A Aldeia de Stiepântchikov e Seus Habitantes

A Aldeia de Stiepântchikov e Seus Habitantes Fiódor Dostoiévski




Resenhas - A Aldeia de Stiepântchikov e Seus Habitantes


43 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


Mel 24/04/2024

Livro feito sob medida para despertar reações de raiva e indignação a cada página? ? Impressionante a habilidade de Dostoiévski em mexer com cada um de nossos nervos e nos fazer sentir vontade de atuar dentro de sua história. Gostei muito da leitura.
comentários(0)comente



Karime 15/04/2024

Difícil ?
Um livro cheio de personagens difíceis de engolir, quase todos são ambiciosos, mesquinhos e intoleráveis e não foi fácil acompanhar a narrativa por conta da atitude dos personagens e a submissão de outros.
Já li críticas deste livros e todas são claras quanto a narrativa, todos e eu também acredito que o intuito do Distoiévski foi escrever algo difícil e ele conseguiu.

Distoiévski é um dos meus autores favoritos e ainda eu não tenho amado o livro, a leitura é boa e sua ideia se mantém constante do início ao fim.
comentários(0)comente



Leila 11/04/2024

A aldeia de Stepántchikovo e seus habitantes é uma obra singular na vasta bibliografia de Fiódor Dostoiévski, marcando não apenas sua volta ao mundo literário após um período de exílio na Sibéria, mas também uma incursão bem-sucedida no terreno do humor e da sátira. Publicado em 1859, o romance surpreende ao revelar uma faceta mais leve e cômica do autor, distinta de suas obras anteriores conhecidas pela densidade psicológica e profundidade filosófica.
Inspirado tanto nos textos como na figura de Gógol, Dostoiévski tece uma trama envolvente e hilariante, onde cada personagem assume uma voz distinta, contribuindo para a construção de um microcosmo farsesco em torno da propriedade do tio de Serguei Aleksándrovitch. É nesse ambiente extravagante que o jovem narrador é inserido, testemunhando as peripécias de um elenco de personagens tão excêntricos quanto cativantes.
Destaca-se, entre esses personagens, a figura memorável de Fomá Fomitch Opískin, uma criatura que passa a tiranizar a casa em que vive como agregado, e é o grande resṕonsável por todas as “emoções” do livro. Eu pelo menos em várias vezes queria matar o personagem, kkk
Ao mergulhar em A aldeia de Stepántchikovo, é evidente que Dostoiévski não apenas inseriu sua alma, carne e sangue na narrativa, mas também sua genialidade em explorar novas facetas de sua arte literária. A linguagem ágil e irônica, aliada às situações absurdas e aos diálogos mordazes, proporciona ao leitor uma experiência de leitura verdadeiramente divertida e surpreendente.
Para aqueles habituados às obras mais densas e introspectivas de Dostoiévski, como Crime e Castigo ou Os Irmãos Karamázov, A aldeia de Stepántchikovo pode representar uma grata surpresa. É como se o autor, conhecido por suas reflexões profundas sobre a condição humana, decidisse, neste romance, brincar com os aspectos mais cômicos e pitorescos da vida, sem perder, no entanto, sua perspicácia e seu olhar crítico sobre a sociedade e suas contradições.
Enfim, é uma obra que encanta pela sua originalidade e pelo seu humor refinado, representando uma veia diferente e igualmente brilhante do talento de Fiódor Dostoiévski. Leve, engraçada e repleta de personagens inesquecíveis, esta obra certamente deixará uma marca indelével naqueles que têm o privilégio de se aventurar por suas páginas.
comentários(0)comente



Reginaldo Pereira 19/01/2024

Quase um manicômio!!
Uma interessante história que se passa basicamente no transcurso de dois dias! Mas são dois dias bastante intensos, com personagens engraçados, amáveis e odiosos!

Os três principais são Serioja (o ?sobrinho?, narrador da história), seu ?titio? Iegor Ilitch (santa ingenuidade!!!!), e Fomá Fomich: o grande anti-herói da obra! Este último pode ser considerado o principal dentre eles, porém seu protagonismo se dá exclusivamente por seu caráter falso, parasita, aproveitador e manipulador, dentro de uma casa - mais parecida a um hospício!! - onde reina absoluto sobre os demais?

