As vinhas da ira

As vinhas da ira John Steinbeck




Resenhas - As Vinhas da Ira


380 encontrados | exibindo 166 a 181
12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18 |


Bruna.Torres 12/09/2021

Miseria do novo milenio
O drama vivenciado pelos joad pode ser sentido na pele e serve de exemplo para o que aconteceu em diversos países: a mecanização do campo, o exodo rural, o poder publico protegendo os interesses dos grandes empresários, a sociedade alienada e reacionaria estampada nos conhecidos "cidadaos de bem", o surgimento da miseria nas grandes cidades e a maior vitima de todas (o pobre camponês expulso das terras)aos olhos destes,nao passa de uma parea da sociedade, um bode expiatorio , a causa das grandes crises capitalistas. Como nao se revoltar de tantas injustiças?! Em fim, o passado contando o futuro...
comentários(0)comente



Vanessa.Mariano 21/08/2021

Clássico
Um livro atemporal , mas que retrata a época pós depressão de 1930, em que um país quebrado e muitas famílias tem que vender tudo para conseguirem se sustentar , e acabam convencidos a irem em busca de novas oportunidades na Califórnia, porém o que a gente acompanha é cada dia mais a decadência da família , que se sujeita a muitos empregos e situações em busca do básico , da comida da família. A personagem mais forte pra mim é a mãe , que é que movimenta e une a família , que faz todos seguirem em frente , e isso acontece com vários outras mulheres no livro . Importante destacar também o fato de que muitos só conseguem sobreviver e ir pra frente quando se unem , e buscam o coletiva para passarem por situações adversas .
comentários(0)comente



Flavia 20/08/2021

Um clássico da literatura americana, que se passa no início da década de 30, após a Grande Depressão. Neste livro escrito por John Steinbeck, nós acompanhamos a vida dos Joad, uma família em decadência de pequenos agricultores que vive no Oklahoma e perdeu suas terras para o banco em função de dívidas. Com a promessa de emprego fácil na Califórnia, a família decide colocar todos seus pertences em um caminhão e viajar ao novo estado, mesma decisão tomada uma milhares de outras famílias na mesma situação. Com muitas pessoas procurando emprego e sem vagas suficientes para todos, as pessoas acaba trabalhando por salários miseráveis, basicamente trabalhando para sobreviver. Um ótimo retrato desta época
Margô 07/09/2021minha estante
Gostei da sua resenha ...me inspirou a ler esta obra, rssss. Já me norteou!




Victor Dantas 17/08/2021

As Vinhas da Ira: o romance social e sua atemporalidade. #46
Publicado em 1939, "As Vinhas da Ira" é um romance do escritor norte-americano John Steinbeck, ganhador do Nobel de literatura em 1962.

A publicação de "As Vinhas da Ira", foi marcada por intensos movimentos de censura, tanto pelos críticos literários da época, quanto pela população norte-americana, especificamente a elite latifundiária e bancária dos EUA.

Evidentemente, que esses fatos só fazem elevar ainda mais a importância da obra, bem como a curiosidade de nós leitores em conhecer a obra. Afinal, toda censura é baseada em uma ideologia dominante. E é essa ideologia dominante, a qual John Steinbeck questiona, aponta, ironiza, coloca em cheque, durante todo o seu texto, seja nas cenas que são descritas, nos diálogos, até mesmo no posicionamento do nosso narrador observador.

ENREDO:

O contexto histórico que a obra retrata é o seguinte: estamos em plena crise econômica de 1929 que eclodiu na terra do tio San, após a quebra da bolsa de valores de Nova York. Obviamente que como ocorre em toda crise econômica mundial os efeitos não são restritos a um Estado, um território, uma sociedade, mas sim, os efeitos são mundiais, em outras palavras, efeito dominó.

Diante da crise instaurada o sistema capital financeiro (bancos+industrial) norte-americano se viu em um cenário que anunciava a ruína dos grandes donos de meios de produção, banqueiros, latifundiários, rentistas e outros agentes que compõe a pequena parcela da população que explora todo o resto dos cidadãos comuns, o proletariado.

