jota 24/10/2016Números, poemas, imagens, dinastias, cartas de baralho...Demorei um tanto para ler o livro de Joshua Foer justamente por conta de seu título, que soa como se fosse um manual de autoajuda. Coisa que felizmente não é. E havia descoberto isso antes de lê-lo, por meio da resenha que o jornalista Helio Gurovitz publicou em maio deste ano na revista Época.
Foer mostra através de vários exemplos, que com esforço, disciplina e criatividade podemos melhorar muito nossa capacidade de memorizar as coisas, reter informações úteis (ou não) por mais tempo. E deixar de apelar tanto para celulares, computadores, agendas, calculadoras etc.
Ele faz isso contando a história de alguns campeões de memória e até mesmo sua própria história: ganhou um desses campeonatos tão populares no hemisfério norte, daí que o subtítulo desta obra é Memórias de um campeão de memória.
É impressionante a quantidade e a qualidade das informações que Foer levantou associadas a nossa memória, desde a Antiguidade até a década passada. Elas são demonstradas através de histórias sempre interessantes e bem-humoradas grande parte do tempo.
Assim, a leitura de A Arte e a Ciência de Memorizar Tudo mesmo quando envolve dados científicos, matemáticos, estatísticos etc. nunca é pesada, pelo contrário. Isso torna o livro bastante saboroso para amplos públicos de leitores.
Lido entre 07 e 23/10/2016. Minha avaliação: 4,8.