária, vi poucos destes livros "chupões" (se podemos chamá-los assim), se darem bem diante do público. Este semana me deparei com um deles. E me pego a pensar se não foi o exemplo mais feliz deste estilo de história.

Pequeno Irmão de Cory Doctorow (Galera Record, 398 páginas) é uma alusão clara ao clássico 1984 de George Orwell. Desde o título, referindo-se ao Grande Irmão, temível sistema totalitário da grande obra de ficção, como em expor o grande medo de liberdade vigiada de todo ser humano.

Em Pequeno Irmão, conhecemos Marcus, um adolescente de 17 anos que é viciado em internet e cultura digital. Chamado de W1n5ton (Olha mais uma referência de 1984 aí gente!) no mundo virtual, ele é inteligente o suficiente para brincar com a pequena sociedade ao seu redor, burlando o sistema da escola para encanar aula, por exemplo, ou até mesmo jogar as grande novidades on-line com seus amigos.
E é exatamente por causa de um destes jogos que tudo começa...

Ele e seu grupo de amigos são jogadores inveterados de Harajuku Fun Madness, um excelente jogo que mistura o mundo real e virtual. Como assim? São enigmas que eles têm de resolver tanto pela tela do PC quanto indo aos lugares mais diversos a procuras de pistas.

Quando sai a nova pista, nada mais prático que ele e seus amigos saírem pelas ruas de São Francisco saírem nesta caçada. Mas, no meio desta jornada, acontece um atentado terrorista e alguém explode a Bay Bridge, matando mais de 1000 pessoas. Por um acidente do destino, eles acabam sendo levados pela Exército como possíveis terroristas...

É lá que o adolescente conhece o medo de morrer entre quatro paredes de uma cela e, após uma série de torturas e pressões, é liberado junto com seus amigos. Menos um deles, o seu melhor amigo, que some sem deixar vestígios. E isso é só o começo...

Veja resenha completa no Literatura de Cabeça:
http://bit.ly/pvkitX
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