Ópera dos mortos

Ópera dos mortos Autran Dourado




Resenhas - Ópera dos Mortos


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Rafael1906 19/03/2023

A hereditariedade das relações.
Autran Dourado nos apresenta um romance impactante, surpreendente e triste, com personagens enigmáticos, que carregaram seus próprios dramas, defeitos e ruindades. Ninguém escapa do fator humano nesse livro. Todos são bons, todos são ruins, todos devem alguma coisa e a vida bem cobrar durante esse percurso.
Rosalina é uma "senhora de sociedade" que vive isolada em seu casarão velho desde que os pais morreram. Ela tem como companhia uma ama que a criou desde criança, e que não fala, mas escuta. Tudo caminha nesse marasmo até o surgimento de um homem que vai mudar a vidas delas e do casarão. Ele também possui seus segredos e vaidades. O livro é excelente e vale cada página. As reflexões acerca da morte e da vida são um ganho extra. Uma leitura essencial.
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Aline 01/05/2023

Ópera dos Mortos
Uma obra intensa, dramática e trágica, três gerações ligadas pelo sangue, ao mesmo tempo que há rupturas temporais e contextuais, há fortemente a marca da herança e a presença de um ciclo vital que prevalece às características familiares. O leitor sofre junto com cada personagem, a história cresce, no entanto com manutenção de algumas tradições e fidelidade à solidão. A figura de Quiquina enraizada à representação do silêncio pessoal, social, histórico, físico e emocional, assim como a solidão requerida e vivida por cada personagem, e por objetos como os relógios e pelo próprio sobrado, nos apresentam a decadência de uma família inerte na história construída por fatos lineares e ao mesmo tempo divergentes, onde as tentativas de rupturas e de mudanças são direcionadas para um único caminho. Uma verdadeira obra de arte, que faz jus ao título. Um ópera brasileira em formato literário.
Alê | @alexandrejjr 14/09/2023minha estante
Que resenha sucinta e bonita, Aline! Parabéns!




Natália | @tracandolivros 10/10/2018

Como se tivessem lhe contando uma história de forma oral
“Ópera dos Mortos” é um livro contado de uma maneira diferente. O narrador é “a gente”, e ele fala em forma de monólogo, com suas opiniões também no meio do relato.

Primeiro ele explica sobre a construção da casa de Lucas Procópio, que era um homem sério, rude e que fazia tudo como queria; ninguém na cidade gostava dele, e todos o temiam. Após sua morte o sobrado ficou para seu filho, o Coronel João Capistrano Honório Cota, um homem já mais bem centrado, adorado pela cidade e o completo oposto do pai; o que ele sempre tentou ser.

Honório Cota reformou a casa, mas deixou do jeito do pai e acrescentou o dele, agora os dois eram apenas um. Se casou com Genu e depois de muitas tentativas o casal conseguiu ter uma filha, dona Rosalina.

Um dia o Honório Cota se envolveu na política e tomou uma rasteira dos empresários, que tiraram ele da jogada. Assim ele acabou perdendo um pouco a simpatia. Depois da morte de sua mulher Genu ele se isolou total com a sua filha.

Agora Rosalina é a dona do sobrado, e depois da morte de seu pai ela ficou ainda mais isolada; com raiva da cidade por ter acabado com os sonhos do pai. Ela vive com a negra Quiquina, que é quem a ajuda nas compras. A calmaria na vida das duas acaba com a chegada de um estrangeiro chamado José Felíciano.
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É um livro difícil de falar, porque ele é ao mesmo tempo muita coisa para explicar e pouca coisa para comentar. A escrita é um tanto confusa de início, porque é bem diferente do que estamos acostumados.
O livro começa a prender de uma forma inesperada. A trama fica muito interessante, e apesar de ficar entre passado e presente, é fácil se apegar e sentir curiosidade sobre o que vai acontecer. Além de que o narrador é lento, parece que ele tem a intenção de levar o máximo de tempo para contar tudo, então há várias vezes a repetição de alguns fatos. “Ópera dos Mortos” é um livro que tira o leitor da zona de conforto por causa da escrita e da linguagem, mas que traz vários ensinamentos da época, da vivência. Um livro interessante, e que me deixou muito animada para ler os outros livros do autor.

site: https://www.instagram.com/p/BlTCK6bnqba/
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Mariana 02/08/2023

Jamais poderei falar que a escrita não é boa, ou que a história não é excelente e bem pensada, porém, eu não me apeguei a história e não curti a escrita, obviamente entendo a importância e tá tudo bem não gostar de um livro tão aclamado! mas, estaria mentindo se falasse que foi um dos melhores livros que já li...
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Duda França 17/08/2023

Resumo do livro Ópera dos Mortos, de Autran Dourado
Ópera dos Mortos é a história da família Honório Cota: Lucas Procópio, o pai da família, impôs-se à força no lugar, onde construiu o casarão e a igreja, mas construiu destruindo a vida dos demais moradores, estuprando, intimidando, calando quem se revoltava contra ele. João Capistrano Honório Cota, filho de Lucas, não queria ser igual o pai e ingressou no mundo da política, porém, foi traído pelos políticos da cidadezinha. Desolado, além de ter perdido sua esposa, parou o relógio-armário da sala, mostrando que havia cansado de viver. E assim seguiu até chegar em Rosalina, que viveu apenas no casarão, não saía, a única visita que recebia era secreta, interagia apenas com a empregada muda Quiquina. Os únicos sinais de vida da moça são as flores de tecido e papel que ela produz, enquanto Quiquina vende elas com muito sucesso. A vida monótona das mulheres muda quando um novo funcionário chega no casarão para trabalhar ali.

