O Espião que Sabia Demais

O Espião que Sabia Demais John le Carré




Resenhas - O Espião Que Sabia Demais


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Fabio Shiva 10/06/2011

Frio, cínico e cruel.

Esses, que podem ser os atributos de um bom espião, são também as principais qualidades desse livro, cujo mérito maior, penso eu, seja retratar a espionagem durante a guerra fria de forma bem “realista”, ainda que com toda a fantasia de um bom suspense.

Está certo que eu não entendo nada de espionagem (ou quase nada, salvo as fantásticas coisas que aprendi durante minha passagem pelo exército, que prefiro nem comentar...). Mas imagino que a espionagem “de verdade” tenha pouco a ver com os inocentes jogos entre cavalheiros que aparecem nos romances de Agatha Christie, e bem pouco igualmente do glamour e das fêmeas fatais que povoam as histórias do 007 de Ian Fleming. Gisele, a espiã nua que abalou Paris, então, ai de mim! Não deve passar de pura fantasia...

A espionagem na vida real deve ser mesmo é como num romance de John Le Carré: sórdida, confusa e cheia de burocracia...

Muito interessante é o personagem George Smiley, total antítese de James Bond: baixinho, gorducho e corno! E ainda assim provavelmente o melhor espião da literatura - não no sentido de ser o mais carismático, mas de ser o melhor mesmo no ofício de espião!

Pois o cara é bom mesmo, tanto que aparece nos principais livros do Le Carré. Finalmente tive a chance de ler uma história estrelada por ele. Aqui, Smiley precisa provar que é o melhor de todos, se deseja descobrir quem é a “toupeira” infiltrada no coração do Circus, a agência de espionagem britânica.

Em um certo aspecto, a história é também um romance policial clássico, pois cabe ao leitor descobrir junto com Smiley quem é o perigoso agente duplo. Mas a melhor parte não é descobrir o culpado, e sim acompanhar Smiley em sua penosa Odisseia mental para montar todo o quebra-cabeças.

John Le Carré é muito competente em seu ofício de contador de histórias de espionagem e dono de um estilo muito próprio, que começo a apreciar.

Alô tradução!

Um aprendizado a mais ficou por conta da tradução. A criatividade já fica evidente na tradução do título (“Tinker Tailor Soldier Spy” no original). Dois trechinhos me fizeram pensar.

Teve uma fala de Smiley, dizendo que fulano estava “caçando gansos selvagens”.

Essa expressão “wild goose chase” é bem utilizada, e significa algo como “caçar fantasmas”, no sentido de indicar uma tarefa árdua e com poucas chances de êxito.

A tradução literal dessa fala me fez pensar que o tradutor talvez estivesse meio distraído, sem render ao autor à merecida atenção que um texto tão sutil merece (tive a chance de ler um trecho dele em inglês, e senti a elegância do texto).

Mas tudo bem, essa passava, afinal em meio a tantas palavras em código, operação Bruxaria, operação Testemunho, sujeitos conhecidos unicamente como Control, Merlin, Karla... seria compreensível esse pequeno lapso.

O que não dá para entender é a cena que acontece antes dessa, quando fulano está falando ao telefone, e “pressionou o fone contra as nádegas, para garantir que seria ouvido” (ou algo assim, cito de cabeça)...

Só posso entender que o tradutor leu “cheeks” e levou logo para a maldade... ou então existe uma outra palavra em inglês que signifique igualmente “bochecha, face” e também “bunda, nádegas”!!! Será??? Adoraria descobrir... só mesmo lendo o original!

Mas que ficou estranho esse trecho, ficou!!! Cheguei a imaginar que o tal fulano espião tivesse desenvolvido um código secreto a base de puns!!!

Rarara!!!

