Doidinho

Doidinho José Lins do Rego
José Lins do Rego




Resenhas - Doidinho


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joaopaulo.gurgeldemedeiros 01/03/2015

Infância e adolescência
Carlinhos crescendo. Mais nostalgia! Belo livro!
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shirler 21/07/2014

Doidinho
DOIDINHO
Carlos de Melo, um menino de apenas 14 anos, que foi criado por seu avô Zé Paulino, dono de um engenho do Santa Rosa, um lugar que para Carlinhos não existe outro igual.Mais ele era um menino que não sabia os sentidos da vida, não sabia ler e nem escrever.Por isso Carlinhos foi levado para um colégio interno na cidade de Itabaiana, dirigido por seu Maciel,um homem judeu muito sério.Seu colégio era conhecido por ser tão rigoroso,onde tinha o nome de Nossa Senhora de Carmo.Carlinhos se sentiu muito triste de ter que ficar num lugar daqueles sem ninguém de sua família.Para ele sua vida estava tendo outra direção.
Carlinhos foi levado para seu quarto e de lá seu Maciel levou ele para ser avaliado,e apresentar a sua esposa D.Emília e seu sogro Sr.Coelho.No teste avaliou a leitura de Carlinhos,entregou-lhe um livro,mas ele começou a gaguejar e foi mandado á se retirar da sala.
No outro dia em seu primeiro dia de aula,Carlos pode observar que vários alunos aprontavam na sala,e eram chamados por seu Maciel para lhe darem de palmatória.Carlinhos se sentiu muito triste,sofrendo por dentro.Depois dos meninos terem apanhados,Carlinhos foi chamado para ler novamente.Mais Carlinhos não aguenta o sofrimento e começa gaguejar e tremer novamente,e o velho Maciel reclama por um menino daquele tamanho não saber ler.E foi nesse momento que Carlinhos levou sua primeira palmatória.E depois de ter apanhado pela primeira vez,ele passou a apanhar quase todos os dias.
Os dias correram as semanas voaram e finalmente fazia um mês que Carlinhos estava naquele colégio,um mês sofrido mas também de aprendizado.Carlinhos se enturmou com os colegas,ganhou até um apelido,todos os chamavam de Doidinho,por ele ser um menino impaciente,de fazer tudo apressado.
Doidinho ali conheceu um verdadeiro amigo chamado Coruja,um amigo que nunca tinha antes.Contou para Coruja que estava apaixonado por Maria Luíza uma menina que estuda junto com eles.Por causa dessa paixão Doidinho não ligava para as lições do colégio,e nem para Coruja.Começou a apanhar todos os dias por fazer a lição errada.
Já fazia seis meses que Doidinho estuda naquele colégio mas ainda não sabia ler direito sempre gaguejava.O dia de São Pedro era dia de festa,comidas boas e o dia do aniversário de seu avô Zé Paulinho.Doidinho sentia uma felicidade enorme,por sair daquele colégio.Seu tio Juca levou ele para o engenho em Santa Rosa,chegando lá via o quanto o povo sofria,as crianças alegres e o povo era todos trabalhadores e felizes com o que tinham.Nesse feriado Carlinhos estava aproveitando cada minuto.A noite do aniversário de seu avô todos estavam comemorando essa data,e para eles era mais importante que o natal.
Mas justamente nesse dia o velho Zé Paulinho recebeu uma carta dizendo que seu filho no caso,pai de Doidinho tinha morrido.Todos ficaram tristes principalmente Carlinhos mas ninguém ficou surpreso,pois o pai de Carlinhos era doido e morava em um hospício por ter matado a mãe de Carlinhos.
Carlinhos para ele seu pai já tinha morrido mas a morte dele fez Doidinho perceber que ele fazia muita falta pro seu avô.Depois de toda essa tristeza Doidinho voltou para o colégio triste mais já estava conformado.
Outra data esperável do colégio era o desfile do dia sete de Setembro,onde os alunos fardados iriam marchar pela cidade de Itabaiana.Mas Doidinho não sabia marchar,fazia tudo ao contrário e todos começavam a mangar,Doidinho por causa disso apanhava todos os dias e o velho Maciel resolveu tirar ele do desfile pois se não iria ficar feio pro colégio.
Finalmente chegou o grande dia.Todos foram para a cidade e Doidinho ficou no colégio.Daí ele resolveu se livrar daquele colégio e foi embora daquele lugar infernal e saiu para a estação de trem reencontrar o velho Zé Paulinho e todo o povo de Santa Rosa.E ao chegar no engenho ouviu uma voz de seu avô e fica com medo de aparecer pois não sabia o que dizer mas mesmo assim mentiu dizendo que tinha sonhado que o velho Zé Paulinho estava muito doente e que poderia morrer.Mas no final a solidão fez mais medo do que o povo do engenho,o povo de Santa Rosa.

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Paula 23/01/2014

Doidinho (1933) é o segundo livro da trilogia da cana de açúcar (formada por Menino de Engenho, Doidinho e Banguê), que aborda as três fases do personagem principal, Carlinhos: a infância, a adolescência e o início da maturidade. Menino de Engenho termina com a iniciação sexual de Carlinhos aos doze anos, quando logo em seguida ele deixa o engenho para ir estudar na cidade de Itabaiana. Doidinho começa com a chegada de Carlinhos, agora Carlos de Melo, no internato dirigido por um diretor rígido, que sempre punia os alunos com castigo físico, pelos mínimos motivos.

