Sô 10/09/2015A Dinastia Tudor é de longe a mais interessante. Um Rei cheio de caprichos; uma família ambiciosa que usará todos os recursos para ocupar uma posição privilegiada; uma garota que aceita fazer qualquer coisa para chegar ao poder.
O livro é narrado pela Maria Bolena, e descreve detalhe por detalhe – literalmente - o momento em que ela conhece o Rei Henrique VIII até o desfecho trágico de sua família. Família esta que é extremamente fria e calculista, usando suas filhas para conseguir um espaço na nobreza inglesa.
A princípio a “felizarda” será Maria Bolena, já que o Rei está encantado por ela. É assim então que aos 13 anos ela se torna a amante do Rei, tendo inclusive dado dois filhos a ele, mas ainda não é o suficiente aos olhos da família Bolena. Por esse motivo é substituída pela sua irmã, Ana, uma jovem extremamente ambiciosa e inteligente.
A família dá carta branca para ela seduzir o Rei custe o que custar e ela consegue até desbancar a antiga rainha, Catarina de Aragão, que passa a ser ostracizada e tem seu casamento com o Rei anulado sob acusações de ser inválido, já que antes ela era casada com o irmão de Henrique VIII – que falece logo no primeiro ano de casamento – e usam isso como argumento por ser um ato pecaminoso. Na verdade sabemos que é porque o Rei está apaixonado pela Ana, que muito esperta, sussurra ideias para o Rei, fazendo a cabeça dele a favor dela e de sua família.
Anne se mostra incapaz de dar um filho homem para suceder o trono inglês e em seu desespero acaba tendo relações com o irmão. O resultado disso foi um feto mal formado e o início do que seria o inferno para ela, que começa a ser investigada por bruxaria e acaba sendo condenada por isso e incesto.
Para quem gostaria de saber como seria o dia a dia da nobreza inglesa nessa época é uma boa leitura, mas é bom ter em mente que é considerado um livro de ficção em que a autora toma várias liberdades para modificar acontecimentos de acordo com o que se encaixava na versão dela.