Concomitantemente, a terra do tio San desde a década de 1920, vinha sofrendo com os desastres naturais que estavam se manifestando na região sul do país, região que até hoje, apresenta uma economia pautada no agronegócio. Os estados de Oklahoma, Kansas e Arizona foram os mais afetados. O fenômeno provocou uma intensa seca e o desgaste do solo nas regiões onde era então praticada a produção agrícola.

Evidentemente, quem fazia o trabalho pesado era o proletariado, que nesse contexto, viviam na condição de meeiros. E o que são meeiros? Eram os trabalhadores, que trabalhavam na terra dos latifundiários, plantavam, cultivavam, sendo que a maior parte ia pro latifundiário, enquanto os meeiros só tinham os suficiente para comer.
E o mais importante, eles não eram donos da terra, apenas moravam a favores.

Tudo muda com o advento da crise econômica e a seca agressiva. O capital financeiro invade as terras agrícolas praticando a expropriação de terras de camponeses, e com isso, as consequências são sentidas. Miséria, fome e morte.
A principal estratégia para tal? Coerção e violência.

Diante desse cenário, intensifica-se o fenômeno de mecanização da produção agrícola na referida região sul dos EUA. Os meeiros são expulsos. Êxodo forçado.

Nessa mesma época, em meio a toda essas incertezas e desesperanças provocadas pela crise, outro movimento está ocorrendo na terra do tio San. A urbanização e industrialização do estado da Califórnia, que deixa a população norte-americana eufórica com essa nova terra de oportunidades, o estado do futuro, a Califórnia da liberdade. Uma luz no fim do túnel.

Terra fértil. Empregos para todos. A terra dos anjos.

Para todos mesmo?
Isso é o que iremos descobrir nas páginas dessa magnífica obra.

Feitas as considerações sobre o espaço e tempo em que o enredo ganha forma, passo agora para a apresentação breve do núcleo dos personagens e minhas impressões pessoais sobre a obra como um todo.

PERSONAGENS:

O nosso núcleo de personagens é formado pela família Joad: Tom, o filho mais velho, e o protagonista; Tom, o pai; Ma, a Mãe; Rosasharwn, Noah e Al, também filhos, os caçulas, Ruthie e Winfield, o tio John, e o avô e avó. Além desses, temos o pregador Casy.
Outros personagens secundários são introduzidos na trama ao longo do desenvolvimento do enredo.

Iniciamos a história, com Tom, sendo colocado em liberdade condicional, após passar 4 anos na prisão estadual de Oklahoma, devido a um crime de homicídio. Ele então está voltando para sua casa. As expectativas e os planos para o futuro tomam conta dele. No entanto, ao chegar nas terras onde vive sua família, ele percebe a bagunça que tomou conta de tudo, a paisagem de sombras, desesperança, destruição lhe é revelada.

Quando finalmente chega em casa, Tom se depara com sua família eufórica, montando um caminhão com todos os seus pertences essenciais e de partida para a Califórnia. Foram avisados para deixarem sua casa o quanto antes, e assim evitar que os tratores a mando dos latifundiários lhe causem mais danos, além da casa destruída.

Nesse momento, inicia-se, portanto, a jornada da família Joad em busca da esperança, do futuro melhor, em busca de emprego, comida, lar, o sonho americano que a Califórnia supostamente irá ser capaz de realizar.

IMPRESSÕES PESSOAIS:

Acompanhamos de perto os perrengues da família Joad por toda estrada do sul dos EUA, atravessando os estados da terra vermelha do místico oeste americano em direção a terra dos anjos.

Uma jornada marcada pelas mais distintas adversidades que possamos imaginar, adversidades que provocam no leitor reflexões sobre diversos temas e/ou questões da vida como a importância da família, a importância de se ter um lar, amizade, justiça, fome, reconhecimento de classe entre outras.

