Doutor Fausto

Doutor Fausto Thomas Mann




Resenhas - Doutor Fausto


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Elane48 16/06/2023

Mann é o cara!
O jeito erudito de Mann é proposital, mas as estruturas sintáticas são verdadeiras obras de arte! Quantas vezes li o mesmo trecho mais de uma vez apreciando o estilo...
Assim como chorei com o final de Hans Castorp, o mesmo ocorreu com Nepomuk e o definhamento de Adrian Leverkühn. O discurso final diante da seleta plateia e sua purgação me fizeram sofrer muito. Obrigada, Thomas Mann, por essa obra genial! Creio que seus leitores sofrem como você sofreu vendo sua Alemanha se entregar a Mefistófeles.
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Andre.S 22/05/2023

Um livro muito longo,difícil e deveras chato. Segunda experiência minha com o autor, foi custoso conseguir chegar ao final. Não é meu tipo de livro.
Mateus 21/06/2023minha estante
Nossa, depois dessa análise perdi a fé em terminar de ler A montanha mágica. Talvez o autor n seja do meu estilo




Carol 01/05/2023

Este romance é uma reinterpretação da lenda alemã de Fausto, que narra a história de um homem que vende sua alma ao diabo em troca de conhecimento e poder.

A história começa com o protagonista, Adrian Leverkühn, um talentoso músico e estudioso que renuncia à vida mundana para se dedicar inteiramente à sua arte. Ele contrai uma doença misteriosa e, em sua busca desesperada por uma cura, faz um pacto com o diabo, que lhe concede a genialidade musical em troca de sua alma.

Leverkühn se torna uma lenda na cena musical alemã, mas sua ascensão à fama é acompanhada por uma série de tragédias pessoais e sociais, incluindo a ascensão do nazismo e a eclosão da Segunda Guerra Mundial. O livro explora temas complexos como a arte, a filosofia, a religião e a política, ao mesmo tempo em que oferece uma análise profunda da sociedade alemã na primeira metade do século XX.

A escrita de Mann é complexa e elegante, com uma profundidade psicológica e filosófica que reflete a riqueza da tradição literária alemã. É uma leitura desafiadora, mas também profundamente recompensadora, que oferece uma reflexão inquietante sobre a natureza da criatividade, a busca pelo conhecimento e as consequências do pacto com o diabo.
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Ana Paula Avila 30/04/2023

Uma obra de arte
Neste romance de formação, narrado por Serenus, Thomas Mann nos conta a história de Adrian Leverkühn, um estudante de teologia convertido à música, que faz um pacto mefistofélico para alcançar o sucesso em troca da sua alma.
Além da história da vida de Adrian, vamos acompanhar a história da Alemanha durante a Primeira Guerra mundial (que acontece enquanto Adrian ainda vive), e a Segunda Guerra Mundial (que acontece enquanto Serenus escreve a biografia de Adrian após sua morte).
Com capítulos inteiros falando sobre o mundo da música, instrumentos musicais, partituras e afins, a leitura não teria sido tão prazeirosa se eu não tivesse aproveitado para ouvir algumas obras maravilhosas que são mencionadas no livro.
Além de muita música, também encontramos nessa obra citações e personagens inspirados em vários escritores e compositores importantes como Nietzsche, Schoenberg, Wagner e Beethoven.
Este é um livro que merece muita dedicação e tempo, para que o resultado seja extraordinariamente prazeiroso e recompensador.
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Filipe 26/03/2023

O empenho intelectual das obras de Thomas Mann é a marca mais forte deste que é um dos meus autores favoritos. São 600 páginas de uma história que não é única, uma vez que na maior parte do livro nos deparamos com as vias secundárias de uma jornada épica.

Há um momento onde o paralelismo com o Faustus de Goethe é mais óbvio, a clássica visita do demônio ao herói, onde se realiza o pacto que rege toda a história. No caso da versão de Mann, há uma menor importância nesta cena, principalmente em relação à uma das cenas finais, onde o personagem principal faz o seu discurso tão carregado de emoções.
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DeaGomes 08/02/2023

Livro de releituras
Doutor Fausto é um livro de releituras, vá sabendo disso e não fique chateadx, você não vai entender tudo. Há muitas referências acerca da sociologia, da política, da filosofia e, principalmente, da música. Quem compreende a linguagem musical vai ter uma experiência mais produtiva em diversas passagens que eu simplesmente, mesmo pesquisando, não entendi nada.
DICA: pesquise sobre o papel da Alemanha na Primeira Guerra Mundial, vai ajudar muito na compreensão de inúmeras passagens.

