Resenhas - As Vinhas da Ira

Jorlaíne 07/06/2024

Todo castigo pra pobre é pouco?
Foi em 1929, durante a depressão e à crise de 29, que ?As Vinhas da Ira? foi escrito.
O livro trata do período em que várias famílias tornam-se migrantes em busca de sobrevivência em meio à recessão.
O autor foi criticado e chamado de comunista por representar a miséria e a dura vida daqueles que trabalhavam em grandes plantações recebendo um valor miserável por seu trabalho árduo.
Essa realidade pode ser vista aqui no Brasil nas obras da segunda fase do modernismo.
O final do livro é ainda mais triste! Não há felicidade nesse contexto.

Dalila.Almeida 02/06/2024

Sem palavras até agora... Vou levar comigo a última cena. Que agonia os finalmente, meu Deus.
Dito isso, só queria registrar a minha incompreensão em relação a alguns vídeos que vi de pessoas falando sobre esse livro e dizendo que o filho é o protagonista. Como assim, gente?! A protagonista é a mãe! Ela que nunca fraquejou, ela que traça os planos, ela que decide, ela que compartilha mais intensamente a dor de cada um, ela que é a mais sensível da família... O retrato de uma mulher forte.
Impressionada com tanto sofrimento e pensar que há um pano de fundo real.

helmalu 01/06/2024

A força do povo unido
Encarei essa leitura como não só uma crítica aos modos de vida dos eua na época em que o livro foi lançado, a ganância, a fome de livro acima da humanidade, mas como uma crítica ao capitalismo em geral.

A narrativa acompanha o êxodo da família Joad e de tantas outras famílias que atravessam a história dos protagonistas durante a grande depressão dos EUA.

Os personagens passam muito sufoco pra encontrar trabalho pra se manterem minimamente com dignidade, literalmente trabalhando pelo pão que precisam comer.

Não me admira que esse romance tenha ganhado prêmio pulitzer e tenha causado a ira de uma parcela do povo estadunidense, pois ele cutuca bem na ferida do que os grandes latifundiários (e no contexto atual grandes empresas) não querem ver.

Patrícia Emydio 29/05/2024

Mais um favorito!
Apesar de ter demorado para terminar a leitura (por questões pessoais), foi uma leitura extremamente gratificante e, ao mesmo tempo, dolorosa de se ler!
Vai ser um livro que ficará na minha cabeça por muito tempo, assim como foi com "Mulheres sem nome" e "O Conde de Monte Cristo" e vou recomendar para todos que tiverem a oportunidade, em ler!

Marina Fülber 12/05/2024

Fortíssimo, incrível, sou extremamente fã de Steinbeck. Nunca decepciona.
Realista e poético. Amo a dinâmica que ele impõe nesse livro, assim como no A Leste do Éden. São bem semelhantes nesse ponto, sobre contar a história mais de um contexto do que de um personagem, de ter as famílias que acompanha mas de ser ao mesmo tempo o drama de uma geração, de todo um grande grupo de pessoas que sofreram dessas dificuldades. E de ser uma história da terra, de como as pessoas não estão separadas da sua terra, do seu espaço. Isso é trazido de uma forma extremamente bela. Sempre me emocionava na leitura.
Belíssimo, uma obra maravilhosa, nunca vou me cansar de Steinbeck. Recomendo muito não apenas essa como as demais obras do autor.

