Niketche

Niketche Paulina Chiziane




Resenhas - Niketche


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Dani 31/12/2023

Um viva a literatura lusófona
Tem tanto a se elogiar desse livro, já é um dos meus favoritos de todo tempo e agradeço ao vestibular da Unicamp por ter me obrigado a lê-lo. Não costumo consumir esse tipo de história, gosto mais de fantasia, romance e mistério, achei que fosse ser só mais uma leitura cansativa de vestibular mas nossa... passou o vestibular e mesmo assim continuei.

Sempre fui contra narrativas em primeiro pessoa, mas isso pois nunca tinha lido algo que o fizesse direito. A Rami (protagonista) te leva por suas histórias mas principalmente por sua mente, não é preciso uma ambientação tão forte para a história apresentada. Você entra na cabeça dela e entende como a cultura moçambicana encara a mulher e sua existência.

Simplesmente divina a leitura e me faltam palavras para descrever.
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Igaço 30/12/2023

Entendo a importância, mas...
Esse livro é importante por ser africano escrito por uma mulher negra, porém as boas notícias param aí. Talvez uma coisa ou outra do livro se salve, talvez a denúncia da sociedade machista, porém só isso. O livro não é nada verossímil. Um momento o Tony está no sul do país, em outro momento no norte. Como se não bastasse isso, em um mesmo diálogo os personagens se xingam e são amigos. Num mesmo diálogo um personagem disse que não amava um dos outros personagens e na fala seguinte ele já amava e queria casar... além de quê os monólogos interiores da Rami não poderiam ser mais repetitivos e clichês. Só faltou copiar "fogo que arde sem se ver" de Camões por inteiro. No geral, a história não faz sentido nenhum, os personagens mudam de ideia em questão de segundos e o enredo é repetitivo. Não recomendo de forma alguma esse livro, há outros muito melhor escritos por autores(as) negros(as) como o próprio "olhos d'água" da Conceição Evaristo ou "Nós Matamos Cão Tinhoso" do Luís Bernardo Honwana.
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Mile46 30/12/2023

Representatividade feminina, força e maestria
Uma mulher pode mudar completamente qualquer cenário, junto com outras então. Rami é uma personagem espetacular, é falha, acredita na e aceita o que lhe é imposto, mas questiona o tempo todo e consegue mudar o cenário, ela é revolucionária e das melhores: inteligente e sagaz
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gr.will 24/12/2023

Lirismo puro
Gostei bastante desse livro e amei conhecer a escrita de Paulina Chiziane!

O enredo confesso que não é lá essas coisas. Na verdade, muitas vezes, a história vai se desenvolvendo sem saber bem onde vai parar, mas curiosamente não é um livro que te cansa. Talvez porque a beleza do livro é sobre aquilo que ele fala e não sobre o que narra. E que beleza! A escrita da autora é muito lírica. Ela constrói imagens e metáforas que além de belas nos fazem captar exatamente o sentido proposto.

Sem contar que o tema do livro abarca toda uma questão política e cultural sobre a condição das mulheres e a vida em Moçambique, país profundamente marcado pelo colonialismo europeu e por uma diversidade étnico cultural enorme. É sem dúvida um livro e uma autora contemporânea para estar na estante!
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Milena762 23/12/2023

Livro diferente do que estou acostumada, bem controverso por mostrar esse entendimento da Rami como mulher com direitos e o poder da união feminina mas também mostra ela sendo submissa ao marido e aceitando tudo porque ele é homem e ele pode. Mas tem que levar em consideração o contexto cultural do livro, ainda sim gostei, nota 3,5/5
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bejorque 20/12/2023

Que seja!
Esse livro tinha tudo para ser uma história bem melancólica e de puro sofrimento do começo ao fim. Na verdade, ele é isso mesmo boa parte do tempo, mas a Paulina Chiziane adiciona um humor muito singular na história que é simplesmente a pitada perfeita pra transformar esse livro numa experiência super divertida na maior parte do tempo. Acho que esse é o primeiro livro que me faz dar sinceras gargalhadas e com situações que não deveriam ser nem um pouco risíveis, mas que a autora consegue suavizar com um humor super inteligente e natural!

"Vale mais a pena ser amada um minuto que desprezada a vida inteira."
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Mona 17/12/2023

“Decido preparar uma conspiraçãozinha”
Esta frase, delimitada por aspas, inaugura um capítulo no romance de Nickete, escrito por Paulina Chiziane, proporcionando-me momentos de riso graças à combinação única de humor, coragem e ousadia dessas mulheres cativantes. A obra abrange diversos temas, como a poligamia (concedida apenas ao homem), a emancipação da mulher moçambicana, religião, espiritualidade, gênero e sexualidade, constituindo uma "conspiraçãozinha" contra a colonialidade e o patriarcado.

Descrever o romance torna-se desafiador ao tentar restringir-se a apenas um tópico, pois o enredo orbita em torno da protagonista Rami, uma mulher moçambicana que enfrenta os desafios e complexidades da vida, especialmente nas relações afetivas. A partir disso, desdobram-se diversas outras questões e personagens. Ao longo da narrativa, Rami depara-se com as tradições culturais de sua terra natal e as transformações sociais que ocorrem em Moçambique após a independência. O livro representa uma profunda exploração da identidade, da emancipação feminina e das questões culturais que envolvem o universo das mulheres moçambicanas.

