Gênero, patriarcado, violência

Gênero, patriarcado, violência Heleieth Saffioti
Heleieth Saffioti




Resenhas - Gênero, Patriarcado, Violência


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Rodrigo | @muitacoisaescrita 20/10/2020

[Resenha publicada no meu Instagram literário, @muitacoisaescrita. Para ler a resenha completa, passa lá no post: https://www.instagram.com/p/CGLKStkDfw9/?igshid=1kkbr1c6yn71].

?? Esse livro é fruto da participação de Saffioti na pesquisa da Fundação Perseu Abramo, intitulada ?A mulher brasileira nos espaços público e privado?, realizada pelo Núcleo de Opinião Pública
(NOP) em 2004. Alguns dados estão desatualizados e não dá pra levar totalmente em conta ao analisar a nossa realidade hoje. No entanto, as críticas de Saffioti, no geral, permanecem assíduas.

? Saffioti discute, como o título sugere, os conceitos de gênero, patriarcado e violência, a fim de contribuir para o debate sobre violência contra as mulheres.

? No comecinho, ela debate as estruturas de poder, e se apoia em Foucault para fazer isso. Essa parte achei mais complicadinha e tive que reler algumas vezes.

? Achei interessante quando ela argumentou que o patriarcado é uma forma específica da organização de gênero. Perto da concepção de gênero, o patriarcado seria, nesse sentido, ?um bebê?. As relações de gênero que temos em nossa realidade atual são moldadas pela ordem patriarcal.

? Ao longo do texto, Saffioti marca sua preferência por usar patriarcado, uma vez que o conceito de gênero se tornou mais palatável aos organismos internacionais, como o Banco Mundial, que só concede verbas a projetos com a terminologia gênero (não sei como tá essa questão hoje em dia). Ela não descarta totalmente a categoria gênero, mas reivindica sua relação com patriarcado, pois tratar unicamente do conceito de gênero distrai a atenção do poder do patriarca, em especial como homem/marido, ?neutralizando? a exploração-dominação masculina. Ela critica as feministas liberais por conta disso, aliás.

? Ela ressalta que o controle é o valor central dessa ordem patriarcal. Além disso, o patriarcado serve aos interesses das classes dominantes.

? Saffioti usa muitas referências clássicas e obrigatórias nos campos de estudos de gênero e feminismos, como Gayle Rubin, Joan Scott, Sandra Harding, Teresa de Lauretis, entre outras, de forma bem didática.

[Para continuar lendo, passa lá no post do Insta! ?]
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Ailauany 28/03/2024

?Neste regime, as mulheres são objetos de satisfação sexual dos homens, reprodutoras de herdeiros, de força de trabalho e de novas reprodutoras. Diferentemente dos homens como categoria social, a sujeição das mulheres, também como grupo, envolve prestação de serviços sexuais a seus dominadores.?
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Osório 31/03/2021

A abordagem d Saffioti é muito interessante, coisas que já estudamos e que a partir de diferente perspectivas teóricas, faz muito sentido. A diferenciação que ela faz de gênero e patriarcado, sendo o patriarcado apenas uma parte do gênero. Os tipo de violência sofridas pelas mulheres e as diferentes perspectivas entre as classes sociais ajuda a entender muito mais.
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Toni 20/05/2021

Leitura 33 de 2021

Gênero, patriarcado, violência [2004]
Heleieth Saffioti (SP, 1934-2010)
Expressão Popular, 2015 (2ª ed), 160 p.

Na semana em que assistimos aquele vídeo maravilhoso da Gabriela Prioli ensinando ao homem cis hétero que opinião não é argumento, ou seja, que você não pode considerar “uma impressão sua” como um dado da realidade, é muito importante lembrarmos que nós à esquerda do espectro político também precisamos de dados e conhecimento para construir ideias transformadoras e desconstruir discursos violentos (mesmo, ou sobretudo, quando estivermos tratando de lugares-comuns como “torturar é errado” ou “o Brasil é racista, machista e lgbtfóbico”).

Apesar dos dados coletados pela Fundação Perseu Ábramo — na pesquisa “A mulher brasileira nos espaços público e privado” que serviu de base para este livro da Saffioti — sejam referentes aos anos 1990 e 2000, a base argumentativa e a estrutura do texto permanecem relevantes à análise interseccional da violência contra as mulheres. Além de esclarecer as diferentes formas de violência (contra a mulher, violência de gênero, violência doméstica e violência intrafamiliar), a autora se detém com o devido cuidado no debate/esclarecimento dos conceitos de gênero e patriarcado, sobre a manutenção social dos lugares de vítimas e agressores, e o papel das leis brasileiras na legalização da violência contra a mulher.

Com excelente poder de síntese, Saffioti consegue abordar através de notícias de jornal, filmes e até mesmo no estudo das primeiras sociedades de caça/coleta, como a socialização de homens e mulheres na ordem patriarcal de gênero fortalece uma estrutura de poder na qual as mulheres são inferiorizadas e incapacitadas por um aparelho jurídico/societal feito por e para homens. Essa mesma estrutura é responsável por produzir tanto assassinos de esposas, namoradas, filhas e desconhecidas, quanto rapazes birrentos como o que entrevistava a Prioli, que concluiu ser “muito chato não poder dizer o que pensa” só porque não dispõe de dados.

