Flavio Assunção 18/10/2011"O Bom Sujeito" é considerado pela maioria dos fãs de Dean Koontz como parte de uma espécie de trilogia, que também inclui os livros "Velocidade" e "The Husband" (ainda não traduzido para o Brasil). Embora as histórias sejam distintas e que não haja nenhuma ligação entre elas, a questão é que todas partem de uma mesma premissa: um rapaz pacato vê sua vida tomar um rumo assustador, dando-se início a uma trama eletrizante do começo ao fim.
Em "O Bom Sujeito", o foco é um certo Thimothy Carrier, um pedreiro solitário que é confundido em um bar com um assassino de aluguel. Tendo em mãos o nome e endereço da pessoa que seria o alvo - uma bela moça chamada Linda - parte para alertá-la que alguém a deseja morta, enquanto o verdadeiro assassino descobre que foi passado para trás e segue em seu encalço.
Como é comum nos livros de Koontz, o ponto de vista é trocado do mocinho para o vilão a cada capítulo. E o vilão em questão é Krait, um policial que serve a pessoas que não sabe quem são. E essas pessoas são responsáveis por conceder atalhos para que tenha facilidade em executar suas vítimas. Com Tim e a moça não é diferente. Além de ser frio e metódico, Krait conta com a ajuda do "serviço secreto", que vai conceder ajudas tecnólogicas e tudo o mais para que tenha sucesso em sua empreitada de executar Tim e Linda.
A questão é que o livro é uma guerra lógica, com Tim se antecipando aos passos do assassino, enquanto este procura prever o que seu alvo fará em seguida. O resultado é uma perseguição de gato e rato incrivelmente tensa, e só ganha o leitor.
Embora o final não seja lá essas coisas, o livro segue em um ritmo eletrizante e constante. Além da tensão, temos acesso aos dramas pessoais dos dois mocinhos da história, acarretando em um aprofundamente ainda mais bacana à tudo.
Então é isso. "O Bom Sujeito" é mais um ótimo livro de Dean Koontz. Aproveito para sugerir ainda "Velocidade", que ao meu ver é tão bom quanto, e para quem lê inglês procure por "The Husband" para fechar com chave de ouro essa trilogia eletrizante. Obviamente, sem esquecer que Dean Koontz tem outras obras incrivelmente intensas. O cara é mestre.