Cobra Norato

Cobra Norato Raul Bopp




Resenhas - Cobra Norato


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arthur966 17/12/2023

E quando estivermos à espera
que a noite volte outra vez
hei de le contar histórias
escrever nomes na areia
pro vento brincar de apagar
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Dany 15/01/2023

Achei conceitual demais. Mesmo entendendo muitos termos do amazonas pois sou amazonense, o poema é bem difícil de acompanhar. Facilita se já tiver conhecimento de lendas amazônicas.
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Vitoria 31/01/2022

Uma viagem pelas lendas do Norte, guiada por um contador de histórias do Sul

Um poema no qual a Amazônia é a principal personagem, com suas lendas e paisagens

A forma como Raul Bopp dá vida às árvores, ao rios, à terra, é muito boa!
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Gabriel 28/10/2021

Há muito de familiar nesse livro. É como se já o tivéssemos lido antes; desde sempre. É um reencontro.
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Glauber 04/02/2021

Que livro!
Que obra de arte incrível! Não é a toa que é um ponto de referência na nossa literatura.

A história, contata em versos e, com uma linguagem ao mesmo tempo fantástica e popular, trata da busca de um homem, que veste a pele da Cobra Norato para percorrer a floresta amazônica, repleta de seres naturais e sobrenaturais, para encontrar a sua noiva.

Li emocionado e pensando que, se eu não estivesse morando há seis anos no Amazonas, não identificaria tanta referência do nosso povo.

Vale a leitura e a releitura!

Relato do autor: ??

"A estada de pouco mais de um ano na Amazônia deixou em mim assinaladas influências. Cenários imensos, que se estendiam com a presença do rio por toda parte, refletiam-se com estranha fascinação no espírito da gente. A floresta era uma esfinge indecifrada. Agitavam-se enigmas nas vozes anônimas do mato. Inconscientemente, fui sentindo em nova maneira de apreciar as coisas. A própria malária, contraída em minhas viagens, acomodou meu espírito na humildade, criando um mundo surrealista, com espaços imaginários. Procurei restituir, em versos, impressões recolhidas em minhas andanças na região."
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phddelavia 23/04/2020

O branco "vendo" o índio
O que eu li foi: um amontoado de rebuscamentos e termos nativos para designar única e exclusivamente a soberba do intelecto humano. Sim, um monte de palavras que chamam de "poesia" usadas para um enredo decadente e bem.... bosta. Vamos à verdade dos fatos; é uma história em verso sobre o folclore indígena narrada por um branco rico que passou pela Amazônia e se acha o indígena. Péssimo.
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Biblioteca Álvaro Guerra 03/05/2018

Cobra Norato é o primeiro livro de poesias do poeta modernista brasileiro Raul Bopp e a obra-prima deste, publicado em 1931. Inspirado no movimento antropofágico, trata-se de um drama épico e mitológico situado nas selvas da Amazônia.

Empreste esse livro na biblioteca pública

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788503005289
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Júlio 03/10/2016

cobra norato
Numa tarde em que jaci tomava banho no rio, sentiu que um boto a engravidava.Nove meses depois ,deu a luz a filhos gemeos que vieram ao mundo em formas de cobras da água.eu achei interessante onde o rio passava.
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Maria - Blog Pétalas de Liberdade 27/09/2016

Resenha para o blog Pétalas de Liberdade
Olá pessoal, tudo bem? No post de hoje, venho comentar sobre a minha experiência de leitura com o livro "Cobra Norato", poema escrito pelo Raul Bopp, "texto emblemático da primeira fase do modernismo brasileiro", publicado pela primeira vez em 1931 e que tem sua trigésima edição lançada em 2016 pela Editora José Olympio.

Creio que todo mundo já ouviu ou ainda vai ouvir falar na escola sobre a Semana de Arte Moderna de 1922, o Movimento Antropofágico, Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade... "Cobra Norato" é uma obra dessa época e, por ter visto algo sobre ela na escola, decidi lê-lo assim que tive a oportunidade.

