spoiler visualizarjuliana. 25/01/2024
Narrativas
Preciso dizer que nunca tinha lido Marguerite Duras antes. Por isso, talvez, tenha sido tudo tão confuso. Ou talvez *esse* seja um livro confuso. Em Yann Andréa Steiner, Marguerite conta do seu relacionamento com um rapaz muito mais novo, um fã que lhe envia cartas até que um dia resolve bater em sua porta e por lá fica. Uma mulher solitária e um homem jovem que não tem onde morar. Onde será que já ouvi essa história? ?
Logo, na narrativa, a autora deixa à mostra as discussões, os caprichos e intolerâncias do rapaz, que devo ressaltar: morava de favor na casa dela e comia a sua comida. Esse relacionamento tinha como ser mais problemático? Yann acompanhou Marguerite até o fim da vida, conforme se sabe.
A autora mistura ficção e relato autobiográfico de forma estonteante. As coisas deixaram de seguir um fluxo no momento em que diferentes histórias se cruzaram. Além disso, Marguerite não nos fornece tanta informação assim sobre seu relacionamento - o que sabemos se dá por meio de impressões de situações que ela resolve explanar, mas logo nos vemos perdidos em seus devaneios sobre uma realidade ficcional. Inclusive, ela fala sobre seus personagens em ponderações bem interessantes sobre a criação literária.
De resto, tudo passou muito superficialmente, não consegui compreender tanto a ponto de ser tocada pela narrativa. Mas da leitura ficou a certeza de que ainda preciso explorar melhor a obra dessa artista.