Saber envelhecer e A amizade

Saber envelhecer e A amizade Cícero




Resenhas - Saber envelhecer


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Moacir 04/03/2021

Um manual
"Saber envelhecer" apresentou-se para mim como um livro de receitas de como se portar na vida, desde sempre, se preparando para seu ápice: o envelhecer.

Vale muito a pena leitura, que é precedida, neste volume, pelo tratado "A Amizade".
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Polly 13/02/2020

Saber envelhecer e A Amizade (#096)
Apesar de eu amar filosofia antiga, este não foi um livro que me conquistou (talvez por pura ignorância minha mesmo ~riso amarelo~).

"Saber Envelhecer" foi bem mais positivo do que "A amizade", apresentando umas tiradas muito interessantes sobre passar por esse processo de envelhecimento. Já "A Amizade" foi um pouco devagar, pois citava pessoas notáveis e os acontecimentos políticos que as envolviam como exemplo e eu, por não saber de quem se tratava, ficava perdida (mesmo o livro sendo cheio de notas de rodapé). Talvez, se um dia eu aprender um pouco mais sobre histórica antiga, o livro se torne mais interessante...

A leitura valeu a pena por "Saber Envelhecer"!
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Jesner 25/09/2018

A arte de envelhecer e um verdadeiro tratado para a amizade
Envelhecer não é algo agradável para a maioria das pessoas, sendo que algumas chegam a uma luta inútil e, por vezes patética, pela juventude eterna. E isto não é novo, acompanha a humanidade desde a antiguidade. Cícero traz nesta obra vantagens desprezadas da velhice e cria contrapontos com desvantagens da juventude, mas também afirmando sempre que cada etapa da vida tem suas vantagens próprias. Já a segunda parte da obra é um verdadeiro tratado para a amizade, trazendo à luz padrões éticos e de comportamento para as relações humanas pautadas no que afirma ser o maior bem, só não acima da virtude.
Vale a leitura.
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Alessandro Camargo 09/02/2017

Medo da Morte e Saber Envelhecer
Quem quer envelhecer? Eu não com certeza, porém a natureza não se importa com o meus sentimentos.
Será que sou o único que penso assim? Se sou devo estar em extinção, porém senão acho que você deveria ler a minha resenha do livro é só ir ao blog.

site: resenharadical.com.br
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Bringel 28/07/2016

Cada etapa da vida tem as suas qualidades próprias.
Autor: Cícero, Marco Túlio, 103 – 43 A.C. – Tradução de Paulo Neves.
Edição L&PM, 2002, Porto Alegre p. 5 a 66 – Obra seguida de “A Amizade”. Saber Envelhecer – até a página 65;

O ensaio desenvolve o tema por meio de um diálogo entre Catão, sábio com grande
capacidade de suportar a velhice, de um lado, e do outro, como ouvintes, Lélio e Cipião

Passagens e pensamentos merecedores de destaque:

1 – “Os que não obtêm dentro de si os recursos necessários para viver na felicidade acharão execráveis todas as idades da vida. Mas todo aquele que sabe tirar de si próprio o essencial não poderia julgar ruins as necessidades da natureza. E a velhice, seguramente, faz parte delas. Todos os homens desejam alcançá-la, mas, ao ficarem velhos, se lamentam. Eis ai a inconsequência da estupidez” (p. 9);

2 – “Somos sábios se seguimos a natureza como um deus, curvando-nos às suas coerções. Ela é o melhor dos guias” (p. 10);

3 – “As melhores armas para a velhice são o conhecimento e a prática das virtudes. Cultivados em qualquer idade, eles dão frutos soberbos no término de uma existência bem vivida” (f. 12);

4 – “Sem dúvida alguma, a irreflexão é própria da idade em flor, e a sabedoria, da maturidade” ( f. 20);

5 –“Os velhos se lembram sempre, daquilo que os interessa: promessas sob caução, identidade de seus devedores e credores, etc.” (p. 21)

6 – Em torno da memória dos velhos, diz Cícero, que eles a conservam “tanto melhor quanto permanecem intelectualmente ativos”, esclarecendo que um dos motivos do declínio da memória está no fato de não a cultivarmos, ou se o velho é desprovido de vivacidade de espírito. E cita exemplos de homens que produziram muito a despeito de velhos: Na velhice, Sócrates escreveu várias tragédias, sendo que uma delas dada à leitura para um juiz que presidira processo que lhe abrira os filhos, querendo-lhe interditar, oportunidade em que Sócrates perguntara ao magistrado se poderia chamar de imbecil o homem que acabara de escrever a tragédia “Edipo em Colona”(p.21 e 22);

7 – “A vida segue um curso preciso e a natureza dota cada idade de qualidades próprias” (p. 29);

8 – “O exercício físico e a temperança permitem conservar até na velhice um pouco da resistência de outrora. E se o corpo se afadiga sob o peso dos exercícios, o espírito se alivia exercitando-se “ (. 30 e 31);
(obs: a propósito, Cícero diz que, seguindo o método dos pitagóricos, toda noite procurava lembrar-se de tudo o que fizera, dissera e ouvira durante o dia – v. p. 32).

