Clio0 02/11/2023
O volume 2 comporta os capítulos 05 a 09 publicados pela revista Melody.
Nesta parte, retornamos ao clímax da epidemia, quando os primeiro problemas da máquina burocrática encontram-se com outras catástrofes como fome, seca, natalidade e sucessão.
A dinastia Tokunaga mantém-se no poder graças a uma série de manobras sociais que são as mesmas responsáveis pela presença de Iemitsu, ou Chie, como shogun apesar de ser mulher. A mudança de educação e postura entra em choque com a fragilidade da posição feminina no período - e que de certa forma se mantém nos dias atuais - independentemente do acúmulo de funções e aumento de responsabilidade.
Yoshinaga mantém o relato de corrupção e abuso afetando igualmente mulheres e homens - assassinatos, violência, abuso sexual e exploração de crianças aparecem na obra de uma forma contextual, não há nada fortemente explícito.
A inserção do leitor se dá através de Arikoto, um monge budista que é forçado a integrar o harém a despeito de sua posição. Esse domínio da religião pelo governo foi interessante, mas houve pouco desenvolvimento filosófico da questão.