Pais e filhos

Pais e filhos Ivan Turguêniev




Resenhas - Pais e Filhos


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Ana Rabelo 03/05/2020

Um clássico da literatura russa
Personagens memoráveis, diálogos marcantes e uma escrita descritiva muito bem feita. Interessante obra para compreender um período da história da Rússia.
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Linda 27/06/2020

O dono das casas
Este livro precisa ser lido sem medo. É intrigante, é emocionante, e chega mesmo a ser uma divertida forma de conhecer, ainda que superficialmente, a Rússia do século XIX, os fidalgos, os servos e mujiques.
Pais e filhos foi escrito entre 1860 e 1862, período no qual a Rússia passava pelas reformas que dariam fim ao regime de servidão e os camponeses deixavam de ser propriedade dos senhores da terra. Neste livro, Ivan Turguêniev conta a história do jovem Arkádi e seu mentor, Bázarov, que após terminarem seus estudos em San Petsburgo foram juntos visitar suas famílias. Primeiro a de Arkádi, depois a de Bázarov. Ao chegarem na casa da família de Arkádi, ele e seu tutor são tratados com todo respeito e deferência, os quais não são retribuídos pelo hóspede Bázarov, que sendo niilista tudo questiona e nada aceita, exceto as taças de vinho, a comida farta e o ambiente ideal da casa dos fidalgos para o desenvolvimento de suas pesquisas. Os jovens sentem-se bastante a vontade para manifestarem suas opiniões divergentes dos mais velhos, o pai, Nikolai e o tio Pável, os quais mostram-se relativamente tolerantes às ideias dos recentemente formados.
Ao entediarem-se, viajam para a cidade * ,onde desfrutam da companhia e hospitalidade de Kúkchina e seus amigos, incluindo Sítnikov. A relação de Bázarov com seus anfitriões pode ser ilustrada pela passagem na casa de Kúcchina, após fartar-se: "....ocupava-se antes com o champanhe - deu um sonoro bocejo, levantou-se e sem se despedir da dona da casa, saiu direto pela porta, em companhia de Arkádi (P. 107)."
Porém, ao conhecerem Anna Serguêievna na festa do governador e depois partirem para uma temporada em sua casa, as certezas dos dois amigos acerca de suas crenças e disposições sobre as mulheres já não é a mesma, ilustrada pela fala de Bázarov para Arkádi: "segundo minhas observações, as únicas mulheres que pensam de forma livre são as monstruosas de tão feias (P. 113)".
O pior confronto mostrado no livro, não é o das ideias visto que nosso protagonista não as tem, cabendo-lhe apenas questioná-las incansavelmente. Com isso, intimida e mantém distantes as pessoas, inclusive os mais próximos incluindo seu discípulo oprimido. O confronto vem por meio do afeto, que julga desprezível, que nega e talvez por isso, não seja retribuído. Desprezado, primeiro pela rica Anna e depois pela pobre Fienechka, cuja honra é defendida pelo tão criticado aristocrata Pável que apesar de desprezível é capaz de zelar pelo amor de outrem, o niilista retorna ao lar paterno, onde aprendeu a ser idolatrado sem medidas. E lá, o dono das casas encontra, finalmente, o nada ao qual defende.
Xxxxxxxx1 27/06/2020minha estante
Excelente resenha, Lindamar!


Linda 27/06/2020minha estante
Muito obrigada, Rodrigo.




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gabemareas 17/08/2023

Uma agradável surpresa
Essa leitura foi muito diferente do que eu esperava, e digo isso de forma muito positiva. Ao ler o título e sinopse da obra, confesso que não me interessei muito, seja pela temática, por como o livro aparentava ser... Enfim, não sei dizer ao certo. O fato é que, ao ler "Pais e Filhos", encontrei muito mais do que uma história sobre conflito entre gerações, e isso muito me agradou. A escrita é leve e de simples compreensão (à exceção dos nomes dos personagens que, para mim, em vários momentos, causaram uma certa confusão - por serem nomes russos). Por fim vale dizer que, em alguns momentos, me senti um pouco desconectada da história, e isso deu uma travada na minha leitura. No mais, é uma leitura que vale muito a pena, sobretudo se você está começando a ler autores/obras russos(as).
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Karin 02/10/2023

Gostei muito do livro! E fica evidente que por mais convicções filosóficas que alguém possui o amor quando chega traz com ele os anseios de se entregar ao sentimento e viver essa história.
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Vitor Carvalho 09/03/2021

Um clássico da literatura russa. Amo a poesia que se encerra nas descrições que Ivan Turguêniev faz nos seus livros. Um livro importante para visualizar o surgimento dos niilista na Rússia.
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Atila.Carlos 14/03/2021

Uma bela obra com os dois pés no chão
Esse é meu primeiro contato com Turguêguinev. Um belo romance, completamente acessível, todavia diferente. Uma história com os dois pés fincados na temporalidade russa do século 19. Aliás, faço um adendo: para essa obra se tornar atemporal, é imprescindível ter ciência de sua temporalidade.
Esse romance vai muito além de relações entre pais e filhos. Eu diria que relações dessa natureza é o que está no subtexto, se de fato você souber do que se trata essa leitura.
Ela nos aponta sim a relação entre gerações. Todavia, o niilismo do jovem russo, é escancarado pelo protagonista da história, assim como é o contexto russo daquela época. Mas não só o niilismo nos é apresentado, o aristocrata aqui também é visto, obviamente. O amor, a paixão, o relacionamento, eu diria que é o aspecto que rouba a cena.
Por fim, minha percepção é que o autor conseguiu trazer uma perspectiva dessas relações sem tomar partido. Aqui se mostra a maestria desse romance.