Além de muitíssimo bem escrita e gostosa de ler, ?A Aldeia de Stepánchikovo? nos permite refletir sobre as situações e pessoas com as quais nos deparamos em nosso dia-a-dia, e acho que esse é um dos diferenciais desta leitura! É de se destacar o sentimento de ultraje que Dostoiévski nos faz sentir diante de Fomá! Um daqueles personagens que nos marcam, que nos fará pensar em paralelos com pessoas que conhecemos na vida real!

Foi um Dostoiévski totalmente diferente dos outros que conheci! E como foi agradável e divertida essa ?veia cômica? deste gênio russo! Me fez lembrar demais outro gênio, Gógol, em suas inesquecíveis ?Almas Mortas?!
comentários(0)comente



jackpveras 31/12/2023

Bravo, bravo!!
Esta obra é incrível. Personagens inesquecíveis e uma trama pra lá de engraçadas revoltante e encantadora.
Recomendo demais.
comentários(0)comente



Vinder 12/12/2023

Ler Dostoiévski é entrar na mente e alma dos personagens. E esse livro ainda consegue adicionar humor ao já consagrado estilo do autor. Vale a pena!
comentários(0)comente



Raissa 08/11/2023

Vou ter q concordar com o protagonista: Isso é um hospício??
Meu Deus, que história boa! Tive receio de começar porque vi algumas pessoas dizendo que o Dostoiévski peca em escrever algo mais cômico, mas eu discordo totalmente!!! Esse é um livro que causa dor física ao leitor, por ter um personagem incrivelmente detestável na história, porém, ele não deixa de ser engraçado em algumas partes. A história me prendeu bastante, principalmente por não ser "parada", já que tudo ocorre em apenas 2 dias. Só não dou 5 estrelas por causa de alguns detalhes que não me agradaram tanto mas, mesmo assim, recomendo a leitura!
comentários(0)comente



Claudia.livros 06/11/2023

Mais um Dostoiévski lido ??

A Aldeia de Stepántchikovo e seus habitantes é uma história incrível, repleta de figuras cômicas. Meu Deus, eu ri muito, mas também passei muito nervoso hahaha ?

A pergunta que não quer calar: de onde será que Dostoiévski tirou esse Fomá Fomitch Opískin? ??
comentários(0)comente



Rafael.Gomes 05/06/2023

Esses sábios conselhos eram horríveis!
Os incríveis personagens não conseguiram salvar uma história longa e arrastada. O livro daria um magnífico conto, cheio de ironia e cenas cômicas, mas segue por tempo demais. De qualquer forma, conhecer o Fomá Fomitch foi muito bom. Rsrs

Trechos:

Foi nessa época que começou toda a influência inconcebível, desumana e despótica de Fomá Fomitch sobre meu pobre titio. Fomá
adivinhou que tipo de pessoa tinha diante dele, e imediatamente sentiu que se acabara seu papel de bufão e que, na ausência de pessoas capazes, até mesmo Fomá podia ser um nobre.

Pouco a pouco, Fomá começou a se intrometer na administração da propriedade e a dar sábios conselhos. Esses sábios conselhos eram horríveis.

"Você é um homem inteligente, Fomá!
Você é um homem erudito, Fomá!".
comentários(0)comente



Karina Paidosz 27/05/2023

Minha nossa, que esse livro parecia eterno.
Acredito que esse foi a minha pior experiência com Dostôievski.

Está sendo ardua essa lida dos livros dele em ordem cronológica, os que realmente quero ler estão mais para o final da lista.

