Os Três Estigmas de Palmer Eldritch

Os Três Estigmas de Palmer Eldritch Philip K. Dick




Resenhas - Os Três Estigmas de Palmer Eldritch


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Ginete Negro 2.0 12/04/2024

Drogas, fé e poder num FC interplanetário
Philip K Dick foi um gênio que em suas obras, de uns modos ou de outros, questionava quando à natureza da realidade. Em "Os três Estigmas de Palmer Eldritch" não é diferente: o homem já conquistou outros sistemas, onde se estabeleceu. A Terra é muito quente e só se pode viver em aglomerados de grande altitude.

A trama se concentra principalmente nos personagens Mayerson e os dois rivais do mundo das drogas: Leo Bulero e Palmer Eldritch. Sabe-se que Eldritch sofreu algum acidente num planeta do sistema solar e que estava distribuindo Chew-Z, uma droga que "traduz" a realidade numa espécie de mundo de forma até religiosa. Por outro lado, Leo Bulero, em face da ameaça ao monopólio da sua Can-D, pretende tomar uma atitude contra Eldritch.

Mas o livro vai além desses aspectos e merece ser degustado aos poucos com seus diálogos ótimos e enredo de certa forma movimentado.

Livro altamente recomendável.
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Jenni 23/02/2024

Foi o livro do PKD que menos me relacionei, mas não deixei de achar sensacional. No início, tentei ligar toda a história com inteligência artificial, mas a verdade é que Palmer Eldritch fala de e é Deus da maneira mais complicada de se falar sobre religião e eu acho isso bem corajoso. É completamente diferente de Valis, que já fala de Deus diretamente, mas parece como um prenúncio para o surto psicótico do autor em 74. O medo e a vontade de se aproximar de Deus, essa coisa que é a verdade e a mentira, a realidade e a ilusão, tudo de uma vez só.
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Yasmim 23/11/2023

Muito bom
O livro conta a história de uma terra futurista onde a humanidade está começando a colonizar outros planetas. Porém, as pessoas mandadas pra essa colonização não suportam a vida fora da terra, recorrendo as drogas para deixar suas vidas como colonizadores mais suportáveis.

O livro prende o leitor em uma teia complexa de acontecimentos que se perdem entre passado, presente, futuro, real e alucinação.
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Paulo.Vitor 24/10/2023

"Paulo diz que nosso inimigo é a morte. É o último inimigo que superamos, então, acho que é o maior"
Philip K Dick é definitivamente, um dos meu autores preferidos, ele consegue abordar temas pertinentes da sociedade atual (e da futura) de maneira realista, por mais que seu gênero de escrita seja a Ficção Científica.
É perceptível durante sua escrita, que seus dilemas pessoais acerca de religião, de sua sanidade mental, do uso de drogas, da vida pós morte, da sociedade capitalista e da tecnologia estão totalmente presentes em cada obra, algumas com foco maior que outras, obviamente.
Aqui, vemos uma sociedade humana que possui colônias em diversos outros planetas, e que, para se reconectar com a distante terra, utilizam do CAN-D, droga que projeta quem a usa nos chamados AMBIENTES, que são, na verdade, como se fossem miniaturas de casas terraqueas, bem como casas de bonecas da Barbie, que aliás, está presente como Pat Insolente e é praticamente um receptáculo dos humanos, que podem projetar tudo que queriam fazer nos bonecos, justamente com a desculpa de não serem eles mesmos que queriam/querem realizar tais atos, na maioria das vezes considerados pecaminosos, mas, sim a Pat Insolente e Walt, portanto, tinham nos bonecos, os bodes expiatórios. A chegada da misteriosa Chew-z faz com que essa dinâmica fique em conflito, pois, esta, além de legalizada, diferentemente da concorrente, promete criar viagens, ou como eles chamam, traduções, completamente novas, mais profundas, mais realistas e sem a necessidade dos ambientes. Essa Chew-Z, foi trazida pela misteriosa figura de Palmer Eldrich, que trouxe de um distante planeta um líquen mágico capaz de realizar diversas experiências positivas (ou, aparentemente positivas) sobre seus usuários.
Acompanhamos, principalmente Barney Mayerson (precog, que, usa seus poderes para prever as futuras modas quanto a ambientes em miniatura), Leo Buleiro (Presidente da maior empresa de Ambientes do mundo, e provavelmente da maior empresa do mundo), Palmer Eldrich (melhor ler pra entender do que ele se trata), um grupo de colonizadores de Marte (que nos introduz os conceitos de religião, de vício e as realidades dos colonizadores) e alguns outros personagens. Acabamos por ver que essa nova droga, junto com Palmer Eldrich, representam algo muito maior do que apenas uma empresa que entrou para a competição de drogas e "traduções", porém, algo muito maior e mais profundo.
Uma coisa que o Philip K Dick sempre acerta é em colocar as empresas privadas cada vez mais inchadas, monopolizadas e (infelizmente) mais necessárias. Creio que com o capitalismo falho que temos, ele está corretíssimo em colocar empresas e conflitos entre essas.
Interessante a relação Deus do consumismo/materialismo. O fato deles mesmo brincarem de Deus com a Pat Insolente (assim como mostra a capa)
Gostei bastante de um momento que não vou citar, mas que me lembrou bastante um dos trechos do Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo
É incrível como o PKD foi mar de inspirações para diversas outras mídias, principalmente quanto a outras Ficções Científicas, como filmes e desenhos.
A leitura até que é tranquila, e vale a pena.


