sele 04/01/2014
Não é tão engraçado.
Aonde era pra ser engraçado simplesmente não foi. Cheio de clichês bestas.
Quando vi que o título tinha "Analista" e a capa (a capa da minha edição) a imagem de Freud eu me interessei logo, comédia com psicologia? Deve ser ótimo! Mas foi como eu disse, é ótimo sim por ter sido muito bem escrito, por ter vários detalhes e por falar de psicologia (somente em um capítulo, se não me engano, a entrevista com ele) mas não é tão engraçado, as piadas eram todas previsíveis e fracas. A única coisa que achei engraçadinha foi o que ele disse sobre alguns pacientes problemáticos, chego já nisso.
Bom, é isso. Um livro ótimo, mas era pra ser de comédia e não foi (ok, é um livro de comédia SIM, só que uma comédia muito fraca na minha opinião). Conta a história de um (bom, pelo o que eu vi UM não, o ÚNICO) analista de Bagé (lógico), uma cidade do interior do Rio Grande do Sul, aí já viu, né? Gaúcho com todas as letras maiúsculas, bombacha e chimarrão a toda hora e todo lugar! Continuando, cada capítulo um curta sobre as (peculiares) analises do tal.
Irônico e direto, e o melhor de tudo: politicamente incorreto, muito bem avaliado pelas massas, "hilariante" - não compartilho dessa opinião. Gosto muito de psicologia e gostei da forma como o analista descreveu cada "clichê" dessa área (Os édipos, narcisos, os complexos de inferioridade e etc.), mas foi só, nada relevante. Besta.
"Politicamente correto? Nem pensar! É do choque entre a fala e os costumes regionais e a sociedade pretensamente moderna e científica que deriva grande parte da graça das crônicas, nas quais se percebe também uma crítica velada aos falsos valores morais, à política e ao machismo." - Trecho do resumo de Daniel Schneider e Thiago Minani.
site: http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/analista-bage-403399.shtml