Cândido, ou o Otimismo

Cândido, ou o Otimismo Voltaire




Resenhas - Cândido ou o Otimismo


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DIRCE 15/12/2023

Eu, avesso de Pangloss
Trata-se de mais uma releitura. Da leitura que fiz há décadas, pouco me lembrava. Lembro, que à época da leitura, achei algumas passagens hilárias.
Nesta releitura achei uma obra bastante séria. Até o nome do protagonista: Cândido me sugeriu seriedade ( embora contenha um quê: de sarcasmo.) Se buscarmos no dicionário uma das definições de Cândido é puro, inocente.
E como o Cândido de Voltaire era inocente! Acreditava sem a menor hesitação no mundo com lentes cor – de- rosa apregoado pelo seu querido mestre, um filósofo de nome Pangloss, que defendia o Otimismo como sistema filosófico, uma visão positiva e benévola do mundo e dos outros. Sem dúvida, o intento de Voltaire era o de ridicularizar esse pensamento, haja vista que não partilhava com tal otimismo. Entendo-o perfeitamente. Como o entendo...Ser otimista diante de terremotos, ser um otimista em um mundo palco de injustiças e violência, onde guerras matam de forma cruel milhares e milhares de seres humanos, reis corruptos insensíveis às necessidades de seus súditos é , na minha opinião, um tanto quanto insano. Mas, helloooo!!! Isso é nada mais, nada menos que um Déjà vu.
Vou me abster de falar na sua Cunegundes ( Pri, Nanni, esse nome a faz lembrar de alguém?) Vou me abster de falar das famosas frases: "tudo vai pelo melhor no melhor dos mundos possíveis", por um preceito enigmático: "devemos cultivar nosso jardim." Quero,sim , me concentrar no Déjà vu. Um conto filosófico escrito em 1759, que espelha o nosso século XXI. Diante de tantas crueldades, fomes, inundações, Guerras, Atentados Terroristas, deparo-me diariamente com os Pangloss da vida. Meu WhatsApp fervilha diariamente com mensagens que nos querem fazer acreditar que vivemos em mundo onde predomina lentes cor -de -rosa, e como posso eu agir ou reagir diante desses Pangloss se eu estou mais para um Voltaire? Não. Não me entendam mal, por favor. Um abismo separa esta mera ledora do brilhantismo, ops! Iluminismo de Voltaire. Sou apenas alguém demasiadamente desencantada diante dos acontecimentos que presenciamos e das agruras que nos acometem.

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sarahiensen 18/10/2021

Melhores nomes pra colocar nos filhos: Cunegunda e Cacambo
No começo não estava curtindo muito, apesar de entender os acontecimentos que se seguiam não estava entendendo a história como um todo. Ao ler você deve ter em mente que esse livro é uma grande ironia com várias críticas a vários segmentos da sociedade da época de Voltaire. No final finalmente entendi "a moral da história" e realmente achei um livro muito bom.
Melhor frase: "o trabalho afasta de nós três grandes males: o tédio, o vício e a necessidade."
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Caiuby 05/10/2015

Em Cândido, Voltaire exerce sua crítica social com intensidade. Tendo como subterfúgio para uma análise ampla sobre os países e costumes de sua época, especialmente aqueles relacionados às contradições da fé, ele narra as aventuras de uma personagem fictícia cuja trajetória de descobrimento do mundo e das vississitudes dos que nele vivem é orientada pela entendimento inicial de que vivimos no melhor dos mundos possíveis. Nas medida em que os eventos se sucedem Cândido é levado a questionar este entendimento testemunhando desgraçadas irônicas que ocorrem com ele e com as pessoas que encontra durante sua jornada. Neste trabalho Voltaire critica também algumas teorias em voga à época dentre as quais se destacam alguns pensamentos atribuídos a Leibniz. É um texto interessante mas para ser entendido deve ser lido com referências históricas ao contexto filosófico do iluminismo francês.
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Anderson 06/08/2015

Uma história com belas frases de efeito
Uma história confusa, que só começou a me chamar a atenção depois que Martinho apareceu nela (lá pela metade do livro). Me parece que sua conclusão nos leva àquele conhecido ditado: cabeça vazia é oficina do diabo. Trabalhar é necessário para que não precisemos viver. Não há esperança na raça humana. Se no século XVIII não havia, quem dirá agora.