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Adriana Scarpin 28/12/2017

Escrito num momento pré-Lei Maria da Penha, constata quão ainda mais precária eram as condições de gênero naquele momento, além de Saffioti explanar extensivamente as conceituações de gênero e patriarcado com ampla exemplificação teórica.
Mas na real, a Saffioti me ganhou mesmo dizendo que Freud foi o maior misógino que já existiu. Rá!
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Mama 14/02/2022

Leitura interessante
Saffioti, assim como Lerner, procura esclarecer um pouco sobre a história da mulher na sociedade e como esta foi, e é, controlada pelo patriarcado e a violência advinda dele. A linguagem é fluida e acessível, vale a pena ler.
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Julia.Martins 02/07/2020

Excelente
Leitura aprofundada sobre os conceitos de gênero e patriarcado e a forma como ambos precisam ser entendidos para que se esclareça de que forma se instala a estruturas de poder que exploram e oprimem as mulheres. Para a autora, é sob a ordem da estrutura patriarcal de gênero que todas as análises da sociedade devem ser feitas, para que outras estruturas de opressão, como racismo e desigualdade de classe sejam expostas. Excelente manual para aqueles que gostariam de compreender as relações de gênero e sexo na sociedade contemporânea.
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esquadroz 31/10/2021

Estou em processo de escrita do meu TCC e esse livro me deu uma boa base. Traz alguns dados já ultrapassados, mas, de modo geral, ainda é um livro atual.
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luaraaap 24/09/2020

muito bom
é um bom livro para se introduzir no feminismo classista, traz boas reflexões sobre violencia, gênero, patriarcado e o estado. peca um pouco em algumas descrições muito gráficas (tornam a leitura dos primeiros capítulos um tanto difícil), que eu particularmente achei desnecessárias, visto que se pode discutir violência sem detalhá-la, e também em algumas "generalizações", principalmente quando se fala em violencia sexual familiar, determinando que necessariamente é de X forma em famílias ricas e de forma diferente em familias pobres, o que eu discordo. embora muito atual em seu pensamento e conclusão, há de se ter em mente que o livro foi escrito há cerca de vinte anos, sendo anterior à lei maria da penha, por exemplo, e nem todos os dados são muito atuais, embora pertinentes e dignos de reflexão.

ademais, tem uma linguagem relativamente simples e fácil de ler, embora eu pretenda reler em outro momento, pois sinto que nao absorvi tudo o que podia do último capítulo.
Carlos 10/01/2021minha estante
Uma boa indicação.




Ingrid.Pardinho 16/01/2021

Essencial para a teoria feminista
É um livro bem denso, mas ao mesmo tempo não é extremamente difícil de entender. Com ele eu pude compreender de maneira mais clara o que é o gênero. Além disso, as considerações dela sobre o capitalismo, patriarcado e violência são fenomenais.
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carolina 06/02/2021

Mulheres se libertam conhecendo suas histórias.
O patriarcado é tão tóxico pra mulheres quanto pra homens (em esferas diferentes, mas ok), causando um empobrecimento da sexualidade, reduzindo-o ao papel de agressor, mesmo que simbólico. Isso está marcado na historia desde muito tempo e quanto mais as transformações acontecem com os sujeitos, mais essas tecnologias vão se alterando e se perpetuando de formas diferentes, mas ainda estão ali. São habitus, repassados, fortalecidos. Quanto mais conhecemos nossa história, mais deixamos de nos encaixar naquilo que já é pre-estabelecido, naquilo que empobrece nossa subjetividade. Safiotti tem uma escrita suave e fácil de compreender, indico pra todo mundo, mas muuito mais pras mulheres :)
eumariaa 06/02/2021minha estante
que massa!!




Fer Paimel 30/03/2021

Acessível
Curti o livro. As ideias da autora são bem claras e ela traz pontos diferentes do que já é bem batido.
Quero ler outros textos dela para aprofundar um pouco sobre alguns conceitos e entendimentos dela, que não foram muito trabalhados dentro da brevidade desta obra.
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Mari Pereira 24/08/2020

Pensamento feminista brasileiro
Importante livro para a área de estudos de gênero. Traz contribuições para pensar os conceitos de gênero e patriarcado, assim como para pensar o imbricamento das relações de gênero, classe e raça na sociedade contemporânea.
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Debyh 20/09/2021

Gênero, patriarcado, violência é um livro de não-ficção onde temos várias questões relacionadas ao patriarcado e questões de gêneros passando por várias abordagens para entendermos mais a sociedade e o que a envolve em relação de gênero. Foi uma leitura densa e por muitas vezes difícil, mas a qual apreciei ao aprender mais sobre o assunto.
Partindo desde um pouco desde a parte de o que o gênero até o cotidiano de algumas pessoas, a autora explora através de dados e pesquisa o quanto o patriarcado está relacionado a violência e ao machismo.
continua: https://euinsisto.com.br/genero-patriarcado-violencia-heleieth-saffioti/

site: https://euinsisto.com.br/genero-patriarcado-violencia-heleieth-saffioti/
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