9 – “A velhice só é honrada na medida em que resiste, afirma seu direito, não deixa ninguém roubar-lhe seu poder e conserva sua ascendência sobre os familiares até o último suspiro” (p. 32)

10 – “A volúpia corrompe o julgamento, perturba a razão, turva os olhos do espírito, e nada tem a ver com a virtude” – p. 35 – a respeito, na p. anterior, diz Cícero que “Se a inteligência constitui a mais bela dádiva feita ao homem pela natureza – ou pelos deuses -, o instinto sexual é seu pior inimigo. Onde reina a devassidão, obviamente não há lugar para a temperança; lá onde o prazer triunfa, a virtude não poderia sobreviver”.

11 – “Não se sofre por ser privado daquilo de que não se tem saudades” ; “Sem desejo não há frustração, logo, é preferível não desejar”. A propósito, Cícero conta que ao ser indagado se ainda fazia amor, teria respondido Sófocles: “Os deuses me preservam disso! É com o maior prazer que me subtraí a essa tirania, como quem se livra de um mestre grosseiro e exaltado” (p. 39 e 40):

12 – “O saber se vale das competências acumuladas e se enriquece à medida que envelhecemos” – p. 42 – isso justificaria, segundo Cícero, o que também me parece correto, a afirmativa de Sólon, no verso em o que diz aprovetiar sua velhice apara adquirir novos conhecimentos.

13 – “Assim como o vinho, o caráter não azeda necessáriamente com a idade” (p. 52)

14 – “Não é insensato, quando o caminho a percorrer diminui, querer aumentar seu viático?” (p. 52);

15 – “que pode haver de mais insano que ter por certo o que não o é e por verdadeiro o que é falso? (p. 53)

16 – “O tempo perdido jamais retorna e ninguém conhece o futuro. Contentemo-nos com o tempo que nos é dado a viver, seja qual for!” (p. 54).

17 - “A primavera, em suma, representa a adolescência e a promessa de seus frutos; as outras estações são as da colheita, da seara” (p. 55);

18 – “Tudo o que é conforme à natureza deve se considerar como bom. Que há de mais natural para um velho que a perspectiva de morrer? Quando a morte golpeia a juventude, a natureza resiste e se rebela. Assim como a morte de um adolescente me faz pensar numa chama viva apagada sob um jato d’água, a de um velho se assemelha a um fogo que suavemente se extingue. Os frutos verdes devem ser arrancados à força da árvore que os carrega; quando estão maduros, ao contrário, eles caem naturalmente. Do mesmo modo, a vida é arrancada à força aos adolescentes, enquanto deixa aos poucos os velhos quando chega sua hora” (p. 55);

19 – “Os velhos não devem nem se apegar desesperadamente nem renunciar sem razão ao pouco de vida que lhes resta” (p. 56);

20 - Cícero acreditava em uma vida posterior a do homem na terra. O corpo desaparece, não, porém, a alma, que ao deixá-lo, necessariamente terá um destino mais elevado. Essa a razão que o levara e a outros sábios a procurar vivem bem. A seguinte reflexão sobre o tema é muito válida:

“Acaso crês – eu me envio flores, é um reflexo de velho – que teria passado meus dias e minhas noites atarefado, em tempo de guerra como em tempo de paz, se julgasse que minha glória se deteria com minha vida? Não teria sido melhor, nesse caso, deixar-me docemente viver, sem esforço nem trabalho? Ignoro a razão, mas minha desperta sempre pressagiou o futuro, como se tivesse adivinhado que, uma vez deixada a vida, ela finalmente viveria. Não, se fosse verdade que as almas não são imortais, os grandes homens não desdobrariam tantos esforços para alcançar a glória e a imortalidade"”(p. 62-63)

21 – “”Deixo a vida não como quem sai de sua casa mas como quem sai de um albergue onde foi recebido. A natureza, com efeito, nos oferece uma pousada provisória e não um domicílio” (p. 64)
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