(08.06.11)



Comunidade Resenhas Literárias

Aproveito para convidar todos a conhecerem a comunidade Resenhas Literárias, um espaço agradável para troca de ideias e experiências sobre livros:
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http://www.comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/
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http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=36063717
*
Ana Flávia 21/01/2012minha estante
Muito boa a resenha! Já comprei o livro (a versão com Gary Oldman na capa é muito, muito bela) e só não comecei a ler pois estou terminando a saga do Mochileiro das Galáxias.
Graças à sua resenha, vou prestar bastante atenção nesse trecho do telefone nas nádegas - e provavelmente dar umas boas risadas. :)


Fabio Shiva 21/01/2012minha estante
Oi Ana Flávia!
Valeu pelas palavras!
Eu vi o filme semana passada, e gostei muitíssimo!!!
O Gary Oldman como Smiley está arrasando!!!
Consegue passar zilhões de emoções em um breve olhar sutil, bom demais!!!


Ruan 13/07/2014minha estante
Gostei muito da resenha. Acabei de assistir o filme e não entendi nada, mas fiquei com MUITA vontade de ler o livro (sempre o livro é incrivelmente superior aos filmes).
Outro ponto, é que me deu vontade de ler o original, em inglês, pra descobrir o "pressionou o telefone contra as nádegas"! hahaah


Leila lil 17/09/2015minha estante
Fiquei curiosa com a citação das nádegas, hahah... Então dei uma olhada no meu livro e acho, se for essa a frase correta, que o contexto está certo, apesar da palavra nádegas parecer meio estranha.
"... entreabrira a porta e mantinha o bocal do telefone apertado contra as nádegas, porque estava muito empenhado em que essa parte da conversa não fosse gravada."
No original: "He half-opened the door and he kept the mouthpiece jammed against his backside because he was very concerned that this part should not go on tape."
Sei que essa resenha é meio antiga mas fica para quem tinha curiosidade.




CooltureNews 13/04/2012

Publicada no www.CooltureNews.com.br
Por: Bruna Cristina

Se já teve a oportunidade de assistir a adaptação cinematográfica estrelada pelo Gary Oldman, acredite, não sabe nem metade da história. “O Espião que Sabia Demais” é o primeiro livro da Trilogia Karla e traz George Smiley dando inicio a caçada ao lendário líder do serviço secreto soviético, Karla.

A história começa com Smiley afastado do Circus, o nome como o serviço secreto inglês é conhecido, após a morte de Control e o desastre da Operação Testemunho. Smiley está em crise, com um casamento desfeito, aposentado e sem rumo. Após anos de dedicação e vigilância, a vida civil não lhe parece fácil e tudo o que deseja é manter-se afastado das pessoas inconvenientes de sua vida como espião. Mas um dia, seu passado vem ao seu encontro sob a forma de Ricki Tarr, um espião britânico renegado, que lhe revela algo que Control já desconfiava e pelo qual arriscou sua carreira: há um traidor no Circus.

Agora, com o auxílio de Peter Guillam, o líder dos caçadores de escalpo, Lacon e outros, Smiley se põem a investigar sobre as atuais atividades do Circus e a Operação Testemunho. Durante suas investigações, Smiley é levado até quatro suspeitos: o rei, o soldado, o capitão e o pobre. Paralelo a esta história, temos a de Jim Prideaux, aparentemente um simples professor de francês em uma escola preparatória, cujo passado o assombra.

O livro começa confuso, a história é jogada tão rapidamente para o leitor, com tantos fatos, percepções e personagens que demora um pouco para se acostumar com o ritmo. Mas isso é necessário para que o resto se desenrole mais devagar, com os detalhes sendo apresentados como se fossem petiscos antes do prato principal. Aos poucos, os fatos vão se ligando e fazendo sentido, mostrando uma rede intricada de histórias que apresentam diversas possibilidades durante toda a trama.

No decorrer do livro, Smiley é confrontado tanto com o seu passado como espião, como com seu casamento. A principio isso não faz muito sentido, mas são justamente esses confrontos pessoais que o tornam mais humano e real. E é possível encontrar isso em outros personagens, como Peter Guillam, um dos que mais cresceu durante a trama. No começo, Peter é altamente fiel aos seus princípios e estes são ditados pelos do Circus e seus membros. Conforme o traidor e suas ações vão se tornando mais reais, ele não consegue conciliar o sentimento de ser traído com o seu trabalho, e passa a levar essa desconfiança para sua vida pessoal. Com isso, torna-se uma pessoa estressada e paranóide, culminando em um amadurecimento rápido.

