São Bernardo

São Bernardo Graciliano Ramos




Resenhas - São Bernardo


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Mariana 15/06/2024

Um bom causo
Uma histórico legal de ler. Nesse livro os regionalismos não são difíceis de entender, leitura é fluía.
Gostei de conhecer mais uma história do escritor.
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Karini.Couto 12/06/2024

Em S. Bernardo temos uma narrativa composta de uma tensão primorosamente rudida, trazendo infortúnios da vida de Paulo Honório, homem de origem humilde que acaba por materializar suas aspirações de enriquecimento na vida ao tornar-se um poderoso fazendeiro no sertão alagoano. Contudo, seu percurso de sucesso material é vincado pelo menosprezo ao bem-estar dos que estão em seu caminho.

Uma obra atemporal, nos trazendo a imagem do interior brasileiro rico culturalmente e cujo regionalismo pontuado nos trouxe Paulo Honório tendo sua riqueza cravada em trabalho e sangue, nos fazendo refletir em questionamentos sobre moralidade, justiça, e outros pontos, incluindo divagações que fiz sobre bom ou mal, certo ou errado, amor ou desamor, solidão e solitude.

As edições da Global são lindas. Estou encantada!

site: https://instagram.com/alempaginas
Naaah1 12/06/2024minha estante
Tenho vontade de ler esse ,a história é boa ,mas a leitura é difícil




roque-la 04/06/2024

Graciliano ramos é gênio
Li para a minha prova de português e achei muuito muito bom, no começo não entendia nada mas depois peguei o ritmo.

tenho muitas opniões mas não vou conseguir pôr por escrito, enfim! espero que eu tire uma nota boa nessa prova. viva a literatura alagoana
roque-la 04/06/2024minha estante
esse aplicativo vai de mal a pior, o final da minha resenha dizia:
obs. fascinante as passagens metalinguísticas do livro.




regis49 02/06/2024

Comecei a ler por causa da faculdade, mas tava quase desistindo. Sinceramente ele é MUITO chato "ain ele é solitário" ele é chato!!! A coitada da mulher preferindo MORRRER do que ficar com ele 🤬 #$%!& . A linguagem é ótima, mas ele é tão tão chato que só queria acabar para n ler mais.
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Araujo20 02/06/2024

A terra e a loucura
A obra de Graciliano é, de fato, atemporal. A sutileza de sua escrita regionalista, o retrato do interior brasileiro e dos costumes vigentes dão um toque único á São Bernardo. Essa é a história de Paulo Honório, um fazendeiro que enriqueceu através de trabalho e sangue. Um homem que possui todos os defeitos morais mais graves, mas narra sua biografia se colocando como justo, bom e normal. Essa também é a história de Madalena, uma mulher inteligente demais para sua época. Uma professora que não tem voz no romance, a quem conhecemos apenas pela boca de Paulo. Sobretudo, essa é a história da fazenda São Bernardo e do apelo da terra na década de 30.
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catð 30/05/2024

Ele não era mal, só era solitário, e não sabia como amar
Sao Bernado conta a história de vida de Paulo Honório, um homem que, mesmo tendo nascido sem nada, fazia de tudo para conseguir o que queria. Paulo Honório foi uma criança que cresceu passando fome e dormindo nas noites frias do sertão, presenciando e participando de coisas das quais alguém tão pequeno não deveria passar, mas isso o tornou astuto, perseverante e, acima de tudo, um líder. Seus princípios da vida, desde seus 18 anos, era conquistar uma terra, e assim conseguiu; mesmo sendo de acordo com sua própria ética, como disse uma vez ?E como sempre tive a intenção de possuir as terras de S.Bernardo, considerei legítimas as ações que me levaram a obtê-las.? Ele não tinha nada, mas consquistou as terras de São Bernardo e a tornou um lucro gigante, -mesmo tendo a comprado de forma completamente manipuladora e corrupta de seu antigo herdeiro, Luís Padilha-tendo trabalhadores e também pessoas que ora podiam se chamar amigos, ora operários do próprio Sr. Honório.
Mesmo tendo conquistado o que sempre jurou ter e um pouco mais, o protagonista era alguém solitário, mas também alguém bruto e direto, que não tinha medo de ir atrás do que queria e das consequências de suas ações; com o passar dos anos, Paulo passou também a querer conquistar as pessoas; abriu uma escola e colocou Seu Padilha para comanda-lá, e assim conheceu sua futura esposa. Madalena era professora e sobrinha de uma das conhecidas do jornalista local, era gentil, encantadora e jovem. Paulo nunca realmente pensou em se casar, mas isso traria oportunidades para si próprio, e assim fez.
O que não era esperado era que, com tamanha solidão e sede por lucros, não conseguisse se encontrar com a própria família, e isso acabou tornando sua mulher uma jovem sem vontade de viver. São Bernardo, de Graciliano Ramos, mostra pra nós como nem sempre o dinheiro é tudo, e como a morte de alguém pode nos ensinar algo. Paulo Honório já era alguém sozinho, mas passou a ser ainda mais, por afastar pessoas que nem sabiam ser importantes para ele após o infeliz suicídio da esposa. Uma vez a mulher o chamou de assassino e, dentre todos os outros xingamentos, esse foi o que mais o tocou, porque, mesmo que no fundo, ele sabia que era alguém solitário demais para saber como amar e como dividir o pouco da sua felicidade com alguém.
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Vinicius.oa 27/05/2024

