Calabar

Calabar Chico Buarque
Ruy Guerra




Resenhas - Calabar


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Andreza Alves 30/12/2014

Chico Buarque é um cara que sempre me surpreende.
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Marilda 28/02/2012

Traidor ou herói nacional ?
O que seria do Brasil se os portugueses não tivessem expulsado os holandeses de Pernambuco?? Ou melhor, o que seria do Brasil se tivesse sido colonizado por um país mais arejado, amante das artes, menos predador?
Comparando as políticas portuguesa e holandesa de apropriação da riqueza nacional, Calabar deve ter se convencido de que a Holanda poderia oferecer melhores condições culturais, sociais e de progresso ao Brasil. Calabar seria um traidor ou um visionário? Neste livro, os autores defendem a segunda hipótese; porisso o elogio à "traição" de Calabar.
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Alinde 30/06/2011

Não gosto, não gosto mesmo, de começar uma leitura com muitas expectativas. Atrapalha muito. E foi o que aconteceu com Calabar. Por ser do Chico Buarque, esperei algo mais atemporal. Não, não estou falando que a peça é ruim. Mas é datada, o que atrapalha um pouquinho o prazer da leitura. De qualquer forma, não me senti perdendo tempo ao ler a peça: dificilmente sentirei que perdi tempo com alguma obra do Chico Buarque, creio eu.

Para quem ainda não sabe, Calabar foi um senhor de engenho na capitania de Pernambuco que resolveu se aliar aos holandeses quando estes invadiram o nordeste do que hoje é o Brasil. Por isso, foi capturado pelos fiéis a Portugal, durante a disputa pelo território com os holandeses, e morto como traidor. Isso, pra quem está perdido no tempo, aconteceu no século XVII. Três séculos depois, é discutida a ideia de que Calabar é traidor: e se ele realmente considerasse que os holandeses fossem fazer o melhor pelo território em disputa? E não é Calabar quem responde a essas pergunta, mas os personagens à sua volta: o senhor de engenho “traidor” não tem fala na peça. Aqueles que têm voz são seus delatores, sua viúva, outros personagens do episódio holandês no Brasil, como o próprio Mauricio de Nassau.

Para os autores, Calabar não era um traidor: ele acreditava que os holandeses fariam melhor do que os portugueses. Tese, aliás, bastante defendida no Brasil, diante do que Nassau nos deixou em Recife e Olinda e do que os portugueses nos deixaram. Traidores eram os delatores e executores de Calabar, por terem traído o mesmo, e sem motivos que não os egoístas: não há ideais entre delatores.

A meu ver, o melhor da peça são as personagens femininas, e suas relações com a guerra: Bárbara, que não se conforma de perder seus amantes um a um por conta dos conflitos. E Ana de Amsterdã, que a consola: pra que se importar com os homens, se eles vão morrer mesmo? Bárbara, que defende Calabar até o fim. Ana, que defende o seu prazer, sem se importar demasiadamente com os homens, antes propondo prazer também a Bárbara (já que os homens gostam mesmo é de homens…).

Escrevi no começo da resenha que a peça é datada. Pois é. MAS não é por isso que deve ser descartada a sua leitura. Muito se entende sobre parte do pensamento no Brasil na década de 70. As personagens são fantásticas, muito bem construídas. E a revolta contra a delação, marca da peça, é o que ela tem de mais atemporal – junto com a admiração pelo “Brasil holandês”, algo que perdura, três décadas depois. E ainda: as mulheres continuam sofrendo com a estupidez da guerra…
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Bit 14/03/2011

Este texto aborda a questão da lealdade e da traição, numa clara alusão à conjuntura política do período e traz algumas canções famosas de Chico Buarque, como Anna de Amsterdã e Bárbara
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