Esse livro é bom, principalmente para os leitores que gostam de histórias tradicionais, com fazendas, casarões, costumes antigos do interior e dramas.
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Igor Almeida 02/02/2024

Romance
A historia se estrutura principalmente no desenvolvimento da geração familiar, e a busca de preservar o orgulho, mesmo que para isso sacrifique tudo...
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Luciana 23/02/2024

Solidão
Um livro sobre como a solidão muitas vezes era a regra, e não a exceção, no início do século passado. Como as pessoas se conheciam e como os problemas podiam ser escondidos e resolvidos de forma trágica. Fico imaginando se este tipo de leitura faz sentido pra pessoas mais jovens, abaixo de 40 anos. Pois pra mim, tenho 52, lembra minha infância em cidade pequena. É um enredo palpável e nostálgico.
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Assay 14/01/2024

Leitura fluida e cativante
Foi o primeiro livro do Autran Dourado que li e não poderia ter tomado decisão melhor. Consigo enxergar através do seu texto o esmero e cuidado que ele colocou neste livro. Durante a leitura me senti como um morador da vila, cada vez mais curioso pra saber o que acontecia dentro do casarão.
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Ana 26/08/2023

"O sobrado era o túmulo, as voçorocas, as veredas sombrias."
Waldemiro Freitas Autran Dourado foi um advogado, jornalista e escritor mineiro. Nasceu em 1926 e morreu em 2012. Ganhou diversos prêmios literários, entre eles Jabuti, Camões e Machado de Assis. Ópera dos mortos é considerada sua obra prima, publicada pela primeira vez em 1967 faz parte da trilogia que conta a estória da família Honório Cota.
Os outros dois livros, Lucas Procópio, publicados em 1985 e Um cavalheiro de antigamente publicado em 1992, contam o começo dessa família. Em Ópera dos mortos acompanhamos Rosalina. A última desse clã. A narrativa se passa em meados do século XX numa cidade fictícia do interior de MG. João Capistrano Honório Cota é um coronel respeitado na cidade, todos o admiram, no entanto, depois de uma tentativa fracassada de entrar na política, acaba se isolando em sua casa. Um casarão que foi construído por seu pai Lucas Procópio e aumentado por ele que mandou construir um sobrado. A própria casa funciona como um personagem tendo em vista que une as características de Lucas Procópio, homem que tem uma fama de cruel e desumano na cidade. E João Capistrano, homem honesto e respeitado. Ao ser traído numa eleição, vira as costas à cidade e se fecha. Após a morte de sua esposa, fica ainda mais taciturno e sozinho apenas acompanhado de sua filha Rosalina. No entanto, acaba falecendo tbm deixando sua filha apenas com uma empregada que cuidava dela há muitos anos, a Quiquina. Até a chegada de um forasteiro, José Feliciano e a partir daí. Tudo vai mudar na vida de Rosalina.
A narrativa é muito envolvente e fascinante. O autor usa muitas gurias mineiras e a construção das personagens é ótima. Tem um ar de tragédia grega porque desde o início dá a sensação que algo inevitável e ruim vai acabar acontecendo. O tempo aqui é muito importante. Passado e presente se misturam e é algo comum nas personagens tendo em vista que elas vivem no passado e não conseguem vislumbrar um futuro. Estão perdidas no tempo. Tentando fazê-lo parar, mas ele sempre passa. E mesmo sem perceberem as coisas sempre mudam.
A personagem Rosalina é bastante interessante. Orgulhosa e altiva tenta corresponder as expectativas do seu pai e da sociedade patriarcal que está inserida, mas ao mesmo tempo, sente necessidade de se libertar e ter seus instintos satisfeitos. Ela é complexa e múltipla.
Adorei a leitura e acho incrível nunca ter escutado falar desse excelente escritor brasileiro. Com certeza lerei mais livros dele.
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Micheli.Maclin 19/01/2023

Triste d+
Leitura boa, apesar do final muito triste.
O autor consegue descrever as confusões dos pensamentos dos personagens. As aflições, as angústias, os sonhos.
Diferentão de tudo o que já tinha lido.
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Suellen Xavier 19/12/2021

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amei ele e achei uma leitura muito gostosa e rápida lembro que devorei todas as páginas sem parar e uma história muito bem descrita.
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Matheus656 29/04/2021

Indicação de Tati Feltrin
Vi esse livro sendo comentado pela Tati Feltrin, e não por acaso, me interessei tanto que devo ter assistido o vídeo umas 3 vezes (duas antes da leitura, uma após a leitura). No começo achei meio confusso a forma de escrita desse livro, mas depois peguei um gás e devorei os capítulos finais. Esse com certeza é um daqueles livros que mais gostei em aceitar uma recomendação de uma booktuber.
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rafa_._cardoso 24/05/2024

Vale muito a leitura
O livro é um romance que se passa em uma cidade do interior de Minas Gerais (o que já me agradou de largada).

A história gira em torno da vida da família Honório e, de forma especial, da protagonista Rosalina, uma órfã reclusa e com muita raiva de todos na cidade.

A chegada de Jucá Passarinho, um caçador e ótimo contador de histórias, muda o curso da vida de Rosalina e, indiretamente, de todos na cidade.

Há aqui uma linguagem envolvente, regionalsita e com uso de simbolismo, com temas como moralidade e luto.

Por vezes é descritivo demais e possui muitos devaneios, mas vale muito a pena a leitura.
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