"D. Glória vê máquinas e homens que funcionam como as máquinas"
Ora, o próprio protagonista da obra é uma máquina fria, e lermos a obra com a sua cosmovisão e os seus pensamentos sinceros, é muitas das vezes angustiante mas ao mesmo tempo verdadeiro. O interessante do personagem Paulo, é a sua sinceridade interna (mesmo que seja doentio) que muitas das vezes é externalizada para os demais personagens, de forma que vemos a sua "rançura" e seu ciúmes para com sua esposa, refletir nos demais. Fora o final brilhante, no qual o autor nos faz refletir sobre quem somos, e nos traz uma lição de que, nem toda ignorância é verdadeiramente genuína.
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nxcecvx 26/05/2024

Mas para quê? Para quê? não me dirão?
Tão bom mas TÃO bom, tudo nessa história é pra sempre da minha conta!! Tudo o que parecia sólido pro narrador e pra quem começa a ler o relato dele vai progressivamente desmoronando. Oitenta e nove quilos e cinquenta anos em S. Pedro desmoronando. S. Bernardo desmoronando. O errado e a justiça desmoronando. O passado desmoronando e um presente assentado aos pés da Madalena. Como é gostoso ser alfabetizada!!

Se fosse possível recomeçarmos.. Para que enganar-me? Se fosse possível recomeçarmos, aconteceria exatamente o que aconteceu. Não consigo modificar-me, é o que mais me aflige.


(essa edição tem um posfácio relacionando diretamente S. Bernardo com Dom Casmurro e isso meio que mudou minha vida. não gostar desse é coisa de MALUCO
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Daniel.Ribeiro 11/05/2024

O enredo regional personifica a justiça social
Graciliano Ramos tem grande parte de contribuição na nossa literatura. A sua contribuição com o movimento literário no Modernismo me agrada bastante, principalmente em relação a estética literária apontando o regionalismo no início do século 20, e também sua linguagem.
Em um dos seus romances mais comentados, São Bernardo, mostra essa posição do homem que constituía o tempo e o espaço. Sendo um personagem característico em seu tempo, Paulo Honório se transforma em um narrador intradiegético, elaborando com a perspectiva regionalista as fábulas alucinativas que aconteceram em sua vida, após adquirir com seu esforço as terras da fazenda São Bernardo. Do homem ambicioso ao sujeito casmurro no final da obra, Paulo é a personificação do indivíduo que surgiu em uma sociedade cheia de elementos estimatizados por idealizadores políticos, constituindo uma denúncia na que Ramos enxergava a necessidade de utilizar na narrativa uma aproximação do real para encontrar nela uma justiça social.
Esse ímpeto pela justiça social acompanhou sua construção de linguagem, que à época era uma das preocupações do autor, numa consciência de 'traduzir' o vocabulário da escrita para a língua 'brasileira'. São muitos termos ,utilizado a todo momento por Paulo Honório, como forma de demarcar a linguagem nacional, e por ser características da estética do autor, que demonstram a face do regionalismo, da mesura em abordar o apropriamento da fala coloquial do autor, que viveu maior parte da vida no Nordeste brasileiro.
Tenho certeza que Ramos aponta esse romance para a denúncia da injustiça social, para o sujeito pernóstico e para o indivíduo sobrevivente do campo. Esse debate, as vezes, fica maçante até, contudo a importância dessa leitura, tanto pela estética literária, quanto pelo seu linguajar regionalista é necessária do ponto de vista de que ao surgir evidências de pessoas como Paulo Honório, possamos deliberar conceitos de sobrevivência e conscientização.
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Silvane 10/05/2024