Até o momento li todos os livros que a Companhia das Letras vem publicando do Thomas Mann, e com certeza esse é sim o mais difícil (mas não impossível).

Thomas faz uso de vários adjuntos e complementos em um mesmo parágrafo prolongando demais a conclusão do pensamento. São períodos longos e uma sintaxe bastante rebuscada, que pode sim cansar a leitura, pois exige uma atenção redobrada a cada sentença, além de configurar grande sobrecarga intelectual.

Thomas Mann, ao perceber certo exagero no rebuscamento, com a ajuda de sua filha, tentou reduzi-lo ao máximo (imagina se ele não tivesse reescrito?! Kkkk). De qualquer modo, o narrador do livro é um pedagogo, intelectual e erudito, então faz muito sentido a escrita ser um tanto dura.

Indico não começar lendo Thomas Mann por esse livro, com certeza vai assutar! Mas se você é um leitor experiente e gosta de desafios, leia porque Thomas Mann sempre vai valer a pena!
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Tiago Fachiano 31/10/2022

Esse é o Thomas Mann
Um livro complexo e a leitura é um pouco arrastada. Bem no estilo Thomas Mann! RS

Ele escreveu esse livro em formato de uma opera clássica. Então o livro fala sobre muitos termos técnicos da música clássica erudita e isso deixa um pouco confuso, mas conforme você vai evoluindo, vai conseguindo entender os pormenores e captando lindas mensagens.

Um dos momentos mais fantásticos é o pacto entre Adrian e o tinhoso. RS

Existem também outros aprendizados sobre relacionamentos na vida e a importancia viver a vida com as pessoas que amamos.

A dificuldade do começo vai valer a pena
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arthur966 27/06/2022

inclino-me a comparar sua solidão com um abismo, no qual se aprofundavam, sem ruído nem rastro, os sentimentos que os outros lhe ofereciam.
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Diego Rodrigues 14/04/2022

"24 anos de verve musical, em troca da sua alma e da capacidade de amar"
Em 1938, o escritor alemão Thomas Mann, como muitos de sua geração perseguido e tendo suas obras atiradas à fogueira nazista, refugiou-se nos EUA. Voz ativa contra a ascensão de Hitler e defensor da "uma outra Alemanha", percorreu terras americanas lendo sua obra, dando palestras e auxiliando refugiados judeus. Em contato com nomes como Schoenberg, Stravisnky, Huxley, Chaplin e Einstein, o autor se tornou o centro das atenções. Visto como a personificação da cultura alemã, era frequentemente direcionada a ele a pertinente pergunta: "como a erudita Alemanha mergulhou em tamanha histeria?" E foi tentando responder a essa questão, e investigando qual seria o papel fundamental da arte, que "Doutor Fausto" começou a tomar forma.

Publicado originalmente em 1947, o último romance de Thomas Mann começou a ser escrito em 1943, no calor da Segunda Guerra Mundial. Para concebê-lo, o autor retomou uma ideia que já havia passado por sua cabeça: escrever um romance fáustico. A obra narra a biografia do compositor fictício Adrian Leverkühn, um gênio de personalidade fria e solitária que incendeia a cena artística com sua "nova música". Mas por trás da figura do gênio se esconde um segredo nefasto. Em uma analogia à ascensão do Terceiro Reich e à renúncia do povo alemão a sua humanidade, o compositor faz um pacto com o diabo: 24 anos de virtuose musical em troca de sua alma e da capacidade de amar.

O pacto em si demora para acontecer e o diálogo entre o compositor e o diabo é uma das melhores coisas que a literatura pode nos proporcionar, mas antes disso a obra já nos cativa pelo enigma construído em torno de Leverkühn, um jovem dado ao isolamento e com um gostinho especial pelo místico, que vamos acompanhar desde a mais tenra infância. Narrada sob a perspectiva de Serenus, um amigo de infância, a biografia investiga todos os pormenores da vida do compositor que, assim como a Alemanha da década de 30, almejava fazer parte de "algo grandioso". Ao longo da narrativa, Mann traça diversos paralelos entre o percurso do músico e da Alemanha nazista. Humanista nato, seus medos e suas incertezas sobre os desdobramentos da Segunda Guerra ficam evidentes e chegam ao ápice quando e o autor chega a conclusão de que a derrota na guerra talvez seja a única forma de salvar a Alemanha.

