A literatura em perigo

A literatura em perigo Tzvetan Todorov




Resenhas - A Literatura em Perigo


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Evy 15/05/2021

Descobri esse autor e livro depois de me apaixonar por um trecho publicado por uma amiga bibliotecária. É um livro de poucas páginas mas com um conteúdo recheado de amor aos livros e à literatura que é um prato cheio para quem ama as palavras e esse mundo mágico da leitura. Todorov não tem uma linguagem super fácil, porém este livro é uma leitura deliciosa e pode ser feita numa sentada, pois é impossível não amar.

Neste livro, Todorov está totalmente despido de sua roupagem de teórico e nos traz um breve inventário sobre sua própria trajetória como leitor, no intuito de propor inicialmente a si mesmo e depois a seus leitores, um novo olhar sobre a literatura, considerando muito mais o que tem a dizer à sociedade do que as suas estruturas formais. Essa abordagem rompe inclusive com a sua própria obra o que nos mostra a maturidade e honestidade do autor.

Em poucas páginas, nos apresenta fundamentos e recursos que trarão invariavelmente uma reflexão a cerca do futuro da literatura e de como está perdendo espaço e importância no espaço social, escolar e acadêmico. Discorre sobre como desde há muito tempo tem-se construído um muro entre sentimentos e literatura com teorias baratas e supervalorização de gêneros e modelos formais.

É acima de tudo um ensaio de amor à literatura, e uma tentativa de libertar-nos de certos dogmas relacionados a esse ato que deveria ser paixão pura e conhecimento de vida. É indicado a todos os tipos de leitores, dos mais eletivos para que consiga ter uma nova visão sobre as diferentes literaturas, aos novos leitores e que não botam muita fé na literatura para que possa entender a sua importância. E ao leitor apaixonado, é um banquete de citações belíssimas, encontros de almas e encantamento com as palavras.

"A literatura pode muito. Ela pode nos estender a mão quando estamos profundamente deprimidos, nos tornar ainda mais próximos dos outros seres humanos que nos cercam, nos fazer compreender melhor o mundo e nos ajudar a viver".

Super recomendo a leitura!
Francesca 24/10/2021minha estante




Dime 27/06/2022

Necessário aos Professores
Por indicação da minha professora do Mestrado, comecei a ler esse livro pois estou escrevendo um artigo que discute o ensino de Literatura nas aulas dr língua portuguesa. Para meu deleito e minha satisfação, encontrei nessas páginas o que eu precisava para defender um ensino de literatura coerente, que não fique somente na teoria e na análise histórica. Recomendo a todos, todas e todes profissionais da educação a leitura desse livro.
Verso Singelo 22/08/2022minha estante
Bom dia!
Gostaria de ler seu artigo


Tukinha.Alves 20/04/2024minha estante
Bom dia! Gostaria de ler o seu artigo. Como posso ter acesso?




Mariana Dal Chico 25/07/2020

“A Literatura em Perigo” de Tzvetan Todorov foi publicado no Brasil pela editora Difel, meu interesse por ele aumentou depois de ver a @blogliteraturese comentar sobre sua experiência de leitura com ele.

Todorov conta como se tornou um estruturalista, com um tom de quase justificativa, já que ele vivia em um país do bloco comunista e a literatura era tratada de forma erudita ou como propaganda ideológica. Para fugir da militância, ele optou por estudar a própria materialidade do texto e suas formas linguísticas.

O autor critica a forma como a literatura é ensinada nas escolas, onde os alunos não aprendem acerca do que falam as obras e sim do que falam os críticos. E é esse estudo dos elementos da obra entre si que acaba por afastar os jovens da literatura, já que eles não a relacionam com o restante do mundo.

“A literatura pode muito. Ela pode nos estender a mão quando estamos profundamente deprimido, nos tornar ainda mais próximos dos outros seres humanos que nos cercam, nos fazer compreender melhor o mundo e nos ajudar a viver” p.76

Há também uma breve retrospectiva da história literária com ênfase na concepção de literatura em cada época, desde o nascimento da estética moderna à vanguarda.

Um dos aspectos que mais gostei desse livro é que Todorov mostra que é preciso encontrar um caminho do meio, o radicalismo das ideias é perigoso e no caso do estruturalismo, tende a suprimir a humanização do texto e o prazer da leitura em si.

Ele enfatiza que o romance não nos fornece um novo saber e sim uma nova capacidade de comunicação entre pessoas diferentes de nós, ao nos fazer ter experiências singulares preservando a riqueza e diversidade daquilo que foi vivido.

