Farda Fardão Camisola de Dormir

Farda Fardão Camisola de Dormir Jorge Amado




Resenhas - Farda Fardão Camisola de Dormir


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Antonio Maluco 03/07/2019

Política
O livro mostra a política brasileira mas pode ver a política mundial
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Daniel.Simoes 16/01/2019

Um romance de Jorge Amado sobre uma disputa eleitoral na Academia Brasileira de Letras em 1940. Aborda a questão do militarismo, da ditadura, da aproximação do Brasil com o Eixo num momento em que o nazismo dominava a Europa. Mas também fala de paixões, sonhos, poesias, através das amantes do Imortal morto. Mais um romance excelente de Jorge Amado. Devorei em apenas três dias.
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Nélio 27/07/2017

É o terceiro livro do autor que leio. E novamente uma ótima leitura. Uma trama ambientada no drama do Estado Novo e na escolha de um novo Imortal para a ABL. Aquele arzinho de conspiração, de rebeldia, de mistério e de muito mais! Senti-me lendo um livro ao melhor estilo do Dan Brawn... Não comparo os autores e nem os livros, mas aquele desejo de saber sempre o que vem à frente. “Vou ler só mais um capítulo...” Adoro!
O bom do estilo de narrativa do autor é que ele não é cansativo. Há ação, emoção, mesmo quando ele entremeia algo da repressão do Estado Novo ou da Segunda Grande Guerra. Para mim, é um autor que cria personagens que são “gente como gente” : há verossimilhança. E para quem gosta de ler, é fácil chegar a esse nível de exigência. Se não há coerência, possibilidade de ocorrer, não leio.
Jorge Amado explora muita coisa do universo humano nesse livro. Agir segundo nossos interesses, por exemplo. E no meio da escolha de um membro para a ABL. Nada de valores literários sendo a principal razão de um voto de imortalidade...
Há um subtítulo da obra que mostra o lado satírico que o autor deixou para nós: “fábula para acender a esperança”. Já que não vou contar detalhes da narrativa, fica a curiosidade do que ele quis dizer com isso. Só digo que ele criticou muito bem a hipocrisia de uma elite...
O livro é de 1979, mas retrata os anos 40. Fiquei pensando se sua (talvez) velada crítica ao militarismo chegou a causar algum tipo de problema para ele...
Amor, família, morte, traição, tramas e dramas... Tudo lá.
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Alexandre Kovacs / Mundo de K 11/06/2017

Jorge Amado - Farda, Fardão e Camisola de Dormir
272 Páginas - Editora Companhia das Letras - Relançamento: 18/09/2009.

Jorge Amado (1912-2001) nunca foi devidamente reconhecido por grande parte da crítica literária brasileira, talvez devido ao sucesso de público de seus romances ou em decorrência das adaptações para cinema, teatro e televisão, mas isso só comprova que a aceitação popular não é sempre incompatível com o valor artístico, a sua obra é atemporal e universal, como todo grande autor deve ser. Entre seus muitos romances, "Farda, Fardão, Camisola de Dormir", lançado originalmente em 1979, é ignorado na maioria das compilações bibliográficas sobre autor e, de fato está longe de ser o melhor livro de Jorge Amado, contudo, algumas peculiaridades merecem reflexão se considerarmos o momento histórico atual do Brasil e do mundo, uma época em que as ideologias de extrema direita e um apelo ao nacionalismo e xenofobia ameaçam as liberdades individuais.

Em 1940, o Estado Novo, instituído por Getúlio Vargas em 1937, mostrava perigosos sinais de simpatia com o avanço do regime nazista na Europa e mantinha um governo de forte repressão política no Brasil que duraria até janeiro de 1946, uma fase de obscurantismo na história nacional e mundial. O próprio Jorge Amado, militante comunista, foi obrigado a exilar-se na Argentina e no Uruguai entre 1941 e 1942, período em que fez longa viagem pela América Latina. Em 1945, foi eleito membro da Assembléia Nacional Constituinte, na legenda do Partido Comunista Brasileiro (PCB), tendo sido o deputado federal mais votado do Estado de São Paulo. A sua trilogia "Os Subterrâneos da Liberdade" retrata episódios ocorridos durante o Estado Novo (1937-45) e a resistência do Partido Comunista Brasileiro durante o período, tendo sido escrita em Praga, na Checoslováquia, onde ele viveu depois de ter sido exilado, em 1948.