Não desistirei ?????
comentários(0)comente



Karolline.Campos 15/05/2023

Concluído em 15/05
Dostoiévski é sempre uma leitura construtiva. Eu simplesmente amo a forma como ele retrata as cruezas da psiquê humana, através da vaidade, da humilhação e de tantos outros sentimentos/emoções que se fazem presente em momentos específicos.
comentários(0)comente



regueira0 07/03/2023

"A Aldeia de Stepántchikovo", de Dostoiévski
QUE LIVRO BOM. Sou meio suspeita pra falar porque eu gosto de tudo que eu leio do Dostoiévski mas, QUE LIVRO BOM. Duvidei um pouco quando falaram que era "cômico" mas certos momentos, principalmente na primeira parte, são realmente engraçados até.
comentários(0)comente



Cris 26/02/2023

26.02.2023
Livro publicado em 1859 após Dostoiévski sair do exílio. O personagem principal Fomá Fomitch, uma pessoa prepotente e parasita, pois além de viver as custas do seu senhorio, que lhe dá moradia e comida, se acha melhor que todo mundo. E pasmem, as pessoas, ao seu redor, sejam os mujiques ou os donos da casa, o acham intelectual e o sabedor das coisas. Apenas um personagem, o suposto filho de quem chama de tio, é que tem opinião diferente da maioria.
comentários(0)comente



JanaAna90 26/09/2022

Nessa história que mistura comédia, drama e que, não pode faltar, fatos cotidianos de uma família que beira a loucura. E o mais surpreendente de tudo isso que a história se passa em 48hs. Rsrs
A minha surpresa foi o quanto Dostoiévski consegue nos fazer odiar um personagem desde a sua aparição. Um antigo bufão, como muitas obras do autor em que aparece essa figura, mas aqui o bufão se torna um tirano que inferniza a vida de todos do início até o final.
Não foi, para mim um livro cansativo, porém foi difícil porque esse personagem (o famigerado Fomá) criou em mim uma espécie de asco, tive momentos de parar de ler porque não acredita nos absurdos e despautérios das pessoas em torno do dito. Rsrs
Aqui fica claro a confiança e a ingenuidade por parte de alguns, a tirania de outros, a loucura de muitos.
Até o narrador que parecia ser imparcial começou a cair na conversa desse bufão.
O livro passa por algumas reviravoltas no final e, confesso, que continuei a não gostar de Fomá (kkk), porém a proposta de escrita de Dostoiévski foi totalmente diferente dos livros que tinha lido dele até o momento.
Vale a pena ler? Com certeza. Você vai ficar com raiva? Vai e muita. Porém vai ter a oportunidade de conhecer a veia cômica de Dostoiévski.
comentários(0)comente



Lucas 14/09/2022

Laboratório literário: no mais cômico dos livros de Dostoiévski, a graça não é explícita
Quase no fim do período de dez anos recluso e prestando serviços militares punitivos, acusado de agitação popular, Fiódor Dostoiévski (1821-1881) apresentava à Rússia uma obra "estranha": A Aldeia de Stepántchikovo e seus Habitantes, lançado em 1859. A pecha de livro "estranho" adquire um significado bem particular dentro do rol de obras dostoievskianas: o estilo dele, na maior parte das vezes incompreendido na época, é cirúrgico em aspectos humanos e psíquicos, as quais o tempo só reforça.

Mas nesse livro há um traço inovador; Dostoiévski, o escritor que mais bem descreve o decrépito, seja ele moral ou literal como ponto de partida para uma trajetória redentora, em A Aldeia de Stepántchikovo surge com um outro viés: o cômico, em detrimento do trágico que sempre o definiu. É o que, pelo menos, a maioria das sinopses (inclusive a da sempre ótima edição da Editora 34) traz como rótulo definidor do livro.

Entretanto, aqui vai uma ponderação séria: pelo menos a mim, foram pouquíssimos os momentos de riso que a leitura causou. Na verdade, a premissa parece engraçada, pois a narrativa se constrói em torno de um bufão, um bobo da corte, que é "promovido" de visitante a administrador de uma propriedade rural (a tal aldeia de Stepántchikovo) através não de méritos, mas de um cinismo poucas vezes visto. Trata-se de Fomá Fomitch Opískin, protagonista da obra. Inicialmente, ele é apresentado como alguém que cuidava do general Krakhótkin, segundo marido da mãe do coronel Iegor Ilitch Rostániev. Com a morte do general, a mãe, uma amiga da família e Fomá Fomitch vão viver em Stepántchikovo, propriedade de Rostániev. A teia de personagens principais é completada pelo narrador Serguei Aleksándrovitch, jovem protegido de Rostániev que vivia em São Petersburgo e que viaja até Stepántchikovo após tomar conhecimento de alguns acontecimentos estranhos que lá ocorriam.

