Villette

Villette Charlotte Brontë




Resenhas - Villette


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Julia 26/10/2022

Um dos meus livros favoritos
Pra começar, esse foi sem dúvida um dos melhores livros que eu já li. A história é cheia de surpresas, a maioria muito agradável. É impossível começar a ler esse livro preparada pro que vai acontecer. Eu achei a personagem principal, Lucy, bem realista, foi fácil de se indentificar com ela. Ela vive a vida dela e não deve satisfação aos enxeridos de plantão. Eu recomendo esse livro de mais, mas tenho que avisar que no começo é um pouco difícil de se acostumar com o ritmo e o estilo do livro, mas depois de um tempo acostuma.
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Ana 23/01/2021

Villette merece ser lido
Villette é uma história tão real e profunda. Tem tudo o que os fãs de Charlotte Brontë amam. Uma jovem sem heranca, sem família, sem posição social, sem título, sem pretensões de matrimônio em busca da independência financeira, de um lugar no mundo, tudo isso com um toque de gótico. Lucy Snowe não é a corajosa e desafiadora Jane Eyre, mas ela é talvez mais real exatamente por isso. Ela é tímida e resignada, mas não menos lutadora. Ela é aquela pessoa cuja história muitos diriam que não vale a pena ser contada. Ela não está sob os holofotes. Mas Charlotte mostra brilhantemente que toda história merece ser contada. Jane Eyre é a pessoa que eu gostaria de ser, mas Lucy Snowe é a pessoa que eu sou.
Joh 23/01/2021minha estante
Amei a resenha?


Ana 23/01/2021minha estante
Brigada!


Cauane.Oliveira 24/01/2021minha estante
Sua opinião sobre o livro me deixou curiosa.


Laura.Novelli 24/01/2021minha estante
Ai que coisa mais lindaaa!


Carolina.Gomes 25/01/2021minha estante
Adorei!! Quero ler ?


Jane Eyre 31/01/2023minha estante
Que resenha adorável! Obrigada, esta é minha próxima leitura.




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Tha 01/09/2020

Charlotte maravilhosa
Sem querer, acabei tendo que enfrentar o desafio de ler essa obra no original. Um desafio e tanto! Charlotte tem um jeito muito peculiar de escrever e usa muitas metáforas. Somado a um vocabulário extremamente antiquado que mistura MUITO francês (parágrafos inteiros nessa língua, as vezes). Contudo, aos poucos, fui me familiarizando com o vocabulário e estilo de escrita, o que tornou a leitura menos árdua a partir da metade do livro.

Até cerca de 30% do livro, Charlotte se dedicou a desenvolver os personagens, o contexto, os preâmbulos. A partir de então, ela passou a apresentar novas nuances em algumas personalidades e a entrar de fato na história que ela pretendia contar.

É interessante ver como essas personalidades se desenvolvem ao longo do livro, e a gente vai mudando completamente nosso olhar sobre elas. Conforme a narradora vai conhecendo mais a fundo cada um, tudo o que foi construído naqueles 30% do início começa a ser colocado a prova, e vemos que existem pessoas que são muito diferentes do que elas aparentam ser na superfície.

Mas Charlotte toma seu tempo. Charlotte não se apressa. Charlotte Brontë sabe nos deixar angustiados. O que fica fácil de deduzir quando vemos o tamanho do livro! Porque tudo no livro é construído cuidadosamente, lentamente, criando uma sensação de que algo pode dar errado a qualquer momento.

Há também um tom cômico que perdura por boa parte do livro, mas se concentra mais no terceiro quarto da história. Isso traz uma leveza que equilibra bem o livro, diante do suspense que se faz quase sempre presente. Sem contar o caráter quase sobrenatural que permeia suas histórias, deixando-as sempre ainda mais interessantes.

E ela te leva para um lado, depois te puxa para outro. As expectativas ficam voando no ar e o leitor não sabe mais o que esperar da página seguinte. E, mesmo já conhecendo a autora de outros livros e imaginando em termos de estrutura como o livro será organizado, vários dos fatos exatos dentro dessa estrutura provavelmente o irão surpreender.

Queria destacar também que o modo como ela descreve as cenas, torna-as bastante gráficas. De modo que, enquanto eu lia, crescia em mim uma vontade muito grande de ver esse livro adaptado para um filme ou minissérie. Em diversos momentos eu me pegava rindo sozinha e imaginando as expressões dos personagens, as entonações de voz e como aquilo tudo ficaria muito bem em uma tela.

Por fim, apesar de no início do livro eu não ter conseguido me conectar tanto com a personalidade de Lucy Snowe, a protagonista e narradora, pois ela é um tipo que quase passava despercebido na história, se concentrando mais em falar sobre outros personagens do que nela própria; a partir da metade do livro, eu comecei a me reconhecer tanto em suas ações e sentimentos que acho que é hoje uma das personagens com a qual mais consigo me identificar dentre todas as da literatura com as quais tive contato até hoje.

Enfim, trata-se de um livro denso, longo, lento. Porém, angustiante, surpreendente e divertido. E, simplesmente, maravilhoso.
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Paula 23/04/2018

Villette, de Charlotte Bronte
Villette é um romance de Charlotte Bronte, que apresenta elementos autobiográficos, baseando-se nas experiências de vida da autora em Bruxelas. Narrada em primeira pessoa por Lucy Snowe, a obra apresenta a trajetória dessa personagem que, em virtude de uma tragédia familiar não especificada, se vê obrigada a buscar seu sustento por conta própria.
Seu primeiro emprego consiste em cuidar de uma menina de 7 anos, Paulina Home - uma das melhores personagens dessa história, na minha opinião -, enquanto seu pai está viajando. Quando ele volta para buscar Paulina na casa de Mrs. Bretton, madrinha de Lucy, ela vai trabalhar como cuidadora de uma senhora que vem a falecer pouco tempo depois. Então, ela viaja para Villette (Bruxelas) e trabalha no colégio interno de Madame Beck e M. Paul Emanuel, inicialmente como cuidadora das filhas de Madame Beck e, mais tarde, como professora de inglês.
É interessante acompanhar como essa personagem marginalizada, sem família, com um idioma e uma religião diferentes, consegue, aos poucos estabelecer relações, sólidas ou não com as outras pessoas. É importante ressaltar porém, que narradores em primeira pessoa apresentam um ângulo de visão limitado e não são confiáveis. Lucy Snow não faz questão de ser clara, nem de que seu leitor tenha simpatia por ela ou pelos outros personagens. Além disso, ela omite muitas informações. Algumas ocorrências só são explicadas capítulos mais adiante. Todos os personagens têm suas qualidades e defeitos. São bem humanos, bem realistas. Ginevra, prima de Paulina é descrita por Lucy como alguém bem desagradável. Mesmo assim, eu não consegui odia-la totalmente. Ela atende aos padrões da sociedade da época, segundo os quais elas tinham que conseguir bons pretendentes.
Essa é a segunda obra de Charlotte Bronte que eu leio, depois de Jane Eyre. Apesar de Jane Eyre ser um romance mais famoso mundialmente, na minha opinião, Villette é mais complexo e profundo A trajetória de Lucy Snowe é mais árdua e dramática do que a de Jane Eyre. Jane Eyre sofre, mas não precisa reprimir seus sentimentos como Lucy. Villette é um livro espetacular. Adoro imaginar a própria Charotte Bronte por trás de Lucy Snow! Obviamente, omito partes importantes da narrativa, para que sua experiência de leitura seja completa. Recomendo fortemente!
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