A história gira em torno de Cobra Norato, um ser lendário, uma cobra que atravessa a floresta em busca de sua amada, a filha da rainha Luzia. Não se sabe muito sobre ele, apenas sobre o que ele encontra em seu caminho na procura da filha da rainha Luzia. É uma leitura que pode ser feita em poucas horas, devido ao pequeno número de páginas. Não traz uma história marcante, bem construída ou inesquecível para mim, é um poema sem rimas e que foge de métricas ou formatos exatos. O que gostei em "Cobra Norato", foi como, durante a leitura, era possível visualizar as cenas com clareza, como se eu estivesse ali, junto com "Cobra Norato", vendo as árvores, os rios, me senti na floresta! Acho que isso é o que busco em qualquer leitura: ser conectada ao que estou lendo, e por isso e por ser um clássico nacional, valeu a pena ler o poema de Raul Bopp.

Os extras que essa edição traz são de grande ajuda para contextualizar e complementar o entendimento da leitura, os textos das orelhas (que mostram de quais lendas vieram a inspiração para Bopp escrever seu poema e o que o levou a se interessar pelas temáticas da floresta), informações sobre o autor e uma entrevista com ele, onde foi possível relembrar de onde a denominação Movimento Antropofágico surgiu (basicamente com uma intervenção de Tarsila num discurso de Oswald sobre as rãs e a evolução das espécies em pleno restaurante).

"-Vocês estão condenadas a trabalhar sempre sempre
Têm a obrigação de fazer folhas para cobrir a floresta" (página 22)

"- Se não sabem a lição vocês têm que ser árvores" (página 22)

"Uei! Aqui vai passando um riozinho
de águas órfãs fugindo
- Ai glu-glu-glu
Não-diz-nada pra ninguém
Se o sol aparece ele me engole

- Então mande chamar a chuva compadre

Há gritos e ecos que se escondem
aflições de falta de ar
Árvores corcundas com fome mastigando e estalando
entre roncos de ventres desatufados" (página 40)

A nova edição da José Olympio está bem bonita, com uma capa de cores vibrantes, páginas amareladas, boa revisão, diagramação com letras, margens e espaçamento de bom tamanho. Há algumas ilustrações de Ciro Fernandes.

site: http://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/2016/09/resenha-livro-cobra-norato-raul-bopp.html
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Marcos Pinto 16/09/2016

O Brasil e as suas faces
Desde o seu lançamento, Cobra Norato é visto como um dos melhores poemas épicos da literatura brasileira. O motivo para tal é o bom trabalho com o verso, o tema intrínseco à nossa cultura e a qualidade das figuras de linguagem utilizadas. Esse conjunto gera mais do que uma boa poesia, mas um trabalho com a cara do brasileiro, algo que era um dos grandes ideais da Semana de Arte Moderna.

Logo no início da obra, acompanhamos o eu lírico se aproximar da serpente e brincar com ela de amarrar uma fita no pescoço. Contudo, o que acontece é um estrangulamento e o eu lírico toma posse do corpo da serpente, podendo caminhar pela florente em busca da filha da rainha Luiza, com quem ele desejava se casar.

Contudo, como em todo poema épico, a jornada não pode ser tão simples. Para conseguir o que deseja, “antes tem que passar por sete portas / Ver sete mulheres brancas de ventres despovoados / guardadas por um jacaré”. Cumprindo todas as provas, Norato poderá, então, alcançar o seu grande objetivo.

“Bocejam árvores sonolentas / Ai que a noite secou. A água do rio se quebrou / Tenho que ir-me embora / Me sumo sem rumo no fundo do mato / onde as velhas árvores grávidas cochilam / De todos os lados me chamam/ – Onde vais Cobra Norato?” (p. 19).

