O Jogador

O Jogador Fiódor Dostoiévski




Resenhas - O Jogador


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Larissa1218 03/01/2024

Não foi uma leitura penosa, mas ao fim da história, consigo pensar em muito mais defeitos do que qualidades de O jogador. Dostoiévski teve que escrevê-lo em vinte e poucos dias e, na minha opinião, é perceptível. A paixão doentia e o vício nas apostas são abordados, mas de forma não suficientemente aprofundada, o que me deixou ainda mais frustrada do que se o autor não tivesse se proposto a tratar desses assuntos.
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Leandro.Bonizi 03/01/2024

Interessou-me ler esse livro pois sempre fiquei curioso para "entrar na mente" dos viciados em maquininhas caça-níquel, como eles são hipnotizados, alguns a ponto de no dia de receber gastar todo o salário nela. E como os romances de Dostoiévsky são bem psicológicos, achei que cairia bem. O que leva as pessoas a caírem nesse vício?

"Ora, ganância mesquinha ou ganância grande vêm a dar na mesma. É questão de proporção" (p. 22)

"— No entanto, eu mesma, por mais estúpido que isto seja, só tenho esperança na roleta —" (p. 27)

No começo tive dificuldade em entender tantos personagens e as relações entre eles, tive que voltar e ir anotando cada personagens e colocando observações nos primeiros capítulos. No começo achei desnecessária uma trama tão complexa.

Mas é até previsível que isso não ia acabar bem, mas a proporção da catástrofe foi maior que eu imaginava, e afetou cada personagem de forma particular, de modo que toda as relações entre os personagens fez sentido: "(...) e a catástrofe presente, e sem dúvida, definitiva" (p. 140).

"Existe sim, prazer no último extremo do rebaixamento e da insignificância!" (p. 44)

O que acontece com quem vicia em jogativa é sempre a mesma coisa: perde dinheiro, quando ganha uma quantia boa, fica confiante e usa essa quantia para apostas maiores e perde tudo. Parece que nunca fazem o cálculo de quanto ganharam e quanto que perderam. Memória seletiva? Só se lembram das vezes que ganharam?

Quando a catástrofe estava desenhada, o personagem se recolheu por um tempo e pôs-se a refletir:
"E tudo isso foi como um sonho, até mesmo a minha paixão, que, no entando, era forte e sincera, mas... que é feito dela agora? É verdade, às vezes uma ideia de súbito me vem à mente: 'Não estaria eu louco, não teria passado todo aquele tempo num hospício, ou ali não estaria ainda, de modo que tudo não seria mais que uma ilusão, e até hoje apenas uma aparência?'" (p. 128)

Mas acaba voltando a jogar, e ao pedir dinheiro para um amigo, ele lhe diz: "Mas se só lhe dou dez luíses de ouro, em vez de dez libras, é que para você, hoje em dia, mil libras ou dez luíses de ouro são a mesma coisa: você os perderá. Tome e adeus!" (p. 185)

Outras reflexões:
"Sim, às vezes a ideia mais absurda, a mais aparentemente impossível na aparência, implanta-se com tal força que acabamos acreditando ser viável... Mais ainda: se essa ideia está ligada a um desejo forte, apaixonado, acabamos acolhendo-a como algo fatal, necessário, predestinado, como algo que não pode deixar de ser nem de acontecer! Talvez haja mais: uma combinação de pressentimentos, um extraordinário esforço da vontade, uma autodireção da própria fantasia, ou seja lá o que for" (p. 145).

"É possível que depois de experimentar tantas sensações a alma não possa mais satisfazer-se com elas, mas apenas irritar-se, e exija novas sensações, cada vez mais fortes, até o esgotamento total." (p. 150)

Não podemos deixar de considerar que o livro foi escrito por encomenda em apenas três meses!
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Pedrohp 02/01/2024

?o senhor não só renunciou a todo e qualquer objetivo que não seja ganhar no jogo, como renunciou até a suas próprias memórias?

Primeiríssimo do ano!!! E não poderia ter começado de forma melhor. Esse livro é um retrato incrível dessa realidade sombria que é o vício em jogos, algo que o Dostoievski conhecia tanto. Essa obra torna-se ainda mais fascinante dado o contexto em que foi escrita.
Os elementos do livro são bastante interessantes, desde a maneira como os fatos são apresentados ao longo da história até a genialidade com que Dostoievski descreve o ato de jogar. Ele o descreve quase como um devaneio frebril, levando o jogador a perder momentaneamente os sentidos, imerso cada vez mais no ato de apostar.
Gostei bastante do personagem do Aleksei e da relação dele com a Polina e com o Mr. Astley
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Vini 28/12/2023

"Sim, às vezes, a ideia mais absurda, a mais impossível na aparência, fixa-se tão fortemente em nós que passamos a aceitá-la como algo realizável..."
Esse livro é simplesmente um relato de um usuário da Blaze.
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zlldamon 28/12/2023

