Trilogia Suja de Havana

Trilogia Suja de Havana Pedro Juan Gutiérrez




Resenhas - Trilogia Suja de Havana


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Mah 31/07/2023

Havana pela vida de Pedro
Da para conhecer a vibe de Havana nos anos 90 por meio das histórias , do dia a dia do Pedro- um jornalista que não consegue trabalho porque não há , e vive de bicos e bicos nos levando a conhecer a decadente vida de sobre-vida que os cubanos passam a ter.
Ao longo do caminho, foram incluídos diversos protagonistas. Pessoalmente, achei que tem muitos contos? o que deixou a leitura um pouco cansativa.
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Vinder 29/03/2023

Já havia lido outros 2 livros do autor e tinha gostado. Nesse, as « crônicas » são boas, mas achei um pouco repetitivo. Mas é interessante para saber o ponto de vista de um cubano sobre um dos períodos de maior privação na ilha. Miséria, fome, prostituição, subempregos, violência, desesperança?
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guibre 17/07/2022

Coletânea de contos em que temas e paisagens se repetem; alguns personagens são brevemente apresentados e reaparecem como protagonistas em outra narrativa.
Tais repetições poderiam ser defeitos graves, mas não é o caso. Afinal, os textos referem-se a fatos cotidianos: a miséria e o sofrimento em níveis inconcebíveis, um retrato da degradação de Cuba na década de 90. Em alguns momentos, são feitas críticas diretas ao regime, especificamente a alguns de seus dogmas, sem transformar os textos em panfletos políticos.
A ênfase na prática sexual, típica do autor, acaba por não preponderar, diante da ruína material e pessoal vivida por quase todos que se fazem presentes nas histórias. A luta pela sobrevivência é cotidiana, frequentemente com métodos reprováveis: a necessidade sobrepuja a honestidade e a solidariedade. Em contraste com a generalizada degradação, não falta sensibilidade ao autor, tanto mais pela sinceridade de admitir práticas condenáveis.
As ressalvas de falta de verossimilhança podem ser olvidadas: é realmente difícil conceber as dificuldades relatadas e formas razoáveis de reagir.
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Thais645 23/12/2021

Sujeira, fedor, fome e realidade nua e crua
Narrativa autobiografica em histórias curtas na época do embargo econômico e crise em Cuba. O autor narra como a sua própria vida, entremeada pela vida de muitos ao redor, se reduz a sobreviver no meio da sujeito, imundície e fedor, em prédios desabando, lutando contra a fome diariamente para sobreviver. O livro é de imagens fortes, explícitas e muitas vezes não dá pra ler de estômago fraco. Mas é possível sentir e entender que a sociedade é uma camada bem fina e frágil, e que quando se rompe, retornamos à animalidade
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Sarah 05/10/2021

Não é o meu favorito dele
Depois que li ?Fabián e o caos? fiquei apaixonada por Pedro Juan Gutierrez. Eu saí comprando todos os livros que encontrei dele. Só não digo ?literalmente? porque alguns livros viraram meio item de colecionador, óleo que percebi.
Masssss, a ?trilogia suja de Havana? foi o segundo livro que li e, apesar de ter a mesma essência do autor, que eu amo, não me cativou tanto.
Achei um pouco cansativo e repetitivo, já que os contos e as crônicas tem uma temática muito parecida.
Acho que vale leitura se você quiser usar como uma leitura complementar, alterando com outra. Não aconselho ler ele direto.
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Lendo no mato 12/04/2021

E põe suja nisso!
Descobri esse livro através do podcast Foro de Teresina da @revistapiaui numa dica de leitura da Malu Gaspar. Já tinha ouvido falar desse autor cubano, algo como que comparando ele a Bukowski, mas não desse livro.

E por que não começar a descobrir esse autor por um livro indicado pelo Foro de Teresina?! Pensei.

O livro é um agregado de relatos autobiográficos a do próprio autor. Muitos! Coisa que eu não sabia quando comecei a lê-lo. Até porque 'trilogia' é ficção na minha cabeça. (Esperto eu!)

Enfim, ele traz histórias vividas ou não pelo autor nos anos 90 em Cuba. Uma pequena ilha caribenha que em meio a chamada revolução socialista, onde sobrevivia-se em meio a embargos internacionais (EUA) desgracentos e muita pobreza.

