Carla.Parreira 16/10/2023
História da alquimia
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Até o capítulo sete o livro relata que a alquimia surgiu através do interesse pela produção da pedra filosofal (fabricar ouro), para o aperfeiçoamento espiritual (propósito de caráter esotérico) e do elixir da longa vida (propósito de caráter exotérico). A procura por ouro atraiu vigaristas e charlatões de toda espécie contribuindo para a má fama que se abateu sobre a alquimia e seus praticantes. A alquimia tornou-se uma prática maldita, mas seu principal objetivo seria promover a purificação espiritual do adepto transformando-o em um ser humano mais elevado. Nessa busca pela fabricação do ouro, a alquimia nasceu por um equivoco, por uma ilusão, sendo inicialmente muito mais uma prática química do que alquímica. A transmutação de um metal ordinário em um metal nobre (ouro) por si só pode ser encarada como uma metáfora para a transmutação interior do individuo na busca da perfeição espiritual.
Uma das crenças do alquimista medieval era a possibilidade de produzir-se, no laboratório, um ser humano artificial em miniatura, o chamado homúnculo. A linguagem alquímica tinha muito mais a ver com a poesia e a pintura do que com a linguagem cientifica moderna. O homem era tido como o enxofre (provindo do sol) e a mulher como o mercúrio (provindo da lua). O equilíbrio dessa união masculino e feminino era tido como o sal. O mercúrio seria o principio responsável pelo brilho e dureza da substancia; o enxofre pela sua cor e combustividade; o sal pela sua solidez e resistência ao fogo. Conjuntamente, os três eram conhecidos como tria prima. O restante do livro relata um pouco sobre Paracelsus, Nicolau Flamel, Alberto Magno, Basil Valentine, Avicena, John Dee, Edward Kelley, Cagliostro, Arnaldo de Vilanova, Newton, Robert Boyle e Jung.