A Morte e a Morte de Quincas Berro d

A Morte e a Morte de Quincas Berro d'Água Jorge Amado




Resenhas - A Morte e a Morte de Quincas Berro Dágua


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Bia 12/09/2015

Adoro
"No meio da confusão ouviu-se Quincas dizer:
'— Me enterro como entender
na hora que resolver.
Podem guardar meu caixão
pra melhor ocasião.
Não vou deixar me prender
em cova rasa no chão.'
E Foi impossível saber o resto de sua oração."

Livro simplesmente adorável, daqueles que, ao acabar a leitura, sente-se vontade de reler.
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Daniel 28/10/2017

Beber, farrar e... Morrer!
Há uma curiosa crônica do poeta Vinicius de Morais, publicada na coletânea Para Viver um Grande Amor, em que o poetinha afirma estar passando por uma "ressaca literária" após ler certos versos de Rilke. Para curar a "ressaca", ele decide ler a novela publicada naquele mesmo ano (1959) por Jorge Amado, terminando sua crônica com um elogio admirado ao autor baiano. A obra que tanto empolgou Vinicius é justamente A Morte e a Morte de Quincas Berro d'Agua.
O enredo conta a história de Joaquim Correia da Cunha, um respeitável funcionário público que certo dia, cansado da vida tediosa e do autoritarismo da esposa Otacilia, decide sair de casa e ir viver junto com os vagabundos e cachaceiros das ruas de Salvador, passando a ser chamado por seus novos amigos de Quincas Berra d'Agua. Após dez anos de vida boêmia, Quincas morre subitamente. A família, aliviada por se livrar de tamanha mancha perante a sociedade, procurada dar ao defunto um enterro decente, mas seus amigos de farra decidem levar o morto para uma última noite de festa.

A obra foca nas três "mortes" de Quincas Berro d'Agua: a primeira, quando saiu de casa e foi excluído pela família e a sociedade respeitável; a segunda, quando morreu sozinho num quarto de cortiço; e a terceira, quando após sua última farra descansou em paz nos braços de Iemanja.
Apesar de não ser perfeita em termos estéticos, é uma narrativa alegre e saborosa, bem ao estilo de Jorge Amado, salpicada de uma leve crítica social e com forte influência do Realismo Mágico.
Como quase todas as obras do autor, essa também possui uma raiz ideológica, contrapondo a rigidez da sociedade burguesa com a vida simples e completa das classes proletárias. Amado mais uma vez se mostra como o cronista dos vagabundos, dos cafajestes, das mulheres da vida e do universo fascinante e pitoresco da Bahia.
Um pequeno grande clássico de nossa literatura.
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Ellen Macedo 07/01/2018

Por favor, leia Jorge Amado
Se você está em uma rede social de leitores e ainda não leu Jorge Amado: faça um favor a si mesmo e presenteie-se com um dos mestres da literatura. Aí sim você poderá se considerar um leitor de verdade ao se deleitar com o grande mestre.
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Andrade 12/01/2018

Logo de cara, nos é apresentado Joaquim Santos da Cunha (vulgo Quincas Berro Dágua), que morreu durante a noite passada. Ps: isso não é spoiler, já que está na primeira página.

Amado quis mostrar o declínio de um homem bem sucedido na sociedade e que ao se aposentar larga a família (ou a família deixá-o pra lá?) para optar viver em bares - ruas, largado, apenas com bons amigos de farra e sua amada.

O livro é genial, o escritor consegue nos cativar com as noites aqui abordadas na Bahia, mostra o lado obscuro de cada família, os verdadeiros amigos e acima de tudo, como é a passagem entre à VIDA e à MORTE.

Citação: "Agora, porém, tudo aquilo terminava, aquela pesadelo de anos, aquela mancha na dignidade da família."
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MF (Blog Terminei de Ler) 31/05/2018

A boêmia bem humorada da Bahia de Jorge Amado numa obra magnífica
"A morte e a morte de Quincas Berro D'Água" do escritor baiano Jorge Amado. Quando se pensa na literatura de Jorge Amado, um de meus escritores favoritos, duas coisas saltam aos olhos: a boêmia/malandragem da vida noturna da Bahia e o bom humor. E, nesse livro, ambas estão presentes do início ao fim.