Em "As Vinhas da Ira", John Streinbeck nos presenteia com uma aula sobre a formação territorial do oeste norte-americano; geografia agrária; luta de classes; geografia econômica entre outros conteúdos que são muito bem articulados e incorporados a sua narrativa objetiva e circular, com descrições bastantes visuais que transportam o leitor para a década de 1930 facilmente.

Para mim, essa é uma das poucas obras que dispensam "pontos negativos".
Todo o seu conjunto é positivo (pelo menos na minha experiência de leitura), o que garante sua posição de clássico, leitura essencial para qualquer pessoa, e claro, uma obra atemporal.

Se quiser fazer um bem a si mesmo, leia "As Vinhas da Ira"!
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Clara.Gusman 05/08/2021

As Vinhas da Ira
Esse livro relata a miséria dos fazendeiros durante a crise de 1929 nos Estados Unidos.Durante o livro inteiro os Joad tiveram que renunciar algo,tudo para sobreviver.Muito bom,me fez refletir bastante.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Ego 29/07/2021

"Vocês não têm o direito de perder a coragem."
Sobre o solo seco, monstros de ferro destroçam vidas com a modernização do campo. Empurradas rumo ao Oeste, famílias inteiras sobrevivem de memórias, esperança, fome e ira. Uma história onde a grandeza do ser não se descreve através dos grandes atos, mas dos pequenos gestos de mãos calejadas em busca de dignidade e um pedaço de terra.
comentários(0)comente



Mikaela 28/07/2021

As vinhas da ira
Sem grandes reviravoltas, "As vinhas da ira" conquista por sua consistência em retratar um período conturbado na história dos Estados Unidos: o período da grande depressão de 1929.
Aqui John Steinbeck narra a migração da família Joad rumo as prometidas terras férteis do oeste, uma família que representa apenas uma amostra de uma situação que abarca milhões de pessoas que foram obrigadas a deixar seus lares em busca de melhores condições de vida por causa da seca e da falta de trabalho.
Intercalando com os capítulos dedicados a contar a trajetória dos Joad, Steinbeck traz partes que mostram o macro da situação que aflinge o país, estas, pra mim, uma das melhores coisas do livro.
De maneira crítica e ao mesmo tempo sensível, o autor consegue nos transportar para uma época de intensa miséria e sofrimento e nos induz a concluir que somente com a união dos marginalizados é que é possível superar as desigualdades do mundo.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Olivia 23/07/2021

Angustiante
As vinhas da ira fala de uma família de meeiros, que durante a depressão dos anos 1930 saem em busca de uma nova terra, já que o trator chegou lá na terra em que eles viviam, e a mão de obra deles não é mais necessária.....

" Mas esta é nossa Terra. A gente cultivou, fez ela produzir. Nascemos aqui, demos nossa vida por ela e queremos morrer aqui. Mesmo que não preste, ela é nossa. É isso que faz com que a terra seja nossa: a gente nasce nela, trabalha nela, morre nela. É isso o que dá direito de propriedade, e não monte de papel cheio de números."

O autor vivenciou esse momento, ele viajou junto com os meeiros e daí a propriedade que ele teve pra escrever esse livro.
Ele oscila em capítulos falando dessa família, do que eles estão passando para capítulos mostrando uma visão mais ampla do que está acontecendo com todas essas pessoas que saíram de tudo o que era conhecido para elas em busca apenas de sobrevivência, de alimentar os filhos, eles não olhavam muito além disso. O triste é que na realidade eles não conseguiam atingir nem essa necessidade mais básica.

" Não mais havia sitiantes, fazendeiros; havia era homens que emigravam. E os pensamentos, os planos, os prolongados silenciosa que, até então, recaiam sobre o campo, mudavam-se agora pras estradas, para a distância, para o Oeste. O homem que antes pensava em hectares, pensava agora em quilômetros. E seus pensamentos e suas preocupações não mais se limitavam a chuva, a poeira e a sua fé no resultado das colheitas...."

" ? É é duro quando alguém tem que fazer como nós. Nós tinha nossa fazendinha própria. Não andava por aí com uma mão na frente e outra atrás. Esses diabo desses trator acabaram com tudo."