Recomendo a a leitura.
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Lucas 28/04/2021

Um dos meus favoritos
Ás vezes uma história simples pode esconder uma profundidade e um valor de reflexão muito grande.
Ivan Turguêniev consegue de forma primordial desenvolver os personagens colocando-os em conflitos e situações do dia-dia que levantaram muitas reflexões, polêmicas na época, e até hoje conseguimos extrair algo transpondo para o mundo atual, um livro atemporal como todo verdadeiro clássico.
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Felipe 27/01/2022

Conflito de gerações e o vazio do niilismo
Baita livro, com características difíceis de serem encontradas: linguagem objetiva, personagens muito bem construídos e narrativa harmoniosa.

Vários temas podem ser encontrados na obra de Turguêniev, contudo, o conflito de gerações e o niilismo ditam, ao meu ver, o ritmo da narrativa.

Bazaróv, um dos personagens centrais, pode ser insurportável para a grande maioria, mas todo o seu comportamento está em consonância com o fundamento de sua existência.

Em suma, diria que é uma leitura muito proveitosa e que toca em assuntos bem atemporais.
L
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Elineuza.Crescencio 07/05/2022

Tema: Leituras de Maio 2022 (38)
Título: Pais e Filhos
Autor: Ivan Turgueniev
País: Rússia
Páginas: 240
Abril Cultural – Série Grandes Sucessos – SP - 1981
Avaliação: 3/5
Término da leitura: 07/05//2022
#desafiodos100livrosemumano 38/100
#desafiodos24temas – 10. Autor (a) nunca lido
#desafiovailendo – 18. Autor russo
Autor
Nasceu novembro de 1818 em Oriol, Rússia.
Ivan Sergeiévitch Turguêniev foi um romancista, poeta, escritor de contos e novelas, tradutor, dramaturgo e divulgador da literatura russa no Ocidente.
Sua primeira grande publicação foi a coletânea de contos “Memórias de um Caçador” em 1852.
Obra
Considerada uma das obras mestras da ficção russa do Século XIX.
Publicado em 1862.
Toda a obra apresenta o conflito da época existente entre os radicais com ideologia divergente que transforma a distância e o conflito entre pais e filhos.
Desconhecendo esse fato histórico o realismo da obra se manifesta nas relações entre pais e filhos de uma forma muito natural.
É uma relação onde os pais se esforçam para que os filhos tenham tudo o que há de melhor em cultura e condições financeiras.
Também mostra como os filhos ao crescerem e terem conhecimento e formação melhor que a de seus pais os ignora e criticam seu estilo de vida e sua cultura apegada às tradições e crenças.
Dois amigos depois de formados em Universidade da Capital retornam para casa de seus pais e desprezam seu jeito de viver um deles dizendo-se niilista, pois não acredita em nada e ainda duvida das evidências.
Mesmo com toda essa divergência, seus pais inibidos pela nova condição do filho, o recebem com amor manifestado em pequenos gestos, a melhor roupa, a melhor comida, o melhor cômodo da casa e criadagem.
https://entremeadaselivros.blogspot.com/2022/05/2022-maio-leitura-38.html
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Sam 22/05/2022

Russo
Primeiro Russo da vida e eu amei, diferente o jeito da escrita, diferentes reflexões e mega atual com ótimas possíveis interpretações.
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Léo 30/05/2022

Diferença entre gerações, disputa pelos rumos da sociedade.
Parece lugar comum dizer que Pais e filhos é uma história de conflito de gerações, e é. Mas não só, é, ao que me parece, antes de tudo, a contestação da visão de mundo aristocrática da geração anterior. E isso não é o mesmo que conflito de gerações. Até porque, nossas atuais gerações são a prova cabal de que uma nova geração pode ser mais conservadora que a anterior.

Também parece imperativo comentar a complexidade que Turgueniev consegue imprimir em seus personagens, que se são personificações das ideias de uma determinada época, não deixam de ser também sujeitos complexos e ambiguos.

Pessoalmente eu identifico duas viradas geniais ao longo do romance, a primeira se dá quando os dois jovens encontram Odintisova e passam a ter sentimentos contraditórios com suas ideias, a segunda quando, no final, Turgueniev demonstra como a contradição entre os aristocratas e a nova geração, os niilistas, não é tão antagônica quianto parece (Seja na realização e no resultado do duelo, seja no comentário dos mujiques sobre Bazárov).

Por fim, mas não menos importante, é importante tratar de outro lugar comum nos comentários sobre esse romance: o de que Turgueniev apenas contou a história, mantendo-se neutro em relação a juízo de valor dos seus personagens. Ora, primeiro que qualquer história, já é contada a partir de alguma perspectiva, logo, nunca é neutra, por mais que seu autor se entenda como tal. O que sequer parece ser o caso de Turgueniev. Em segundo lugar, a história é bastante propensa ao ponto de vista inicial de Nikolai Kirsánov, pai de Arcadi, e o seu final me parece cristalino em relação a isso.
Mesmo o romance tendo ponto de vista e defendendo esse ponto, ele não recai em simplismos, o que, por si só, já é uma grande lição para nós. Já não bastasse Pais e filhos ser uma obra prima para usufruirmos.
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