A obra conta a história de Joaquim Soares da Cunha, respeitável funcionário público, pai de família, uma referência de conduta e que, em certo momento da vida, rompe com os parentes e com as convenções sociais e resolve cair na boêmia e malandragem, assumindo a alcunha de Quincas Berro D'Água, indo viver aventuras no porto de Salvador, passando seus dias na companhia de bêbados e prostitutas. Certo dia, morre em um hotel (provavelmente após uma farra) e é, com esse acontecimento, que a história tem início. Caberá agora à família providenciar o enterro, tentando entender o pitoresco destino de Quincas e tentar resgatar na despedida final a dignidade perdida pelo protagonista. Contudo, os companheiros de bebedeira de Quincas também querem se despedir do amigo querido...

Ao longo da leitura o que mais se destaca é o bom humor de Jorge Amado. A ironia em diversos trechos acentua a malandragem e até a pureza de Quincas e de seus companheiros de noite. A pureza está na simplicidade das ações e no carinho que eles tem entre si e em relação à Quincas. Enquanto a conduta moral, exemplificada na família, se mostra sisuda e magoada, a vida noturna, embora decadente, se mostra singela e feliz, ao seu modo. Trata-se de um interessante contraponto, algo muito comum na literatura de Jorge Amado, onde o escritor promove comparações entre aquilo que é imposto aos personagens como "bom" e aquilo que, de fato, lhes é exequível, ainda que imperfeito aos olhos de todos. Vide, por exemplo, outras obras como "Capitães da areia", onde os meninos são felizes, apesar de viverem nas ruas, e "Dona Flor e seus dois maridos", onde a protagonista tem um marido perfeito aos olhos do povo mas, na cama, sente falta do fogo e até da cretinice do ex. Contrapontos... que tornam os personagens mais complexos e interessantes.

Todo esse estudo de personagem tem a boa Bahia de pano de fundo. Contudo, Jorge Amado não descreve apenas fatores turísticos e/ou geográficos da ambientação. A Bahia do escritor tem cheiros, sabores. Mesmo quem não conhece o Estado, se sente nas ruas, com suas tendas vendendo acarajés, com o cheiro do mar enebriando tudo ao redor.

"A morte e a morte de Quincas Berro D'água" é um dos livros mais engraçados que já li e já é um dos meus favoritos. Lembro de certos trechos e dou risadas. Entretanto, por trás da comédia, há um excelente estudo de personagem e a Bahia em suas paixões e imperfeições, numa prosa rica e viciante. Impossível não amar Jorge Amado.

site: https://mftermineideler.wordpress.com/2018/04/11/a-morte-e-a-morte-de-quincas-berro-dagua-jorge-amado/
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mateuspy 13/06/2018

Um morto muito louco
Lembro de anos atrás ver uma adaptação televisiva de Quincas Berro D'água e achar que era muito divertido, algo muito brasileiro. Hoje, após ler o livro, percebo o quão divertido e leve, apesar de temas complexos como relações familiares, imagem pública, essa história de funeral é. Uma delícia de ler, com uma narrativa onde só faltava ouvir a voz do autor me contando esse causo. Excepcional! Uma grata surpresa.
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Vinicius.Borges 14/10/2018

Personagem fantástico
Um livro curto e rápido, para se ler de uma ?sentada?, ou seja, de uma só vez. Conta a história de Quincas Berro d?Água, que abandona uma vida estável para se dedicar somente à vida boêmia. É um personagem singular. Vale a pena a leitura!
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João 13/12/2018

A Morte e a Morte de Quincas Berro D'água.
A morte, senhora malquista, dá cabo à existência de todos, e, por ser inevitável, torna-se nesse aspecto um evento banal. Não, porém, se tratamos de Quincas Berro D´água, para quem a morte foi paradoxalmente um evento cheio de vivacidade. Daí o título da obra sugerir que exista "A Morte" (evento trivial que atinge a todos) e "a Morte de Quincas Berro D'água" (fato inusitado e memorável na história do povo da Bahia).