O texto do autor é muito acessível, recomendo a leitura para todos os amantes da literatura.

site: https://www.instagram.com/p/CCbXKUXDbUP/
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Marcos 22/07/2014

O verdadeiro sentido da literatura
O perigo que Todorov se refere é a influência do estruturalismo e do formalismo no ensino da literatura nas escolas francesas. Dessa forma, a literatura perde sua conexão com a realidade e se torna um estudo de técnicas literárias e de análise de texto, ao invés de servir como instrumento para compreensão da condição humana. O autor argumenta que a literatura serve, da mesma forma como as ciências sociais, para nos ajudar a refletir sobre o nosso papel no mundo e nossa relação com nossos semelhantes e com a realidade.
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Karuê 22/09/2022

Literatura??
Uma ótima reflexão sobre o estudo e ensino da literatura, mas não só isso, uma defesa da necessidade da literatura na atualidade
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Luciano 29/05/2022

Muito bom.
"Somos todos feitos do que os outros seres humanos nos dão: primeiro nossos pais, depois aqueles que nos cercam; a literatura abre ao infinito essa possibilidade de interação com os outros e, por isso, nos enriquece infinitamente".
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Bel * Hygge Library 16/06/2021

A Literatura em Perigo (Tzvetan Todorov)
Nunca vi uma pessoa falar com tanto carinho sobre Literatura como faz Todorov.

Aperitivos do livro:

"A literatura pode muito. Ela pode nos estender a mão quando estamos profundamente deprimidos, nos tornar ainda mais próximos dos outros seres humanos que nos cercam, nos fazem compreender melhor o mundo e nos ajudar a viver. Não que ela seja, antes de tudo, uma técnica de cuidado para com a alma; porém, revelação do mundo, ela pode também, em seu percurso, nos transformar a cada um de nós a partir de dentro." - p. 76

"O que o romance nos dá não é um novo saber, mais uma nova capacidade de comunicação com seres diferentes de nós; nesse sentido, eles participam mais da moral do que da ciência. O horizonte último dessa experiência não é a verdade, mas o amor, forma suprema da ligação humana." - p. 81

"'Pensar colocando-se no lugar de todo e qualquer ser humano' (Kant). Pensar e sentir adotando o ponto de vista dos outros, pessoas reais ou personagens literárias, é o único meio de tender à universalidade e nos permite cumprir nossa vocação. É por isso que devemos encorajar a leitura por todos os meios - inclusive a dos livros que o crítico profissional considera com condescendência, se não com desprezo, desde Os Três Mosqueteiros até Harry Potter: não apenas esses romances populares levaram ao hábito da leitura milhões de adolescentes, mas, sobretudo, lhes possibilitaram a construção de uma primeira imagem coerente do mundo, que, podemos nos assegurar, as leituras posteriores se encarregarão de tornar mais complexas e nuançadas." - p. 82

"Sendo o objeto da literatura a própria condição humana, aquele que a lê e a compreende se tornará não um especialista em análise literária, mas um conhecedor do ser humano. Que melhor introdução à compreensão das paixões e dos comportamentos humanos do que uma imersão na obra dos grandes escritores que se dedicam a esta tarefa milênios? E, de imediato: que melhor preparação pode haver para todas as profissões baseadas nas relações humanas?" - p. 92-93

site: https://www.instagram.com/hyggelibrary/
Andressa Menezes 16/06/2021minha estante
Quero muito ler esse livro. :)




Paulo Silas 09/06/2022

A literatura está em perigo, e Tzvetan Todorov elenca as razões pelas quais essa afirmativa é verdadeira dentro do âmbito em que a sua crítica se situa. Não se trata de um título alarmista ou exagerado. Seus apontamentos são críveis e fundamentados, de modo que a obra serve como uma espécie de alerta para que algo seja feito no sentido de salvar a literatura desse risco em que se encontra. É pelo fato de à literatura ter sido dada um conceito estreito em alguns círculos, principalmente no acadêmico, desligando-a do próprio mundo em que se situa, que o perigo se faz presente, fazendo-se necessário que algo seja feito a respeito.

Todorov inicia no primeiro capítulo da obra expondo a inquietação que lhe fez discorrer sobre o problema cerne do trabalho: o papel que o autor atribui à literatura não é compartilhado por todos, tendo percebido essa disparidade no ensino escolar. O grande problema, nas palavras do autor, é que "na escola, não aprendemos acerca do que falam as obras, mas sim do que falam os críticos". Essa questão repercute e persiste em outros âmbitos de ensino, como na própria formação superior, onde muitas vezes ao invés de serem lidas as própria obras literárias para possibilitar um salutar debate acadêmico a respeito, lê-se trabalhos de análise sobre as referidas obras, de modo que o que se tem como objeto de estudo não é a obra em si, mas o que alguém disse sobre a obra em suas mais variadas possibilidades de abordagem. Não que não se deva estudar os críticos, os literatos e os acadêmicos em geral que analisam a literatura, mas o estudo da literatura não deve se centrar apenas nisso, pois desse modo falta espaço para que as próprias obras falem por si mesmas. É a partir dessa constatação que Todorov discorre o seu ensaio crítico.

Caio Meira aponta na apresentação à edição brasileira do livro que Todorov explica o perigo que ronda a literatura como sendo "o de não ter poder algum,o de não mais participar da formação cultural do indivíduo, do cidadão". É disso que se trata a obra, portanto, pois, conforme escreve Todorov, "a literatura amplia o nosso universo, incita-nos a imaginar outras maneiras de concebê-lo e organizá-lo", razão pela qual há de ser observado e respeitadoo o seu papel na sociedade. Escrito em tom pessoal e na forma de ensaio, com uma linguagem bastante convidativa, "A Literatura em Perigo" é um pequeno grande livro que merece ser lido e refletido por todos, cuja leitura repercute na constatação da necessidade de se conferir devidamente o devido espaço que pertence a literatura.
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stellasays 27/08/2014

"Porque ela me ajuda a viver"
“A Literatura em Perigo” de Tzvetan Todorov, escrito em 2007, nada mais é do que uma aula sobre o papel da literatura assim como o de todos que trabalham/estudam/amam a arte. É um livro breve (94 páginas), muito bem escrito – leve, o autor dialoga com o leitor como um professor faria com seus alunos, muito consciente de sua presença e de sua importância na produção do significado do texto, didático no sentido de explorar não só o conteúdo direto, mas também as ramificações que vêm com ele, como se pode falar de literatura sem falar de história ou de arte?
Todorov escreve que um livro bom é aquele que “produz um tremor de sentidos, abala o nosso aparelho de interpretação simbólica, desperta nossa capacidade de associação e provoca um movimento cujas ondas de choque prosseguem por muito tempo depois do contato inicial” (p.78). Se você já leu boa literatura, já sentiu isso antes.
Este é um livro indicado a todos aqueles que amam ler, escrever, estudar, ou ensinar literatura. Um verdeiro must read.

site: http://custella.blogspot.com
Jhonatan 05/09/2014minha estante
Cuidado com a noção de "boa literatura". Lembre-se que um dos pontos mais debatidos e rechaçados por Todorov no livro é a perspectiva elitista da literatura, disseminada por professores e críticos.


stellasays 05/09/2014minha estante
Então, acho que você não entendeu o que eu disse.
Algumas vezes lemos livros que simplesmente não falam com a gente, que não nos fazem sentir nada. Pra mim isso é má literatura. É uma coisa extremamente pessoal. O que é bom ou ruim pra mim pode não ser pra você. Não foi no sentido elitista da coisa.
Quando disse que "se você já leu boa literatura, já sentiu isso antes", foi porque se você não sentiu, desculpa, mas não era boa literatura.
Apenas isso.




none 12/12/2021

Ainda em perigo
Um livro sobre livros para amantes da literatura. Não se trata de saudosismo, até porque o autor preza a própria liberdade e a liberdade alheia, mas se trata de resgatar o ensino da literatura pela beleza. Tzvetan Todorov conta um pouco sobre sua vida de fuga do totalitarismo, sua vida na França como aluno de Roland Barthes, as contradições do ensino da literatura particularmente no país que o acolheu. Ao tratar da parte ele trata do todo. De como a literatura foi considerada ao longo dos tempos, movimentos, o nascimento da estética moderna e a literatura no mundo contemporâneo.
"É necessário incluir as obras no grande diálogo entre os homens, iniciado desde a noite dos tempos e do qual cada um de nós, por mais ínfimo que seja, ainda participa." P. 94
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13marcioricardo 13/11/2021

A Literatura e o mundo.
O autor nos traz a importância da literatura, os seus significados e as suas consequências em nossa vida. O autor faz uma crítica à forma como a disciplina é ensinada nas salas de aulas e nos fornece uma luz de como a devemos ver.
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Isabelle Lopes 09/08/2023

"Hoje, se me pergunto por que amo a literatura , a resposta que me vem espontaneamente à cabeça é: porque ela me ajuda a viver. Não é mais o caso de pedir a ela, como ocorria na adolescência, que me preservasse das feridas que eu poderia sofrer nos encontros com pessoas reais; em lugar de excluir as experiências vividas, ela me faz descobrir mundos que se colocam em continuidade com essas experiências me permite melhor compreendê-las. Não creio ser o único a vê-la assim. Mais densa e mais eloqüente que a vida cotidiana, mas não radicalmente diferente, a literatura amplia o nosso universo, incita-nos a imaginar outras maneiras de concebê-lo e organizá-lo . Somos todos feitos do que os outros seres humanos nos dão: primeiro nossos pais, depois aqueles que nos cercam; a literatura abre ao infinito essa possibilidade de interação com os outros e, por isso, nos enriquece infinitamente. Ela nos proporciona sensações insubstituíveis que fazem o mundo real se tornar mais pleno de sentido e mais belo. Longe de ser um simples entretenimento, uma distração reservada às pessoas educadas, ela permite que cada um responda melhor à sua vocação de ser humano".
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Toni 12/11/2019

Não é fácil, nem comum, admitir um erro no mundo da produção acadêmica. Tão pior e mais difícil quando seu nome é sinônimo de uma corrente de pensamento ou abordagem teórica com aguerridos defensores (Harold Bloom que o diga — morreu defendendo o estudo da literatura livre de “constrangimentos” como cor, gênero, lugar, classe, política). Principal difusor do método formalista de ensino e crítica literária, Todorov publicou aos 67 este “A literatura em perigo”, espécie de olhar crítico sobre a própria obra e sobre os riscos que os desdobramentos e abusos daquele método trouxeram à literatura hoje. Um mea culpa que se traduz em declaração de amor e respeito ao texto literário.
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O formalismo defendia a análise imanente do texto literário, isto é, o estudo aprofundado de tudo no texto que escapasse ao contexto: estilo, composição, figuras de linguagem, métrica, rima etc. E como sabemos que escandir versos e identificar catacreses é mais “ensinável” do que ler o mundo escrito numa obra, o formalismo tomou conta da escola, onde o ensino de literatura parece mais voltado a formar críticos e historiadores literários do que leitores capacitados. “Na escola”, diz Todorov, “não aprendemos acerca do que falam as obras, mas sim do que falam os críticos”. Presa a periodizações estanques ou servindo de exemplo a tópicos gramaticais, a literatura perde leitores e está, por isso, em constante perigo.
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Todorov lembra que questões estruturais são meios para alcançar um fim, o sentido da obra. Focar o ensino de literatura nas tecnicidades do texto é o mesmo que enxergar apenas os andaimes e não ver o edifício. Se a literatura fala do mundo e da experiência humana, falar de literatura precisa equivaler, em igual medida, a falar da experiência humana e do mundo. Afinal, “O que o romance nos dá não é um novo saber, mas uma nova capacidade de comunicação com seres diferentes de nós; [...] O horizonte último dessa experiência não é a verdade, mas o amor, forma suprema da ligação humana”. Ademais—e talvez com um pouco de sorte—“sendo o objeto da literatura a própria condição humana, aquele que a lê e compreende se tornará não um especialista em análise literária, mas um conhecedor do ser humano".
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José Vitor 03/04/2023

"i want auroras and sad prose"
Preguiça de fazer uma resenha de livro que estou lendo pra faculdade mas vamos lá.
o autor debate diversos pontos acerca do ensino da literatura (principalmente no que diz respeito à frança) e a forma em que ela é conduzida, focada nas regras e principalmente no contexto, nunca na obra em si.
fui ensinado a ler desde pequeno e isso me possibilitou adquirir um gosto por literatura, uma vontade de ler. na escola, somos ensinados sobre as vanguardas europeias, as escolas literárias, as características do romantismo, classicismo, etc, mas nunca ensinados a ler, ficamos presos no contexto, nas particularidades de cada autor em determinada época, a obra fica pra quem se interessar, o que raramente acontece.
a literatura está em perigo e sempre esteve, ela deve ser sentida, lida e relida para que possamos começar a compreendê-la, o ensino deve visar a leitura, a vivência do texto para que assim possa ser ensinado as suas características, o contexto da época e de outras obras pertencentes ao mesmo período e possibilitar o leitor formar seu próprio senso crítico.
sendo um texto autobiográfico o autor relata sua história a medida que tece suas críticas, como ao ensino que teve na bulgária durante o período "comunista" e em como isso encadeou no exílio para a frança, retomando outros pontos como o conceito ideal do belo e o movimento iluminista, ligando ao ensino literário.
como uma ideia, um pensamento sobre o ensino de literatura o autor reflete pontos muito interessantes, mas diversas vezes acaba divagando em pontos não muito conexos, o que se dá pela mescla entre "biografia" e "estudo" em um mesmo livro, o que não tira o mérito de suas críticas e principalmente seu amor pela literatura, evidenciado ipsis litteris de todorov: "pourquoi j'aime la littérature, la réponse qui me vient spontanément à l'esprit est : parce qu'elle m'aide à vivre." (vou usar meu pouco estudo em latim e francês pra alguma coisa)
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oliveiralauras 31/08/2021

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li este livro novamente para uma matéria na faculdade. concordei com diversos pontos que Todorov citou, e acho relevante ter acesso a esse livro para maior entendido na área de ensino literário.
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