Resenhas - A Filha do Escritor

Giovanna 20/07/2022

acabei de terminar e eu já sabia que ele que era o paciente, ficou meio óbvio desde o começo mas o modo que a história ia se passando eu fiquei muito agoniada com tudo.
Achei legal essa parte da doença se misturar com literatura, e como o cérebro é tão uau e seila a partir de um surto conseguir criar tudo isso a partir de histórias !!
foi uma leitura gostosa e a curiosidade com a agonia que você sente lendo me deixou toda aaa
amei muito

Ana 25/06/2022

Gostei bastante de ler, me prendeu bastante a leitura, só não devorei o livro por motivos que eu tava lendo junto com outros livros, mas gostei muito principalmente da alusão às obras de Machado de Assis

Karla595 15/06/2022

Não há cura?
O conto é narrado em primeira pessoa, sendo extremamente imersivo. É sombrio a forma que o narrador-personagem( o psiquiatra) nós faz duvidar da nossa sanidade. Ele é extremamente erudito e exibido, mas se revela inseguro quando uma mulher chega a sua clínica jurando que é filha de Machado de Assis.

PONTOS POSITIVOS:
? A leitura te traga porque, vc fica completamente fissurado no mistério e na descoberta;
? A escrita é propositalmente confusa (tanto a parte ortográfica quanto a forma de expressão), revelando o quão perturbador é a forma que esse homem entende o mundo. É extremamente detalhada e imersiva.
? é insano e incandador a forma que vc tenta entender com quem ele está falando , ISSO É, QUANDO VC FINAKMENTE ENTENDE QUE ELE ESTA FALANDO COM ALGUÉM E NAO APENAS NARRANDO.

PONTOS NEGATIVOS:
? Há críticas a literatura e leitores, a psicólogos, psiquiatras e mais. O livro faz questão de ser beeem incomodo nesses aspectos, se apresentando nessas raras vezes como chulo.
? Tem falas extremamente racistas ( é nojento), mas acredito q seja parte da imersão da escrita, pra vc entende o quão perturbador é esse cara, pra vc entender que não tem como torcer por ele. É como um choque de realidade.
? Tem partes descritivas e explicativas relacionadas apenas a psiquiatria, medicina, literatura, história, filosofia, latim, sociologia e por aí vai. Isso é legal para quem gosta, para quem não gosta talvez essas partes fiquem um pouco chatas e repetitivas (mas, novamente, é para melhor construção do personagem na nossa cabeça e a forma q ele vê o mundo)

CONSIDERAÇÕES:
? No geral, a escrita é chocante e perfeita. EU nunca li nada tão bem escrito, tão detalhado, tão estudado e bem construído.
? A trama em si é simples, misteriosa e lenta, eu gostei bastante! Não é nada absurdamente fascinante, é só a história de um psiquiatra que tenta dar o diagnóstico de uma paciente e acaba se sentindo atraido por ela (o q no começo é fofo demais e depois fica meio abusivo e nojento...).

O FINAL:
? É bom, nada muito surpreendente (talvez a forma como tudo se deu sim, mas o que o narrador-personagem era, não).
? Senti falta da LÍVIA e da explicação de como esse cara se relacionava com ela psiquicamente além da literatura (pq ela???! Poderia ser qlqr outra pessoa/coisa)
? Quando a historia começa a girar ao redor dele e a Lívia perde palco(no final), esperei que se aprofundasse bem mais na sua história de vida e como tudo aconteceu( o q me leva ao pontuamento anterior), mas tudo fica muito para a dedução do leitor, e a minha foi: não há cura. Não para os personagens no livro.

Jacqueline 06/02/2022

Uma surpreendente reviravolta
uma incrível historia, muito bem amarrada e consegue prender a gente do começo ao fim, uma leitura leve, consegui ler tudo em uma unica tarde.