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Isabela.L 09/10/2023

Um dos livros mais loucos que li. Precisa estar bem focada para poder ler e entender, mas me gerou muita curiosidade. O final me decepcionou um pouco. Deu bastante abertura para novos volumes....
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Giovana 26/09/2023

Drogas alucinógenas e vida espacial
Ainda não entendo completamente o que aconteceu nesse livro. É uma loucura, é caótico, com drogas alucinógenas, muitas críticas e viagens espaciais.

É o meu primeiro do Philip, e me disseram que ele é assim mesmo, te joga na história e não explica muita coisa. Pra ser honesta não gostei muito dessa parte de não entender nada, só me deixava irritada.

Mas a premissa, a loucura da realidade que ele criou, isso é muito legal. Eu gosto de uma vibe caótica, e ele foi apresentando elementos e situações em que eu ficava cada vez mais empolgada.

Sou fã de uma boa ficção científica e o autor consegue trazer muitas das coisas que eu gosto. O que realmente me pegou foi ter ficado mais perdida do que eu gostaria, mas também acho que isso seja uma coisa de cada um. Ainda sim recomendo a leitura, principalmente se for nessa edição MARAVILHOSA da Aleph.

site: https://www.instagram.com/p/CxeFHE8LHvv/?img_index=1
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VK 99 04/09/2023

Um Philip ainda mais viajado.
Ótima sinopse, no qual automaticamente me chamou a atenção, ótimo começo e ótimas intenções, mas se perde tanto no meio do caminho, segundo o que eu esperava desse livro, que por pouco não o abandonei na metade.
Agnaldo Alexandre 10/09/2023minha estante
Acho o PKD melhor nos contos. Ele sempre se perde mais nos romances.




Suzart1 13/08/2023

O que a realidade?
Como em outros livros, PKD questiona muito o que é a realidade, principalmente na presença das drogas e o papel delas para ajudarem as pessoas as ?suportarem? suas condições (dor, desespero, tédio, etc).
Um aspecto interessante da história é o debate sobre religião que o autor trás, questionando o engajamento coletivo, a fé, o próprio Deus e as suas motivações. No geral o livro é uma viajem muito psicodélica, você termina o livro se perguntando o que é o que.
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Mari Mirandinha 11/08/2023

Lelé da cuca
Um típico representante do seu "gênero", esse livro foi uma das viagens mais loucas que já fiz na vida. Foi impossível para mim adivinhar qualquer milímetro do que poderia acontecer a seguir e minha mente estava tão ocupada em entender o que eu estava lendo que nem tentei fazer tantas previsões como geralmente eu faço. Excelente livro. Precisarei cozinhar ele por bastante tempo dentro de mim.
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Gabriel1994 10/08/2023

Suas mãos estão virando garras... você tomou aquela Chew-Z?
Mais um livro concluído do mestre da ficção científica futurista, das histórias psicodélicas e das viagens paralelas, Philip K. Dick.

Uma aventura e jornada muito, muito interessante!!


No livro Os Três Estigmas de Palmer Eldritch a droga Can-D é a dona do pedaço no planeta colonizado de Marte. Essa droga auxilia em uma imersão paralela dos colonizadores, que pouco tem para se entreter nesse mundo novo e difícil. A Can-D permite ao usuário se conectar a um mundo miniaturizado onde os personagens principais são Pat Insolente e seu namorado. O homem e a mulher que faz o uso da aclamada Can-D se personifica nos personagens por um período (Um The Sims de tabuleiro, basicamente).

Leo Bulero, um dos principais personagens, é um empresário e investidor de sucesso na Terra, idealizador "secreto" da Can-D e dono de uma empresa que fabrica objetos miniaturizados para serem vendidos para os usuários de Can-D em Marte como uma maneira de aprimorar a experiência virtual, através da realidade paralela que são inseridos consumindo a droga. Barney Mayerson é um outro personagem importante e interessante dessa história, ele é um precog (uma espécie de "vidente", mas com um percentual de acertividade, dependendo do nível do "dom de precog" que prevê coisas e acontecimentos breves, utilizado para auxiliar no desempenho da empresa), consultor e conselheiro de Pré-Moda da empresa de Leo Bulero (chefe de Barney).

A realidade da empresa e de ambos os personagens mudam quando surge uma droga concorrente chamada Chew-Z. Produzida por Palmer Eldritch com a promessa de refutar a pioneira Can-D, trazendo uma melhor e mais profunda imersão ao usuário. Prometendo uma experiência mais realista e descartando a necessidade de se utilizar um tabuleiro miniaturas para criar uma realidade paralela. Através de um mecanismo, podendo você com sua própria mente e a utilização da Chew-Z viajar por conta própria em uma realidade paralela.