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Alessandro232 06/05/2024

Um dos grandes livros da literatura americana
"As Vinhas da Ira" tem fama de ser um dos grandes clássicos da literatura norte-americana. Escrito na década de 40, o livro deu o prêmio Pulitzer para Steinbeck que, posteriormente, foi também premiado com o Nobel.
Neste romance, novamente, John Steinbeck demonstra novamente porque é um grandes romancistas americanos do século XX. Assim como em outro romance "A Leste do Éden" e outra obra-prima, o autor impressiona por sua escrita multifacetada que pode ser poética na descrição dos cenários naturais, principalmente, as paisagens do estado da Califórnia. Por outro lado, o autor também descreve passagens que reproduzem de forma muito crua e realista a situação de fome e miséria dos trabalhadores migrantes representados no romance pela família Joad. - todos eles muito bem caracterizados e desenvolvidos ao longo da narrativa.
Dessa forma, o leitor acompanha a jornada angustiante dos integrantes da família Joad em busca da Terra Prometida - que na perspectiva ingênua deles é a Califórnia. No entanto, ao longo do romance, os Joad para realizar seu intento são obrigados ao longo do caminho a enfrentar uma série de dificuldades e privações. Neste aspecto, o livro tem muitas passagens dramáticas e comoventes que fazem dele um manifesto a respeito da desigualdade social.
Mas, é necessário ressaltar que apesar disso, "As Vinhas da Ira" não é um manifesto panfletário como alguns pensam. O livro de Steinbeck é, acima de tudo, a ficcionalização de um episódio triste e muito dramático da história dos americanos - A Grande Depressão- que deixou profundas sequelas.
De forma semelhante "A Leste do Éden", o autor faz uma releitura de uma passagem de um de um mais conhecidos Livros da Bíblia, O Exôdo, de modo a adapta-lo e inseri-lo dentro da trama de seu romance. Também em "As Vinhas da Ira" há várias referências a outros trechos da Bíblia, sendo que um deles faz uma citação ao título da obra - que está contida no Livro do Apocalipse.
"As Vinhas da Ira" é um sem dúvida um dos grandes clássicos da literatura norte-americana e o tipo de livro que tem ser lido devido a sua importância. Para mim sua leitura foi um pouco mais lenta, mas o livro para mim se tornou um dos meus favoritos - assim como Steinbeck também é um dos autores que conquistaram minha admiração e pretendo ler mais obra de sua autoria.
Sobre a edição: é brochura, com folhas amareladas, o que facilita a leitura.

Gabriel 03/05/2024

Era só um manifesto comunista sabe...
É um livro que marca a gente pra vida toda, assim como os miseráveis. As simbologias biblicas contribuem com um peso a mais para a narrativa, umas vez que narra toda uma odisseia trágica, cada detalhe faz muita diferença, como a representação dos animais sempre que aparecem.
É interessante notar as relações entre as personagens, há aqueles que mesmo compartilhando da mesma situação degradante, ainda precisam exercer uma função coercitiva para com os semelhantes, há os que se aproveitam dessa situação para se darem bem, más o mais interessante, é a união dos que estão sendo oprimidos, o livro tem um caráter panfletário que exalta a importância da coletividade, o que é muito bacana de acompanhar, é bonito ver que mesmo na pior das situações os personagens sempre vão estender a mão para alguém que esteja em situações piores, vide a ultima cena que faz o livro atingir o sublime numa mistura de esperança e pessimismo.
É o tipo de livro que nos faz ficar pensando nele por dias e dias após a leitura, sinal da grandiosidade dele.

Joice Antonholi 29/04/2024

Se desenvolve lentamente, e é nesse espaço lento que vamos conhecendo e criando afeto pelos personagens. Levam uma vida dura, mas não abandonam a esperança e a vontade de trabalhar pra providenciar o próprio sustento, uma família orgulhosa e batalhadora que sofre as injustiças impostas por gente má e mesquinha, por instituições cruéis e sem rosto. Curiosamente, quem menos tinha sempre estava disposto a estender a mão ao próximo. Precisamos de um novo contrato social e eu torço pra que nossas vozes se levantem juntas pra gritar, como na história do presídio que o Casy contou.

Biblioteca Álvaro Guerra 18/04/2024

“As Vinhas da Ira”, escrito por John Steinbeck, é uma obra literária que permanece como um marco na literatura. Publicado em 1939, durante a Grande Depressão de 1929, o livro apresenta uma narrativa poderosa e comovente sobre a luta dos excluídos nos Estados Unidos.