Ainda caracterizada pelo tom memorialista de José Lins, onde a solidão e a melancolia do menino Carlinhos continuam presentes, nesta narrativa um novo mundo de descobertas e relacionamentos surge para "doidinho", como Carlinhos passa a ser chamado no internato. Nesse lugar, uma miniatura do mundo real, vários temas são abordados: lealdade, amizade, injustiças, traição, sexo, religião, preconceito e a nova perspectiva que o menino passa a ter com os estudos, pois passa a compreender melhor o contexto social da época: "os livros começavam a me ensinar a ter pena dos pobres".

Em Doidinho a figura do senhor de engenho continua imponente, marcando o poder e o prestígio do patriarca na região. Carlos, que sofre um pouco para se acostumar com a vida no internato, passa a ser respeitado pelos colegas e até pelo diretor (por um período) por conta de uma visita que seu avô, senhor de engenho, fez ao internato.

Enquanto no engenho havia a sinhá Totonha para povoar o imaginário das crianças com suas histórias, no internato havia o velho Coelho, descrito como "um narrador admirável, uma sinhá Totonha para os fatos comuns da vida", o que ressalta mais uma vez a importância das histórias no universo de José Lins.

Os livros foram responsáveis por descortinar o véu da ignorância que impedia Carlinhos de ver a dura realidade do engenho e, em vários momentos da narrativa, podemos notar essa tomada de consciência:

"O dono da terra fez mal à menina. Só fez encher a barriga da pobre; nem deu um vintém para os panos do filho. E foi indo, e foi indo, até que levou o diabo." ..."O dono da terra fizera mal. Os pobres lhe pagavam este foro sinistro - a virgindade das filhas".

Quando Carlos volta para o engenho durante as férias, já observa a realidade dos moradores com outros olhos, notando, talvez pela primeira vez, que a vida para aquelas pessoas era muito difícil. Ele observa também a vida das mulheres no engenho, e comenta um pouco sobre religião, pois sua primeira confissão ao padre de Itabaiana provocou reflexões sobre o que de fato acontecia ali e o que era considerado pecado pela igreja:

"Ouvira contar a história de Teresa Beiçuda, uma Pompadour de São Miguel. Tio Juca, o irmão mais moço de meu avô, fazia-lhe filhos todos os anos. Uma vez, numa festa da padroeira, a mulata apareceu de chapéu na igreja. Foram dizer a tia Neném. Era um atrevimento da cabra. E quando saiu da missa, dois escravos lhe rasgaram o chapéu de plumas na porta da igreja, lhe arrancaram as anquinhas da moda. Todos aqueles senhores de engenho faziam o mesmo que tio Juca. E eram homens de têmpera, limpos de honra, de respeito. Parecia-me que o padre de Itabaiana aumentava as coisas. Não tinham eles oratórios em casa? Não faziam promessas, não davam tanto dinheiro para as igrejas? Logo, Deus não os teria assim debaixo de suas iras. O velho Zé Paulino quando morresse só podia ir para o céu."

Outro fato que vale a pena mencionar é o papel do cinema na época, que mudou a vida das pessoas e que trouxe informações novas e novas visões de mundo, não sem causar certo estranhamento, e demonstrando a a condição da mulher na época:

"O cinema já nos era um incitante sem o qual não podíamos passar. Levávamos a semana discutindo as fitas, comentando os enredos. Corrigiam-se atitudes, emendavam-se situações, aprendiam-se mesuras da sociedade. Havia mulheres tentadoras vestidas na última moda, bem diferentes das mulheres que víamos na vida. Tudo era diferente naquelas existências. Os homens tinham outros modos. As mulheres saíam de casa sozinhas. Viram uma, brigando com o marido, dizer-lhe com a maior simplicidade deste mundo: 'Vou para a América!", como tia Maria diria: "Vou para o sítio do seu Lucindo". A gente daqueles lugares era mesmo de outro planeta".

Uma leitura prazerosa, com representações ricas dos homens e do contexto social do período açucareiro no nordeste.

José Lins do Rego. Doidinho. Rio de Janeiro: José Olympio, 2011. 47ª edição.

site: http://www.pipanaosabevoar.blogspot.com.br/2014/01/doidinho.html
Ren@t@ 23/01/2014minha estante
Gosto muito deste livro! Bela resenha.


Paula 23/01/2014minha estante
Obrigada, R&N@T@ :)




Aline 08/10/2013

Chatinho!!
Detesto usar essa palavra com um livro, principalmente quando ele é brasileiro, mas não me comoveu.
É um livro autobiográfico onde o narrador fala sobre as injustiças que vivia, por causa do regime da época.
Achei a narrativa bem cansativa e o titulo chamou minha atenção quando comecei a leitura, porem me decepcionou o motivo do apelido do garoto. É bem triste, resumidamente era um livro que eu esperava dar boas risadas, mas não aconteceu.
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Gláucia 10/03/2011

Segunda parte.
Continuação de Menino de Engenho, essa é segunda parte da trilogia (tão na moda) da cana de açúcar.
Aqui é narrada a vida de Carlinhos, um pouco mais velho e sua vida no internato para onde é mandado. Interessante para conhecermos os métodos educativos da época, a relação pouco cordial entre alunos e professores, alunos e alunos, alunos e diretor.
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