Ana Lúcia 13/10/2017
A Viagem
O enredo do livro é muito bom e foi muito bem desenvolvido pela televisão como uma novela diária na antiga TV Tupi, em 1975. Anos mais tarde, em 1994 ela teve um remake na TV Globo. Foram dois sucessos de audiência. Conta a história de Alexandre, um rapaz super-mimado por sua irmã Diná que, por dinheiro, acaba cometendo um crime. Em momento algum ele se arrepende do que fez e, sem assumir as consequências e se sentindo traído se suicida jurando que irá se vingar de todos que ele considerava culpado por ter sido condenado: o cunhado Téo e o advogado Otávio Jordão
Durante a história, temos vários personagens que enfrentam grandes problemas: Diná e Otávio, vivem entre o amor e o ódio; Alexandre entre o sofrimento e a vingança, fazendo muita gente sofrer e piorando a sua evolução; Diná e seu ciúme exagerado por Téo.
Por meio do Personagem Alberto, entramos em contato com as teorias do Espiritismo e conhecemos o “Vale dos Suicidas” lugar para onde Alexandre foi mandando: um lugar de dor e sofrimento; e conhecemos “O Nosso Lar”, uma colônia espiritual, onde os espíritos evoluem e aprendem lições de amor e paz.
Não gostei muito da maneira como a história foi desenvolvida no livro. O autor não tratou a história de forma linear, deixando que as ações fossem acontecendo aos poucos, para que o leitor fosse conhecendo a problemática de cada personagem aos poucos. O autor optou por contar a história por personagens, adiantando muito os fatos em um mesmo capítulo, para depois retornar a narrativa e adiantar muito novamente. Neste vai e vem da trama, fica complicado entender a história como um todo encadeado para quem não assistiu à novela.