A história gira em torno da família Joad, expulsa dos campos de algodão de Oklahoma devido à seca. Desesperados, eles migram para o Vale de Salinas, na Califórnia, em busca de trabalho nas plantações de frutas. Através dessa epopeia, Steinbeck explora o confronto entre o indivíduo e a sociedade, revelando as dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores imigrantes

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/titulo.jsf?codigo=477846&fonte=

Beatriz 14/04/2024

Que livro diferenciado. De início estranhei um pouco a narrativa. muitos personagens, muitas histeria entrelaçadas, porém com um pouco de tempo nota-se que o objetivo de todos era o mesmo em comum: sobrevivência.

O livro conta a luta por um trabalho digno, pelo direito a terra e a dignidade de uma família que saiu do estado do Oklahoma e migrou para a California com a promessa de trabalharem em plantações e assim, reconquistarem o direito a sua propriedade e dignidade.

Neste livro entendemos a problemática da posse de terras, que assolou tantos os EUA como ainda assola o Brasil. Muitas terras nas mãos de um só proprietário que a deixa cercada e sem uso, e milhares de famílias pobres e famintas apenas querendo um filete de terra para plantar alface e criar galinhas.

Um livro pesaroso, porém realista. Apesar da história acontecer no cenário americano do início dos anos 40, não esteve muito distante da nossa realidade brasileira, que permeia até os dias de hoje.

Recomendo a leitura. Precisa-se um pouco de paciência de início, mas é com as turbulências que vamos nos cativando pelos personagens e pela trama em si.

Jaqueline Yumi 14/04/2024

Lindo!
Que livro! Não à toa carrega na capa "vencedor do prêmio Pulitzer" e "prêmio Nobel de Literatura". Uma obra prima cheia de camadas duras e emocionantes. Entrou pros favoritos da vida.

Htinhaaa 13/04/2024

Real
Um livro triste, essa é a sua pura definição.
Real, condiz com a história da época.
Revoltante, como podemos ser sempre tão egoístas e gananciosos???
A história é desenvolvida de forma lenta e conseguimos conhecer muito bem os personagens. Sentimos a sua dor, a sua revolta, a sua ira.
Quando você acha que a luta da família não pode ficar mais difícil, fica. Eles não tem escolhas, opções ou oportunidades. Tudo vai de mal a pior.
O final foi inesperado, para dizer o mínimo. Não fiquei surpresa, já esperava algo impactante. O desespero faz com que atitudes bizarras sejam tomadas.
Valeu o tempo de leitura, afinal foi um livro extenso.
Super recomendo.

Alice1980 11/04/2024

Já esperava que o livro fosse se desenrolar de maneira lenta, então não tive dificuldades para proceder com a leitura. Mesmo assim, em alguns momentos acabei ficando meio entediada, pois a narração contém muitos elementos e diria até que partes que não são tão importantes para a construção da história.
Os personagens são bem desenvolvidos no decorrer da narrativa, fazendo com que saibamos a personalidade de cada um, nem que seja só a essência.
A problemática é muito importante e essencial para a construção de uma sociedade mais empática e justa.
Vale a pena as várias horas de leitura.
Não esperava nem um pouco pelo final, muito pesado e bizarro, que aconteceu de forma extremamente rápida.
Ressalto que esse não é o tipo de livro que estou acostumada a ler, mas adorei.
Recomendo muito a leitura??

Katharina 08/04/2024

Ume leitura bem dura sobre a grande depressao, narrando a história de uma família passando por toda a dificuldade vivida no momento da grande recessão dos eua.

Kakau 31/03/2024

Ainda tenho poeira nos olhos...
Está leitura é triste, o que tenho a dizer, é tristeza demais , fome, poeira, tristeza e mais miséria, o final me deixou com um buraco na cabeça, que destino foi aquele?