John Le Carré busca com essa história mostrar o ambiente da espionagem no final da guerra fria como um lugar onde desejos pessoais de sucesso e ideologias políticas se confundem e o “para um bem maior” se torna uma desculpa ambígua para justificar os atos dos personagens. Graças a isso, a tensão vai sendo construída e culmina em apenas uma noite, onde o grande traidor é revelado. a partir daí, durante as últimas páginas o clímax vai sendo mantido até culminar com um final nem tão final assim. Ao mesmo tempo que o livro termina, outros mistérios e percepções vão sendo deixadas,sobrando aquele espaço em que o leitor pode fantasiar sobre o destino de seus personagens.

Ao ler não pude deixar de comparar o livro com a sua recente adaptação, o que me deixou com a sensação de que o filme poderia ser muito melhor. A história apresentada no cinema não é mais do que um resumo da original, mostrando apenas as “partes principais” da investigação, mas sem toda a densidade que dá veracidade a trama. Porém, não poderia ser diferente, acho muito improvável que se conseguisse transmitir durante pouco mais de 2h todos os detalhes que John Le Carré foi capaz de reunir.

Recomendo a leitura a todos que se interessam pelas histórias de espionagem, mas aviso que não há nem lembrança de James Bond. O Espião que Sabia Demais é quase um relato do verdadeiro dia-a-dia na espionagem, com pessoas comuns vivendo em um mundo de intrigas, segredos e dissimulação, tudo isso sob a tensão de estarem levando o futuro de seus países em suas mãos.
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Cristiano 13/09/2012

A traição em foco ...
Esse livro pode parecer chato para a maioria de seus leitores. Realmente para quem está acostumado com um tipo de leitura diferente ou busca um livro com muita ação, um mundo de espionagem como visto em filmes do 007 (não encontrará nada disso aqui), não o recomendo. Mas ao analisar a história e perceber sua complexidade o livro começa a parecer mais interessante, precisei chegar a metade do livro para realmente poder apreciá-lo. Apesar de conseguir definir mais ou menos o final da trama bem antes dela acontecer, o livro lhe deixa curioso pelo final. Realmente o tema da traição é tratado aqui com excelência, colocando em dúvida o que realmente significa a lealdade, e esse dilema é levado até o final. O que o leitor precisa entender nele é a complexidade do mundo ao que será inserido no livro, o mundo da espionagem. George Smiley enfrenta suas próprias convicções e coloca em dúvida suas confianças afim de obter o traidor, o conflito se faz em sua mente, e ele precisa centrar seu foco no objetivo.
Eu gostei muito do livro, mas realmente para quem está acostumado com Romance Policias como Agatha Christie por exemplo não é aconselhável, vai ser preciso um esforço para lê-lo, mas vale a pena arriscar para os mais audaciosos.
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Kamila 24/01/2012

“O Espião que Sabia Demais” é uma obra extremamente informativa, com uma narrativa que lembra muito uma ata de reuniões, em que as personagens vão destrinchando suas experiências como agentes, as operações das quais participaram e as pessoas com as quais entraram em contato neste período. Chama a atenção, portanto, a minúcia do retrato feito por John Le Carré, que mostra todo o seu domínio sobre este tema (não é a toa que ele é um dos mais celebrados autores de livros de espionagem da literatura estrangeira). Justamente por causa da riqueza das descrições, este é um livro que exige uma leitura atenta dos fatos, para acompanharmos o raciocínio de George Smiley. Nem sempre isso é fácil e, em muitos momentos, ficamos perdidos tentando guardar todas as informações que nos são passadas.
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otxjunior 25/08/2013

