O duelo

O duelo Anton Tchekhov




Resenhas - O Duelo


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Matheus.Giovanazzi 29/05/2022

O livro é bom, mas não achei nada muito especial. Uma leitura rápida pra iniciar o box do Volta ao Mundo
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Mauro.Carvalho 16/04/2022

Uma bela crítica de costumes
O Duelo é marcado, sobretudo, por embates entre os personagens e seus princípios e formas de ver/viver o mundo.
Laievski, o protagonista, é um personagem um tanto dúbio, por vezes inconsequente, às voltas com a necessidade de ser aceito pela sociedade da cidade provinciana em que foi morar, junto com sua amante, Nadiedja.
Endividado, já não mais apaixonado por Nadiedja e sem maiores perspectivas de progresso naquele lugar, Laievski pretende fugir para outra cidade, imaginando que lá poderá iniciar uma nova vida.
Em meio a esse enredo, termina por desafiar para um duelo um desafeto seu, Von Koren, circunstância que guiará o enredo na segunda metade da obra e ocasionará mudanças significativas nos personagens, principalmente no protagonista.
Livro bem escrito e muito interessante! Vale a pena a leitura!
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Martony.Demes 04/03/2022

Eis A brilhante obra O Duelo, de Anton Tchékhov.

A obra apresenta a história de um personagem Laiévski que se 'juntou' com uma mulher casada (Isso mesmo), Nadiéjda, e fugiram para a região do Cáucaso! Porém, passado alguns anos, aquele romance dele esfriara. E ele pretende terminar com ela.

Nesse ínterim, os amigos próximos, moralistas e religiosos, não admitiam esse comportamento dele! Que ele não poderia deixá-la depois de tudo que ele fez. E uma série de fatos ocorrem com ela (que prefiro não citar) que torna a tensão

Então, um desses amigos, o zoólogo Von Korden, aceita fazer um duelo com Laiévski. Korden odiava Laievski e por isso topou o desafio!

Bom, não vou contar o que aconteceu momentos antes e durante o duelo para não tirar o brilho e a curiosidade sobre a obra!

Reitero: Vale a pena a leitura! Tchékhov, que escreveu a Dama do Cachorrinho, é fantástico! E claro que seus livros vão além de uma simples história! Há contexto histórico, críticas e ideias sobre diversos assuntos! E o Duelo não é diferente!

E ai, você já leu? Conta o que mais gostou na obra?
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rafa_._cardoso 21/01/2022

Gostei, mas estava esperando mais
Sou muito fã dos contos de Anton Tchekhov e fui com uma grande sede a esse pote que é O Duelo.

Achei muito bem escrito a história do casal, os conflitos entre suas diferenças, do saber ouvir em contraposição da necessidade de imposição, o que são temas bem atuais.

A história não se resume a isso, pois há todo o cenário do Cáucaso e seu calor esturricante (para os padrões russos) além, é claro, da tensão entre os dois personagens que gera o título do livro.

Dito isso, confesso que não me apeguei muito ao enredo. Não sei se é porque eu estava esperando muito mais do que recebi ou se a história "se arrasta" umas 30 ou 40 páginas a mais do que estou acostumado com histórias do autor. O fato é que gostei como um todo, mas não foi algo que me tirou um "nossa!", apesar de gostar muito quando o Von Koren descreve o Laiévski (que cara chato é esse Laiévski).
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Romulo 07/01/2022

Surpreendente
O Duelo,(SPOILER) é uma novela escrita pelo autor russo Anton Tchékhov por volta do ano de 1891 que é ambientada na região do Cáucaso na Criméia na cidade de Yalta onde Tchékhov tinha uma casa. Tem como personagens centrais Laiévski, Koren, Nádia, Samóilenk e o diácono. A ideia central da trama gira em torno da honra e amadurecimento espiritual.

Laiévski tem facilidades com as mulheres é um Bon vivant, além do mais é um funcionário público que não trabalha direito e vive boa parte de seu tempo dando nó, bebendo e jogando com outros colegas, ele se amigou com Nádia que era casada por isso fugiram para o Cáucaso para viverem esse romance. Entretanto passado 2 anos ele não dá mais atenção, carinho e não é um bom marido, ai ele percebe que não ama mais Nádia. Ele pretende fugir e larga-la, acha que se for para outro cidade voltara a ser feliz, confessa suas intenções para seu melhor amigo Samóilenk que não aprova suas intenções. (Nádia também não o ama e também pretendia larga-lo mais ele não sabe).

Koren é um zoólogo que acredita na teoria do Darwinismo social (teoria que inspirou os ideais Nazistas no futuro) julgando que todas as pessoas imorais, preguiçosas, viciadas deveriam ser exterminadas da sociedade, pois elas atrapalham o desenvolvimento da raça humana. Ele é conhecido de Laiévski, assim sendo ele o odeia pois o mesmo se encaixa nesse perfil.