É através dos olhos de Serguei que o leitor entra em contato com os tais "habitantes" da aldeia: Rostániev, irritantemente bondoso e altruísta, com seus filhos Iliá e Aleksandra (Sacha); Tatiana Ivánovna, a já recorrente figura feminina de Dostoiévski, marcada por uma personalidade histérica; Nastássia Iejevíkin, preceptora do casal de filhos de Iegor Ilitch; o obscuro Ivan Mizíntchikov, primo de Serguei; e os funcionários da aldeia, Gavrila, Falaliei e Vidopliássov.

Entre Rostániev e Fomá Fomitch desenvolve-se uma rivalidade surda, que eventualmente sucumbe diante da ingenuidade do primeiro. Fomá é o mais marcante personagem do livro: um grande parasita, um verme odioso, arrogante e desprezível, a qual pode parecer cômico nos primeiros momentos, mas logo irá deixar o leitor de saco cheio diante de tanta volúpia maléfica. Protegido pela maioria dos habitantes da propriedade, seu poder não vem de sua própria astúcia, o que poderia lhe conferir um relativo grau de admiração, mas sim de um grau de conformismo revoltante, especialmente relacionado ao proprietário de Stepántchikovo. Aos poucos, Serguei Aleksándrovitch narra e se une ao leitor num ódio a Fomá Fomitch, que faz Iegor Rostániev de gato e sapato.

Mas Dostoiévski jamais abre mão de ensinar e convidar à reflexão. No caso de Fomá Fomitch, sua origem humilde e posteriores humilhações fazem dele um tipo às avessas de qualquer protagonista de uma boa lição de moral. E é aí que está a reflexão do autor: como um indivíduo antes humilhado e ridicularizado reage diante do mundo quando ele vira esse jogo? Ele foi capaz de aprender algo quando sofria ou vai apenas acumular ódio e usará isso como matéria-prima para a sua nova personalidade? A humildade pode ser construída ou blindada nesse processo? Pode parecer meio bobo tudo isso, mas é uma reflexão com implicações que vão desde a criança que sofre bullying na escola até o adulto em sua vida profissional.

Outro ponto destacável é fato do romance acabar significando um laboratório para as grandes obras de Dostoiévski que viram à tona dali a alguns anos, opinião reforçada no posfácio do tradutor Lucas Simone (editora 34): resquícios da eterna Sônia, de Crime e Castigo (1866) podem ser observados na preceptora Nastássia Iejevíkin; o príncipe Míchkin (O Idiota, 1869) é uma versão expandida do coronel Iegor Rostániev; Fomá Fomitch é o "molde" do famoso "homem do subsolo", arquétipo presente em praticamente todas as obras do autor dali em diante, caracterizados por mentes atribuladas, por vezes criativas, mas que almejam aceitação social e fazem disso uma luta constante. E, fundamentalmente, a própria narrativa, majoritariamente histérica, é concebida num ritmo que se repete em maior ou menor grau nas obras posteriores, notadamente as de maior sucesso de Fiódor Dostoiévski.

Em A Aldeia de Stepántchikovo, o famigerado lado cômico de Dostoiévski é apenas "semeado" nas linhas. Acredito que a responsável pelo prisma cômico do livro é a percepção do leitor, a qual poderá ou não interpretar como engraçadas muitas passagens e raciocínios de Fomá Fomitch. Entretanto, não se engane: cada linha destes momentos possui alguma mensagem oculta muito mais profunda ou pequenos convites à reflexão. Mas ignorando-se essa discussão sobre a comicidade ou não do livro, A Aldeia de Stepántchikovo e seus Habitantes é uma obra dinâmica, quase toda escrita em diálogos, com um desfecho surpreendente e na qual se percebem aqui e ali os sinais que consolidariam Fiódor Dostoiévski na literatura universal.
comentários(0)comente



43 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR