Luiza.Thereza 29/10/2015A Fazenda BlackwoodQuem toma a palavras é Tarquin “Quinn” Blackwood, um vampiro recém-criado desesperado pela ajuda de Lestat. E é ele quem narra a Crônica, o que talvez tenha sido o motivo de essa história ter recebido a definição de chata e enfadonha. Acho que depois de tudo o que ocorreu, os fãs queriam Lestat de volta as rédeas de suas crônicas, queríamos saber o que se passava na cabeça dele, ou o que ele pensava, enfim.
É complicado falar sobre esse livro e a ausência de Lestat na narração. Lestat está lá na história, você sabe que está (até por que ele fez uma entrada bastante típica dele: de deixar todos completamente apaixonados e embasbacados). Está lá escutando paciente e atentamente à história dos camafeus de Tia Queen, e também está lá escutando à longa narrativa da história de Tarquin e dos fantasmas que rondam a histórias dos Blackwood. Quem conhece Lestat, consegue até imaginá-lo ouvindo a história, provavelmente fascinado e, mais provavelmente ainda, amando o “irmãozinho” como só ele é capaz de amar alguém.
E que história! Em algum momento das narrativas anteriores, cheguei a pensar que os personagens vampiros que apareceram nas crônicas de Lestat eram os únicos vampiros que restavam, ou pelo menos, que o restante deles era insignificante demais para serem incluídos por Lestat. Grande engano meu, pois surgiu na história um ser tão antigo quanto Maruis, um ser separado de Maharet por apenas uma geração de “Caçadores de Sangue”. E Tarquin, o belo e jovem senhor da mansão Blackwood, conhecedor recente de seu grande parentesco com a Família Mayfair (sim, a mesma Meyfair da história de Merrik), se tornou um vampiro criado pela cria desse Filho do Milênio e fortalecido pelo sangue do próprio.
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