O Espião que Sabia Demais, John le Carré
A primeira impressão que eu tive foi a de que John le Carré inventou um novo idioma para escrever O Espião que Sabia Demais. O uso de jargões do mundo do Serviço Secreto da Inteligência Britânica, ou Circus, pode afastar muitos leitores, mas deve agradar os iniciados ao tema por justamente colaborar para a verossimilhança da trama. Portanto não espere uma aventura do tipo que o agente secreto com licença para matar mais famoso da literatura costuma protagonizar. Aqui o dry martini é substituído por uísque e a ação mirabolante do 007 é preterida por interrogatórios que confundem mais que esclarecem.
A história basicamente segue a missão de um agente aposentado para identificar o espião russo infiltrado no centro de espionagem inglês. Usando principalmente seu raciocínio e memória, George Smiley investiga o passado de todo o alto escalão do Circus, a fim de deduzir quem é o traidor. Tudo muito atmosférico e cerebral.
No entanto, só depois de muitas páginas, percebi que a força da obra não dependia da solução do mistério mas da compreensão deste universo ambíguo de pessoas moralmente condenáveis e extremamente paranoicas que o autor pretendia descrever. Onde lealdade e traição são dois conceitos que podem ser facilmente confundidos. Só dessa forma pude apreciar melhor o livro. Assim e deixando as pontas soltas ao cargo da minha imaginação.
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Wesley 23/08/2014

Confuso demais.
Confesso que não gosto de espionagem (já tentei ler vários clássicos do gênero e nunca terminei nenhuma leitura).

Sinceramente, a leitura nesse livro simplesmente não flui.. é truncada, rebuscada e confusa. Podem me chamar de burro ou ignorante, mas pra falar a verdade não vou dizer que é bom ele só pra dar uma de intelectual.
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Bruno Malini 29/07/2020

Muito bom
Estou voltando a ler John Le Carré, e esse, sem dúvida, já entre os melhores.
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Fernanda 25/07/2014

Confuso!
Não sou de abandonar livros (esse é o primeiro), mas realmente não deu para continuar.

O livro é muito estranho, as palavras não parecem fazer sentido. Alguns parágrafos cheguei a ler mais de uma vez para ver se eu tinha pulado alguma linha sem querer, porque não fazia sentido o que li, mas não, ele é confuso mesmo.

No início do livro o autor vai jogando muitas informações sem muito critério, parece que quer passar todas as informações em poucas páginas, e não da para assimilar.

Vi várias resenhas e a opinião é quase unanime. Quem curtiu o livro só conseguiu fazê-lo no final da leitura e muitos terminaram sem entender.

Sinceramente, acho que não estou num momento bom para essa leitura. Notei que é preciso ter a atenção redobrada para compreender o enredo.
Infelizmente não vou terminar de ler esse livro =(
Ticiana.Oliveira 05/09/2016minha estante
Também abandonei. Fui assistir o filme para tentar me dar animo para ler mas o filme segue o mesmo padrão. Parado e monótono. Segundo livro que abandono.


vehelena 26/03/2022minha estante
Acredito que faltou uma boa revisão desse livro, em alguns momentos me parecia que o tradutor


vehelena 26/03/2022minha estante
Era o google translator, um exemplo entre mtos: louça usada no lugar de louça suja




Coruja 04/07/2015

O Espião que Sabia Demais foi transformado em um excelente filme em 2011, com Gary Oldman no papel do protagonista, George Smiley. A história se passa no período da Guerra Fria e segue os passos de Smiley, um agente aposentado do serviço secreto britânico (MI6 ou Circus), enquanto ele tenta lidar com o abandono da esposa e encontrar um agente russo infiltrado na agência.

A escrita de le Carré é simples, mas elegante. A história é contada de forma fragmentada, entre lembranças, interrogatórios e investigações, que casam muito bem com o quebra-cabeça que o leitor junta com Smiley; o prosaico do cotidiano de uma agência governamental, com sua rotina burocrática e intrigas internas se contrapõe a alguns poucos e bem escolhidos momentos de tensão dramática.