Os anos quarenta foram portanto uma época bastante conturbada da política brasileira, particularmente difícil para Jorge Amado, mas a recriação ficcional deste período em "Farda, Fardão, Camisola de Dormir", tem uma abordagem muito mais leve do que em "Os Subterrâneos da Liberdade". Escrito bem mais tarde, em 1979, durante o final de outro regime de exceção militar (1964-1985), com o subtítulo de "Fábula para acender uma esperança", o romance mistura personagens ficcionais e históricos em sua narrativa para descrever a disputa de uma vaga na Academia Brasileira de Letras. Após a morte do poeta Antônio Bruno, o coronel Sampaio Pereira, chefe da repressão política do regime e simpatizante do nazismo se candidata à vaga na Academia, ocorrendo então um movimento entre alguns veteranos acadêmicos contra a sua candidatura.

"Esta fábula conta como dois velhos literatos, acadêmicos e liberais, partiram em guerra contra o nazismo, a ditadura e a prepotência. Toda e qualquer semelhança com tipos, organizações, academias, classes e castas, figuras e sucessos da vida real será pura e simples coincidência, pois a anedota é produto exclusivo da imaginação e da experiência do autor. Reais são apenas a ditadura do Estado Novo com a Lei de Segurança, a máquina de repressão, as prisões cheias, as câmaras de tortura e o obscurantismo, e a Segunda Grande Guerra Mundial, desencadeada pelo nazifascismo, em seu pior momento, quando se dava tudo por perdido e a esperança fenecia." - Introdução (Pág. 13)

Jorge Amado, ele próprio eleito para a ABL em 1961, utilizou muito de sua experiência na instituição literária para mostrar o mundo de formalidades que envolvia as eleições e seus procedimentos secretos. No romance, a saída encontrada para fazer frente à candidatura do coronel Sampaio Pereira, que representava o regime autoritário da época, foi articular a anticandidatura de outro militar, de oposição, o general reformado Waldomiro Moreira. As divertidas estratégias utilizadas na campanha dos dois candidatos, que refletiam a senilidade de muitos dos quarenta acadêmicos, dão um tom bem-humorado e irônico ao romance, uma grande sátira sobre a vaidade humana.

A narrativa é totalmente ambientada na cidade do Rio de Janeiro, uma exceção à apaixonada tradição do autor de caráter regionalista que imortalizou com seus inúmeros personagens inspirados no povo simples da Bahia e suas tradições folclóricas e religiosas, sempre com muita sensualidade. Por sinal, mesmo com personagens eruditos e de avançada idade, Jorge Amado encontra espaço para descrever as apimentadas relações amorosas do falecido poeta Antônio Bruno, um sucesso com as mulheres da sociedade carioca da época. Enfim, um livro leve e agradável de se ler, com a marca do estilo único do autor que sabe como poucos contar uma boa história.
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Jorge Luís Stocker Jr. 01/03/2017

Um romance bastante atípico dentro da bibliografia do autor. Leve para leitura, porém contundente na sua crítica.
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Vivi 30/03/2016

O livro descreve a política dentro da Academia Brasileira de Letras. A campanha para eleger um imortal e depois a campanha para não eleger o mesmo candidato.
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z..... 18/11/2015