É um livro excelente, mas muito difícil de ler. Não pela escrita, que é suja, escatológica e sensacional, porém pelos relatos do modo como se vivia em Cuba naquela época, em sua grande parte tristíssimos. O livro me lembrou muito O quarto de despejo, da Carolina de Jesus. É angústia de mais para uma vida só.

Pra mim, ficou o ensinamento de que abrir seus horizontes nunca é demais. Pluralizar-se. E é mais um livro que mostra que o ideal socialista ainda tem muito a evoluir. A pensar sobre si. A crescer.
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tatialice 16/03/2021

Extremamente problemático
Eu gosto da escrita do Juan. Mas ela é extremamente problemática em seu conteúdo. Quando li GG em havana, achei que aqui seria o ápice, como muitos cultuam... mas não!!!! Mesmo sendo uma escrita suja e que me agrada.. o livro é extremamente homofóbico, racista, gordofóbico, machista. Há quem sustente que Pedro estava apenas relatando a realidade suja da época e do lugar. Mas eu não acredito.. o livro é apenas uma reunião de muita sujeira e apenas isso. Mais nada. Não existe lição, não existe reflexão, só preconceito e babaquice. Uma coisa é mostrar a realidade, outra coisa é destilar milhões de frases e momentos preconceituosos sem nenhum objetivo. Um livro pode ter personagem ruim? Sim! Gosto de escrita suja sim, de cenas fortes, para maiores de 18.. mas isso aqui? Isso aqui me incomodou e me decepcionou. Infelizmente....
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Nicoletti 05/03/2021

Literatura marginal
Trilogia Suja de Havanna é um livro com diversos contos que vão delineando e criando um panorama ímpar de Havanna.
Os personagens - na grande maioria o protagonista é o próprio Juan - encaram a cidade com cinismo, rum e muito sexo. E, incrivelmente apesar disso, de maneira bastante humana.
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marcelo.batista.1428 23/08/2020

Esse é o primeiro livro de prosa do autor, mas é o quarto livro que leio dele, e também o que mais gostei. Já conhecia o estilo do autor. Mais que direto, sem rodeios, nada de eufemismos ou palavras requintadas, o estilo de escrita é visceral, somos obrigados a conviver com o humor e os afetos do autor o tempo todo.
No livro o autor conta várias histórias não cronológicas e não sequenciais de seu cotidiano. Ao narrar seus dramas pessoais, seus conflitos psicológicos, seus amores, suas questões práticas para sobrevivência e as personagens que vai encontrando pelo caminho; acaba por fazer uma crônica de Havana dos anos 90, com uma visão muito mais cínica do que crítica.
Abaixo um pouco do estilo de Pedro Juan Gutierrez:
“Sexo não é para gente escrupulosa. Sexo é um intercâmbio de líquidos, de fluidos, de saliva, hálito e cheiros fortes, urina, sêmen, merda, suor, micróbios, bactérias. Ou não é. Se é só ternura e espiritualidade etérea, reduz-se a uma paródia estéril do que poderia ser. Nada”
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Miguel 08/04/2020

Cansativo
Repetição dos assuntos nas crônicas
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Bookster Pedro Pacifico 26/02/2020

Trilogia suja de Havana, Pedro Juan Gutiérrez – Nota 9/10
A obra reúne pequenos contos, em sua maioria autobiográficos, e todos com um ponto em comum: o cenário! Apesar de histórias diferentes, todas se passam em uma Havana caótica, suja e pobre. Uma Havana assolada pela crise econômica enfrentada por Cuba na década de 90. É a rotina de cidadãos rodeados pelo sexo, pelo álcool, pelas drogas e pela falta de oportunidades. Estão fadados a essa vida e, por isso, se preocupam em garantir o dinheiro para conseguir comer, beber e sobreviver. E em uma sociedade tão pobre e cerceadora de liberdade, o corpo é uma das poucas coisas que ainda sobrou para o indivíduo usar e abusar. E é isso que vemos na obra: a presença intensa do sexo. Mas não se trata de uma obra erótica, é a vulgaridade e o lado animal do ser humano que representam um pausa da miséria de todos os dias. Sem medir as palavras que usa, o autor conta boas histórias e ainda consegue tecer uma crítica social, expondo a realidade que viveu.