A atmosfera do romance é muito bem construída e autêntica – não à toa, já que le Carré trabalhou tanto para o MI5 (que cuida de assuntos internos) quanto o MI6 (voltado para a política internacional). É um ritmo mais lento e mais crível que o do mundo de ‘Bond, James Bond’, então, não vá para ele pensando em explosões, mulheres, carros e martinis.

Estou aqui em casa com O Espião que Saiu do Frio, também dele, e vai ser o próximo volume para o próximo dia chuvoso livre que eu tiver.


site: http://owlsroof.blogspot.com.br/2015/07/livros-para-ler-no-inverno.html
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MACARI0 24/02/2024

Espiões que sabem demais
Esse livro é um excelente livro sobre o mundo da espionagem durante a guerra fria e sobre a dualidade nós contra eles da época. George Smiley, o personagem principal, precisa investigar e descobrir quem era o espião que estava traindo seu país e prejudicando as operações do Circus, que é a agência de inteligência britânica da história. No decorrer de 38 capítulos e 414 páginas, veremos Smiley indo em busca de respostas no meio de uma tempestade de perguntas, aonde em um certo ponto da história, praticamente ninguém mais era confiável.

Conclusão: "O Espião que sabia demais" deve agradar muito aos fãs mais hardcore de histórias de espiões mas chatear os que estão começando nesse mundo, pois essa é uma história cheia de diálogos e monólogos com muitas poucas cenas de ação. Pra quem está querendo uma leitura simples e curta, esse definitivamente não é o livro certo. Mas quem gosta de um suspense tenso e praticamente frio do começo ao fim, essa é a história perfeita pra se ler. Enfim, esse foi um dos livros mais tensos que já li até hoje. Um livro sobre espiões que sabiam demais.
Valney 28/02/2024minha estante
Rapaz bela resenha, estava procurando um livro nessa pegada de espionagem e que não seja simples. Irei procurar esse livro agora mesmo




Onesko 18/01/2021

O Espião Que Sabia Demais, John Le Carré
Foi um livro divertido, o começo é um pouco confuso, principalmente por ter muitos nomes, como a obra é dividida em três partes, o natural é escolher uma preferida, na minha opinião a parte 3 é a melhor.
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Adriana 17/07/2012

Um livro entediante! Mergulhei de cabeça na trama de O Espião que Sabia Demais levada pelos inúmeros elogios ao autor John Le Carré, mas terminei insatisfeita e triste por ter pago R$ 47,90 em um livro que me trouxe tão pouco.

Esta foi a minha leitura do mês para o Desafio Realmente Desafiante, cuja proposta era ler uma obra que virou filme.

O Espião que Sabia Demais teve uma recente adaptação as telonas (de 2011) que chegou a ganhar alguns prêmios e recebeu grandes elogios da crítica inglesa. Eu ainda não assisti o filme, mas pretendo pois espero com ele conseguir entender a trama, o que não foi possível somente com a leitura.

O livro conta a história de George Smiley, um ex-espião que foi afastado da sua agência e agora descobre um esquema grandioso e que possivelmente havia alguém infiltrado que sabotava as missões.

Isso é o eu está na sinopse e é o que eu pude depreender da história. O resto foi um mar sem fim de parágrafos chatos, maçantes e altamente soníferos. Era eu pegar o livro para entrar na 1ª fase do sono NREM!!!

A história é bastante profunda e até por isso eu não consegui entrar nela. Pode ser a fase que eu estava passando ou apenas o fato de Le Carré escrever sobre espionagem de um jeito bem diferente de James Bond ou outros famosos que vemos por aí. Eu sou muito mais fã de investigações policiais ao estilo Agatha Christie ou Sir Arthur Conan Doyle, que tem uma pegada ágil, interativa com o leitor e viciam instantaneamente.

