Charque

Charque Marcelo Mirisola




Resenhas - Charque


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Bruno Oliveira 10/06/2023

EU VIM AO MUNDO PRA CONFUNDIR, E NÃO PRA ME EXPLICAR!
Charque: uma autobiografia, vá lá, de Marcelo Mirisola é, justamente, o que o subtítulo aí bem denuncia. Entretanto, como sempre, esse “verniz ficcional”, que é próprio do autor, não deve ser encarado como totalmente “verdadeiro” e tampouco como totalmente “falso”, “mentiroso”: é um barato híbrido, mora? Há muito rancor, ressentimento nessas páginas, o que torna, sua leitura, um pouco pesada, desgastante mentalmente, conforme o leitor acompanha as digressões (memórias), as opiniões (políticas, literárias) e as fantasias (sexuais, em sua maioria) do autor e, juntando-se a tudo isso ainda (!), o seu estilo corrosivo e irônico, desnorteiam o leitor persistente. Este Charque pertence aquele rol de livros onde o autor se livra dos próprios demônios, sabe? E, o demônio aqui, é o próprio autor!
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Zeka.Sixx 11/03/2020

Autoficção amalucada - "uma autobiografia, vá lá"
"Charque" foi o meu primeiro contato com a literatura de Marcelo Mirisola, autor que volta e meio eu via ser elogiado por escritores que admiro, mas de quem nunca tinha lido nada. Nesta obra, Mirisola se propõe a escrever uma espécie de autobiografia - à sua maneira, é claro -, relatando desde a sua infância esquisita, passando pelos mais variados bicos que prestou ao longo dos tempos até chegar à sua vida já como escritor com vários livros publicados.

Utilizando o sempre perigoso recurso da autoficção, o autor se sai muito bem, com seu estilo amalucado, verborrágico e boca-suja, pinçando episódios esporádicos que, por algum motivo, marcaram sua trajetória e definiram sua personalidade e suas escolhas (algumas bem questionáveis para o "cidadão comum"). Na maioria do livro, funciona muito bem - várias passagens me arrancaram gargalhadas.

Algumas poucas partes não têm a mesma força, não prendendo o interesse do leitor mas, no geral, é uma ótima leitura para quem - como eu - não pretende perder tempo pensando sobre o que, afinal, é fato ou lenda. Nesse caso, vale citar a célebre frase: "Quando a lenda se torna maior que o fato, publica-se a lenda".
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David Atenas 01/02/2019

"Autobiografia" refinada
O livro nada mais é que uma versão revista e melhorada do "O Azul do Filho Morto", o primeiro romance do Mirisola, que é uma espécie de autobiografia ficcional - algo que explora em quase todos os seus livros.
O autor não é original em sua abordagem, ele tem inspiradores que faziam praticamente a mesma coisa que ele (Bukowski e Céline, por exemplo), mas até agora encontra sendo o único do estilo no Brasil, pegando por publicador recorrente.
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