Lela Tiemi 08/04/2018Em “Shadowspell: O misterioso reino de Avalon” - segundo livro da série Fariewalker – continuamos a acompanhar os apuros vividos por Dana Hathaway desde que chegou a Avalon e sua luta interna para decidir se Ethan é ou não seu namorado, já que não confia nas intenções do garoto.
Mesmo contra sua vontade, Dana sabe que o melhor é permanecer afastada de Ethan. Mas ele tem sido persistente, e está cada vez mais difícil resistir. Talvez ela já tivesse se rendido, se não fosse obrigada a andar com um guarda-costas e não estivesse escondida em abrigo para sua própria segurança, já que sua tia está a solta e querendo matá-la. E é possível que as rainhas das cortes Seelie e Unseelie também planejem se livrar da garota que por ser uma Faeriewalker – alguém capaz viajar entre os dois mundos e levar magia ao mundo humano e tecnologia ao reino de Faerie - se tornou uma ameaça para elas.
A chegada dos aterrorizantes Caçadores Bárbaros liderados pelo misterioso e poderoso Erlking, deixa a população de Avalon apreensiva e a possibilidade de eles estarem atrás de Dana sob a ordem das rainhas de Faerie faz com o pai da garota, Seamus Stuart, a proíba de sair sem pelo menos dois guarda-costas. Fica cada vez mais difícil para Dana escapar de sua “casa-esconderijo” que ninguém além, é claro, de seus pais, o guarda-costas e o seu treinador de defesa pessoal, Keane, sabe a localização.
A teimosia e impulsividade características de Dana continuarão a colocá-la em meio a situações complicadas. Logo a garota descobre que as intenções do Erlking são bem diferentes das que ela imaginava e ele demonstra que sabe muito bem como ser persuasivo e que negocia como ninguém para alcançar seus objetivos.
O Erlking foi a estrela da trama neste segundo livro. Ele deu todo o tempero para a história e eu, sinceramente, não sei o que seria do livro sem este antagonista. Apesar de possuir uma narrativa que flui fácil, a história me pareceu arrastada até a metade do livro, com exceção dos momentos em que o Erlking surgia na trama, obviamente. Ele é um daqueles vilões em que a gente se apaixona fácil, sabe? Até porque, temos como "mocinhos" o Ethan e o Kane, dois garotos que têm seus atrativos, mas o Erlking não é um garoto. E ele é sexy! Definitivamente! rs.
O acordo que Dana faz com Erlking foi a grande surpresa da história e é onde diverge a maior parte da opinião dos leitores. Uns gostaram do rumo que a autora resolveu seguir neste enredo, outros não. Eu gostei bastante; até porque me deixou curiosa em relação a como será resolvido este problemão em que a protagonista se meteu! O que me fez querer muito ler a continuação.
Aliás, esta é uma série que difere muitas opiniões. Alguns amam, alguns odeiam. Eu digo que não amo, nem odeio. Eu gosto. É uma boa série, mas poderia ser melhor em muitos aspectos. Por exemplo, parece que a autora confundiu personalidade forte com atitudes estúpidas e impensadas. A Dana faz cretinices o tempo todo! O que às vezes me divertiu, mas em muitas outras me irritou.
Ethan que foi meu principal interesse no primeiro livro da série - “Glimmerglass: O encontro de dois mundos” caiu no meu conceito logo no início da história e quem ganhou destaque foi Keane – que se mostrou um bom amigo para Dana. Contudo, parece bem óbvio como os pares se formarão, a não ser que a autora resolva surpreender. Entretanto, tenho meus palpites de “quem vai ficar com quem”.
Aguardo pelo próximo livro da série e, apesar de tudo, estou ansiosa por descobrir como será o desenrolar do entrecho. E torço para me deparar bastante com o vilão sexy Erlking em “Sirensong”.