Apesar de se valer de uma escrita econômica e direta, o autor tem a enorme capacidade de transportar o leitor para aquele ambiente caótico, descrevendo sensações, cheiros e sabores. A primeira obra que li de Gutiérrez foi em 2017 e me surpreendeu muito – O rei de Havana. As duas obras trazem as características do autor e acho que fiz certo ao não começar por essa obra. Por serem muitos os relatos, e alguns com temática e ritmo parecidos, a leitura pode causar certo cansaço no leitor que se depara com o estilo de Gutiérrez pela primeira vez. Independentemente de qual livro escolher, não deixem de conhecer esse autor cubano. “Trilogia suja de Havana” é uma obra visceral e que recomendo muito! .

"Sexo é um intercâmbio de líquidos, de fluidos, de saliva, hálito e cheiros fortes, urina, sêmen, merda, suor, micróbios, bactérias. Ou não é. Se é só ternura e espiritualidade etérea, se reduz a uma paródia estéril do que poderia ser. Nada"

site: https://www.instagram.com/book.ster/
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Rosa Santana 18/01/2020

Ficção? Realidade?
Profundo, intenso, forte, Trilogia Suja de Havana, mostra a dura realidade do povo cubano, em consequência do bloqueio econômico impetrado pelos EUA que também forçaram outros países que mantêm relações com eles (os Estados Unidos) a agirem do mesmo modo, com relação ao país governado por Fidel Castro. Ao perder a ajuda URSS, Cuba fica à deriva: seu povo sofre pela falta de alimentos, de trabalho, de dinheiro; mas não perde a alegria, o colorido, a vivacidade! Luta por se manter vivo. E é essa luta que Pedro Juan Gutierrez traz nessas mais de trezentas páginas!

Bem ao estilo realista PJ aposta nos temas como a traição, o adultério, a dissimulação, a falta de ética e os jogos de interesses tão recorrentes nas obras que marcaram esse período artístico. Personagens desprovidos de sentimentos humanos, bem ao modo naturalista, desfilam aos nossos olhos, nos deixando perplexos pelo egoísmo e pela incapacidade de ver no outro um igual, com os mesmos problemas e objetivos!
Se o romantismo cultuou um maniqueísmo em que o bom luta contra o mau, aqui (no realismo) o mau e o mau se degladiam querendo engolir um ao outro, como a buscar sobreviver!
Há personagens fracas que são sucumbidas pelas mais fortes, como Berta, por exemplo!

Como visitei Havana recentemente, passeei pelo Malecon com os personagens, visitei os cortiços en la habana vieja onde moram os cubanos, lá, tão visíveis a todos e não escondidos como os nossos, nas nossas favelas imundas e decadentes!

Recomendo a leitura!

Trechos:
Só posso adiantar que os sonhos são uma grande bosta. Os seres humanos têm que extirpar os sonhos , por os pés na terra e dizer: Porra, agora sim! Estou bem ancorado na terra. Podem vir as ventanias. Só assim vc pode chegar ao final de um mínimo de avarias e se fazer água, ou pelo menos só com um pouco de água no porão.
Pág 62

E continuo na minha luta contra o medo. Lutar é uma maneira de dizer. Eu, sozinho, não posso lutar contra o medo. Mas rezo toda noite e sempre peço a Deus para tirar o medo do meu coração, desanuviar a confusão do meu cérebro. Com medo e confusão eu fico paralisado. E Deus me ajuda em todo o possível e me dá pequenos sinais.
Pág 93

... Acordei Anneloren, que estava com cinco ou seis anos, levei-a para o terraço, mostrei Vênus e depois oSol. Isto é eterno. Tudo o que é importante, as coisas mais importantes, perduram. Você sabe que estão lá e que podemos agradecer por elas.
Pág 153

Ele era um velho heróico ao estilo clássico. Destruído até a medula, mas não derrotado. Eu não tenho nada de heróico. Nem eu nem ninguém. Atualmente ninguém mais é tão obstinado, nem tem tanto senso nem tanta responsabilidade com seu ofício. O espírito da época é mercantil. Dinheiro. Se for em dólar, melhor ainda. O material para fabricar heróis está cada vez mais escasso!
Pág 315

... pegou uma revista de 1.957 e abriu ao acaso. Uma entrevista de Frank Lloyd Eright: ?Quanto tempo pode durar uma civilização sem alma? A ciência não pode nos salvar: ela nos levou para a beira do abismo. Isso deve ser feito pela arte e pela religião, que são a alma da civilização.?
Pág 334
Sinésio 18/01/2020minha estante
Rosa, essa trilogia está apenas no nome da obra, ou realmente é uma série de livros sobre o tema?