Mann, quem já leu sabe, é um escritor extremamente minucioso. Cada novo personagem que nos é apresentado, tem traçado seu perfil físico e psicológico, sua filosofia de vida e seu histórico familiar. Cada cenário tem sua riqueza de detalhes desbravada, com sua história, sua cultura e sua arquitetura. O autor também mergulha em profundas digressões sobre os mais variados temas: literatura, filosofia, teologia, etc. A música, é claro, desempenha um papel fundamental na obra e Mann, que teve a ajuda de compositores profissionais, explora com riqueza esse mundo mágico. Acredito até que certas passagens possam soar um pouco enfadonhas para os não musicados. Teorias, notas, escalas, intervalos, tempo, partituras, são alguns dos elementos que irão permear toda a leitura. Cabe até um capítulo inteirinho dedicado à obra de Beethoven. Logo, essa é uma leitura que exige paciência. Confesso que senti um pouco de dificuldade em alguns momentos e talvez não estivesse em meu melhor momento para encarar uma obra dessa densidade. Embora tenha gostado do livro, principalmente da metade adiante, sinto que não absorvi tudo que ele tinha a oferecer. Penso em fazer uma releitura futuramente, após ler outras de suas obras e estiver mais familiarizado com a escrita do autor (até então só havia lido "A Montanha Mágica").

Apesar de todos os percalços, a obra acabou por me cativar. Reunindo alguns dos elementos que mais gosto na literatura: contexto histórico e pacto fáustico; foi uma leitura repleta de reflexões, principalmente no que diz respeito a arte e seu papel. O posfácio de Jorge de Almeida, presente nessa edição, também foi bem enriquecedor, contextualizando toda a obra. Foi uma leitura laboriosa, mas ao mesmo tempo recompensadora. Se eu indico? Talvez não para os leitores de primeira viagem do autor. E levando em conta sua densidade, é mais aconselhável se programar para embarcar nessa leitura em um momento de maior tranquilidade.

site: https://discolivro.blogspot.com/
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Jonathas dos Santos Benvindo 14/03/2022

Achei a linguagem muito requintada o que as vezes confunde um pouco mas a história é muito interessante.
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Marcus 04/02/2022

Genial releitura do mito do Fausto
Livro muito bem escrito e que, embora em primeiro plano narre a vida de Adrian Leverkühn, é permeado por falas de personagens, comentários do narrador e fatos que permitem entender as tensões e os temas que ensejaram na ascensão do nazismo na Alemanha e o antissemitismo e a deflagração da 2ª Guerra Mundial.
Achei uma obra mais fluída e contemporânea em alguns aspectos que a Montanha Mágica, embora ainda assim não fique aquém em profundidade.
Recomendo fortemente!
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Mar 23/12/2021

Um título sobre a ganância humana e como ela pode acabar com qualquer um
Chega dar agonia a cada passada de página!
É uma boa história bem contada
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Ludmila 20/11/2021

Um livro denso, difícil, cheio de divagações de histórias paralelas, fugindo muito do texto principal. Além disso, fala-se de música de forma difícil e técnica, quase impossível de entender ou imaginar pra quem não sabe tem conhecimento avançado sobre o tema. Vou ter que reler algum dia.
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TiagoHelmer 07/09/2021

Que obra incrível! Dá pra perceber ao longo do livro certa semelhança de Adrian L. e a própria Alemanha que fez um "pacto diabólico" para criar uma obra "magnífica", mas como qualquer pacto, não vale a pena. Ele deixa implícito certa lógica das atrocidades do nazismo e a morte do sobrinho de Adrian e também a destruição da Alemanha com a debilidade do compositor no final da obra, por exemplo. Sabendo sobre a biografia de Thomas Mann me parece que esse livro foi um grito de lamento pela beleza cultural Alemã, que nunca mais será vista da mesma forma, sua alma foi vendida pelo nazismo! Recomendo ler sobre o próprio Thomas Mann antes de ler seus livros. Por acaso descobri que ele sofria de algum problema respiratório logo após ler "A Montanha Mágica", mas nem precisava descobri pra saber! Quando Mann sai refugiado após criticar os nazistas e chega nos EUA ele fala para o mundo que " A Alemanha sou eu" - um lamento para que as pessoas não esqueçam da grande e humanística Alemanha, nesse livro ele é realista ao ponto de dizer que a alma alemã foi vendida. É preciso sutileza, saber a história do autor etc, pois se não será "apenas" uma história magnífica e gostosa de ler...
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