Marina 09/08/2019
Memória, afeto e boas companhias
Como não se apaixonar pela escrita de Zélia Gattai? Após ler: "Anarquistas, graças a deus"; "Um chapéu para viagem"; "Senhora dona do baile"; "Jardim de inverno" e "A casa do Rio Vermelho", posso dizer que as memórias de Zélia são sim completamente viciantes! Neste livro, em específico, pude rir com diversas histórias, mais do que lembro de ter rido na leitura dos livros dela que acabei de citar. Certamente, ela vai amadurecendo a escrita, o segundo livro que li "A casa do Rio Vermelho" me tocou muito, porque tenho muita vontade de conhecer esse lugar incrível localizado em Salvador, terra das histórias do querido Jorge Amado. É impressionante verificar as personalidades que perpassam pela memória de Zélia, eu, que sou fã de Bossa Nova, me encantei lendo as histórias com Vinícius de Moraes, Tom Jobim, João Gilberto... enfim, é uma delícia viver esses tempos e histórias através da escrita de Zélia Gattai. Acho muito importante a questão política histórica que a autora traz. E fiquei imensamente feliz de reconhecer algumas localizações das ruas cariocas, como a rua do Catete em que tive a honra de me hospedar ao visitar a cidade maravilhosa uma vez. É isso, as memórias de Zélia são riquíssimas, em diferentes aspectos, não é só a vida dela, de Jorge e de suas famílias, ela narra momentos da vida de grandes artistas do Brasil e do mundo, é a história do nosso país, é encantador. Gratidão por ter a oportunidade de conhecer tão ricas memórias!