Partindo dessa premissa, Raul cria uma grande ode à nossa cultura. Por ter uma riqueza vocabular e de costumes, objetivando um transporte do leitor através das palavras, ler Cobra Norato tornar-se um verdadeiro mergulhar na selva, sentir na própria pele todas as sensações do réptil. A cada parte da poesia, o leitor é convidado a conhecer um pouco mais sobre a natureza do seu país e da sua cultura.

Para que isso aconteça, Raul Bopp se utiliza de uma série de expressões e palavras regionais, o que pode causar uma certa dificuldade na leitura, contudo, não é nada que um leitor verdadeiramente interessado em desbravar a obra não possa superar. Afinal, são esses termos que ajudam na verossimilhança e na construção tão natural da obra.

O mais interessante é a utilização que Bopp faz do mito original. Apesar de buscar a essência nos contos amazônicos e pincelar toda a obra com a cultura da região, o livro também guarda pontos peculiares, únicos, tornando a leitura uma descoberta agradável. Ou seja, mesmo que o leitor conheça o conto original, poderá se surpreender com a escrita de Bopp e com a construção do enredo.

“Acordo / A lua nasceu com olheiras / O silêncio dói dentro do mato” (p. 32).

Como todo épico clássico, Cobra Norato é construído em versos. Contudo, aqui não temos uma versificação rígida, quase engessada, como encontramos em muitas obras do estilo. Bopp, que acreditava nos ideais da Semana, traz para a obra uma leveza e uma não rigidez nos versos. Ou seja, a qualidade da obra está mais na construção do enredo, no trabalho vocabular e das metáforas do que na construção métrica dos versos. Isso, sem dúvidas, aproxima o livro de um público que tenha menos costume de ler livros clássicos.

A parte física, por sua vez, não fica devendo em nada para a construção da obra. A capa está maravilhosa e reflete muito bem o que encontraremos no livro. A diagramação está muito boa, contando com diversas ilustrações que apresentam as situações vivenciadas por Norato. Para complementar, temos uma revisão excelente.

Em suma, Cobra Norato é mais do que um poema épico ou expressão de um movimento literário, é a personificação da nossa cultura em versos, da nossa cara em palavras. É uma obra que merece ser conferida por sua beleza e amada por sua expressividade. Para quem gosta de uma literatura nacional realmente brasileira – e não daquela imitação de padrões americanos produzidos no Brasil –, esse livro será uma excelente descoberta.

“Noite está bonita / Parece envidraçada” (p. 56).

site: http://www.desbravadordemundos.com.br/2016/09/resenha-cobra-norato.html
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val 05/07/2011

Pra quem leu Macunaíma...
Cobra Norato de Raul Bopp é uma complementação de Macunaíma.Aqui, trata-se da criação do mundo: No princípio era o sol, O Amazonas ainda não estava pronto...A floresta imensa chocando um ovo!
Cobra Norato quer a filha da rainha Luzia, que a salva de cobra Grande. Cobra Grande sai correndo atrás de Cobra Norato(que leva sua noiva)...as árvores informam que Cobra Norato foi para Belém, com a moça e Cobra grande segue e entrou no cano da Sé e ficou com a cabeça enfiada debaixo dos pés de Nossa senhora.

Vou dizer que cada citação é um encanto, uma viagem à Floresta Amazônica. Tudo narrado pela visão de uma cobra:
Devagar, que o chão duro dói.
Galinhos fazem "psiu".
Nacos de terra fresca se afundam. Vão fixar residência mais ao longe numa geografia em construção.
Jacarésem férias mastigam estrelas, que se derretem dentro dágua.
O céu tapa o rosto...chove, chove, chove!
Será que já é dia?
Vegetais, de pseudônimo, passaram a noite tecendo folhas, em segredo.

A lama, parto das águas, é o primeiro trabalho das águas para a criação viva.
Surgem fatos do folclóre regional: o Boto, entre outras.
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