"Ontem passaram aqui 42 carros, cheios de gente como vocês. De onde eles vêm? E aonde vão?
Bem, a Califórnia é um estado muito grande.
Mas também não é tão grande assim. Os Estados Unidos juntos não são tão grandes assim. Não é lugar bastante para você e para mim, para sua e para minha gente, para ricos e pobres, todos não só país, ladrões e gente honesta. Para os famintos e para os associados. Por que não voltam para o lugar de onde vieram?"

Enfim, eu posso sim dizer que esse livro mudou meu jeito de ver as coisas. Muito do que foi dito aqui ainda acontece até os dias de hoje.

O autor aborda o conceito de família, de religião, de propriedade. Busca compreender a fonte dos males do mundo. Fala de pecado. Fala de fé. De solidariedade. De sobrevivência.

" (...) O que é que um pregador pode lhes dar? Fé e esperança no céu, com a vida que vêm levando na terra? O espírito santo, se o espírito deles está vencido e triste? Mas eles precisam de ajuda. Tem que viver, antes que tenha o direito de morrer."

" Eu então comecei a ver com clareza. É a miséria que provoca todos os males."
Natalia 23/07/2021minha estante
Que resenha???




Rod. 19/07/2021

"Nos olhos dos homens reflete-se o fracasso. Nos olhos dos esfaimados cresce a ira. Na alma do povo, as vinhas da ira diluem-se e espraiam-se com ímpeto, amadurecem com ímpeto para a vindima".

Essa obra precisa ser lida com a voz do coração. Um clássico emocionante, comovente e precioso.

Ao ler esse livro o leitor irá emergir na história, tornando-se um membro da família Joad e sofrendo as angústias e aflições de cada personagem. Aliás, é impossível definir um único personagem como preferido pois, todos os personagens do livro são igualmente encantadores.

Enfim, só elogios para essa obra tão especial que com certeza marcou a minha vida enquanto leitora.

Anciosa para uma releitura futura dessa obra. (Rsrsrsrsrs)

?????
comentários(0)comente



Thaís 26/06/2021

Recomendo!
A primeira metade do livro foi custosa, difícil de engatar. Confesso q achei q ficaria naquela narrativa morna até o final. Mas as coisas melhoraram muito na segunda metade, e o final foi muito diferente do q eu imaginava. Gostei muito muito!
O Tom é um personagem q te ganha logo de cara. Ele é intenso e a gente se deixa contagiar com a intensidade dele. Mas a mãe é, sem dúvida o personagem principal. Seu início é simples, mas ela cresce muito ao longo da história e ganha um papel de destaque fundamental para a trama. E a a Ruthie? Que criança genial! Transbordando personalidade. Cada atitude dela, é puro reflexo das violências q ela sofre da sociedade, e ela encontra seu jeito de lutar.
Recomendo.
comentários(0)comente



Claudia 11/06/2021

Um livro sobre a realidade de milhares de pessoas que vivenciam a pobreza na nossa sociedade. Acima de tudo, um estudo para reconhecermos um problema que acontece todos os dias, e que, portanto, devemos ter conhecimento dele. É isso o que essa obra faz: leva o leitor a ter empatia com aqueles personagens que são tão reais, tão palpáveis em seu sofrimento, um pesar que é cotidiano! Esse livro não é para qualquer um, é uma leitura densa mas que ensina de várias formas.
comentários(0)comente



Fabi 11/06/2021

Foi tão sofrível quanto a viagem da família Joad.
Criei altissimas expectativas pelo livro, afinal, já tinha visto e lido diversas críticas e resenhas (não, não me importo com spoiler), mas qual foi a minha surpresa em perceber que está leitura não funcionou para mim.

Achei a história bem medíocre e desenvolvida de forma extremamente arrastada.
Os personagens eram bem irritantes. Achei engraçado pois o único o qual criei algum vínculo foi-se embora na primeira oportunidade (tchau Connie). Fez bem.

Foi uma leitura demasiadamente longa e com um final patético.
comentários(0)comente



380 encontrados | exibindo 166 a 181
12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR