Amar, Verbo Intransitivo

Amar, Verbo Intransitivo Mário de Andrade




Resenhas - Amar, Verbo Intransitivo


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Tati Iegoroff (Blog das Tatianices) 13/05/2019

Para adentrar os clássicos
Amar, verbo intransitivo não é uma leitura das mas fáceis, mas garanto que possui suas singelezas e aborda o amor de uma maneira peculiar: como algo que pode (deve, na verdade) ser ensinado a um jovem.

Laura e Felisberto Souza Costa são um casal tradicional, católico. Junto de seus filhos Carlos, Maria Luísa, Laurita e Aldinha, eles formam uma interessante família rica e paulistana, que mora em Higienópolis.

A questão é que as coisas começam a mudar um pouco quando Souza Costa decide contratar Elza, uma alemã, para ensinar sobre o amor a Carlos. Elza, porém, entra na casa da família como “professora de alemão”, língua que ensina a Carlos e Maria Luísa, os filhos mais velhos. E ela também ensina piano e costura para as meninas. Na casa, Elza é chamada de Fräulein que, se não estou enganada (eu não sei nada de alemão), pode significar “senhorita”.

A narrativa do livro, ainda que um pouco confusa para mim, aos poucos vai deixando claro que Elza já desempenhara esse papel — de ensinar o amor — outras vezes, mas que Souza Costa tinha certa vergonha dessa presença em casa, deixando, inclusive de contar a verdadeira tarefa de Elza para Laura, sua esposa, que, ao descobrir, fica chocadíssima.

O mais interessante do livro foi perceber como ele vai lidando com certos assuntos polêmicos e tabus da sociedade. Ao longo da história aparecem questões como os imigrantes, o preconceito de Elza — alemã — com relação aos brasileiros, o sexo para os jovens, as doenças, drogas, e até sobre o “ser mulher”.

Também gostei dos momentos em que o narrador começa a dialogar com o leitor, explicando melhor algum aspecto da história ou mesmo dando sua opinião.

O livro também é bem curto, então se você está pensando em se aventurar pelos clássicos da literatura brasileira e não sabe bem por onde começar, esta é uma boa pedida, mesmo não sendo uma leitura tão fácil. Vale lembrar que algumas coisas ficam subentendidas na história, mas que se você consegue entender o contexto dela, certamente a leitura acabará fluindo.

site: https://blogdastatianices.wordpress.com/2019/05/13/amar-verbo-intransitivo-mario-de-andrade/
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Carolina CM 08/12/2018

Livro modernista
Esperava mais. É um bom livro, mas panfletário e datado como Paulicéia.
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Daniel.Silva 11/08/2018

Uma história envolvente!
Primeiro romance modernista de Mário de Andrade, eu me apaixonei por esse livro em 1996, quando fui prestar vestibular, e era um dos livros que tínhamos de ler. Foi amor à primeira vista. De lá para cá, li mais duas vezes. É um livro apaixonante e instigante. Conta a história de uma suposta professora de alemão à casa da família Souza, uma família cristã, cheia de mistérios e contradições. A história começa, quando Elza é contratada pelo patriarca Souza Carlos para ficar em sua casa para ser professora de seu filho. Elza, que a partir de então passa a chamar-se de Fräulen, muda-se então para a casa, se fazendo passar por professora de alemão. Porém, a sua verdadeira missão é ensinar a arte de amar para Carlos, jovem de 16 anos, e filho mais velho de Sousa e ainda inexperiente.
Bom, eu não vou contar a história toda e nem como termina, claro. Fica o gostinho da curiosidade para comprar e ler o livro.
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Dreh 27/03/2018

Esse, assim como outros livros clássicos, é preciso que o leitor tenha uma maturidade para ler ou não entenderá o contexto da história.

A governanta alemã, chamada pelos demais personagens de Fraulein (existe trema, aqueles dois pontinhos, em cima do A, mas não há mais no teclado do computador), é contratada pelo senhor Sousa Costa, pai de família, para tecnicamente ensinar a língua da Alemanha aos filhos. O que sua esposa não sabe é que existia uma intenção maior por parte dele quando chamou esta mulher.

Primeiro romance escrito por Mário de Andrade, e com toda a característica da época em que ele viveu. Achei a leitura um pouco cansativa e algumas partes difícil de entender, mas conclui finalmente e agora posso dizer que li um clássico nacional.
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Mr. Jonas 04/02/2018

Amar, verbo intransitivo
Amar, verbo intransitivo, de Mário de Andrade, conta a passagem de uma suposta professora de Alemão à casa da família Sousa ? uma família católica, mas cheia de mistérios e contradições. O enredo começa quando Sousa Costa contrata Elza para ficar em sua casa para ser professora do seu filho. Elza muda-se então para a casa, se fazendo passar por professora de alemão. Porém, a sua verdadeira missão é ensinar a arte de amar para Carlos, filho mais velho de Sousa e ainda inexperiente.
Elza, que a partir de então passa a chamar-se de Fräulen, começa a praticar aulas de alemão com Carlos e suas irmãs. No começo, Carlos não se anima com as aulas e não se aplica, pois ainda não mostra interesse por Fräulen, o que a deixa preocupada, já que nos seus trabalhos anteriores os meninos mostravam interesse mais rapidamente. Mas ele, ao reparar a inexplicável beleza de Fräulen, começa a se interessar pelas aulas e pela professora. Quando Fräulen percebe esse interesse de Carlos, regride em suas insinuações, já que seria essa a regra para fazer nascer o amor. Com esse interesse, Carlos passa a modificar sua postura, ficando mais em casa, e pede para que Fräulen lhe ensine piano e até a costurar, para mais tempo ficar ao lado dela.
Fräulen parece fazer parte da família de tão íntima que se torna de todos os membros. Entretanto, D. Laura ao perceber o interesse de Carlos pela professora e, sem saber da história, pede à Fräulen que deixe a casa. Fräulen vai até Sousa para perguntar o porquê que não contara a D. Laura o verdadeiro motivo de sua estadia na casa. Sousa conta tudo para D. Laura. Porém, Fräulen, por orgulho, decide ir embora. Entretanto, ela não queria e sofre com isso; não por amor, mas por não ter rumo. D. Laura e Sousa iniciam uma discussão sobre a permanência ou não de Fräulen na casa. Mesmo sem muito interesse de ambos, Sousa pede a Fräulen que fique e ela aceita.
Fräulen, com o consentimento agora de D. Laura, insinua-se durante a aula mais diretamente para Carlos. Ele hesita, por não saber o que fazer. Porém, ele pede para ela se aproximar novamente e a beija. Carlos vai à noite ao quarto de Fräulen e os dois tem a primeira noite de amor, que se repete algumas vezes até que Sousa, D. Laura e Fräulen decidem que o romance deve acabar de uma maneira trágica: com um susto. D. Laura suspira; já estaria acostumada com a presença de Fräulen na casa. O dia então chega; Carlos estava no quarto de Fräulen quando Sousa e D. Laura os flagram. A primeira reação de Carlos é afirmar que se precisar, ele casa. Sousa conta a verdadeira intenção com que Fräulen foi contratada. Carlos se assusta com a possibilidade de Fräulen ter ficado grávida, mesmo ela não estando. Mesmo assim, após toda a revelação, Carlos vai procurar Fräulen em seu quarto. Ela não abre a porta. Na hora de ir embora, Fräulen pede para se despedir de Carlos. Ao se despedir, ela o beijou na testa, num sinal de respeito e chora. Carlos fica diferente após a partida de Fräulen ? tornara-se homem. O sofrimento causado pela partida de Fräulen demora muito para passar. Mas passa. Carlos vai ao teatro, conversa com amigos, segue sua vida. Depois de anos, se reencontram de longe no carnaval; Carlos acena para Fräulen, mas sem sentimentos.
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André 01/02/2018

5º Amar, Verbo Intransitivo – Mário de Andrade
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Larissa 17/01/2018

Pior livro
Esse foi - de longe - o pior livro que já li. Tenho em minha mente a estranheza de quando eu constatei do que se tratava - eu esperava um livro bonitinho, romântico e cheio de água com açúcar, mas encontrei nele algo que ficou marcado em minha mente como péssimo. Não que a história seja de todo ruim, mas na época em que li era bem ingênua e esse livro me causou certo nojo.
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Ângelo 16/12/2017

Chato
Chato. A única coisa que dá para se dizer do livro. De vez em quando o autor do livro conversa com o leitor e isso quebra um pouco o gelo, mas mesmo assim o livro continua a ser chato.

Li pela primeira vez na 7ª série. Detestei mas tive que ler, pois tinha a ameaça do "vai cair na prova".

Voltei a ler 15 anos depois e continuei detestando, mas como não tinha mais nenhum tipo de obrigação ou ameaça, parei com a leitura.

Pelo visto só sendo obrigado e ameaçado pelas escolas para ler um livro tão enfadonho como este.
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Mara.Sousa 14/06/2017

Sim
Claro, só poderia ter sido escrito por ele.
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Andre.Luiz 19/03/2017

Muito bom mas com palavras , pelo menos pra mim desconhecidas, esforço extra para entende-las e não li os comentários do inicio do livro, talvez numa próxima eu leia.
Vou ler Macunaima.
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euamandastabile 04/03/2017

Encantador
Fraulen, a professora de amor é um encanto. Ensinando os meninos, que após se apaixonarem viram homens. Livro encantador, nos dá vontade de ler até acabar.
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Ana Clara 09/08/2016

Depois de duas semanas ressecando na observação dos movimentos e mancadas da força pública brasileira no “exsicado” sertão baiano em campanha contra Antônio Conselheiro e seus seguidores - sabidamente elementos monarquistas altamente perigosos -, foi um alívio respirar o doce, industrial, e cosmopolita ar paulistano.

Mário de Andrade executa com delicadíssima ironia e cuidado – e, eventualmente, maciço conhecimento da língua portuguesa – o que me parece, até agora, um dos melhores romances da literatura brasileira. Simplesmente não há muito o que fazer além de se surpreender com, rir e aplaudir trechos geniais como o das cinquenta e uma Elsas, da separação entre o alemão homem-do-sonho e o alemão homem-da-vida, dos anjos acudindo Carlos, da relação entre tigre asiático e tigre europeu, do sono do casal Souza Costa,,..

A aconchegante hipocrisia da amorosa e ridícula família tradicional brasileira recebeu com certeza a mais elegante e divertida denúncia que se poderia querer.
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Ca Melo 01/08/2016

Amar, verbo intransitivo - Por Mário de Andrade
Neste semestre no curso de Letras, tenho a matéria de Literatura Brasileira I, que enfoca o Modernismo, especificamente o modernismo paulista, assim, um dos grandes autores estudados é Mário de Andrade. Essa obra é o primeiro romance do autor e vou contar um pouco da minha experiência de leitura e ainda acrescentar algumas informações durante a aula.😉
Mas eu só queria saber neste mundo misturado quem concorda consigo mesmo! Somos misturas incompletas, assustadoras incoerências, metades, três-quartos e quando muito nove-décimos. Até afirmo não existir uma só pessoa perfeita, de São Paulo a São Paulo, a gente fazendo toda a volta deste globo, com expressiva justeza adjetivadora, chamado de terráqueo. (Pág. 58)

O livro foi escrito em 1923, porém só foi publicado em 1927, é um livro que usa muito do recurso das cenas, criando assim um efeito cinematográfico. Não por acaso, a história ganhou uma adaptação com o filme nacional Lição de Amor.

Um dos aspectos diferentes na história é a presença constante (e até mesmo muito irritante em várias passagens) do narrador, chegando até mesmo a ser considerado um personagem na própria história, uma das figuras centrais junto com a alemã Fräulein (senhorita em alemão). Esse narrador possuí elementos pedagógico, moralista e vanguardista, ironiza a primeira matéria que está narrando, é interveniente e abusivo, toma a cena.

Eu não sei se alcançar a felicidade máxima, extasiar-se aí, e sentir que ela, apesar de superlativa, onda cresce, e reparar que onda pode crescer mais… isso é viver? A felicidade tão oposta à vida que, estando nela, a gente esquece que vive. Depois quando acaba, dure pouco, dure muito, fica apenas aquela impressão do segundo. (Pág. 73)

O livro é intitulado como idílio, que segundo o dicionário Michaelis pode significar:

1 Pequeno poema, cujo assunto é geralmente pastoril, mas não dialogado como a écloga. 2 Sonho, fantasia, devaneio. 3 Amor poético e suave. 4 Entretenimento amoroso.

Eu acredito que as definições 2, 3 e 4 são as que mais se enquadram na história, já que Felisberto Souza Costa contrata a alemã Fräulein com o intuito de iniciar a vida sexual do filho Carlos de 16 anos. Como o trato é somente entre a mulher e Souza Costa, é necessário que ela tenha uma ocupação de fachada, então ela também é preceptora, governanta, professora de música e línguas.

