Meus Poemas Preferidos

Meus Poemas Preferidos Manuel Bandeira




Resenhas - Meus poemas preferidos


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Princesinha Dark 02/10/2023

Me aventurando no gênero
Eu não sou tão fã de poesia mas pessoas que gostam desse gênero certamente vão adorar esse livro. Nele Manoel Bandeira colocou vários de seus poemas favoritos e que te fazem pensar bastante e fazer várias reflexões, no meu ponto de vista chega até ser um pouco melancólico mas é uma bela forma de expressar os sentimentos
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Yentl 04/07/2023

Gostosinho de ler
Comecei a ler o livro por causa do meu irmão, que está no ensino médio e não tem muito interesse por literatura. Sendo assim, meu pai me envia os livros para ler em paralelo e discuti-los com o meu irmão. Foi legal relembrar poemas que li no tempo da escola, que me acompanharam no fim da minha infância até o começo da adolescência.
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Lock 07/06/2023

Os poemas
O livro é excepcional, os poemas tem seu encanto por traz de cada palavra. O vocabulário, as palavras usadas são um pouco complicadas, mas a obra é ótima.
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moony 14/02/2022

Primeiro livro de poemas que li
É a primeira vez que leio um livro de poemas, algo que não gostei nos poemas presentes no livro é o erotismo, pois não é algo que me apetece em uma leitura, a presença da morte e melancolia na escrita do autor é muito boa
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Isadora.Oliveira 09/02/2022

Meus poemas preferidos
A "releitura" de um livro que até então eu nunca tinha terminado foi melhor do que eu esperava.
Quando criança li alguns poemas soltos, mas não tinha a paciência de ler todo o livro, aos 12 comecei a escrever poeminhas bobos, e com o tempo parei de escreve-los, ao começar a ler esse livro, a vontade de escrever veio à tona.
Com isso, criei também uma vontade absurda de ler mais poesias. O que era algo monótono para uma criança, agora se tornou uma curiosidade.
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Fabio Shiva 17/08/2021

o poeta diante da morte
Manuel Bandeira sempre foi o “poeta diante da morte”. Ninguém melhor que o próprio Bandeira para explicar essa história:

“Quando caí doente em 1904, fiquei certo de morrer dentro de pouco tempo: a tuberculose era ainda o ‘mal que não perdoa’. Mas fui vivendo, morre-não-morre, e em 1914 o Dr. Bodmer, médico-chefe do sanatório de Clavadel, tendo-lhe eu perguntado quantos anos de vida me restariam, respondeu-me sorrindo: ‘O Sr. tem lesões teoricamente incompatíveis com a vida; no entanto está sem bacilos, come bem, dorme bem, não apresenta, em suma, nenhum sintoma alarmante. Pode viver cinco, dez, quinze anos... Quem poderá dizer?...’
Continuei esperando a morte para qualquer momento, vivendo sempre como que provisoriamente.”

E não é que nessa de “esperar a morte para qualquer momento”, o poeta acabou chegando aos 80 anos em 1966, data que muito apropriadamente resolveu celebrar lançando uma seleção de seus poemas favoritos. E ele começa logo de cara com “Desencanto”, que também é meu poema predileto de Manuel Bandeira:

“Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.

- Eu faço versos como quem morre.”

Esses versos são belíssimos sob quaisquer circunstâncias, mas quando sabemos dessa peculiaridade da “vida provisória” de Manuel Bandeira, o poema ganha ainda mais força.

Outro poema igualmente marcante e visceral é “O Bicho”, que uma vez lido, jamais será esquecido:

“Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.”

Nessa minha seleção de poemas preferidos entre os preferidos de Manuel Bandeira, destaco ainda “Arte de Amar”:

“Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus — ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.

Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.

Porque os corpos se entendem, mas as almas não.”

Outro poema de Bandeira que amo é “Os Sapos”, que virou uma espécie de hino modernista contra a escravidão empolada do parnasianismo, que privilegiava a forma em detrimento do conteúdo. Como é um poema mais extenso, a princípio eu me contentaria apenas em citá-lo, mas não resisto a reproduzir aqui a primeira metade:

“Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.

Em ronco que aterra,
Berra o sapo-boi:
- ‘Meu pai foi à guerra!’
- ‘Não foi!’ – ‘Foi!’ – ‘Não foi!’.

O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: - ‘Meu cancioneiro
É bem martelado.

Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.

O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.

Vai por cinquenta anos
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A fôrmas a forma.

Clame a saparia
Em críticas céticas:
Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas...’”

Notem que a genialidade desse poema está em ironizar o apego vazio dos parnasianos à rima e a métrica, justamente através de versos que são irretocáveis do ponto de vista da métrica e da rima! A motivação de qualquer poeta para escrever em versos brancos (sem rima) e/ou livres (sem métrica) deveria ser, de fato, um desejo irreprimível por liberdade. E não, como infelizmente acontece amiúde, pela incapacidade de se expressar poeticamente de outra forma. Por isso é que segui e recomendo o conselho de Mário Quintana, outro avatar de nossa Poesia, que sugere que todo poeta treine primeiro escrever sonetos clássicos, antes de se aventurar a fazer poemas sem rima ou métrica, que pode até não parecer, mas são muito mais difíceis.

Voltando a essa preciosa seleção dos poemas preferidos de Manuel Bandeira, e também ao tema da morte, senti falta de “Pneumotórax”, outro de meus favoritos dele:

“Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.

Mandou chamar o médico:

— Diga trinta e três.
— Trinta e três… trinta e três… trinta e três…
— Respire.

……………………………………………………………………….

— O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
— Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
— Não.

A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.”

A edição que li, que acabo de descobrir que foi possivelmente a primeira edição, traz ao final da biografia do poeta a desconcertante informação:

“Reside presentemente na Avenida Beira Mar, 406, apartamento 806, Rio de Janeiro.”

Deu vontade de inventar uma máquina do tempo só para bater à porta do poeta e pedir que autografe o meu exemplar...

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2021/08/meus-poemas-preferidos-manuel-bandeira.html



site: https://www.facebook.com/sincronicidio
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gabes 02/06/2021

Meu livro preferido de poemas quando esqueço minha alma.
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Selma 22/08/2012

Paixão
Sempre gostei de ler Manuel Bandeira, sendo assim, sempre estou relendo, e relembrando os seus poemas maravilhosos, principalmente quando estão reunidos neste lindo livro.
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Karla 26/10/2011

Meus poemas preferidos - Manuel Bandeira
Eu amo ler poemas.
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Carol 04/03/2011

Manuel Bandeira, essa lagarta listrada! Pra se ler TODOS OS DIAS.


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