Aqui está alguns dos muitos trechos marcantes do romance:

“Mas a deusa deve existir, penso. Deve ser tão invisível como todas nós. O seu espaço é de certeza a cozinha celestial.”

“Poligamia é ser mulher e sofrer até reproduzir o ciclo de violencia. Envelhecer e ser sogra, maltratar as noras, esconder na casa materna as amantes e os filhos bastardos dos filhos polígamos, para vingar-se de todos os maus tratos que sofreu com a sua própria sogra.”
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Mona 17/12/2023

“Decido preparar uma conspiraçãozinha”
Esta frase, delimitada por aspas, inaugura um capítulo no romance de Nickete, escrito por Paulina Chiziane, proporcionando-me momentos de riso graças à combinação única de humor, coragem e ousadia dessas mulheres cativantes. A obra abrange diversos temas, como a poligamia (concedida apenas ao homem), a emancipação da mulher moçambicana, religião, espiritualidade, gênero e sexualidade, constituindo uma "conspiraçãozinha" contra a colonialidade e o patriarcado.

Descrever o romance torna-se desafiador ao tentar restringir-se a apenas um tópico, pois o enredo orbita em torno da protagonista Rami, uma mulher moçambicana que enfrenta os desafios e complexidades da vida, especialmente nas relações afetivas. A partir disso, desdobram-se diversas outras questões e personagens. Ao longo da narrativa, Rami depara-se com as tradições culturais de sua terra natal e as transformações sociais que ocorrem em Moçambique após a independência. O livro representa uma profunda exploração da identidade, da emancipação feminina e das questões culturais que envolvem o universo das mulheres moçambicanas.

Aqui está alguns dos muitos trechos marcantes do romance:

“Mas a deusa deve existir, penso. Deve ser tão invisível como todas nós. O seu espaço é de certeza a cozinha celestial.”

“Poligamia é ser mulher e sofrer até reproduzir o ciclo de violencia. Envelhecer e ser sogra, maltratar as noras, esconder na casa materna as amantes e os filhos bastardos dos filhos polígamos, para vingar-se de todos os maus tratos que sofreu com a sua própria sogra.”
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Margô 16/12/2023

Leitura incrível que nos leva a diversas reflexões sobre a posição que as mulheres ocupam em uma sociedade diferente da nossa. Esse livro é incrível e muito forte ! Para a sociedade monogâmica pode causar estranheza, mas é importante uma leitura levando em conta que é a cultura de um outra sociedade diferente da nossa. Um distanciamento do que conhecemos como certo e errado é fundamental para compreender o percurso da protagonista.
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Baabisss 16/12/2023

Niketche
Leitura muito interessante na qual da para aprender muitas coisas sobre a sociedade que a principal vive.
Comecei a ler por trabalho da escola e porque o livro faz parte da lista de literatura da Unicamp, e não me arrependo.
É interessante ler Niketche depois de estudar sobre a vida da autora e sua história, pois assim muitas coisas fazem mais sentido. Também é bom fazer o estudo do livro para compreender as mensagens por trás das passagens.
Recomendo muito!
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Jihad 09/12/2023

Ok
O livro não é ruim,mas eu li mto arrastado, só terminei pq é para um vestibular. 90% se passa na cabeça dela eu não aguentava mais. Entendo a importância social dele, porém ele é cansativo?
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Manu 09/12/2023

Vivendo sob a poligamia
Esta obra retrata a realidade das mulheres moçambicanas em um sociedade extremamente patriarcal africana. Descreve vários costumes nessa perspectiva que se diferenciam a depender da região (norte e sul, principalmente).

Mas o que mais se destaca nesta obra são os inúmeros sentimentos que Rami tem desde quando descobre que seu marido é polígamo. Além disso, há a junção de forças femininas que ela empreende para tentar viver diante essa situação.

É forte e ao mesmo tempo poético o modo como a narradora-personagem expõe sua história. Porém, vale lembrar que não nenhuma forma de romantização da minha parte da situação narrada no livro, pois no decorrer da leitura, é possível perceber que a personagem passa por um conflito de fortes sentimentos, o que é compreensível dada a situação.
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Maira.Ferreira 07/12/2023

Niketche
Niketche traz à pauta e questiona as tradições, debatendo a condição feminina na sociedade moçambicana.

Todo o livro é permeado pela cultura africana, crenças, valores, costumes, linguagem e o papel da mulher nessa cultura.

O livro despertou em mim muitas revoltas, precisei ficar lembrando, a mim mesma, as diferencas culturais q existem entre nós. Apesar das revoltas, traz uma lição mágica sobre sororidade, algo que dá forças para resistir, sobreviver e continuar essa jornada árdua que é a vida da mulher, mãe, esposa, viúva.

É um livro lindo e poderoso!
Traz entendimento, revolta, solidariedade.
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