A novela se passa na costumeira Salvador, cenário pitoresco tantas vezes retratado nas obras do escritor. Ali viveu Quincas Berro D'água, vagabundo entregue à bebida, à libertinagem e a tudo o mais que as ladeiras e os becos da cidade podiam oferecer. Boêmio inveterado, Quincas era o tipo bonachão querido por todos.

De Quincas só tinham mágoas os familiares por ele abandonados em troca da vida mundana. É que antes de ser o Quincas "Berro D´água", o protagonista atendia por "Joaquim Soares da Cunha", respeitabilíssimo funcionário público que enchia de orgulhos os parentes e desempenhava com dignidade o papel de chefe de família.

Contudo, sem aviso prévio, já aos cinquenta anos de idade, o protagonista abandona a vida de "Joaquim Soares da Cunha", adotando um modo de vida diametralmente oposto, dado a vícios e à gente mundana.

A certa altura, a morte chega para Quincas.

No entanto, a história da morte de Quincas pode ser visualizada a partir de duas perspectivas: a perspectiva experimentada pelos parentes de Quincas e a perspectiva experimentada pelos amigos vagabundos de Quincas (Negro Pastinha, Curió, Pé-de-Vento e Cabo Martim). Nada mais natural. É que se Quincas experimentou, por assim dizer, duas vidas em uma só (chefe de família respeitável e boêmio vagabundo), justo é que para cada uma dessas vidas houvesse uma narrativa própria da morte.

A bem da verdade, durante o velório Quincas como que "ressuscita" com a ajuda dos amigos e a partir daí a sua morte (se é que de fato ele está morto) é retratada com muito humor e vivacidade.

Foi uma leitura ágil e bem humorada. É sempre um prazer ver como Jorge Amado insere com maestria os personagens-tipos nas suas tramas regionalistas.

Para quem ainda não viu, há um filme disponível no Youtube baseado nesta obra literária.








site: https://www.youtube.com/watch?v=XZlVHbNP61Y&t=2689s
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Desirre2 20/01/2019

Irado!
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Thalles.Haydan 22/01/2019

A morte e a morte de Quincas Berro D'água
Mais uma vez, Jorge Amado ganhando meu coração!! Gostei bastante da leitura!!! Um livro simples e que tem uma história sucinta!! Mostra duas vertentes de uma história só e te dá uma bifurcação de pensamentos... No final, não tem lado certo... Tem a única e absoluta vontade do personagem principal.
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Maria.Luiza 09/03/2019