Um dia eles discutem batem boca e se agridem verbalmente até que eles se propõe a resolver suas diferenças através de um Duelo de vida ou morte.

O duelo foi um instituto formal e legal em alguns ordenamento jurídicos mundiais antigos se tratava de uma disputa em combate de confronto entre duas pessoas, motivadas, em geral, por desagravo à honra.

Neste mesmo dia mais tarde Laiévski descobre a traição de Nádia com outro homem e fica desesperado, mesmo assim diante de várias reflexões resolve ir direto para o duelo no dia e horário marcado.

O duelo por uma circunstância alheia a vontade de ambos acaba não acontecendo como se previa, apesar dos dois estarem presentes, ambos são dissuadidos a pararem pelo diácono.

Passados 3 meses após o não duelo, Laiévski resolveu permanecer ao lado de Nádia, mas também mudou radicalmente seu estilo de vida, agora trabalha muito, não desperdiça seu tempo com jogos e se tornou um bom marido, arrancando elogios e admiração de seus amigos inclusive do outrora seu inimigo Koren.
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Ezequiel.Cesar 23/07/2021

Pequeno grande livro
Simplesmente espetacular, o livro é uma lição para dar mais valor a vida.
Já havia lido A estepe, do mesmo autor, e gostado muito, e esse livro me impressionou muito. Recomendo muito a quem quer conhecer Tchékhov. A Amarilys caprichou nesta edição, capa dura, boa tradução e prefácio de Elena Vássina. Perfeito.
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Isa 19/05/2021

O duelo trata da inexistência do que é certo e errado, de quem é bom ou mal, acabamos por perceber que esses aspectos não são claros e definitivos.
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natália rocha 01/12/2020

O duelo está presente de diversas formas nessa novela de Tchekhov, publicada em 1891.

Em ‘’O Duelo’’, conhecemos Laiévski – um homem supérfluo, termo pela primeira vez utilizado na literatura como característica à alguém por Turguêniev, que caracteriza um intelectual de classa média sem utilidade para a sociedade que está inserido. Laiévski era idealizado no vilarejo por ser um homem culto, liberal e que frequentou a universidade. Na verdade, não passava de um homem que vivia de jogos e álcool, sem trabalho e responsabilidades.

‘’Sujeitos como ele, aparentemente cultos, um pouquinho educados e que falam muito sobre o próprio espírito nobre, sabem se fazer passar por seres extremamente complexos.’’

Laiévski muda-se de São Petesburgo para uma pequena cidade no Cáucaso com sua amante, Nadiéjda – casada com outro homem. E é aqui que nos deparamos com o primeiro duelo da obra, entre amantes entediados com a vida interiorana que acreditam talvez não se amarem mais.

Ao longo da obra, nos vemos no meio dos devaneios de Laiévski, em que ele reflete sobre sua vida e escolhas, sobre onde está agora e onde gostaria de estar. Aqui, nos deparamos com aquele velho conflito humano sobre nunca estar plenamente satisfeito com o presente. É outro tipo de duelo presente na obra.

Na obra também conhecemos outro personagem muito interessante, Von Koren: um cientista, moralista ao extremo e rival de Laiévski. Inclusive, ele acredita que o nosso protagonista é o tipo de pessoa que deveria ser excluída da sociedade por se tratar de um péssimo exemplo. Por terem ideais e uma visão de mundo completamente diferente, representam outro tipo de duelo no livro, o ideológico.

‘’Mas o homem tropeça até quando anda no plano, e o destino humano é assim: quando não se erra no principal, se erra nos detalhes.’’

Como já vimos muitas vezes na história do mundo, conflitos ideológicos desencadeiam, muitas vezes, conflitos reais, físicos. E no livro não é diferente. A rivalidade entre os personagens citados levam a um quarto duelo, dessa vez em sua forma clássica da Rússia do século XIX.

Com uma escrita de fácil compreensão, e muitas vezes cômica, Tchekhov nos imerge em discussões éticas e filosóficas muito presentes na vida de qualquer um de nós.
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erbook 10/08/2020