Gostei muito
Minha primeira experiência com Dostoiévski, encontrei em O Jogador uma obra que cativa pela relação entre os personagens e sua construção detalhada. Este livro é um excelente ponto de partida para quem quer mergulhar na obra do autor, oferecendo uma narrativa de fácil compreensão e discernimento. A trama envolvente e os dilemas enfrentados pelos personagens proporcionam uma visão profunda das complexidades humanas, tornando esta obra uma leitura fascinante e acessível para quem se aventura pela primeira vez no universo literário de Dostoiévski.
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letAcia1104 27/12/2023

?Uma autointoxicação com a própria fantasia?
?Pode ser que, ao atravessar tantas sensações, a alma, em vez de saciar-se com elas, apenas se irrite e acabe por exigir ainda mais sensações, cada vez mais fortes, até o esgotamento definitivo.? Esse livro é uma incógnita; e isso é a prova de que dostoievski sabia trabalhar (muito bem inclusive) com a narrativa em primeira pessoa. Conforme avançava a leitura, sentia que o terreno das minhas certezas se abalava e agora que terminei ressignifico os personagens. O amanhã do Aleksei não vai chegar. Mas em algum momento ele tinha salvação? Somos todos possíveis jogadores???!!!
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Yasmin.Filetti 27/12/2023

Não pesquisei sobre o livro antes de começar a leitura, tudo o que eu sabia era com base no nome e na sinopse da contra-capa. Achei que a história teria enfoque em homens barbados dentro de um cassino, mas é muito mais sobre um drama familiar à uma história passada dentro de uma casa de apostas. Achei bem engraçadinho.
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Vicente 26/12/2023

É bom mas não gostei.
Gosto de pensar que um livro não se torna classico sendo ruim. Se tornou-se clássico é porque tem qualidades. Digo isso também porque, embora sendo clássico e consequentemente bom, não dá pra gostar sempre. Este é o caso, O jogador, é um clássico mas não me pegou. A forma da escrita é confusa, talvez por ter sido escrito como diário, as coisas e as pessoas aparecem como se já tivessem sido apresentadas, a teia de relações é complexa e extensa, e disso isso deixa a leitura confusa.
Além disso a primeira metade do livro é absurdamente massante, nada acontece que justifique o tempo e a energia gastas na leitura.
No final acontecem algumas coisas interessantes, o nos cinco últimos capítulos a leitura melodia muito. Mas ainda assim não faz valer a pena.
No entanto a categoria grandeza do autor fica patente, a forma como os personagens são construídos e as cenas montadas, são claramente obra de uma mente acima da média.
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bella 23/12/2023

Jogo do tigrinho
Que viagem bixo. só fofoca atrás de fofoca: herança, relacionamentos, vícios etc. bem dostoievski. dei 3 estrelas única e exclusivamente pq nenhum livro dele vai chegar ao pés da minha primeira obra dele (crime e castigo), mas ainda sim é bem envolvente e tem um plot mt bom.
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Invasor de mentes 19/12/2023

Precisam ler.
Já fazia algum tempo que não me prendia a uma leitura como foi o jogador. A imagem da vovó continua na memória, em sua cadeira de rodas suspensa e com uma procissão atrás . Uma leitura fascinante.
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gentilvete 18/12/2023

Esse sem nenhuma dúvida é um dos melhores livros que eu já li!! A história me prendeu do início ao fim.
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Thiago.Cavalcanti 18/12/2023

O jogador
O livro conta a história de Alexei Ivanovitch, um tutor que se apaixona por Polina, uma jovem que o trata com desprezo. Alexei se envolve em jogos de azar para impressionar Polina e acaba perdendo tudo. O livro é uma reflexão sobre a natureza humana e os vícios que a corrompem.

Alexei Ivanovitch é tutor de uma família rica e se apaixona por Polina. Ele se envolve em jogos de azar para impressioná-la. Ele ganha uma fortuna, mas perde tudo. Polina o rejeita e foge com Mr. Astley. Alexei se recupera e decide deixar o jogo. Ele ajuda a família a pagar suas dívidas. Ele e Polina se reencontram e ela o beija. Alexei percebe que o amor é mais importante do que o dinheiro.
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Manu 15/12/2023

O russão nunca decepciona!
Mais uma leitura do maior da literatura russa carregada de drama psicológico e muitas reflexões. Além disso, o diferencial desta obra é a presença de personagens cativantes, dos quais você pode tanto se afeiçoar como reprimir e, de bônus, divertir-se. E esse foi o caso com uma das personagens que me fez rir bastante em alguns momentos.
Outros fatos interessantes: esse livro fala sobre apostas e foi encomendado a Dostoiévski como uma aposta com uma editora. E o outro é que o próprio russão era viciado em jogos.
Vale a pena conferir, viu?!
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