Essa nova droga afronta Leo Bulero, sua empresa e seus investimentos e o influente empresário vai atrás de respostas em relação a nova polêmica droga Chew-Z, elaborada por Palmer Eldritch, mas o que ele descobre é algo além do seu conhecimento e domínio. Um Q de questões em leque esperam os personagens principais para revelar os segredos por trás de Palmer Eldritch e sua inventiva droga alucinógena.



Eu gostei bastante desse livro! Não quero ser chato, dar aquele discurso que se escuta e lê muito em relação ao Stephen King, por exemplo, mas um conselho que eu daria, para antever o leitor em relação ao mar de criatividade de Philip K. Dick, seria ler livros de contos do autor antes de mergulhar nesses romances mais elaborados.

PKD tem um universo com suas previsões, quinquilharias e criações. O Vidfone é um elemento clássico, tem os precogs, naves, seres e tecnologias inventadas, além de um convite a uma imersão psicodélica bem viajada!

Já puxando o gancho... O que é um elemento que me fez apaixonar pelas obras do autor! Adoro o Sci-Fi futurista e todo esse elemento alucinógeno e psicodélico que ele transmite para a narrativa. É surreal e genial a maneira como ele conseguiu translucidar a experiência psicodélica para a obra! A maneira como PKD explora os universos paralelos e as realidades adaptadas é uma bagunça gostosa de se ler! Certamente estive mergulhado e captado por essa imersão fantástica que foi Os Três Estigmas de Palmer Eldritch.

Voltando um pouco na ideia de "Leia os contos primeiro..." Vou explicar o motivo: CLARAMENTE, CERTAMENTE, OBVIAMENTE, COM TODA CERTEZA... Um dos motivos pelo qual me senti familiarizado com a história desde o começo da leitura foi pelo fato de ter captado e colhido referências do conto "Pat PaFrente" ou "Pat Insolente" presente no livro O Pagamento de Philip K. Dick.
Nesse conto o autor vai abordar a história de uma galera "colonizadores" que vivem em Marte e como um método de comercialização, entretenimento, distração e até socialização... por conta da escassez e difícil vida no planeta... Eles usam um tabuleiro com uma personagem e um mundo miniaturizado para ter uma imersão e fuga da realidade tediosa e limitada que eles vivem. Nesse conto a história é breve e o motivo pelo qual ela tem ligação total com o livro é que a história termina com colonizadores de uma cabana, fazendo uma espécie de "jogo" com uma galera de outra cabana que também tem um tabuleiro com um personagem, e eles fazem uma fusão no fim das contas e os dois personagens (Pat Insolente e o namorado dela que esqueci o nome) passam a fazer parte de um tabuleiro só! E esse livro (no qual estou lhes resenhando) começa com esses dois personagens fazendo parte do mesmo tabuleiro, com toda a ideia de colonos em Marte, vida escassa e uma maneira virtual e paralela de se distrair e fugir da realidade.

Foi uma coincidência muito boa! Relembrei de muitas coisas desse conto durante o começo da leitura e isso foi crucial para que eu avaliasse bem o livro e me conectasse com a história tão rapidamente!

Gostei muito de ter lido. Todos os elementos colocados e explorados pelo autor, fizeram parte e encaixaram no universo perfeitamente.


*Obs* comentei sobre o conto no qual o romance se baseia, do mesmo autor e tudo mais, pois vi que uma galera avaliou negativamente esse livro. Cada um tem sua experiência individual como leitor, mas, talvez, por não conhecer mais do PKD e sua narrativa despojada e maluquinha, não entenderam bem a proposta desse livro ou acharam que teve "coisa demais" para pouca página. O que eu concordo, pois aqui o PKD investe sem dó na inventividade, coisa que adorei na história.


Sou fã de PKD, esse cara escreve muito e recomendo pra valer esse livro! Leiam e se empanturrem o máximo que conseguirem das obras desse cara!!! Genial e diferenciado!!!
Brujo 10/08/2023minha estante
Excelente resenha !!!




cypherskooluv 16/06/2023

Eu li mas não entendi nada.
Outra leitura que eu fiz e me senti burra por não entender nada, tem algumas coisas que são muito interessante mas de modo geral é bem confuso.
Afinal quem é Palmer Eldritch? Os três estigmas são aquilo lá mesmo? Muitas perguntas
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Alexandre 10/06/2023

Phillip Dick Univevse
O jeito filosófico e até irreverente com o qual o autor lida com a questão da fé carrega em si uma profunda reflexão sobre a fé e as coisas comuns do cotidiano. A inserção dos cenários tecnológicos e as "eternas" dúvidas humanas se misturam, levando o leitor a pensar mais a respeito de nossa vida terrestre, nossos medos e desejos, muitas vezes ocultos na mesmice robótica do sistema.
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Grace 21/05/2023

Magistral
Gostaria bastante de ver o livro indo para telas.
Porém, tenho uma ressalva. A adaptação teria que ser fiel ao livro.
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