Otniel 21/12/2011
Ao lermos a obra de F.F. Bruce, O cânon das Escrituras, passamos a conhecer alguns detalhes da formação do cânon que muitas vezes nos passa despercebido e além do mais desconsideramos a importância de se conhecer o cânon bíblia, ou seja, o que nós cremos e delegamos autoridade é realmente a Palavra de Deus e se é por que é?
O Bruce desenvolve o processo histórico de maneira simples, de tal forma que qualquer leitor pode compreender a linguagem.
O livro é composto por quatro partes e 23 capítulos e dois apêndice.
A primeira parte é intitulada introdução e ali e discutido sobre a palavra cânon e seus significados, os povo do livro: judeus cristãos e muçulmanos, o termo testamento também é discutido nesta seção dentre outros assuntos que nos situa de forma geral para adentrarmos na segunda parte.
A segunda parte nos apresenta a formação do cânon do Antigo Testamento (AT), mostrando a relação de Jesus coma as Escrituras do AT, depois a Escritura hebraica, ou seja, a TeNaKh e o seu processo de tradução para o grego, que ficou conhecida como a Septuaginta. Ainda nesta parte encontramos o AT se tornando em um novo livro, mediante as interpretações iniciadas por Jesus, e seus seguidores. Depois passamos para o reconhecimento do Cânon no Oriente e no Ocidente e concluímos passando pelo período da reforma e tempos posteriores.
A terceira Parte apresenta o desenvolvimento canônico do Novo Testamento (NT), começando pela relação que o Senhor Jesus e os seus apóstolos tinha com o NT, depois Marcion que considera como canônico apenas o Evangelho de Lucas, desconsiderando os outros escritores, Mateus, Marcos e João e apenas 10 cartas do o apóstolo Paulo, ambos sofrendo alteração para se acomodar aos seus ensinamentos. Valentino e sua escola, por sua vez, alteraram as Escrituras por meio da interpretação, por demais alegóricas, esses e outros acontecimentos requeria uma resposta dos líderes eclesiástico do século II, esta reposta ficou conhecida como a resposta católica, que reconhecia os livros que compõe o NT. Passamos ainda por outros momentos históricos, são eles: o fragmento muratoriano, a lista de Irineu, Hipólito, Novaciano, Tertuliano Cipriano, os pais alexandrinos, o historiador Eusébio de cesareia, Atanásio, Jerônimo, Agostinho entre outros, finalizando com a época da imprensa.
A parte quatro é a conclusão onde vemos critérios de canonicidade que foram levadas em conta nas épocas da formação do cânon e como são considerados atualmente pela crítica e o exegeta, depois vemos algumas considerações do cânon dentro do cânon e o perigo de nos limitamos a este e por fim e levado em consideração algumas questões de interpretação e crítica.
Os apêndices falam sobre o evangelho “secreto” de Marcos e o sentido primário e pleno na interpretação Bíblica.
O livro é por demais recomendado a qualquer pessoa que deseje ter mais conhecimento do processo Histórico da Bíblia Sagrada, seja: leigos, pastores, professores e acadêmicos.
É apenas palavras de um leigo... Otniel