O Espião que Sabia Demais passa longe deste estilo e, depois de O Espião, decidi interromper minhas leituras que tenham esta palavra no título até segunda ordem. Com a quantidade imensa de livro que se acumulam na minha estante, não dá mais para pegar livros que irão me prender em dias chatos e tristes (sério, fico super pra baixo quando estou lendo um livro e não estou gostando, é incrível)!

Para quem tem um gosto literário parecido com o meu não indico a obra. Provavelmente será um tempo e dinheiro perdidos. Agora, como tenho leitores de todos os tipos, se você é fã do gênero (alô Eduardo), provavelmente deva dar uma chance à história, é bem diferente de tudo que já tinha conhecido e poderá ser uma bela descoberta.

Enfim, não tenho muito mais pra dizer do livro, nem cheguei a compreende-lo realmente. Portanto só me resta esperar que a leitura deste mês do desafio seja mais estimulante.

Resenha em http://mundodaleitura.net/?p=4145
Fernanda 25/07/2014minha estante
Acho que vou desistir desse livro =(
Só encontro resenhas de pessoas dizendo que não entenderam o livro. Estou na página 40 e até agora não entendi nada, um fato atropela o outro e não consigo imaginar as cenas e lugares =(




dissonantbr 21/06/2012

Dropei porque nao era meu estilo.
Como é um livro de espioes, e eles se atentam muito aos detalhes, nao consegui concluir porque descobri que nao é o meu estilo. Interessante, mas nao é a minha praia. Entao,pelo o que eu li, que foi a metade, fico com 3 estrelas.
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Júlia 10/12/2012

Eu tentei...
Eu tinha grandes expectativas quanto ao livro devido aos vários elogios que apareciam na capa - eu não sei porque ainda dou importância à essas coisas, já tive várias experiências com livros ruins que eram cheios desses "baba ovos".

Quando eu peguei esse livro, não pensei que veria ação e aventuras mirabolantes, pelo contrário. Eu estava a fim de uma trama mais cabeça, em que os personagens usassem mais o cérebro do que os punhos, o que de fato ocorre no livro. O problema é que entendi NADA.

Nem o objetivo do personagem principal.

Sério.

Em parte, culpo a tradução. Eu lia e relia os primeiros capítulos, tentando enxergar um rumo, mas algumas palavras simplesmente não se encaixavam. Desisti. Fui lendo com esperanças de entender do meio pro final. Nada. A mesma coisa embuluada e tediosa do início.

A outra parte do problema acho que sou eu mesma. A pessoinha que teimava em ler, mas a mente começava a vagar seguindo um rumo totalmente alheio à narrativa. E então eu parava e relia. Geralmente isso não me atrapalha, mas talvez tenha desta vez.
Márcio 12/06/2013minha estante
Concordo, fiquei perdido com a história e o achei monótono.


Fernanda 25/07/2014minha estante
Estou na mesma situação, faço das suas as minhas palavras




Fabio Vergara 21/01/2014

Dica de leitura: O Espião que Sabia Demais (Tinker Tailor Soldier Spy. UK. 1974)
Sinopse: Após o atentado a Jim Prideaux, George Smiley investiga a suspeita de um “toupeira” dentro do Circo.

Nota (0-10): 9.

Só pra explicar, “toupeira” é um espião que se infiltra direto no centro de inteligência do alvo. Ou seja, é um traíra cara-de-pau! Na Guerra Fria, havia uma paranoia quanto aos toupeiras. Le Carré traça perfeitamente essa paranoia, principalmente por se tratar do centro britânico, que ficou no meio do fogo entre EUA e URSS. Seu texto é todo não linear, e a trama é bem intrincada. Por isso, imagino, ele usa metáforas pra fazer o leitor entender as personagens, como na sequência da filha de Oliver Lacon, na suspeita de Peter Guillam de que sua namorada o trai com o professor de música, ou na personalidade de Bill Roach, um garoto tonto que sabe muito bem o que viu, mas prefere acreditar em outra coisa qualquer. Enfim, é a Guerra Fria e crua, feita por alcoólatras, traidores, pessimistas e depressivos.
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