Porém quando as verdades saltam do coração, nós homens intelectuais lhes damos o nome-feio de confissões. (Pág. 88)

Assim Fräulein vai trabalhar numa casa em Higienópolis, bairro de burgueses na cidade de São Paulo, parece meio estranho um pai levar uma prostituta para dentro de sua própria casa para iniciar a vida sexual do filho, essa casa em que grande parte da história se desenvolve, exceto por 3 cenas externas. Dentro do contexto histórico da época isso é muito normal já que no século XIX, momento em que a teoria do evolucionismo de Charles Darwin é desenvolvida, as políticas higienistas, entre outras medidas, tinham a finalidade de sanar doenças e epidemias. No caso da história, a justificativa para a sua esposa aceitar Fräulein em sua casa é para evitar que o filho pegue sífilis na rua, sendo o lar um lugar mais seguro para ter relações sexuais.

A figura de Fräulein tem algumas características muito próprias, ela sente orgulho da sua profissão, (sim, ela é uma prostituta altamente racionalizada), é uma pequena burguesa, mulher culta e se sente um pouco superior que os demais empregados da família. É uma representante da ambiguidade da transição entre as classes popular e alta burguesia. Ela possuí traços semelhantes à figura do próprio Mário de Andrade, que tem um discurso nacionalista e o quadro idílico típico da Alemanha, literatura e a natureza. Uma curiosidade é que o título da obra seria “Fräulein”, mas o autor optou por “Amar, verbo intransitivo” o que subentende-se que é um amor que não espera ser amado de volta, que não é correspondido, em contraposição com o verbo amar que é transitivo (sim, Mário de Andrade ainda nos dá uma aula de gramática, rs)

Outro ponto que merece atenção é a língua, que começa a ficar instável ao longo da história, o autor utiliza o tupi e o português popular para se aproximar do “público” brasileiro (além de ser uma antecipação para o seu próximo livro “Macunaíma”), o alemão causa um efeito de estranhamento e o francês caracteriza o estilo burguês da cidade.

O livro é bem curto, mas não dá para considerá-lo com uma leitura fácil, eu pelo menos não achei, se não fosse pela aula vários pontos para mim teriam passado em branco. Eu achei a história interessante, mas não gostei tanto assim, por ter que “decifrar” alguns pontos para entender a ironia em algumas cenas e o significado também. A história possuí algumas reviravoltas e revelações que são muito curiosas e que óbvio não vou contar para gerar curiosidade em vocês!

Eu recomendo o livro da minha professora que é doutora e especialista na literatura brasileira e tem um livro que aborda uma análise mais profunda da leitura desta obra

site: https://abookaholicgirl.wordpress.com/2016/06/07/amar-verbo-intransitivo-por-mario-de-andrade/
Day 29/07/2017minha estante
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Bruna Moraes 23/07/2016

Amar, Verbo Intransitivo
O chefe de família, Souza Costa, contratou uma governanta alemã, Elza, de 35 anos para ser professora de alemão dos seus filhos, porém seu real objetivo é ensinar o amor para Carlos, seu filho mais velho de 16 anos que ainda age como uma criança.
Ao longo das aulas, Carlos começa a demonstrar indícios que se sente atraído por Fräulein, quando sua mãe, D. Laura, percebe tais diferenças comportamentais no filho decide então que Souza Costa precisa demitir Fräulein, pois desconhece o verdadeiro motivo de sua presença.
Depois de tudo esclarecido, Elza continua na casa iniciando um "romance" com Carlos. Quando tal relação aparenta estar ficando séria todos decidem que chegou a hora da governanta ir embora, mas como explicar as verdadeiras intenções para o jovem Carlos?
'Amar, Verbo Intransitivo' do autor Mário de Andrade recebeu muitas críticas na época de sua publicação, devido a escolha do título, o qual representa que o amor não precisa de complemento, e com a escolha do tipo de história, a qual demonstra que o amor deve ser ensinado, mas tudo compõe um conjunto de ironias do autor para com os costumes das famílias burguesas.
A narrativa apresenta ambiguidade como poderia uma mulher como Fräulein, insensível, poder apresentar ao ingenuo Carlos o amor, a relação dos dois não foi algo recíproco, logo que só ele nutria algo, uma atração física, principalmente, por ela.
Sua intenção era mostrar como que os relacionamentos se formam de forma tão inconsistente e muitas vezes por uma atração sexual. E como um autor modernista cria um estilo nacional próprio da literatura brasileira.
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