Sinésio 18/01/2020minha estante
Vc chegou a ler "O rei de Havana", do mesmo autor?


Rosa Santana 18/01/2020minha estante
Oi, Sinesio, eu só li esse, cujo nome é Trilogia Suja de Havana. Não sei se há outros dois, mas deve haver, não é?
O único livro que li desse autor foi esse; de cubano, li outro do José Marti, mas não me lembro do nome!


Rosa Santana 18/01/2020minha estante
Vc leu O Rei de Havana? O que achou?


André Vedder 19/01/2020minha estante
O Rei de Havana é muito bom!


Rosa Santana 19/01/2020minha estante
André, vc leu Trilogia Suja de Havana?


Sinésio 19/01/2020minha estante
Rosa, quanto a "O rei de Havana" não li ainda. Pretendo fazê-lo este ano ainda.


André Vedder 19/01/2020minha estante
Rosa, a trilogia ainda não..mas está na minha lista ler em breve, até porque gostei muito do Rei..


Rosa Santana 19/01/2020minha estante
Obrigada, André e Sinésio, pelo retorno!
Vou buscar esse Rei!


Sinésio 19/01/2020minha estante
Rosa, consultei o autor no Wikipedia e lá consta a relação de todas as suas obras.
Não consta que "Trilogia suja de Havana" seja parte de uma "trilogia" de obras conectadas, tipo uma série.
A impressão que tive é que se trata apenas do nome do livro mesmo.


Rosa Santana 25/01/2020minha estante
Sinésio, deve ser mesmo! Por trilogia pode-se entender as três centenas de páginas para contar o corriqueiro em Havana! ?
(Raiva de não dar para colocar aspas aqui!!)




Letuza 30/12/2019

Escrita crua e direta
Não é um livro fácil. A linguagem é dura, sem floreios, assim como a vida do povo cubano na década de 1990. A crise que assolava o país e trazia falta de empregos, de dinheiro, de comida, de produtos, enfim, falta de perspectivas, levava o povo a querer fugir para os EUA. Quem ficava ia se virando como podia, vendendo qualquer coisa, inclusive drogas e o próprio corpo. Iam vivendo um dia por vez, sem esperar nada, além de ter o que comer. Os dias eram suportados com rum, drogas e sexo. Entretanto, algumas amizades e laços familiares resistiam. Mas no geral as histórias são realistas e sem finais felizes ou romantismos. O livro é composto por crônicas e contos, muitos autobiográficos, e contam o dia à dia do povo tentando sobreviver, sem muitas esperanças. O autor Pedro Juan Gutierrez é jornalista, mas já trabalhou em todos os tipos de ofício, por isso narra a realidade do povo, e a sua, com tanta propriedade e realismo. É uma leitura que mostra a vida como ela é, sem idealismo, sem romantismo. Mas vale a pena ler para entender um pouco da história de Cuba.
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Biblioteca Álvaro Guerra 09/09/2019

Através dos olhos de Pedro Juan Gutiérrez, conhecemos uma Cuba contraditória — vibrante e sensual, mas ao mesmo tempo um país duro e perigoso.

Empreste esse livro na biblioteca pública

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788560281596
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Debora 26/05/2019

Relatos que se aproximam do realismo mais duro
Um relato que nos aproxima das mazelas de Cuba nos anos 90. Muita dificuldade, falta, pobreza. Muito sexo, rum e maconha. Os relatos são interessantes, até que começam a ficar repetitivos. É difícil manter interesse ao longo das quase 400 páginas, pq, ao fim e ao cabo, não há muito de novo naquele ambiente.
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