Obra excelente!
O duelo era instituto muito utilizado na Rússia do séc. XIX, inicialmente com exclusividade pela classe aristocrática, mas depois popularizou-se nas classes emergentes, inclusive no meio literário.
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Nos primórdios, o instituto era utilizado pelos nobres para restabelecer a honra ofendida e, posteriormente, passou a ser convocado a resolver pendências ideológicas e outros tipos de conflitos, em rituais mais simplificados.
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Conta a história que os grandes poetas russos Púchkin e Liermontov morreram em duelos, após terem participado de alguns ao longo da vida.
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Não é à toa que o tema é frequente na literatura russa do séc. XIX, como, por exemplo, em “Pais e Filhos”, de Turguêniev, no qual os personagens Bazárov e Kirsánov se enfrentam em duelo, após conflito amoroso.
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Embora nesta sensacional novela de Anton P. Tchekhov também haja um duelo entre dois personagens, a obra ultrapassa esse tema, que é visto por muitos como meio inútil para a resolução dos conflitos sociais.
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Com efeito, Tchekhov, por meio de personagens muito bem construídos, aborda outros tipos de “duelos”, tais como os preconceitos existentes entre os moradores da região quente do Cáucaso e aqueles da fria região Norte (Moscou e São Petersburgo), onde estavam o luxo, o teatro, o balé, as belas avenidas e a elite intelectual.
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Tchekhov se utiliza bastante do recurso da intertextualidade, na medida em que menciona várias passagens de Tólstoi, Púchkin, Turguêniev, Dostoiévski, Oniéguin, Petchórin entre outros grandes escritores russos.
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Por intermédio dessas passagens, o autor apresenta várias visões de mundo, tais como a do cientista racional e conservador (Von Koren) em contraposição a do aristocrata liberal e boêmio (Laiéski). Mostra-se a generosidade e compaixão (Samóilenko) frente à frieza calculista.
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As visões femininas na obra também duelam em diferentes perspectivas, na medida em que o conservadorismo da pacata sociedade se vê assediada com a chegada de Laiévski com a amante, numa relação pública e transparente.
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Apesar dessas visões diferentes de mundo, os personagens são complexos, bastante humanos, com diversas angústias e incongruências. Enfim, nesta grande novela russa, não há maniqueísmo entre o bem e o mal. “Na vida também é assim... Em busca da verdade, os homens dão dois passos para a frente e um para trás. O sofrimento, os erros e o tédio da vida jogam para trás, mas a obstinação e o anseio pela verdade empurram sempre para a frente, sempre para a frente”.
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Leitura agradável e de excelente qualidade!
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Mônica 18/06/2020

O duelo
A vida é feita de pequenos duelos e na obra de Tchekhov temos vários.

Em O duelo temos como personagem principal Laiévski, um homem supérfluo, categoria criada por Turguêniev para definir o intelectual de classe média que começa a despontar em 1860 e, como sua nomenclatura define, não serve para basicamente nada. É dispensável.

O primeiro duelo a que somos apresentados no livro é entre Laiévski e Nadiéjda, um casal que talvez já não se ame mais. O segundo é entre os sonhos dos dois personagens e a realidade. O terceiro se dá entre as visões ideológicas de Laiévski e seu rival, Von Koren. Esta rivalidade leva ao quarto duelo, o tradicional entre armas. Há também o duelo entre o desejo de ser livre e as imposições de uma sociedade retrógrada.

Com uma escrita leve que nos faz virar as páginas rapidamente, Tchekhov cria uma narrativa que nos faz questionar nossas próprias ações e preconceitos. Ficamos na dúvida de como agir, o que fazer diante de tantos duelos?
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cy_livros.filmes.etc 04/02/2020

O Duelo
Publicado em 1891, é a segunda novela longa de Tchekhov que já era bem conhecido pelos contos humorísticos. A história se passa em uma pequena cidade no Cáucaso, onde vivem, entre outros, Ivan Laviévski e Nadiéjda Fiodorovna. Ele é um aristocrata de Petersburgo, que não se importa com sua nobreza e ela uma mulher casada, de classe social inferior, que não hesita em desfazer um casamento infeliz para viver com o amante.Na cidade caucasiana vivem abertamente, sem esconder seu passado, mas ambos estão infelizes e sentem-se culpados pela vida triste que vivem, principalmente ela, aceita apenas por uma moradora da cidade, que se apresenta como amiga e lhe quer bem, mas por vezes é preconceituosa como todos.

Tchekhov não mostra apenas a disputa entre o novo e o velho, pois o principal não é o embate entre os conservadores e o casal, mas sim entre Ivan e o zoólogo Von Korden, um cientista com ideias para revolucionar a ciência e também a sociedade. O zoólogo despreza, odeia o que Ivan representa, o homem supérfluo, acomodado (o próprio Ivan reconhece ser um) e acha que este tipo deve ser exterminado.

Se você espera ver neste livro um duelo nos moldes europeus, com defesas de honras ou de donzelas ofendidas, esqueça, porque o duelo na Rússia é bem diferente e apesar de ter existido até os primeiros anos do século XX, Tchekhov quer mostrar que as novas ideias e atitudes estão fazendo com que aquela instituição entre em decadência.

Achei cômico um momento do duelo quando os participantes (os rivais, os padrinhos, o médico) não sabem bem o que fazer e ficam tentando se lembrar dos duelos descritos nos livros. Também são ótimas as referências a livros e personagens da época, mostrando a importância da literatura naquele meio.

Enfim, o duelo é bastante previsível (tanto para as personagens como para o leitor), ocupa um pequeno espaço na narrativa, mas vale muito a pena ler esta novela que trata de assuntos importantes, mostra as mudanças que começavam a acontecer e abre caminho para outras grandes obras do autor.
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