Abs,
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Gabi 09/06/2014

Esse é um dos livros mais surreais que já li. Acontece de tudo com o Cândido, de tudo mesmo, e no fim tudo dá certo (nem sempre da maneira que pensávamos, mas dá). Não poderia ser diferente vindo de um livro do iluminismo.
Apesar de algumas coisas serem um pouco fora da realidade, o livro em si é ótimo. Você acaba torcendo pelos personagens, se perguntando o que mais pode dar errado nessa história e percebe que as pessoas são mais otimistas do que parecem.
Recomendo muito a leitura!
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Pabline 16/02/2013

Amigas Entre Livros: Cândido ou o Otimismo
http://amigasentrelivros.blogspot.com.br/2012/12/resenha-candido-ou-o-otimismo.html

Desde um bom tempo, quando li pela primeira vez a frase “Posso não concordar com nenhuma palavra que você diga, mas defenderei até a morte o direito de você dize-las”, eu fiquei encantada com o autor. Obviamente o autor é Voltaire, um filosofo francês. Mas até pouco tempo, nunca havia lido uma obra sua, li mais foi textos de outros autores falando de seus pensamentos, sua filosofia... Nunca algo realmente dele. E o Cândido ou o Otimismo foi o primeiro contato que tive com esse filosofo sarcástico, corajosos e cheio de marra.

Esse livro se centra principalmente numa critica que Voltaire faz às ideias de Leibniz, onde mostra que o otimismo de sua filosofia “vivemos no melhor dos mundos possíveis”, não lhe convence muito.

“- O que é o otimismo?, disse Cacambo.

- Ai de mim!, disse Cândido. É a louca paixão de sustentar que tudo está bem quando está mal.” (Página 75)

O protagonista se trata de Cândido, um rapaz ingênuo nos assuntos da vida, que tinha como mestre o Pangloss, que era um aguerrido defensor dessa filosofia cujo Voltaire critica. Ao longo do livro, Cândido passa por vários e vários infortúnio, mas seu principal intuito é viver feliz com sua amada Cunegunda. O livro não deixa de ter um certo romance, apesar de isso não ser o foco.

Cândido faz uma verdadeira viajem ao mundo, saindo da Alemanha, indo pras Américas, até uma passada no Eldorado ele deu, chegando até à Constantinopla. E ao longo dessas viagens, além de conhecer muitas pessoas, e se decepcionar com muitas delas, ele passa por muitas provações, por uma desgraça maior que a outra, e em meio disso, ele começa a se perguntar se a teoria defendida por seu mestre, e que até então acreditava, realmente é verdadeira. Mas quando chega a Eldorado, essa cidade lendária, e ver que lá tudo é bom, que as pessoas não se odeiam, não há crimes e tantas outras mazelas das cidades grandes, então entende que lá, essa filosofia se aplica. Percebemos as metáforas lançada por Voltaire, já que Eldorado realmente nunca existiu.

“- Existe portanto o bem, replicou Cândido. - Pode ser, disse Martinho, mas não o conheço” (Página 81)

Voltaire tem um humor bem, não sei se a palavra certa seria acido, mas ele dá umas boas apunhaladas em seus críticos que são daquelas de doer o fígado, e isso me tirou uns risos. O humor que Voltaire se utiliza é um humor inteligente, então é preciso que esteja atento a ele, senão passa despercebido.

“- Certo! Meu caro Panglaoss, lhe disse Cândido. Quando você foi enforcado, dissecado, coberto de pancadas, e remava nas galés, ainda assim continuava pensando que tudo ia da melhor maneira possível? - Mantenho meu sentimento original, respondeu Pangloss, pois enfim sou filósofo: não convém que eu me desdiga.” (Página 124)

Um livro curtinho, se você se sentar numa tarde, dá de o ler nela mesma. A linguagem é bem acessível, e sua filosofia, meio que pessimista em relação à condição humana, é bem interessante, pois ele está o tempo todo criticando a acomodação em relação à vida... Só porque aconteceu algo não quer dizer que era para ser assim, que na verdade, essa coisa seria o melhor a ter acontecido. Há muito mais por trás disso, pode haver pobreza, ganancia, a vida está cheia de injustiças, só porque elas existem não quer dizem que não podemos fazer nada sobre, não quer dizer que assim seria o melhor dos mundos... Atitudes precisam ser tomadas.

Com certeza pretendo ler outros livros de Voltaire, um cara que só me deixou mais curiosa pela sua história.

“... Martinho concluiu que o homem nascera para viver nas convulsões da inquietude ou na letargia do tédio” (Página 138)
Vinicius 11/12/2013minha estante
Pabline, Boa noite, tudo bem? Bom, para começar, faço de suas palavras as minhas. Finalizei a leitura desse livro, faz alguns minutinhos. Adorei!!! ri bastante com o humor ácido do Voltaire. Confesso que fiquei pasmo, quando vi que nenhum dos personagens principais havia morrido. Sério, fiquei boquiaberto com a reviravolta que ele fez no finalzinho do livro. Se eu fosse discípulo do Pangloss eu teria dando um soco na cara dele. AI DE MIM, QUE OTIMISMO CEGO É ESTE, HEIN, PANGLOSS!!! Para finalizar meu comentário, digo-lhe que estou no mesmo caminho que você, pretendo ler mais livros dele. Você postou essa resenha no começo do ano, caso tenha lido outros livros dele, indique-me, por favor! Até mais.




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