A obra foge do estilo mais conhecido do autor, marcado pela exaltação da cultura nordestina, principalmente a baiana. A ambientação divide-se entre cidades do Sudeste e Paris, em um romance politizado, como um retrato do contexto da década de quarenta, vendo-se a vida boêmia, o formalismo na vida matrimonial e as disputas políticas crescentes com o desenrolar da guerra, estimulando partidários e opositores. Esse último aspecto se insere em uma inusitada disputa na Academia Brasileira de Letras, numa crítica irônica de valores e propósitos. O autor enriquece esse retrato com sutil referências a fatos e personalidades históricas. Virtudes do romance e seu valor.
Em minha relação com a obra, a leitura não se desenrolou com prazer e achei muito chato o livro. Lembrou a mesma impressão que tive com "O sol também se levanta", do Hemingway. Estava na expectativa de uma história com muito escracho e acidez, talvez pela familiaridade e apego com o estilo consagrado do autor. Pode-se dizer que encontramos nas entrelinhas, mas não tive empatia. Sisudo demais! Monótono. A exposição da época e sua mensagem centralizam tudo, com as personagens identificando e confirmando isso, nada mais a meu ver. Enfim, não gostei, isso só interessa a mim e ponto final.
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Felipe 04/03/2011

Coisa de mestre
Jorge Amado é um mestre, sem dúvida um dos maiores escritores brasileiros e ninguém poderia se surpreender se alguém o colocasse com o maior de todos. Autor de clássicos como “Capitães de Areia” e “Gabriela, cravo e canela”, tem uma vasta biografia, toda em alto nível. Grande parte de seus clássicos se passam em seu estado natal, a Bahia, e são carregados de sensualidade e de tradições baianas oriundas da África. Este não é o caso de “Farda, fardão, camisola de dormir” que se passa no Rio e quase não sensualidade e referências as tradições africanas, e mesmo assim Jorge Amado consegue escrever um romance espetacular!
Como todas as histórias de Jorge, esta também gira em torno de algo inusitado. Um imortal da Academia Brasileira de Letras morre e a trama gira em torno da eleição para sua substituição. Logo no início o leitor é apresentado ao primeiro candidato, tido como favorito, um coronel do exército dito como torturado na ditadura do Estado-Novo, período no qual o livro se passa. Tal indicação não agrada os acadêmicos mais liberais que lançam um candidato azarão, um general do exército da reserva.
Então dar-se a batalha do Petit Trianon, onde nem o leitor mais astuto é capaz de prever o final. Jorge nos envolve de tal forma que não conseguirmos nos livrar dos personagens mesmo quando não estamos lendo seu romance, além disto torna a trama tão empolgante e surpreendente que justifica a leitura com calma de cada página escrita por ele.
Se não bastasse a narrativa de Jorge, e a história que ele conta em “Farda, fardão, camisola de dormir”, ele se passa em uma ditadura e denuncia as atrocidades cometidas pelo governo Vargas durante a II Guerra Mundial, a corrupção e as torturas incluídas. Isto, por si só, mostra a coragem de Jorge Amado, pois o romance foi publicado originalmente em pleno outro período ditatorial do Brasil no início dos anos 80, período em que se torturou tanto gente ou mais que na era Vargas. É genial a forma como Jorge denuncia as atrocidades de uma ditadura sem sequer fazer referência direta ao período em que o livro foi escrito e que denuncia. Coisa de mestre!
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George Facundo 14/11/2011

Gostei muito do livro. Ao contrário da densidade dos personagens de outras obras do autor, esta na verdade é uma divertida obra que tem por principal foco a Academia Brasileira de Letras. Tipo, eu realmente gosto do estilo clássico do Jorge Amado. Mas de fato, toda obra desse autor é indispensável. Então, vc certamente vai gostar desta obra. Enfim, não vou entrar em detalhes desse livro pq faz muito tempo que eu li ele. E eu poderia dar uma de entendido aqui, pesquisar rapidamente na wikpédia (coisa que vc pode fazer tranquilamente) e encher linguiça aqui. Mas uma coisa eu digo, lembro da sensação quando eu li ele, e lembro de ter gostado bastante. Enfim, se vc já conhece a obra do Jorge Amado com certeza vai gostar. Agora, se vc ainda não conhece, começe por outros livros como Gabriela, Tieta, Capitães de Areia, etc...
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Tina 25/01/2010

Um livro divertido. Totalmente diferente das histórias cruas do Jorge Amado. Com uma mensagem: Os malandros também envelhecem.
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