Carla.Maciel 21/01/2022

Lívia/ Machado de Assis e um estabelecimento verde
A filha do escritor, romance brasileiro, autor Gustavo Bernardo. 2° ed. Pela vida melhor. Rio de Janeiro 2012.
O livro é bem curtinho tendo 148 páginas, contanto 22 capítulos, obviamente furtos também.
Temos a historia de Joaquim um médico psiquiátra e a filha do Machado de Assis.
A narrativa é maravilhosa pois o narrador é o médico no entanto ele comta a historia para um amigo imaginário que adivinhem só é o próprio Machado de Assis. Então descobrimos que Lívia não existe que Joaquim não é médico que ele se chama Pedro e é bibliotecário.
Indico o livro para jovens adultos ou adolescentes pois o "psicólogo" têm desejos sexuais por Lívia e além disso se o leitor for familiarizado com a obra de Machado a leitura fica melhor, para pegar as referências a ela que são significativas.
Não é um livro ruim mas para mim não vale a releitura, gostei do Pedro ser um Simão Bacamarte moderno. O que deixou tudo com jeito de reconto do Alienista.

Citações preferidas:
" Salvo melhor juízo, a esquizofrenia, termo que vem do grego ' alma fendida', é uma doença mental devastadora que impossibilita o mínimo desempenho social, logo o mínimo convívio social. Ninguém pode conviver bem ou sequer fingir que convive bem com a sensação, pior, a certeza de que é dois, ou de quea vários dentro de si mesmo". (P.12)

"( ) mas se eu não fosse psiquiátra há tanto tempo talvez eu mesmo enlouquecesse". (P.15)

" É bem mais fácil levantar os olhos das fichas brancas para encarar o paciente do que faze-lo com o computador, sua tela luminosa me agarra e me aliena do outro, justamente a quem preciso olhar bem." (P. 18)

"Quando a gente fica se olhando muito tempo no espelho, acapamos percebendo um estranho do outro lado. " (p. 40)

" Por sorte Severino- Baillon passava e, interronpendo sua lenga lenga em francês leu para mim, em portugues claro, o poema invisível. São quatro versos, sempre os mesmos quatro versos: " loucura/ loucura / como fosse assim/ uma prosa indireta (p. 64)

"Castro&Silva refere-se a um amanuense carioca do início do século vinte que separava quase todo o seu estipêndio, o que hoje chamamos de salário para comprar livros. Não tinha vida social, não tinha amigos, apenas livros, muitos livros. Parecia não incomodar ninguém com a sua mania de livros, até que aos poucos a loucura foi se instalando " (p. 67) será o caso do protagonista??

" (...) de maneira inteiramente logica, mas só lógica, ou seja, inumana, ela enlouquecia o mundo para garantir sua sanidade " (p. 77)

" Eu precisava de um gole ou dois para ficar sóbrio. Enquanto pegava a garrafa na gaveta, pensei que isso tinha tanta lógica quanto curar ressaca com álcool, mas naquela hora quem precisava de lógica." ( p.86)

"Um consultório escrupulosamente arrumado funciona como um contraponto ambiental ao caos interno que eles sofrem. " (p 137)

" Que, quando a gente está tentando curar os outros , não cura a si mesmo " (p. 144)

Duda Santos 011 20/09/2021

?
Gente, que livro maluco! Nunca li nada igual, juro! É um negócio totalmente fora do normal. Por várias vezes me viu perdida na história e até agora estou tentando assimilar o que aconteceu??????
É confuso, mas, gente... Não sei. Não sei! Acho que quem ficou doidinha fui eu!

Milk 04/12/2020

Surpreendente
Certo, por essa eu não esperava. Mas que reviravolta eim, quem diria.. simplesmente adorei. Só queria entender porque Lívia enquanto haviam tantas outras personagens em tantas outras obras. Fica o questionamento.

heloreis_ 12/11/2020

Resenha atrasadissima
Li esse livro em 2013 e foi um dos meus preferidos, mais pelo que ele me causou do que por conta da história. A história é muito envolvente e curiosa. Apesar do cenário ser um hospital psiquiatrico a história é bem leve e a personagem principal é misteriosa e isso te prende, e a reviravolta mexeu muito comigo na época. Muito bom!! ?

Tigronna 24/10/2020

É um livro meio que previsível, já no começo dá pra sacar a história, talvez porque seja meio clichê, mas eu o recomendo, a leitura flui muito bem, os capítulos são curtos, o que me deu a sensação de ler rápido.
Eu só preciso avisar que o livro contém spoilers, muitos aliás, das obras de Machado de Assis, pra quem não liga, como eu, pode instigar a leitura das obras citadas, dentre elas me falta ler uma, e eu irei! Porém pra quem não gosta de spoilers e ainda pretende ler Machado de Assis, como Dom Casmurro, Ressureição e outros mais, compensa lê-los antes.