São Bernardo, é a história de Paulo Honório. Ao mesmo tempo que ele é o narrador e tem um diálogo com o leitor e também é o personagem central.
Paulo Honório traça a sua vida.
Primeiro compra São Bernardo a fazenda onde trabalhou, transforma o lugar se tornando um grande fazendeiro na região. Como um bom fazendeiro e também perante o povo da cidade é necessário ter uma família. Faz uma busca em sua mente de todas as mulheres que já se envolveu e não encontra uma mulher de respeito, até que conhece Madalena, uma mulher instruída. Os dois se casam, formam uma família, mas têm um relacionamento perturbado. Madalena é caridosa demais e Paulo Honório grosso e ignorante demais.
Com o decorrer dos anos ele percebe que tudo que conquistou não tem valor e aos 50 anos resolve escrever sua história.
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march 02/05/2024

S. Bernardo
Poxa não achei que fosse ter o desfecho que teve? Extremamente triste como Madela foi crucial pra Paulo finalmente entender seus erros
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Giovanna317 23/04/2024

Não leria novamente. Apesar de admitir uma linguagem fácil, o contexto e a passagem do tempo são difíceis, tornado-o confuso. Entretanto, ele não é ruim, pois propõe uma análise do povo nordestino, apresentando um caráter científico, e não de entretenimento.
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Alessandro117 14/04/2024

Nas passagens de S. Bernado
Em volta de um sítio se desenvolve uma história de conquistas e classes sociais, que se fazem de pano de fundo. Paulo Honório é o cabeça dessa fazendo que a conquistou na base da (des)honestidade.

Eu não esperava o climax que o livro teve, nos moldes de um ciúme obsessivo que me lembrou o de Bentinho em Dom Casmurro.

É um livro muito bom para mim, uma leitura fluida sob uma história intensa de um dos meus autores favoritos.
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Erich 13/04/2024

Este livro conta a história de Paulo Honório. Um homem simples e que cresce na vida. Tudo se passa em Alagoas e temos aqui a representação de um Nordeste onde a lei é feita por aquele que tem força. A princípio Paulo parece ser apenas um cara planejador e com objetivo determinado de subir degraus na sociedade. Com o passar dos eventos vamos vendo suas falhas e sua falta de noção sobre seus próprios erros e preconceitos. As cenas que vão se acumulando vão pintando um personagem cada vez mais detestável. Comecei a ver nele a caricatura do Brasil que não queremos.
- Alguém que vê educação como sendo útil somente para ensinar o suficiente para que a pessoa seja mais um eleitor (afinal, era necessário ser alfabetizado para votar). Mas não vê necessidade nenhuma de ir além disto. "A crise da educação no Brasil não é uma crise; é projeto", como já nós dizia Darcy Ribeiro e é bem ilustrado em diálogos no livro de Graciliano quando discute-se sobre abrir uma escola.
- Desprezo pelo conhecimento, dando valor somente à experiência pessoal.
- Um "coronel" que acha que tudo tem de ser do seu jeito. O conceito de que o dono de terras tem direito a ser agressivo como bem entender. Parece um resquício da ótica escravista.
- Um racista. Vemos, sem ser dado muito foco nisso, a maneira como são vistos tanto negros quanto judeus. O desprezo do narrador (o personagem Paulo) é evidente.

Em certo momento o tema do comunismo chega ao livro. É interessante isso pois o Graciliano Ramos foi membro do partido. No livro, entretanto, ele apresenta um discurso anticomunista. Por que? Provavelmente ele queria fazer uma caricatura. Afinal, o personagem é fácil de ser odiado. E se ele é anticomunista, podemos simpatizar um pouco com o comunismo. Ainda assim, não temos aqui uma propaganda, somente essas menções.

Por fim, reforço que gostei do livro, mas não gostaria de me sentar para conversar com esse personagem. É uma caricatura, um objeto de estudo. Uma representação de parte da podridão do nosso país.
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