Muitas mortes de um só corpo.
Esse livro tem uma dedicatória ao meu Avô então já comecei gostando.
É surreal e divertidíssima historia de Joaquim Soares da Cunha alcunha Quincas Berro D'agua, a afirmação de que uma história de morte é hilária já soa um tanto contraditório, mas é justamente na contradição que se deserola o imbróglio. que como o título deixa clarissimo trata-se da Morte e da Morte, sim duas, de Quincas Berro D'água, pois a única coisa certa é que ele morreu já como ocorreu há contradições e estas que são a linha que tece a narrativa que é uma mistura de antagonismo sonho e realidade; loucura e racionalidade; amor e desamor; ternura e rancor, construindo essa obra empolgante. E vemoa todas as divergencias quando por ocasião da morte conta-se como o difunto o respeitado funcionario público, pai e marido exemplar Joaqui virou o boêmio Quincas malando, beberrão e chegado a jogatina. E os doia mumdos do falecido se chocam quando de um lado a família tenta providenciar o enterro discreto daquele daquele que se tornou um vechame público a quem só guardavam rancor, e de outro os amigos de cachaça querem ter mas alguns momentos com ele de preferência do jeito que eles sabiam que ele gostava com bastante alegria e o que ocorre a partir dai é que turva a história fazendo surgir as diferentes versões doa acontecimentos, as variações acompanham o amago de cada um dos lados, e é essa essência que fica como seu legado, um estorvo ou uma lenda.
O que chama atenção sem duvida na transição que passou o personagem é que sua mudança e a preferência pela
ralé, os "indiginos" da sociedade é um grito de liberdade de um homem dominado e cerceado por preconceitos de toda sorte que um dia resolve rompe as amarras. Acredito que, assim como sua resentida família parece crer, que é nesse momento que morreu Joaquim Soares da Cunha o que o falecimento do corpo que um dia foi o respeitável senhor apenas era apenas o seu enterro.
Já Quincas, que em sua nova "família" era amado era carinhosamente tratado de era o paizinho, sábio e conselheiro, sempre disposto a mais uma farra ou bebedeira, esse é que teve de fato a Morte e a Morte acontecimento envolto em uma loucura alccolica que acabou fazendo-o sair dessa vida na alegria de mais uma farra sem deixar vestígios.
Embora pareça isana a história no maravilhos prologo de Affonso Romano de Sant'Anna descobrimos que o Jorge se inspirou em um personagem real, fato que em nada diminuir o brilhantismo de Jorge visto que a história desse alguém só virou livro graças ao delírio criativo do mestre baiano pois "um romance é, sobretudo, a forma como uma historia é contada.", e claro sobre a pessoa real se tem certezas ele tem túmulo com lapide em terra firme " se é que existe terra firme nesse mundo de ficções reais e realidades imaginárias", mas certo de que saber disso faz tudo ficar contrariamente ainda mais surreal ao mesmo tempo que da mais vida a Quincas. A novela é de 1959 e antecede a geração de romancistas Latino-americanos doa anos 60 que institucionaliza o realismo fantástico, mas é impossível não notar semelhanças... e García Márquez em uma entrevista disse certa vez que "o Brasil é o maior país do Caribe" já eu acho que é o Caribe que é Baiano.

site: https://instagram.com/maria_pas000
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Nilma 17/03/2019

A morte e a morte de Quincas Berro D'ÁGUA
Amei a leitura. Penso que devemos amar e aceitar a pessoa come ela é. Em Quíncas Berro D'água o personagem vivendo em dois contextos, no primeiro vivendo em um contexto engessado tentando há anos se adaptar, abrindo mão de sua liberdade de viver. Até que certo dia explode, mesmo tendo que abrir mão de tudo que tinha, se é que pode-se dizer "tudo" , ja que Joaquim não vivia feliz, talvez por estar vivendo dentro de um contexto considerado como padrão. Sendo respeitado, responsável, bem conceituado, marido ideal e pai exemplar. Como disse explode, da a louca e sai de casa indo viver em liberdade de vida. Agora Joaquim era conhecido por todos como Quincas em um outro quadro não muito favorável. Ali ele conseguiu encontrar pessoas que o conheciam, o aceitavam. Achei incrível como Jorge Amado descreve o personagem nesse ambiente social, onde muitos chegam ali por diversos fatores e consegue dar a Quincas uma vida excepcional. Viveu em dois mundos. Em um com notícia de sua morte queriam enterra-lo as pressas. Já no outro diante de tamanho conhecimento a respeito das vontades, dos sonhos de Quincas, seus amigos não acreditam que o destino tenha sido cruel e não tenha dado a Quincas a morte da qual ele tanto sonhara. Ressuscitaram Quincas e o levaram, aí sim Jorge Amado termina sua obra com um desfecho sensacional.
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Lucas.Ferreira 09/04/2019

Clássico Perfeito.
Quincas retrata o humor e a realidade fatica do preconceito e racismo ainda existente em meio a sociedade.
Litura muito bem escrita com toques clássicos deste grande autor Jorge Amado, gostei muito do livro e super recomendo.
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Maria 12/04/2019

excelente leitura !
A morte e a morte de Quincas Berro D'água é um livro muito gostoso de ler, é uma comédia para se ler em um feriado a tarde. Uma história leve e divertida ? adorei
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