Milly 04/07/2020

Dedo. dado. dedo. dado. dedo. dado. dedo
Isto não é uma resenha ->

Se o título chamou sua atenção aconselho iniciar a leitura, assim como o título a história é um quebra-cabeça contínuo onde juntando as informações certas e deduzindo entende o que está acontecendo.A filha do escritor é aquele livro que te faz ler o mais rápido possível apenas para entender o conflito que acontece.
Apesar da narrativa trazer confusão e certa densidade, o livro em si é ótimo para ler, fluí sem nenhuma complicação. Gustavo Bernado escreve o impacto que um médico tem com a irracionalidade de uma das suas pacientes, Lívia, que ao chegar no hospício diz ser filha do escritor Machado de Assis.Não existiria problema nenhum dela se apresentar assim se o escritor de fato fosse pai de alguém e se não estivesse morto cerca de cem anos.
O mais interessante é que o próprio psiquiatra reconhece está familiarizado com a loucura dos pacientes, logo não deveria se surpreender com Lívia. A busca por entender esses sentimentos que podem ou não está associado ao interesse que sente por ela, nos direciona a tentar o entender mais do que entender a paciente.

Elma 30/05/2018

A filha do escritor
Loucura loucura loucura....

Nicolle 04/11/2016

Intrigante!
"...acometido, em poesia, pela alma fendida." ?

Que história mais fantástica e envolvente. Uma linha tênue entre fantasia, loucura e realidade. Muito bom. Li em um dia!

Railen 12/10/2016

A Filha do Escritos
Mds que livro foi esse , li ele em dois livro , é uma leitura bem rápida , e tem um final surpreendente , infelizmente ja sabia do final , de que o louco era o ''médico'' , mas mesmo assim fiquei surpresa por sua mente admitir seu amigo imaginário mas não admitir que Lívia tbm era imaginária , fiquei muito surpresa de sua mente ter construído todo esse mundo e nos mínimos detalhes , de sua personagem imaginária (Lívia) ser louca q ter características de um personagem de livro e ela ter um filho imaginário , cara é muitos detalhes para uma mente só ,mas enfim , gostei bastante desse livro tanto que até quase me deixou louca tbm. rsrsrs

Vitória 24/05/2014

Loucura, loucura, loucura... !
Isso é o que melhor define as 148 páginas de A Filha do Escritor. O livro é narrado em primeira pessoa pelo Dr. Joaquim e se inicia quando uma moça sem identificação aparece em uma clínica psiquiátrica dizendo ser filha de Machado de Assis, escritor falecido há mais de 100 anos. Rapidamente o médico diagnostica a paciente como esquizofrênica, mas percebendo diversas peculiaridades no seu quadro passa a se empenhar muito mais no caso da mulher do que em todos os outros pacientes do hospital.

A narrativa tem uma particularidade muito interessante, principalmente, pelo fato de que o narrador a todo momento conversa com o leitor como se eles estivessem cara a cara. Parágrafos como o que vem a seguir são bastante frequentes no decorrer da obra:

"Está me acompanhando? Seu sorriso levemente irônico me incomoda, como se essa história não fosse novidade para a vossa senhoria. Mentira, decerto nunca a leu. Você não tem cara de ser um bom leitor. Então, por favor, continue me acompanhando."

O livro é brilhante em sua simplicidade. Pouquíssimos personagens, uma estória curta e bem contada, apesar de haver, é claro, aqueles defeitos pequenos porque ninguém é perfeito, não é? Em alguns momentos da narrativa fica cansativo ler apenas sobre a obsessão do doutor pela aparência física da paciente (que é descrita como sendo extremamente bonita), mas esses momentos não se perduram por muito tempo porque logo o doutor já está nos chamando a atenção, dizendo que não gosta de nossas piadas e indo apanhar na gaveta a famosa garrafa de uísque.

Confesso que eu já imaginava o final (que, aliás, é muito parecido com o de uma estória minha que escrevi algum tempo atrás), mas mesmo assim, não deixa de ser interessante ler sobre ele pelas palavras do próprio escritor/personagem.

É um livro recomendado para quem se interessa por disfunções mentais, Machado de Assis e paixão possessiva.

site: http://chuva-poetica.blogspot.com.br/